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Capitulo do Livro-Fontes de Luz e Clareamento

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AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
200
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA 
DE CLAREAMENTO DENTAL? 
 
 
 
 
 
 
Heraldo Riehl 
 
⇒ Especialista em Dentística, Mestre e Doutor em Dentística opção Materiais Dentários 
pela FOB-USP, Professor Convidado do Curso de Pós-Graduação do Hospital de 
Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP e Coordenador do Curso de 
Especialização em Dentística e Odontologia Estética da APCD Regional Bauru. 
 
 
 
 
 
Mauro F. Nunes 
 
⇒ Mestre em Materiais Dentários pela F.O. USP, Especialista e Mestre em Dentística 
pela UNC-EUA, Professor do curso de especialização em Dentística da UFRGS. 
 
 
 
 
 
 
Este capítulo é parte integrante do eBook lançado durante o 25º Congresso Internacional 
de Odontologia de São Paulo – 25º CIOSP (janeiro de 2007) e distribuído gratuitamente 
pelo site www.ciosp.com.br, pertencente 
à Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – APCD. 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
201
RESUMO 
 
O objetivo deste texto é esclarecer melhor o papel das fontes de energia luminosa, indicadas e empregadas 
em diversas técnicas de clareamento dental. A necessidade de evidências científicas robustas 1 sobre o 
assunto, a grande divergência de opiniões na literatura, o excessivo marketing feito pela mídia, e o grande 
interesse que o assunto desperta na comunidade odontológica e nos pacientes são fatores relevantes. Assim, 
é fundamental identificar qual(is) o(s) efeito(s) que essas fontes de luz causariam sobre o agente clareador e 
a estrutura dental. 
A eficácia e a segurança de agentes clareadores de baixa concentração para o clareamento doméstico estão 
muito bem documentadas na literaturaa , 2 (Figuras 1, 2 e 3). Entretanto, uma nova categoria de agentes 
clareadores com maior concentração foi desenvolvida com o intuito principal de acelerar a velocidade da 
terapia clareadora. Recentemente, foi agregado à esses últimos, a opção de ativação por uma fonte luminosa 
(exemplo, laser), cujo objetivo primordial é potencializar e acelerar sua ação 3 (Figuras 4, 5 e 6). Porém, 
fenômenos como o significativo aumento da sensibilidade dental pós-operatória tornou-se um dos efeitos 
colaterais mais encontrados nesse tipo de abordagem, ocorrendo muitas vezes durante e também depois do 
fim da terapia. Tal fato tem sido discutido cientificamente e alternativas foram sugeridas para amenizar a 
ocorrência da hipersensibilidade, como a laserterapia, a diminuição da concentração dos agentes oxidantes 
empregados, o emprego de analgésicos, antinflamatórios e a diminuição ou a completa eliminação do calor. 
O calor infelizmente acompanha a maioria das fontes luminosas empregadas na técnica de clareamento de 
consultório, popularizada como power bleaching 4, constituindo hoje em dia em fator de preocupação. 
 
 
Figura 1 Figura 2 Figura 3 
Figuras 1, 2 e 3: A foto do pré-operatório (figura 1) evidencia um sorriso adulto, saudável, compatível com a escala Vita Classic A3 / A3,5. 
A opção neste caso foi a do clareamento doméstico, executado com peróxido de carbamida a 10% (Whiteness Perfect- FGM), na 
posologia de 2 horas por dia, durante 2 semanas. Observamos na foto intermediária (figura 2), a moldeira individual confeccionada com 
polímero específico e que era carregada com o gel clareador. A última foto (figura 3) mostra o resultado obtido após 60 dias de finalizado 
o tratamento. Como resultado final, a foto do pós-operatório tardio (60 dias) os dentes apresentam-se mais claros do que no início, com 
um aspecto natural, esmalte brilhante, terço cervical ligeiramente mais saturado do que os médio e incisal, sem o conhecido aspecto de 
desidratação – comumente observado no pós-operatório imediato – e esteticamente dentro do que foi previsto no plano de tratamento, o 
termo de consentimento esclarecido e satisfazendo o desejo do paciente. 
 
