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3. PARASITOLOGIA (Mickey)

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PARASITOLOGIA 
É o estudo dos parasitos, das suas relações e implicações. 
Parasitologia é a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e relações entre eles. 
Os protozoários são unicelulares, enquanto os nematódeos, anelídeos, platelmintos e 
artrópodes são organismos multicelulares. 
 
Parasita obrigatório - Um parasita obrigatório é um organismo parasita que não consegue viver 
independentemente do seu hospedeiro. 
Parasita Heteroxeno - refere-se ao ciclo de parasitas em que são caracterizados por só ser 
completado (o ciclo) quando possui dois ou mais hospedeiros. 
Parasita Monoxeno - são parasitas que realizam seu ciclo de vida em um único hospedeiro. 
 
Patogenisidade: é a capacidade do agente invasor em causar doença com suas 
manifestações clínicas entre os hospedeiros suscetíveis. 
Doença parasitária: É um acidente que ocorre em consequência de um desequilíbrio entre 
hospedeiro e o parasito 
Fatores inerentes ao parasita Fatores inerentes ao hospedeiro 
Número, capacidade de multiplicação, 
dimensão, tamanho, localização no 
organismo, virulência, capacidade vital, 
associações 
Idade, imunidade, alimentação, quadros 
associados, microbiota associada, 
medicamentos, particularidades (costumes, 
estresse) 
 
Ação patogênica dos parasitas: 
• Ação espoliativa – pode ser direta (quando o parasita lesa diretamente uma estrutura do 
hospedeiro) ou indireta (quando o parasita compete com o hospedeiro pela 
disponibilidade de nutrientes) 
• Ação tóxica – local ou sistêmica 
• Ação mecânica – obstrutiva ou compressiva 
• Ação traumática – destrutiva (parasita destrói o tecido colonizado) ou pungitiva (parasita 
ocupa o tecido) 
• Ação antigênica/alérgica – todos são antígenos em potencial. Ocorre um recrutamento 
de IgE 
• Ação enzimática 
• Anóxica 
 
 
 
 
Classificação 
 Quanto ao número de células : Quanto ao número de células, os parasitas podem ser 
classificados em unicelulares ou pluricelulares. Quando um parasita unicelular se 
instala no seu hospedeiro, falamos em infecção. Se o parasita é pluricelular, à sua 
instalação no hospedeiro dá-se o nome de infestação. 
 
 Zoológica 
Protozoários (Reino Protista, Sub-reino Protozoa) 
Os flagelados – Trypanossoma cruzi, Giardia lamblia 
Os rizópodos – possuem pseudópodes (falsos pés) Entamoeba histolytica 
Os esporozoários – não se locomovem. Ex: Plasmodium SP (Malária) 
Os ciliados – se locomovem em meios líquidos. Seus cílios são membranosos. Ex: 
Balantidium coli 
 
Vias de penetração 
 Passiva: ingestão com alimentos ou águas contaminadas OU via parental – inoculados 
por insetos 
 Ativa: penetração na pele, no tecido conjuntivo, nas mucosas 
 
 
AMEBÍASE 
É uma infecção do homem pela Entamoeba histolytica, com ou sem manifestações 
clínicas. É considerado um grande problema de saúde pública, levando ao óbito cerca de 100 
mil pessoas por ano. A E. histolytica é uma espécie patogênica e invasiva, com diversos graus 
de virulência e diferentes formas clínicas, incluindo a forma extra-intestinal da doença. Os 
trofozoítos do protozoário vivem no intestino grosso, podendo ser também encontrados nas 
ulcerações intestinais, nos abscessos hepáticos, pulmonares, cutâneos e, mais raramente, no 
cérebro. 
Sinais e sintomas: 
 - Lesões iniciais no intestino grosso, degenerativa, atividade proteolítica 
 - diarreia copiosa (Se repete ao longo do dia), fezes muco-sanguinolentas 
 - dores abdominais, febre, adinamia 
 - fígado com hepatomegalia, hepatite e necrose 
 - pulmão com abcesso 
 - peritônio com peritonite 
 
