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sintese cap 11,12,13 CHOQUES EXTERNOS E DESESTRUTURAÇÃO INTERNA A RECESSÃO DE 1981 Economia brasileira- Antonio Correa de Lacerda

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CHOQUES EXTERNOS E DESESTRUTURAÇÃO INTERNA A RECESSÃO DE 1981-1983
Capitulo – 11
1- SÍNTESE
 Ultimo presidente do regime militar o General Figueiredo.
 Simonsen era ministro do planejamento, no inicio do governo começou uma luta política com os ministros desenvolvimentista, pois Simonsen propunha u ajuste fiscal, corte nos investimentos não prioritários, melhoria da conta em transações correntes e o controle do endividamento externo e já Delfim Netto ministro da agricultura opunha a essa política, produzindo uma situação de conflito para a definição dos rumos econômicos.
 Conflito político entre Simonsen ministro do planejamento e os ministros desenvolvimentistas Delfim Netto da agricultura e Mario Andreazza do interior.
 Delfim substitui Simonsen no ministério do planejamento e tenta reeditar o milagre econômico, mas com situação externa adversa, consegue uma política econômica recessiva.
 Política inicial de Delfim pode ser classificada ortodoxa, apesar do discurso desenvolvimentista.
 Retomado desenvolvimentista impulsionou investimentos nos setores de energia e substituição de importações de insumos básicos.
 Crescimento PIB em 1980 gerou fortes pressões sobre o balanço de pagamento revertendo à política macroeconômica.
 Reedição do milagre econômico seria certificada por sua falta de sustentação a médio e longo prazos.
 A política econômica adequada seria uma recessão administrada, coerente com II PND.
 Era necessária, a radicalização do II PND e uma política de sintonia com a era da energia, buscando a melhorutilização das varias formas de energia e a diminuição das perdas.
 Contas públicas eram aferidas por conceitos de déficit (ou superávit).
 Primário- diferença entre as receitas e despesa.
 Operacional- obtido pela adição do resultado primário aos juros da dividas interna e externa.
 Nominal- obtido adicional ao operacional.
 A Recessão Brasileira e a moratória mexicana foi adotada uma política econômica ortodoxia
 1981- apresentou um superávit na balança comercial. Foi uma política econômica recessiva muito rigorosa, ate mais do que seria 1983, sob a supervisão do FMI.
 A moratório mexicana de 1982 tornou mais dramáticas as pressões sobre o balaço de pagamentos,
 A moratória mexicana e a deterioração das contas externas brasileiras dificultaram o financiamento do déficit, e as reservas líquidas do país se tornaram negativas.
 Período 1980 a 1982 os pagamentos dos juros da divida externa eram 70% dos déficits em conta corrente.
 Em 1983 prosseguiu a política de contração da demanda maxidesvalorização cambial com o choque agrícola acelerou a inflação.
 Aceleração da inflação, aliada a desindexação parcial dos salários, que provocou uma perda no poder de compra dos assalariados.
 A ampliação da capacidade produtiva no setor de bens de capital ocorrida com 11 PND foi pulverizada no período de 1981-1983, quando sofreu uma queda acumulada uma retração na produção.
 A recessão nesse período provocou uma perda na renda per capita.
 Estaglação e quando ocorre uma queda expressiva no nível de atividade economia combinada com umgrande crescimento da inflação.
 1983 enquanto o país enfrentava terrível recessão, as contas externas atingiram as metas acordada com o FMI. O superávit comercial chegou a US$6,5 bilhões, devido a redução das importações para 6,8% do PIB. Mesmo com a retomada do crescimento em 1984, as importações não voltariam a crescer o superávit comercial atingiria US$13 bilhões e permaneceria nesse patamar por uma década.
 A retomada do crescimento em 1984 teve fundamental importância em relação a recuperação da economia norte-americana.
 A grande recessão no período 1981-1983, com seus altíssimos custos sociais, levou a proposta de choque heterodoxo política atinflacionaria que se contrapunha ao choque ortodoxo, baseado unicamente na contração da demanda. Essa proposta seria implementada no país em 1986, com o Plano Cruzado.
 
2 – PROBLEMA CENTRAL 
Como as recessão delfiniana afetaram o PIB e atingiu a estaglação e o que ocorreu em 1984. 