 
Figura 4 Figura 5 Figura 6 
Figuras 4, 5 e 6: seqüência clássica de clareamento assistido por fonte de luz, onde um paciente adulto, compatível com a escala Vita 
Classic A4/B4, recebeu a aplicação de peróxido de hidrogênio a 35%. Foram realizadas duas sessões clínicas, com intervalos de sete dias 
entre as mesmas, onde em cada sessão tal peróxido ficou em contato com o esmalte dental por 45 minutos, subdividido em três 
aplicações parciais de 15 minutos por sessão clínica. Durante todo o tempo em que o peróxido ficou em contato com o esmalte (90 
minutos ao todo), o mesmo foi irradiado com uma fonte híbrida de luz, de acordo com a literatura 3 . Nota-se, após 30 dias de pós-
operatório, sensível redução do croma (A2) e percebe-se também um aspecto “marmoreado”, manchado com pequenas áreas 
 
a Joiner, A. The bleaching of tooth: a review of the literature. Journal of Dentistry, 2006. IN PRESS 
 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
202
esbranquiçadas, interpretadas por nossa equipe como áreas de intensa desidratação. Acreditamos que mais tempo seja necessário para 
que tenhamos a completa reidratação do esmalte e a real cor final obtida pela terapia clareadora 
possa ser contemplada com fidelidade. 
 
Ainda, a literatura revela que a suposta 
ativação de agentes clareadores por calor, 
luz ou laser pode causar efeitos colaterais 
sobre o tecido pulpar, através do possível 
aumento da temperatura intrapulpar, que 
normalmente não deveria exceder 5,5oC 
acima da temperatura fisiológica 5. Os 
géis clareadores tendem a “isolar” a 
superfície dental, prevenindo o 
aquecimento excessivo, muito embora 
existam evidências 6 de que sem o gel, 
empregando-se um laser de diodo (3W, 
830nm por 30 segundos), a temperatura 
se aproxime a 16oC, e com gel, por volta 
de 8,7oC, ambos os valores acima do 
limiar “crítico”. Estas informações devem 
ser de domínio público na classe 
odontológica. 
Este artigo analisa as evidências 
científicas consistentes que contém 
informações que sustentem ou não uma 
real vantagem clínica do uso dessas 
fontes de luz, devido ao custo elevado dos 
equipamentos. Também discute como as 
fontes de luz realmente funcionam, e se 
proporcionam vantagens significativas do 
ponto de vista clínico e biológico para 
nossos pacientes, quando comparadas a 
outras técnicas de clareamento já bem 
conhecidas. Não discute o notório “valor 
agregado” que tais fontes luminosas 
proporcionariam em consultório, pois se 
faz necessário separar “o clareamento de 
fato” do “clareamento de ficção”b. 
 
1. Introdução 
 
Muito se tem discutido sobre o uso de 
fontes de energia luminosa com o intuito 
de facilitar, acelerar e aumentar e 
eficiência do peróxido de hidrogênio ou de 
 
b Robert W. Gerlach in Physical, biological and social aspects of 
whitening: an evidence-based approach, 
Academy of Dental Materials 2006 Annual Meeting. 
 