 
 
Entamoeba histolytica apresenta formas: 
 Cisto: forma resistentes, esféricos ou ovais. Forma inativa, núcleos pouco visíveis 
 Metacística: emerge do cisto no intestino delgado, forma mononucleada. Sofre divisões 
originando formas metacísticas. 
 Trofozoíta: 1 núcleo – forma ativa (reproduz, alimenta-se); pleomórfico, ativo, alongado, 
com pseudópodes. 
 Pré-Cística: trofozoíto quando reduz sua atividade, fase intermediária entre trofozoíto e 
cisto, oval, amebas pré-císticas segregam um envoltório resistente, a parede cística, 
núcleo se divide para formar novos cistos. 
 
Ciclo de vida 
O ciclo de vida de Entamoeba histolytica é monoxênico e relativamente simples. No ciclo 
encontram-se quatro estágios: cisto, metacisto, trofozoíto e pré-cisto. O inicio do ciclo ocorre 
a partir da ingestão dos cistos maduros junto de água e alimentos contaminados. O cisto 
passa, então, pelo estômago e pelo intestino delgado, resistindo à ação do suco gástrico e das 
secreções intestinais. De fato, estas substâncias contribuem para a formação de uma fenda na 
parede do cisto, a qual permite o início do processo de desencistamento que ocorre 
principalmente na porção distal do íleo e ceco. A partir deste processo é liberada uma forma 
tetranucleada (metacisto) que por divisão binária da origem a oito trofozoítos uninucleados. 
Esses trofozoítos multiplicam-se por divisão binária e colonizam o intestino grosso, 
principalmente na região do ceco. Em geral, os trofozoítos vivem como um comensal, aderidos 
na mucosa intestinal alimentando-se de bactérias e detritos. Dando continuidade ao ciclo, 
muitos desses trofozoítos diminuem de tamanho e se arredondam formando o pré-cisto, etapa 
que marca o início do processo de encistamento. O pré-cisto secreta ao seu redor uma 
membrana glicoprotéica, denominada parede cística, formando assim um cisto uninucleado. 
Esses cistos tornam-se tetranucleados e podem ser excretados juntamente com as fezes do 
hospedeiro, possibilitando a infecção de outro ser humano. 
Em algumas situações, pode acontecer um rompimento do equilíbrio parasito-hospedeiro: 
os trofozoítos, por meio de seus movimentos e da liberação de enzimas proteolíticas, invadem 
e colonizam a mucosa intestinal, produzindo lesões ao longo do intestino grosso. Esses 
trofozoítos invasivos podem, a partir da circulação portal, atingir o fígado e, em seguida, os 
pulmões, rins, cérebro e pele. Quando estão intimamente relacionados com os tecidos, os 
trofozoítos não formam cistos, são hematófagos e muito ativos. 
 
 
 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico da amebíase intestinal ocorre principalmente através da detecção do 
parasita nas fezes. A demonstração de cistos ou trofozoítos nas fezes sugere amebíase 
intestinal, mas a microscopia não pode diferenciar entre E. histolytica e cepas de espécies não 
patogênicas. Devem ser coletadas um mínimo de três amostras em dias separados, com 
sensibilidade de cerca de 90 por cento para diagnóstico de amebíase. As amostras de fezes 
podem ainda apresentar pesquisa de sangue positiva e muitas vezes presença de eritrócitos 
ingeridos, já a pesquisa de leucócitos fecais pode ser negativa. 
Método de Faust: é um exame parasitológico de fezes, que consiste na centrífugo-
flutuação em sulfato de zinco. As fezes são homogeneizadas em água filtrada,e centrifugadas 
até a solução tornar-se clara. Após isto, ressuspende-se a solução com sufato de zinco a 
33%, densidade de 1,18 g/ml. Centrifuga-se novamente. Os ovos e cistos leves estarão 
presentes na película superficial, que pode ser colhida com alça de platina e confeccinado a 
lâmina, tratada com lugol, para observação ao microscópio. 
 