3 – SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA
O efeito da recessão foi à queda de 4,3% do PIB em 1981 e ligeiro aumento em 1982 (o que não evitou a queda do PIB per capita). Foram iniciadas negociações com o FMI que ficou estabelecido um teto para o déficit em transações correntes, o que implicaria um superávit de US$ 6 bi e exportações líquidas de bens e serviços de US$ 4 bi. Para aumentar o volume das exportações, previu-se uma desvalorização do Cruzeiro a uma taxa mensal 1% maior do que a taxa de inflação. A meta da inflação para 1983 era de 78% e deveria ser alcançada com o controle das contas públicas, incluindo os gastosdas estatais, além da contenção da demanda agregada via desindexação parcial dos salários.
Ao longo de 1981, adotaram-se outras medidas estritamente ortodoxas como o aumento da arrecadação do Imposto de Renda e do IOF nas operações de câmbio para importações, além de uma violenta contração da liquidez real e do crédito, com exceção da agricultura (para a qual seria expandida). Assim, registrou-se uma queda de 4,3% do PIB em 1981, a primeira do pós-guerra, e, entretanto, a inflação não sofreu grandes reduções, passando de 110% em 1980 para 95% em 1981, devido a um choque agrícola favorável.
A balança comercial apresentou um superávit, diferente de 1980 e as exportações aumentaram em 0,5% enquanto as importações caíram 1,2%. A produção industrial também caiu.
O cenário internacional se agravou. As taxas de juros internacionais aumentaram em 4% em 1981 – os juros da dívida externa absorviam 40% das receitas das exportações. Em 1982, a moratória mexicana tornou mais dramática as pressões sobre a balança de pagamentos: o superávit comercial foi reduzido e as despesas com os juros da dívida externa aumentaram ainda mais, agravando o déficit em conta corrente. Esses fatores dificultaram o financiamento desse déficit e as reservas líquidas tornaram-se negativas em mais de US$ 2 bi.
Em 83, prosseguiu a política de contração da demanda. Uma maxidesvalorização de 30% em fevereiro, associada ao choque agrícola, acelerou a inflação que atingiu a marca de 211%. A queda do PIB foi de 2,9% acompanhada de queda do produto industrial e aumento do desemprego.Essa queda expressiva no nível de atividade econômica combinada com grande crescimento da inflação configura a chamada estagflação, que se verificou durante esse período também nos países desenvolvidos.
Alguns críticos do PSI analisaram a crise como sendo “purificadora” que sucatearia uma indústria ineficiente, como ocorria em outros países da AmLat. A retomada do crescimento em 84 impulsionada pelas exportações crescentes com importações bastante limitadas diminuiu a credibilidade desses argumentos.
As contas externas atingiram em 1983 as metas acordadas com o FMI, um resultado só possível em razão da maturação de vários projetos implantados pelo II PND, que permitiu o aprofundamento da substituição de importações.
A recuperação da economia americana a partir de 1984 foi fundamental para a retomada do crescimento, apoiada no aumento das exportações e no crescimento da renda agrícola, em função de uma forte alta nos preços dos produtos primários, que repercutiram em compras de insumos e maquinários. A produção industrial cresceu.
O PIB em 1984 cresceu 5,4%, mas a taxa de inflação permaneceu no mesmo patamar. A grande recessão do período anterior sem sucesso nessa área levou à proposta de choque heterodoxo, política inflacionária que se contrapunha ao choque ortodoxo baseado unicamente na contração da demanda
A CRISE DA DÍVIDA EXTERNA E A CRISE FISCAL DO ESTADO
Capítulo 12
1-DEFINIÇÕES
 A recessão dos anos 1980 está profundamente relacionada com a questão do endividamento externo. Vejamos como tudo começou. A dependência financeiraexterna do Brasil é um problema tão antigo quanto a história do próprio país. Porém, iremos tratar apenas do aumento recente da dívida externa, que ocorre a partir de 1968, durante o regime militar. Vamos começar nosso estudo pelaanálise do cenário externo naquele período, marcado pelo surgimento do Euromercado.
 Nos anos 1960, bancos de diferentes países, mas principalmente europeus, passaram a aceitar depósitos em dólar. Havia uma oferta mundial de dólares muito grande naquela época, decorrência principalmente dos déficits comerciais norte-americanos financiados por emissões monetárias.