carbamida durante os procedimentos de 
clareamento dental 
3,5,6,7,9,10,11,12,13,14,17,18,19. 
De maneira geral, todo tratamento 
clareador envolve procedimentos 
químicos com substâncias oxidantes que 
retiram elétrons do substrato onde 
entram em contato. Dentre todas as 
substâncias já pesquisadas, os peróxidos 
são considerados os oxidantes mais 
efetivos e com menor potencial de efeitos 
colaterais indesejáveis. 
Genericamente, os peróxidos são óxidos 
que contém mais oxigênio do que um 
óxido normal. Tais substâncias são 
encontradas em várias partes do corpo 
humano, como por exemplo: na lágrima, 
na saliva, nas sinapses neurais e nos 
tecidos inflamados. Sabe-se também que 
existe um sistema enzimático que regula 
o aporte dosperóxidos nos tecidos vivos, 
mantendo a concentração dessas 
substâncias em níveis fisiologicamente 
seguros. Dentre as enzimas mais 
estudadas e conhecidas encontramos as 
catalases, as peroxidases e a 
superoxidodismutase. Tais enzimas têm a 
função de transformar o peróxido (com 
excesso de oxigênio) em seu óxido de 
origem, liberando assim uma espécie de 
oxigênio conhecido como oxigênio 
nascente. É sabido que não só as enzimas 
têm a propriedade de decompor 
basicamente os peróxidos em água e 
oxigênio nascente. Fontes de calor, fontes 
de luz, substâncias químicas, variações de 
pH e alguns íons metálicos também são 
capazes de decompor o peróxido 
envolvido numa reação de clareamento 
dental. 
O peróxido de hidrogênio que foi 
decomposto em íntimo contato com o 
substrato desejado, libera o oxigênio 
nascente, que notoriamente é um íon de 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
203
vida efêmera, instável, e que se une 
rapidamente a outras substâncias livres 
ou fracamente ligadas a um determinado 
substrato, conseguindo assim novamente 
a estabilidade. Isto é possível graças à 
grande eletronegatividade do oxigênio, o 
que lhe confere um enorme poder de 
reação, pois esses íons buscam 
incessantemente a estabilidade 
molecular. Esse fenômeno oxidante 
ocorre, controladamente, milhares de 
vezes ao dia em nosso organismo, pois o 
oxigênio nascente é um dos radicais livres 
responsáveis pelo nosso envelhecimento, 
entre outras substâncias que também 
colaboram para que isso ocorra, sendo 
encontrado naturalmente em nosso 
organismo. É provavelmente através de 
um mecanismo similar ao de óxido-
redução ou de oxidação simples, 
provocado pelo oxigênio nascente, que a 
maioria das moléculas que mancham os 
dentes tornam-se mais simples, mais 
claras ou são eliminadas. 
O uso de substâncias químicas com a 
finalidade específica de clarear dentes 
coloca o peróxido de hidrogênio como 
uma das substâncias capazes de alterar 
as cores dos dentes para tonalidades 
mais claras. Desde essa época várias 
substâncias foram empregadas com a 
mesma finalidade, mas tem sido 
incontestável a supremacia dos 
resultados clareadores proporcionados 
pelo peróxido de hidrogênio, em sua 
forma pura ou como produto final da 
decomposição de outros peróxidos mais 
complexos, como o peróxido de 
carbamida. 
Neste sentido, é de conhecimento comum 
que o procedimento clínico de profilaxia 
dental profissional resolve a grande 
maioria dos casos de remoção de 
pigmentos extrínsecos como manchas de 
café, tabaco, vinhos tintos, clorexidina e 
mais uma infinidade de corantes 
empregados no dia-a-dia, pois todos 
causam manchamentos superficiais. Os 
agentes clareadores baseados em 
peróxidos também contribuem na 
oxidação e remoção de resíduos de 
pigmentos extrínsecos, mas seu sítio de 
ação principal não seriam as moléculas 
dentinárias pigmentadas? Moléculas 
cromóforas orgânicas? 3 As perguntas a 
serem respondidas são: de onde vem 
realmente a cor dos dentes? Onde estão 
localizados os pigmentos orgânicos a 
serem clareados na estrutura dental? Em 
qual substrato encontramos maior 
conteúdo composicional orgânico? No 
esmalte ou na dentina? 
Para exercer seu efeito clareador todo 
peróxido teria que primordialmente entrar 
em contato com as tais moléculas que 
conferem cor ao elemento dental. Se 
aceitarmos a teoria de que a dentina 
confere a maior parte da cor ao dente e o 
esmalte apenas a modula de acordo com 
suas relações de espessura, o peróxido 
envolvido teria que alcançar praticamente 
incólume a dentina em quantidade 
suficiente para se decompor em oxigênio 
nascente exatamente onde estão 
localizados os pigmentos ditos 
intrínsecos. O peróxido de hidrogênio 
chegaria até a dentina por osmose pura e 
simples, atravessando o esmalte, que 
cumpriria o papel de uma membrana 
semi-permeável. Essa membrana semi-
permeável tem diferentes níveis de 
permeabilidade de acordo com a idade do 
indivíduo, em decorrência de diferentes 
graus de mineralização e porosidade do 
esmalte (Figuras 7, 8 e 9). 
 
 
 
 
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Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
204
 
Figura 7: esmalte de incisivos centrais com características de paciente jovem (18 anos), com periquimáceas 
na face vestibular visíveis, margem incisal translúcida preservada, totalidade de dentina coberta por esmalte, 
pouco tempo de desafio bioquímico e funcional e possivelmente com esmalte mais permeável ao 
tratamento clareador. Clinicamente falando, possivelmente com câmara pulpar volumosa e pouca deposição 
de dentina terciária. 
 
 
Figura 8: esmalte de incisivos centrais com características de paciente adulto (30 anos), com sua superfície 
já desprovida das periquimáceas, margem incisal e superfície vestibular já com algum desgaste. Pelo maior 
tempo de vida intrabucal, tal elemento apresenta em sua história um desafio bioquímico e funcional 
significante, com repercussão direta no grau de mineralização e permeabilidade do esmalte. À análise 
clínica, seus aspectos relativos à câmara pulpar possivelmente evidenciam já alguma deposição de dentina 
terciária. 
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Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
205
 
 
Figura 9: esmalte de incisivos centrais com características de paciente idoso (60 anos), com superfície 
vestibular e margem incisal fisiologicamente desgastada, presença de trincas e, pelo alto desafio bioquímico 
e funcional, altamente mineralizado, menos permeável e com dentina mais aparente. Câmara pulpar 
possivelmente atrésica, com grande quantidade de dentina terciária, naturalmente com maior croma quando 
comparada à dentina de um dente jovem ou adulto. 
 