 A combinação de sorologia ou pesquisas de antígenos facilitam o diagnóstico de 
amaebíase. As pesquisas de antígeno são um método sensível e específico e pode distinguir a 
E.hystolytica de cepas não patogênicas, os métodos incluem elisa, radioimunoensaio ou 
imunofluorescência. O uso de teste elisa, em particular, tem sensibilidade de 87 por cento e 
uma especificidadede mais de 90 por cento. 
 
Tratamento 
Tratamento da amebíase depende do estado do paciente, via de excreção do 
medicamento bem como seu tempo de meia vida 
- Emetina 
- Quinolinol 
- Cloroquina 
- Nitrimidazólicos 
 
GIARDÍASE 
Giardíase ou giardiose é a doença provocada pela infecção do intestino delgado 
pelo protozoário Giardia lamblia. A giardíase costuma ser assintomática, mas pode causar 
diarreia e má absorção intestinal de gorduras. Está presente em praticamente todo o mundo, 
mas afeta principalmente crianças em populações de baixo nível econômico e em regiões de 
clima tropical ou subtropical ou no calor sol muito quente que pode causar doenças. 
A giardíase é causada principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados 
por fezes contendo pelo menos 10 a 100 cistos de Giardia lamblia. A exposição deste 
protozoário ao suco gástrico não causa sua eliminação, porém o pH alcalino do duodeno 
ocasiona a transformação dos cistos em trofozoítas, que aderem à parede do intestino 
delgado (daí os nomes alternativos Giardia intestinalis e Giardia duodenalis). Cerca de 9 dias 
(de 6 a 15) após a infecção, a pessoa começa a eliminar cistos pelas fezes, que podem então 
contaminar outras pessoas. 
Sinais e sintomas:. 
- Dor difusa no hipocôndrio direito, meteorismo 
- Diarreia transitória, fezes pastosas 
- Enxaqueca com vomito, anemia e perda de atenção 
 
Ciclo de vida 
Esse parasito apresenta ciclo monoxeno, ou seja, direto, não precisando de vetores ou 
hospedeiros intermediários. A infecção ocorre por via oral pela ingestão de água e alimentos 
contaminados com cistos. No estômago, o meio ácido inicia o desencistamento que é 
completado no intestino delgado onde ocorre a colonização pelos trofozoítos, multiplicando-se 
por mitose, à luz do intestino, onde ficam livres ou aderidos à mucosa intestinal pelas ventosas, 
realizando assim um mecanismo de sucção de nutrientes. O ciclo se completa no ceco, onde 
ocorre o encistamento do parasito, que será eliminado com as fezes para o meio exterior. 
 
 
 
Diagnóstico 
Diagnostico laboratorial: PPF, método de Faust ou Ritchie (idem amebíase) 
 
Tratamento 
Furazolidona, tinidazol, nitrimidazólicos. 
 
 
DOENÇA DE CHAGAS 
Protozoário flagelado agente da Doença de Chagas, também conhecida como 
Tripanossomíase americana. É uma doença de evolução crônica, debilitante, que determina no 
homem quadros clínicos com características e consequências muito variadas. Ela está 
intimamente relacionada as más condições das moradias, pois essas favorecem a nidificação 
dos hemípteros triatomíneos, conhecidos vulgarmente como “barbeiros”. 
 Sinais e Sintomas: 
- Forma aguda: sinal de Romanã, febre, adinamia, hepatomegalia 
Sinal de Romanã: é um edema inflamatório bipalpebral e unilateral, associado a 
conjuntivite, dacriadenite e aumento ganglionar pré-auricular, ocorre em 10 a 20% dos casos 
agudos de doença de Chagas, sendo sinal patognomônico desta doença. 
- Hipotensão, taquicardia, extra-sistole, insuficiência cardíaca. Há pacientes 
assintomaticos 
- Forma crônica: megacolo, megaesofafo, afasia, paraplegia 
- Transmissão por fezes de Triatoma (Barbeiro) – também via oral e congenita 
 