 Você pode entender isso da seguinte maneira: os Estados Unidos estavam consumindo mais do que produziam, consequentemente tinham de importar essa diferença, e estavam financiando suas importações através de emissão monetária. Como bancos de diferentes países passaram a aceitar depósitos em dólar, foi havendo um aumento na disponibilidade de fundos a serem emprestados no mercado financeiro internacional. Essa situação iria se acentuar ainda mais a partir de 1974, quando os árabes começaram a despejar petrodólares nesse mesmo mercado.
 Se de um lado existia uma enorme massa de recursos a serem emprestados, numa outra ponta, havia muitos países em desenvolvimento necessitando de divisas (moeda estrangeira) para financiar seus projetos de desenvolvimento. O resultado desse encontro é bastante previsível. Vários países, entre eles o Brasil, entraram em um processo de endividamento externo.
 A dívida externa brasileira que começa a se acelerar a partirde 1968 era predominantemente privada. Os principais tomadores de empréstimos eram empresas multinacionais e bancos estrangeiros. A partir de 1975, com a implementação do II PND, há uma inflexão desse quadro. O II PND foi financiado por recursos nacionais e estrangeiros. A poupança interna foi direcionada ao setor privado nacional. Por outro lado, as empresas estatais, por terem mais condições de levantar recursos no exterior, uma vez que contavam com o aval do governo, foram praticamente forçadas a se endividar no mercado financeiro internacional. A literatura que trata desse tema costuma dizer que, a partir do II PND, houve uma estatização da dívida externa brasileira.
TEORIA DA INFLAÇÃO INERCIAL E POLÍTICAS DE ESTABILIZAÇÃO
Capítulo 13
1-DEFINIÇÕES
A tentativa de decifrar a inflação brasileira – O Diagnóstico da Inflação Inercial
 Início da transição democrática em 1985: grave crise econômica com diagnóstico de causas impreciso e parcial. A dívida era o aspecto mais aparente da crise econômica. 
 A inflação, ao invés de baixar, como esperava o governo, dadas as políticas ortodoxas adotadas sob orientação formal do FMI subiram do patamar de 100% ao ano para 200% em 1983 apesar da forte recessão de então. 
 Os instrumentos ortodoxos de controle fiscal e política monetária não pareciam surtir os efeitos esperados. Teoria da inflação inercial: uma interpretação alternativa do processo inflacionário, segundo a qual a solução do problema, embora difícil, não era tão custosa quanto à teoria ortodoxa apontava. 
 A inflação tem origemem pontos de estrangulamento na oferta de certos bens em linha com o pensamento estruturalista;
 Ênfase na inflação como um mecanismo de defesa da economia, ou seja, uma forma de moderar os ciclos econômicos e manter elevada a taxa de investimento;
 O poder de monopólio das grandes empresas e, em particular dos grandes intermediários de bens agrícolas, era tal que, na recessão, o processo inflacionário era acelerado para acomodar suas demandas e impedir a diminuição de sua renda.
 Lacuna nas teorias convencionais e na teoria de Rangel: a estabilidade da inflação em determinados patamares. Fenômeno este particularmente visível na economia brasileira. 
 Aceleradores: aumento da quantidade nominal de moeda acima do aumento da renda (análise ortodoxa), excesso de demanda (keynesianos), estrangulamentos na oferta e efeitos propagadores dos aumentos setoriais de preços (estruturalistas) etc.;
 Mantenedores: conflito distributivo, ou seja, esforço dos agentes econômicos para manter sua participação na renda agregada;
 Sancionadores: moeda e déficit público. A moeda é estritamente endógena e a inflação inercial é um incentivo ao déficit público e ao financiamento inflacionário de despesas.
 Uma nova estratégia de combate à inflação – as propostas de choque heterodoxo e de moeda indexada 
 Controlar a inflação dependeria de políticas administrativas, ou seja, políticas de rendas e controle de preços.
 Francisco Lopes propõe o chamado choque heterodoxo, no qual defende um amplo congelamento de preços. Os economistas ortodoxos adotaram aestratégia retórica de associar heterodoxia com populismo econômico, especialmente porque os dois principais choques fracassaram em razão de políticas populistas.