Atingindo a dentina, o peróxido reagiria 
espontaneamente com elementos 
químicos presentes naturalmente na 
dentina que o desestabilizaria, liberando o 
oxigênio nascente que por sua vez iria 
oxidar o substrato onde mantém íntima 
solução de continuidade. Dentro desse 
raciocínio, a aceitação de um possível 
mecanismo que esclareça toda e 
qualquer hipótese das prováveis reações 
químicas envolvidas no processo de 
clareamento dental assemelha-se mais 
ao processo de prova em uma corte 
judicial ideal, onde evidências científicas 
deveriam ser organizadas para gerar uma 
imagem convincente, clara e consistente 
das mesmas, ao invés de uma prova 
meramente verbal. Tais evidências 
científicas deveriam ser selecionadas com 
critérios de qualidade bem definidos, com 
a seleção de publicações de acordo com a 
força da evidência selecionada, o que 
ofereceria maior confiabilidade à hipótese 
levantada e à sua correlação com a 
prática clínica. 
Neste artigo, procuramos selecionar 
artigos de alta evidência científica 1. 
Mesmo utilizando um número 
obrigatoriamente restrito de artigos (mas 
com robustez adequada), encontramos 
inúmeras divergências na literatura 
consultada, principalmente numa questão 
intrigante, que é o objeto de análise e de 
esclarecimento desse pequeno artigo: a 
aplicação de luz aumentaria a eficiência 
do clareamento dental? Será que na 
ausência de fonte luminosa 
conseguiríamos resultados semelhantes, 
e com custo/benefício/qualidade, 
semelhantes, de porte científico e o 
biológico (excluindo-se o mercadológico) 
melhores? 
O objetivo desta análise não é fazer 
apologia contra as fontes de energia 
empregadas para clareamento e muito 
menos criar conflitos de interesse. Apenas 
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Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
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buscamos evidências científicas 
convincentes e consistentes de que o uso 
de fontes de luz (quer sejam luzesemitidas por diodo [LEDs], laser 
infravermelho ou fontes híbridas) 
realmente fazem jus ao investimento, que 
as fontes luminosas funcionam, e que 
realmente trazem algo vantajoso para o 
paciente. 
 
2. Considerações sobre a cinética do clareamento dental 
 
Para que ocorra o clareamento dental, 
são necessários três componentes: o 
elemento dental (esmalte, dentina e 
polpa), o agente clareador (basicamente 
peróxido de hidrogênio), e um gatilho para 
catalisar sua decomposição e haver a 
liberação de oxigênio nascente. 
Dependendo das condições e do 
ambiente onde o clareamento ocorre, não 
é somente o oxigênio nascente que surge; 
outros íons podem surgir, como por 
exemplo os radicais hidroxil, per-hidroxil e 
íons de peróxido de hidrogênio e 
categorias intermediárias. 7 
A cinética da reação de clareamento 
dental obedece algumas leis da química 
que envolvem a difusão do peróxido de 
hidrogênio para a intimidade da estrutura 
dental, seguida de uma equação de 
equilíbrio químico 8 que leva em 
consideração a pressão osmótica exercida 
pelo agente clareador, geralmente ditada 
pela sua concentração, pelo seu potencial 
oxidativoc e fundamentalmente pelo 
tempo que esse agente clareador ficará 
em contato com a superfície dos dentes. 
Em outras palavras: um agente clareador 
altamente concentrado (como o peróxido 
de hidrogênio 35%), atuando por um 
tempo relativamente curto (por exemplo, 
40 minutos por sessão) e em contato com 
o esmalte (uma membrana semi-
permeável) deveria proporcionar um 
grande e longevo efeito clareador numa 
 