Formas do parasita 
Amastigota – fase intracelular, sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e núcleo 
grande. O cinetoplasto fica ao lado do núcleo e é um pouco menor que ele. Está presente na 
fase crônica da doença. 
Epimastigota – é a forma encontrada no tubo digestivo do vetor, não é infectante para os 
vertebrados. Tem forma fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao núcleo. Possui flagelo e 
membrana ondulante 
Tripomastigota – fase extracelular, que circula no sangue. Apresenta flagelo e membrana 
ondulante em toda a extensão lateral do parasito. O cinetoplasto se localiza na extremidade 
posterior do parasito. Esse estágio evolutivo está presente na fase aguda da doença, 
constituindo a forma infectante para os vertebrados. 
 
Ciclo 
O homem se infecta durante a hematofagia, quando o barbeiro elimina os 
tripomastigotas metacíclicos em suas fezes. Essas são as formas infectantes e podem 
penetrar pelas mucosas, quando o homem leva as mãos contaminadas aos olhos ou nariz, e 
por soluções de continuidade, como as provocadas pelo ato de coçar ou pelo orifício da picada 
do barbeiro. Logo após apenetração, o tripomastigota metacíclico invade células do sistema 
fagocítico mononuclear (célula alvo) e perde o flagelo, passando a se chamar amastigota. 
Nesse estágio os amastigotas multiplicam-se por divisão binária em ciclos de 
aproximadamente 12 horas, até que a célula infectada fique repleta de amastigotas. Nesse 
momento as amastigotas se transformam novamente em tripomastigotas. Quando a célula 
alvo rompe libera os tripomastigotas, que deslocam-se apara infectar uma nova célula alvo, se 
disseminando para o restante do organismo através da circulação sanguínea e linfática. 
Os principais órgãos atingidos são o coração, tubo digestivo e plexos nervosos. 
Quando alimentam-se do sangue de pessoas ou animais infectados, os triatomíneos 
podem ingerir os tripomastigotas. Os tripomastigotas são convertidos em epimastigotas no 
tubo digestivo do barbeiro. Os epimastigotas se reproduzem por divisão binária e, quando 
chegam à porção terminal do intestino (reto) do triatomíneo, voltam à forma tripomastigota. 
Esses tripomastigotas, altamente móveis e infectantes, são as formas metacíclicas eliminadas 
nas fezes do vetor. 
 
 
Reservatórios: Além do homem, diversos mamíferos domésticos e silvestres têm sido 
encontrados naturalmente infectados pelo T. cruzi. Epidemiologicamente, os mais importantes 
são aqueles que coabitam ou estão próximos do homem (gatos, cães, porcos, ratos). No 
entanto, também são relevantes os tatus, gambas, primatas não humanos, morcegos, entre 
outros animais silvestres. As aves, os répteis e os anfíbios são refratários à infecção pelo T. 
cruzi. 
 
Transmissão: - vetorial ocorre pela passagem do protozoário das excretas dos 
triatomíneos através da pele lesada ou de mucosas do ser humano, durante ou logo apos o 
repasto sanguíneo. 
- Oral ocorre a partir da ingestão de alimentos contaminados com T. cruzi. 
- Transfusional ocorre por meio de hemoderivados ou transplante de órgãos ou tecidos 
provenientes de doadores contaminados com o T. cruzi. 
- Vertical ocorre em função da passagem do T. cruzi de mulheres infectadas para seus bebes, 
durante a gestação ou o parto. 
 
