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CREDITO PUBLICO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE ESTUDOS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANÁLISE
CRÉDITO PÚBLICO
ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO A
Aluno: Claudemiro Farias Junior
Matricula: 21106055
CRÉDITO PÚBLICO
É possível que em determinados momentos o Estado não obtenha receitas derivadas, originárias ou transferidas suficientes para fazer frente às necessidades públicas. Em certas situações, portanto, poderá o Estado emprestar dinheiro do setor privado, a fim de cobrir tais despesas.
O chamado “crédito público” é resultante da relação entre o Estado e o mercado financeiro, em que há a celebração de contrato bilateral entre o particular e o Estado, através do qual o cidadão empresta determinada quantia ao Poder Público.
O Estado pode obter crédito público com a finalidade de interferir no mercado. Ao tomar emprestado do particular, ele estará retirando dinheiro do mercado, fazendo com que a inflação diminua, por exemplo. Assim, ele poderá se utilizar do empréstimo público para intervir na economia e influenciar os juros e a inflação.
Ele se diferencia das “receitas”, porque o valor não adere de forma definitiva no patrimônio público. Trata-se de um “ingresso”1, que apenas ingressa no ativo de forma provisória nos cofres públicos, pois possui um desdobramento imediato no passivo do Estado, mais juros.
Também se difere dos tributos, porque não são compulsórios: os particulares entregam o seu dinheiro ao Estado, a título de empréstimo, por espontânea vontade.
O crédito público é celebrado pelo Poder Executivo, mas depende de autorização do Poder Legislativo, através de lei.
O crédito público pode ser classificado a partir de cinco critérios:
1) Quanto à forma, o crédito público pode ser voluntário, semi-obrigatório e obrigatório;
2) Quanto à origem, o crédito público pode ser interno e externo;
3) Quanto ao momento do resgate, o crédito público pode ser de curto prazo, de longo prazo ou perpétuo;
4) Quanto ao momento do resgate, a dívida pública pode ser fundada ou flutuante;
5) Quanto ao critério constitucional, o crédito público pode ser denominado de ARO (crédito por antecipação de receita).
Conceitos fundamentais
a) Classificação quanto à forma: voluntários, semi-obrigatórios e obrigatórios.
 Créditos voluntários: os empréstimos públicos são realizados a partir do acordo de vontades entre o Poder Público e o particular. Não há qualquer coação por parte do Estado e, por isso, há a devolução do valor emprestado, acrescidos dos juros e correções nos prazos avençados.
Créditos semi-obrigatório-patrióticos: Em situações especiais (em tempo de guerra, por exemplo), o Estado, de forma indireta, utiliza-se da coação para a subscrição do crédito.
Créditos obrigatório-forçados: Os cidadãos são coagidos a subscrever o crédito. Há muita discussão quanto a sua natureza jurídica, pois alguns autores consideram uma forma de tributação (imposto-empréstimo).
b) Classificação quanto à origem: Interno e externo
Interno: Quando o empréstimo for obtido dentro do Brasil, independentemente se quem estiver emprestado for brasileiro ou estrangeiro. Nesse caso, o pagamento deverá ser realizado em moeda nacional.
Externo: Quando o empréstimo for obtido no exterior. Os encargos podem ser pagos em moeda estrangeira ou em ouro. Ele é regido por norma de Direito Internacional Público. Esta é uma classificação muito importante, pois indicará a qual regime jurídico a operação se submete (de Direito Internacional Público ou de Direito Interno) e o endividamento externo apresenta maiores dificuldades de resgate do que o interno. No entanto, não há consenso quanto ao critério diferenciador. Acima, foi utilizado o critério “local de celebração”, mas há autores que utilizam o critério “nacionalidade da moeda” e “qualidade dos contratantes”.
c) Classificação quanto ao prazo de resgate: De curto prazo, de longo prazo ou perpétuo.
De curto prazo: A operação é realizada para satisfazer necessidades imediatas do Estado e o adimplemento ocorrerá dentro do mesmo exercício financeiro (operação de crédito por antecipação de receita, CF/88).
Conforme a Constituição Federal são chamados de operações de crédito por “antecipação de receita orçamentária” (ARO’s), devendo ser pagas até o trigésimo dia do exercício financeiro seguinte.
O artigo 38 da LRF estabelece os critérios para a expedição dos ARO’s, as proibições, bem como o seu procedimento. A leitura desse dispositivo é indispensável para a compreensão do instituto.
De longo prazo: Sempre que for resgatável em período superior a 1 (um) exercício financeiro.
Perpétuos: Quando não há previsão da devolução do valor emprestado, mas tão somente, dos juros e correções dele inerente.
Segunda classificação quanto ao prazo de resgate: Dívida fundada e dívida flutuante.
Dívida fundada: É a dívida de médio e longo prazo, destinada a financiar investimentos rentáveis e duráveis.
Dívida flutuante: É chamada de dívida flutuante porque oscila rapidamente, já que é decorrente de empréstimo em curto prazo.
Considerações finais 
O crédito público é tema fortemente regulado no nosso ordenamento, possuindo base constitucional, com vários artigos tratando do assunto, estabelecendo competência para legislar, fiscalizar, limite global e condições de operações de crédito público. É tratado ainda por lei complementar, que traz definições precisas sobre vários aspectos envolvendo esse tipo de operação, e por resolução editada pelo Senado Federal.
Nota-se claramente a preocupação do legislador em impor limites aos governantes no uso desse meio de obter recursos para o financiamento dos serviços e obras públicas. Fixaram-se critérios legais que devem ser obrigatoriamente atendidos para que esses recursos sejam considerados regulares.
Também restou claro que a norma jurídica cuidou de estabelecer definições técnicas sobre o assunto para não deixar na discricionariedade dos administradores sua conceituação. Com isso deu-se segurança a operacionalização desse instituto.

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