c Potencial oxidativo: A potência oxidativa de uma substância 
clareadora é medida pelo tempo de contato, quantia e 
velocidade de liberação do oxigênio nascente, sendo estas 
dependentes de vários fatores, como a natureza do peróxido, 
sua concentração, temperatura em que se dá a reação e se há 
presença de catalisadores. 
só aplicação. Mas isto não é verificado na 
prática clínica. Por quê? Devido a 
diferenças entre pacientes, mais 
especificamente: ao tipo de esmalte, à 
idade do mesmo, à composição e pH do 
agente clareador, ao tempo de contato do 
clareador com o substrato, à temperatura 
do agente de clareamento, entre outras 
condições, não se pode padronizar 
genericamente os resultados. Por todas 
estas variáveis pode-se afirmar que, em 
regra, várias aplicações de 40 minutos do 
agente clareador são necessárias para 
obter-se clareamento significativo. 
A velocidade da maioria das reações 
químicas pode ser aumentada pela 
elevação da temperatura, e também 
pode-se afirmar que com o passar do 
tempo a velocidade de reação tende a 
diminuir, pois os reagentes tendem a se 
esgotar 8. Verifica-se ao longo da história 
que a aceleração da decomposição dos 
peróxidos muitas vezes foi feita com o 
emprego de calor e. Para ganhar tempo, 
os clínicos tentaram apressar a 
degradação dos peróxidos aumentando 
sua temperatura através da utilização de 
instrumentos aquecidos ou fontes de luz. 
Luzes incandescentes, 
fotopolimerizadores, lasers 
infravermelhos e LEDs de alta densidade 
de potência podem elevar a temperatura 
do agente clareador, acelerando a 
degradação do peróxido. Entretanto, isto 
pode colocar em risco a saúde pulpar. 
Ainda que o aquecimento produzido pelas 
fontes luminosas possa explicar a 
aceleração inicial na decomposição dos 
agentes clareadores, segundo recente 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
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207
trabalho de revisão sistemática da 
literatura e, não existem evidências 
científicas de que isto potencializaria ou 
aceleraria o clareamento dos dentes 
efetivamente. O mesmo artigo ainda 
ressalta que calor, luz ou laser podem ser 
danosos para a polpa pelo aumento de 
temperatura intrapulpar acima dos 5,5oC. 
Os mesmos autores concluem que a 
aplicação de prodecimentos clareadores 
ativados por luz deveriam ser criticamente 
analisados, considerando-se suas 
implicações físicas, fisiológicas e 
patofisiológicas. Tal análise crítica é 
corroborada por outros autores 
5,6,9,10,11,12,13,14 que vislumbram a 
necessidade de maiores pesquisas 
clínicas, de melhores projetos de 
avaliação e de trabalhos que sejam feitos 
in vivo, partindo de hipóteses bem 
estruturadas e com referências 
consistentes, principalmente sobre 
possíveis mecanismos de ação destas 
fontes luminosas. 
Por outro lado, encontramos autores 3 que 
investigam e recomendam luz emitida por 
diodo (LED), os LEDs associados à lasers 
infravermelhos (conhecidos como fontes 
híbridas de luz), que discorrem sobre seus 
mecanismos de ação e sobre suas 
vantagens, e divulgam que as fontes 
luminosas atualmente disponíveis 
parecem ser a melhor e mais eficiente 
forma de clarear dentes. 
Em várias ocasiões encontramos opiniões 
extremamente favoráveis ao uso das tais 
“luzes especiais” para decompor o 
peróxido de hidrogênio. Mas será que as 
fontes luminosas são imprescindíveis 
para acelerar ainda mais seu processo? 
Elas realmente contribuiriam 
significativamente para que os dentes dos 
pacientes fiquem mais claros do que 
métodos tradicionais, como por exemplo, 
as técnicas feitas com moldeiras? Quais 
as implicações clínicas e biológicas 
envolvidas e principalmente, como fazer 
isso tudo sem enfrentar riscos biológicos 
desnecessários. Não existe o tal efeito 
rebote? Seria este mais demorado do que 
no clareamento de consultório sem luz ou 
no doméstico? 
Como já citado, existem várias maneiras 
de decompor um peróxido. Atualmente, 
as fontes de luz ainda que sejam as mais 
populares, também são as mais 
questionáveis, pois várias perguntas 
continuam sem respostas quando 
confrontadas com literatura de qualidade. 
Assim, existem algumas dúvidas sobre os 
procedimentos clareadores 
ativados/catalisados com fontes 
luminosas: 
 
1) Por que catalisar fortemente a decomposição de um peróxido que, naquele momento, 
está na sua grande maioria longe do seu sítio de atuação? 
 
Resposta: Durante o processo de clareamento dental, o agente clareador (pasta ou gel) 
deve estar em íntimo contato com a superfície do esmalte. A maioria dos fabricantes 
recomenda em suas bulas que, antes de ativá-lo com luzes, deve-se esperar cerca de um 
minuto. Acredita-se que durante esse tempo, a temperatura do clareador e do dente se 
igualam e estabelece-se uma interface de alta pressão osmótica. Depois, são necessários 
de 3 a 12 minutos de luz intermitente ou não para que, segundo a literatura consultada e, 
radicais livres sejam liberados. Raciocinando quimicamente, o tempo de 1 minuto ou pouco 
mais seria suficiente para que o peróxido atravessasse o esmalte e saturasse a dentina, 
podendo então ser decomposto pela energia luminosa? 
Ao incidir a luz sobre o agente clareador, este não se decomporia majoritariamente sobre a 
superfície de esmalte e, portanto, longe do seu sítio de ação - a dentina - local onde 
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208
residiriam as moléculas cromóforas? A idéia de acelerar a decomposição do agente 
clareador opõe-se a do clareamento feito com peróxido de carbamida, com auxílio de 
moldeiras, em que maior tempo é dado ao peróxido para interagir osmoticamente com o 
esmalte, chegando lentamente à dentina e favorecendo a obtenção de resultados já bem 
conhecidos, estudados e, quando executado corretamente, praticamente sem efeitos 
colaterais. 
 