 
Diagnostico 
Exame a fresco, IF, ELISA, xenodiagnóstico 
Fase Aguda: Determinada pela presença de parasitos circulantes em exames parasitológicos 
diretos de sangue periférico (exame a fresco, esfregaço, gota espessa). Presença de 
anticorpos IgM anti-T. cruzi no sangue indica doença aguda quando associada a fatores 
clínicos e epidemiológicos compatíveis. 
Fase Crônica: Individuo que apresenta anticorpos IgG anti-T. cruzi detectados por dois testes 
sorológicos de princípios distintos, sendo a Imunofluorescência Indireta, a Hemoaglutinação e 
o ELISA os métodos recomendados. Por serem de baixa sensibilidade, os métodos 
parasitológicos são desnecessários para o manejo clínico dos pacientes, no entanto, testes de 
xenodiagnóstico, hemocultivo ou PCR positivos podem indicar a doença crônica. 
 
Tratamento 
Arsênicais, antimoniais, sulfonamidas, corticóides 
 
 
ASCARIDÍASE 
É uma verminose causada pelo nematóide Ascaris lumbricoides, popularmente 
conhecido por lombriga, áscaride e que tem como habitat o intestino delgado. É considerado o 
mais “cosmopolita” dos parasitos humanos e o maior nematódeo parasito do homem. Os 
vermes adultossão cilíndricos fusiformes, possuem dimorfismo sexual nítido sendo que 
as fêmeas medem cerca de 30 a 40 cm de tamanho e os machos de 15 a 30 cm. As fêmeas 
possuem a parte posterior retilínea e os machos são facilmente reconhecíveis pelo 
enrolamento ventral de sua extremidade caudal. 
Ingestão de ovos larvados, procedentes do solo, água ou alimentos contaminados com 
fezes humanas. Poeira e insetos podem veicular mecanicamente os ovos de A. lumbricoides. A 
transmissão também pode ocorrer pela contaminação do depósito subungueal com ovos 
viáveis. 
 
Sinais e sintomas: Habitualmente o parasitismo por Ascaris é assintomático. As 
manifestações mais frequentes nos casos sintomáticos são: dor abdominal, náuseas, vômitos, 
diarréia e anorexia. É comum a criança eliminar os vermes pela boca, pelas narinas ou pelo 
ânus, antes ou durante o quadro clínico. Em crianças é muito comum o aparecimento de 
manchas claras e circulares no rosto, denominadas “panos”. Em virtude do ciclo pulmonar das 
larvas, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares com febre, tosse simples, 
tosse e expectoração (Sindrome de Loeffler) dispneia, bronquite e broncopneumonia, 
caracterizando a síndrome de Loeffler, que cursa com eosinofilia sanguínea elevada. Quando a 
carga parasitária é grande, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal, apendicite aguda e 
manifestações decorrentes da migração dos vermes adultos para o fígado e canais biliares, 
perintonites, pancreatites e hepatites. 
**Síndrome de Löffler ou de Loeffler é uma doença caracterizada pelo acúmulo 
de eosinófilos no pulmão, em resposta a uma infecção por parasita. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico laboratorial da ascaridíase baseia-se no exame parasitológico de 
fezes com pesquisa de ovos do parasito. Os vermes adultos de A. lumbricoides podem ser 
encontrados ao exame macroscópico das fezes. Na fase de migração larvária podem ser 
encontradas larvas no escarro. 
 