 André Lara Resende propôs em 1984 a estratégia de moeda indexada, na qual uma reforma monetária permitiria por algum tempo a convivência de duas moedas.
 O fracasso das tentativas ortodoxas de estabilização. 
 Houve divergência sobre o diagnóstico da inflação (heterodoxo ou ortodoxo), as medidas ortodoxas foram implementadas e algumas medidas heterodoxas foram sendo incorporadas. Assim, o governo promoveu um ajuste fiscal duro com alterações na forma de indexação e desvalorização cambial. A retomada do processo inflacionário determinou o acirramento do conflito na área econômica do governo. 
 Planos de estabilização heterodoxos - oferta: Plano Cruzado e Bresser, os quais admitiam que a inflação fosse pura e simplesmente inercial; demanda: os planos que foram estabelecidos de 1981 a 1983 e o “feijão-com-arroz” do ministro Maílson da Nóbrega em 1988;
 Plano Cruzado teve aparente sucesso, com controle da inflação e crescimento econômico.
 O congelamento transformou-se no elemento do Plano Cruzado de maior apelo popular, o que levaria o governo a sustentá-lo ao máximo, a qualquer custo, sobretudo por se tratar de ano eleitoral.
 A proximidade da capacidade produtiva em muitos setores industriais, em um contexto de escasso estímulo ao investimento, tornou problemática a manutenção do congelamento de preços.
 Após as eleições estaduais, foi decretada outra ampla reformaeconômica: o Cruzado II. O governo efetuou um brusco reajuste de preços de diversos bens de consumo bem como reajustou os impostos sobre produtos.
 Plano Bresser - No início, o plano atingiu alguns de seus objetivos, baixando a inflação e o déficit público e expandindo os saldos comerciais, o que possibilitou o fim da moratória da dívida externa. O plano perdeu credibilidade junto à opinião pública, os desequilíbrios dos preços relativos e superávits comerciais causaram pressões inflacionárias, os juros altos inibiram o investimento e a reforma tributária que fazia parte do plano foi barrada por restrições de ordem política. Apesar do congelamento de preços, as taxas de inflação permaneceram elevadas. 
 Plano Verão - Em 1988, celebrou-se entre governo, empresários e trabalhadores o chamado pacto social, que estabelecia limites para aumentos de preços e propunha uma revisão da metodologia de reajustes salariais e um plano para equilibrar as contas públicas. O fracasso dessa nova tentativa levou o governo a decretar um novo plano econômico: o Plano Verão em 1989, que introduziu uma nova moeda (Cruzado Novo), equivalente a mil cruzados e o dólar foi cotado a NCz$1,00 após uma desvalorização da moeda nacional.
 Principais medidas: 1. taxas de juros elevadas, desindexação e a promessa de ajuste fiscal; 2. os preços foram congelados por tempo indeterminado e os salários foram convertidos pelo poder de compra médio dos doze meses anteriores e reajustados em 26,1%, sendo extinto o indexador dos salários; 
 Em pouco tempo, alguns aumentos foramautorizados, o cruzado novo foi desvalorizado e o congelamento começou a ser desfeito. A indexação voltou a ser praticada Não havia mais credibilidade nem sustentação política ao governo após tantos planos fracassados.
2 - PROBLEMA CENTRAL 
A defasagem nos aumentos de preços das empresas que resultava no repasse automático da elevação de custos para os preços, independentemente da demanda. A essa característica somava-se o processo de formação depreços numa economia oligopolizada, margem fixa ou mark up, que não leva necessariamente a um aumento da taxa de inflação, mas à manutenção dos níveis de inflação em um determinado patamar. 
A cada choque a inflação subia a um novo patamar mais elevado não retornando naturalmente ao anterior. Governo José Sarney: a crise fiscal do Estado, a baixa capacidade de financiamento externo e a inflação elevada eram desafios do novo governo que sofria pressões da sociedade para que o Brasil retomasse o caminho do elevado crescimento econômico. 
Pontos mais importantes da década de 1980.
Primeira metade da década: 
- crise do balanço de pagamentos (dívida externa) ê processo inflacionário e crise fiscal 
- ajuste externo ê instabilidade e crise econômica (recessão)
Segunda metade da década:
- alta inflação ê choques de estabilização (Planos) ê fracassos 
- instabilidade ê desaceleração do crescimento ê crise fiscal

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