 
2) Qual o comprimento de onda e a potência ideais da luz para acelerar a decomposição do 
peróxido? 
 
 
Resposta: Na literatura os valores de comprimento de onda do laser são 532 (verde), 660 
(vermelho) e 830 (infra-vermelho; invisível) nanômetros e 200 a 2000 mW/cm2 de 
potência. Para os LEDs que circundamesses feixes de laser em alguns aparelhos, os 
valores de comprimento de onda (azul) são 470 nanômetros e 800 mW/cm2 de potência. A 
falta de consenso na literatura sobre o comprimento de onda mais efetivo e a controvérsia 
de que lasers e LEDs de alta potência produzem aquecimento, denotam a necessidade de 
mais estudos dessas fontes de luz, como bem exemplifica a revisão sistemática de 
Buchalla e Attind. Nessa revisão são citados artigos clínicos em cujos métodos as arcadas 
foram divididas e o clareamento foi feito em um hemiarco com luz e no outro sem o 
emprego de qualquer fonte luminosa. 
 
 
3) Sabe-se que um pequeno aumento na temperatura pulpar (5,5oC) é suficiente para 
causar danos. Como se comportaria a polpa imediatamente e após a utilização de luzes 
potentes? 
 
 
Resposta: Fisiologicamente qualquer terapia clareadora (incluindo a doméstica) tem a 
capacidade de aumentar os níveis de oxigênio nascente no complexo dentino-pulpar, o que 
pode induzir estresse oxidativo nas células desses tecidos 15. Isto resultaria em estresse 
oxidativo, na diferenciação celular, maior atividade de fosfatase alcalina sobre os 
odontoblastos da polpa coronária e células endoteliais, com produção de heme-oxigenase-1 
16. Essa substância, pelo excesso de peróxido na dentina, iniciaria uma reação inflamatória 
na polpa. Hipoteticamente, depois de se recuperar de uma possível hiperemia, os 
odontoblastos presentes na polpa depositariam dentina terciária, geralmente mais 
mineralizada e com maior croma. Isso poderia explicar a recidiva 12 após o clareamento 
com fontes luminosas, o que aumentaria o potencial oxidativo de qualquer material 
clareador empregado. O limite de potencial oxidativo dos agentes clareadores deve ser 
respeitado, empregando-se clareadores mais brandos e sem fontes de luz que aqueçam de 
maneira exagerada o elemento dental. 
 
 
d Buchalla, W; Attin, T. External bleaching therapy with activation by heat, light or laser – a systematic review. Dental Materials, 2006 
(article in press). 
 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
209
 
4) Existem maneiras eficazes para avaliar se as fontes de luz produzem resultado clínico 
significativamente superior? 
 
Resposta: Uma das mais importantes 
variáveis na avaliação dos sistemas 
clareadores de consultório é a 
aplicabilidade de uma metodologia que 
aborde testes in vivo em humanos. O 
resultado do clareamento de consultório 
associado a fontes de luz é questionável 
11,17. A maioria dos trabalhos descrevendo 
casos de clareamento em consultório 
associado a luz bem sucedidos está 
limitada aos relatos de casos clínicos ou 
estudos de comparações com os já bem 
documentados e aceitos achados sobre 
clareamento doméstico. Um trabalho 
recente 18 coloca como possível 
justificativa da superioridade dos 
resultados finais do clareamento 
doméstico o maior tempo de contato do 
agente clareador de baixa concentração. 
Isto tornaria possível uma maior difusão 
na estrutura dental, resultando em maior 
clareamento, menor estresse oxidativo 
sobre a polpa, resultado mais durável e 
sem as recidivas em longo prazo 12. Estas 
são relatadas na modalidade de 
consultório, sobretudo nas ativadas por 
fontes luminosas. As causas das recidivas 
recaem sobre a excessiva desidratação 
causada pelo isolamento absoluto ou 
relativo, aumentada pelo calor adicional 
das fontes de luz, o que evidencia um 
“clareamento” adicional temporário. O 
verdadeiro efeito do clareamento sobre os 
dentes, independentemente do método 
empregado, deveria ser mensurado após 
15 a 30 dias, tempo sugerido pelas 
pesquisas mais recentes para que os 
dentes se reidratassem e o tecido pulpar 
se recuperasse do estresse oxidativo a 
que foi submetido. Dessa maneira, os 
profissionais e os pacientes não deveriam 
ficar muito entusiasmados com o 
resultado imediato, e sim esperar algum 
tempo para ter certeza de que a terapia 
clareadora executada concretizou-se em 
sucessoe. 
Uma das grandes dificuldades nos 
métodos de avaliação clínica é o fato dos 
pacientes responderem de maneira 
diferente ao clareamento, ainda que a 
mesma técnica seja usada para comparar 
dentes de um mesmo grupo e de cor 
inicial semelhante. Isto pode ser resultado 
de diferenças genéticas, idade, hábitos e 
de outros inúmeros fatores individuais 
que modificam localmente a ação do 
mesmo tipo de tratamento. 
Para minimizar esses fatores, é essencial 
tratar o assunto com cuidado. 
Atualmente, para confrontar a efetividade 
de duas técnicas distintas, utiliza-se a 
comparação em meias-arcadas, 
observando-se dentes contralaterais de 
um mesmo paciente (dois incisivos 
centrais, por exemplo), de um mesmo 
arco, com as mesmas cores, que tenham 
passado pelos mesmos desafios 
bioquímicos e funcionais. Desta maneira, 
as diferenças intangíveis que poderiam 
gerar interpretações duvidosas são 
virtualmente eliminadas. 
Trabalhos científicos que não utilizam o 
método de avaliação de meias-arcadas 
nas avaliações de clareamento de 
consultório, devem apresentar justificativa 
para tal decisão, visto que esta dificulta a 
interpretação dos resultados obtidos e 
abre margem para dúvidas do real valor 
dos dados obtidos. 
Da mesma maneira que Hein 19, fizemos 
também algumas comparações de fontes 
híbridas (LED + laser infravermelho) em 
 