Ciclo 
Os ovos fecundados são eliminados pelas fezes, desenvolvem-se à temperatura de 30-
35o C, umidade e oxigênio. Nessas condições, o ovo pode desenvolver-se em 12 dias, 
formando primeiramente em seu interior, uma larva rabditóide que, em uma semana, sofre 
mutação para os estágios de segunda e terceira larvas rabditóides, respectivamente. Esta 
terceira larva rabditóide é a larva dita infectante. 
O homem infecta-se ingerindo água contaminada ou alimentos crus infectados com a 
mesma. As crianças podem se contaminar através do solo, pelo fato de levarem as mãos à 
boca. Os ovos ingeridos atravessam o estômago e as larvas vão ser liberadas no intestino 
delgado. Atravessam em seguida a parede do intestino e caem na circulação sangüínea, onde 
vão cair no coração direito e em seguida, pulmões, onde sofrem novas mudas e depois migram 
pela árvore brônquica e são ou eliminados pela saliva ou deglutidos. Quando deglutidos, vão 
para o intestino e provocam a infecção, atingindo a maturidade e sendo capazes de reiniciar o 
seu ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
Piperazina, Sais de tetramizol, Pamoato de pirantel, Mebendazol, Albendazol 
Adequação de dose de acordo com a idade do paciente, toxicidade do medicamento, etc 
 
ESQUISTOSSOMOSE 
Infecção causada por verme parasita Schistosoma mansoni da classe Trematoda. 
O principal hospedeiro e reservatório do parasita é o homem sendo a partir de suas excretas 
(fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza. Possui ainda um hospedeiro 
intermediário que são os caramujos, caracóis ou lesmas, onde os ovos passam a forma larvária 
(cercária). Esta última dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos, infecta o 
homem pela pele causando uma inflamação da mesma. 
Já no homem o parasita se desenvolve e se aloja nas veias do intestino e fígado 
causando obstrução das mesmas, sendo esta a causa da maioria dos sintomas da doença que 
pode ser crônica e levar a morte. 
Os sexos do Schistossoma mansoni são separados. O macho mede de 6 a 10 mm de 
comprimento. É robusto e possui um sulco ventral, o canal ginecóforo, que abriga a fêmea 
durante o acasalamento. A fêmea é mais comprida e delgada que o macho. Ambos possuem 
ventosas de fixação, localizadas na extremidade anterior do corpo e que facilitam a adesão dos 
vermes às paredes dos vasos sanguíneos. 
Sinais e sintomas: 
- Tipo 0 = toxêmico, manifestações cutâneas, surtos febris, diarreia, hipotensão, exame 
de fezes negativo, leucocitose e eosinofilia. 
- Tipo 1 = intestinal, diarreia mucossanguinolenta ou não, dor abdominal, baço e fígado 
ainda não palpáveis. 
- Tipo 2 = hepatointestinal, tipo 1 + hepatomegalia 
- Tipo 3 = hepatoesplênica, hepatomegalia + baço palpável 
- Tipo 4 = hepatoesplênica, hepatomegalia + esplenomegalia 
 
Ciclo de vida 
O ciclo de vida deste invertebrado passa por dois hospedeiros: um intermediário e o 
outro definitivo. Inicialmente o ovo contido nas fezes de uma pessoa contamina, depositado 
em ambientes aquáticos, se transforma em uma larva aquática ciliada denominada miracídio. 
Essa se instala temporariamente em um tipo específico de caramujo planorbídeo (gênero 
Biomphalaria), modificando-se em uma larva chamada de cercaria. 
As cercarias penetram ativamente através da epiderme, quando as pessoas 
(principalmente os ribeirinhos) usufruem de cursos d’água contaminados. Após a penetração, 
as larvas atingem a corrente sangüínea, por onde são transportadas até o intestino e fígado, 
fixando-se aí por meio de ventosas, e reproduzindo-se sexuadamente. 
 
 
 
 
 
Diagnóstico 
Direto: pesquisa de ovos nas fezes e em fragmentos de mucosas por biopsia 
Indireto: reação de fixação no complemento, reação de preciptação periovulvar, 
imunofluorescencia, ELISA 
 
Tratamento 
O tratamento da esquistossomose é feito com antiparasitários praziquantel ou oxamniquina 
(mais utilizado). Os medicamentos são capazes de matar o parasita dentro de um a dois dias 
em média. 
Antimoniais 
Extração do verme adulto

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