e Thomas Attin, Wolfgang Buchalla, Anette Wiegand: Clinical 
issues of tooth whitening therapies, in Academy of Dental 
Materials 2006 Annual Meeting. 
 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
210
um lado e LED puro em outro; fontes 
híbridas com nenhum tipo de luz, fazendo 
as mais diversas combinações entre 
fontes luminosas (em andamento) e com 
três tipos de agentes clareadores 
distintos: 
Opalescence X-tra Boost (Ultradent Inc.), 
que não recomenda nenhum tipo de luz; 
Whiteness HP (FGM), que indica as fontes 
luminosas como opcionais, de uso não 
obrigatório; e, 
Lase Peroxide Sensy (DMC), que explica 
ser necessário o uso de uma fonte híbrida 
de luz com laser de diodo infravermelho 
(invisível) com comprimento de onda de 
830 nm e potência de 200 mW 
circundado por LEDs de alto desempenho 
(com comprimento de onda de 470 nm e 
densidade de potência de 800 mW/cm2). 
Os resultados parciais desse estudo, até 
então em andamento, não evidenciam 
diferença entre as hemi-arcadas 
clareadas com luz e sem luz. 
 
 
 
 
 Figura 10 
 
 Figura 11 
Figuras 10, 11, 12, 13 e 14: 
diretriz de avaliação 19, 
adotada pela nossa equipe, 
para mensuração da 
efetividade do clareamento 
com e sem luz – arcadas 
adultas divididas - onde 
metade foi feita com LED + 
laser infravermelho 
(hemiarco direito) e a outra 
metade somente com LED 
(hemiarco esquerdo); ambas 
as fontes emissoras de luz 
azul com a mesma 
densidade de potência. 
Resultado obtido: ambas as 
arcadas apresentaram ao 
final de 60 dias, dentes mais 
claros, mas não houve 
diferença entre as 
hemiarcadas no que se 
refere à maior ou menor 
qualidade de clareamento. 
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211
 Figura 12 
 Figura 13 
 Figura 14 
 
 
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Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
212
 Figura 15 
 Figura 16 
 Figura 17 
Figuras 15, 16 e 17: arcada 
total clareada com 
Opalescence X-tra Boost, 
cuja técnica recomenda 
ausência de luz, em três 
aplicações alternadas de 15 
minutos (“bleaching in the 
dark”) em uma só sessão. 
Resultado estabilizado 
(reidratado), obtido após60 
dias mostra clareamento 
significativo para um 
paciente adulto. 
 
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213
 Figura 18 
 
 Figura 19 
 
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214
 Figura 20 
 
 Figura 21 
 
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215
 Figura 22 
 
 Figura 23 
 
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216
 Figura 24 
 
 Figura 25 
 
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 Figura 26 
 
 Figura 27 
 
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 Figura 28 
 
 Figura 29 
 
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219
 Figura 30 
 
 Figura 31 
 
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220
 Figura 32 
 
 
 Figura 33 
Figuras 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32 e 33: arcadas de paciente adulta clareada 
com peróxido de hidrogênio a 35% (Whiteness HP – FGM), cuja técnica coloca a luz como opcional, onde em 
um hemiarco (o esquerdo) foi aplicado fonte de luz híbrida e na outra metade (o direito) sem fonte de luz 
alguma. Observa-se nos diferentes hemiarcos a mudança de cor de magenta para transparente, em 
gradações de cor diferentes, o que mostra que a luz parece catalisar a reação através de efeito fototérmico 
ou fotoquímico. Entretanto, ao final imediato da terapia clareadora (figuras 30, 31) e tardiamente (figuras 32 
e 33), não houve diferença entre os hemiarcos tratados com o mesmo 
gel clareador e com e sem fontes híbridas de luz. 
 
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 Figura 34 
 
 Figura 35 
 
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222
 Figura 36 
 
 Figura 37 
 
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 Figura 38 
 
 Figura 39 
 
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 Figura 40 
 
 Figura 41 
 
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 Figura 42 
 
 Figura 43 
 
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226
 Figura 44 
 
 Figura 45 
 
 Figura 46 
 
Figuras 34, 35, 36, 37, 38, 
39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 
47 e 48: arcada de paciente 
adulta, clareada com peróxido 
de hidrogênio a 35% (Lase 
Peroxide Sensy – DMC), cuja 
técnica recomendada pelo 
fabricante, de acordo com 
instruções colhidas na bula, 
prevê a ativação com fonte 
híbrida de luz. Arcada direita 
clareada sem uso de fonte de 
luz. Observam-se também nos 
diferentes hemiarcos a 
mudança de cor em 
gradações diferentes da cor 
cereja para diferentes níveis 
de laranja, o que mostra que a 
fonte híbrida de luz parece 
também catalisar a reação 
através de efeito fototérmico 
ou fotoquímico. Entretanto, ao 
final imediato da terapia 
clareadora (figuras 46 e 47) e 
tardiamente (figura 48), não 
houve diferença entre os 
hemiarcos tratados com o 
mesmo gel clareador e com e 
sem fontes híbridas de luz. 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
227
 Figura 47 
 
 Figura 48 
 
 
 
3. O foco no benefício ao paciente 
 
Durante muito tempo era o produto 
clareador, ou seja, uma determinada 
marca comercial ditava a tendência de 
mercado. Talvez pelo fato dos 
procedimentos ficarem mais populares 
depois de 1989, fato coincidente com as 
primeiras publicações de Van Benjamin 
Haywood e Harald Otto Heymann 20, o 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
228
resultado de quase dezoito anos de 
intensa pesquisa a respeito dessa 
fascinante técnica de proporcionar dentes 
mais claros contribuiu para que mitos 
fossem derrubados, paradigmas fossem 
estabelecidos e para que a indústria 
finalmente seguisse a ciência, e não o 
contrário, como muitas vezes a 
comunidade científica e clínica 
presenciou. 
A introdução da tecnologia de fontes 
luminosas por fabricantes da área 
odontológica, ávidos por buscar novas 
maneiras de decompor peróxidos através 
de novos dispositivos como arco de 
plasma, luz emitida por diodos (LED), 
laser de argônio e infravermelho, 
ionização de gás de compostos 
halogênios e também de sistemas não 
tão novos assim, como quartzo-
tungstênio-halogênio e ultravioleta, 
ajudou a criar um aumento na demanda 
motivada pela opinião pública. A luz seria 
uma alternativa rentável e recuperadora 
do valor do procedimento clareador, que 
teoricamente diminuiu com a entrada no 
mercado dos agentes clareadores auto-
aplicáveis distribuídos por grandes 
empresas do ramo de higiene dental. 
A velocidade das reações químicas pode 
ser aumentada pelo incremento de 
temperatura, onde a cada incremento de 
10oC, duplicar-se-ia a velocidade da 
reação 8. O uso de alta intensidade 
luminosa para acelerar o clareamento 
dental, através do aquecimento do 
peróxido de hidrogênio é uma das mais 
antigas tentativas de se obter 
rapidamente o oxigênio nascente. Outras 
abordagens também de longa data citam 
instrumentos aquecidos e pirógrafos 
artesanais. Em todas as técnicas nas 
quais o calor é utilizado, o dano pulpar 
deve ser considerado. Como já foi citado, 
sabe-se que o máximo de aquecimento 
tolerado pela polpa é de 5,5oC, de modo 
que o uso de calor torna-se contra-
indicado 5,6. 
A luz é reconhecidamente um dos gatilhos 
que pode desestabilizar o peróxido de 
hidrogênio, contribuindo para sua 
decomposição, acelerando a liberação de 
oxigênio nascente, fator primordial para 
que ocorra o processo clareador das 
estruturas dentais. Contemporaneamente, 
várias abordagens focam em algumas 
novas e diferentes fontes de luz para 
acelerar a decomposição do peróxido de 
hidrogênio de maneira supostamente 
segura. Essas “novas” luzes apresentam 
variados comprimentos de onda e 
densidades de potência. Como exemplos 
podemos citar: os LEDs, os lasers 
infravermelhos, os LEDs de alta potência, 
os arcos de plasma e as lâmpadas de 
quartzo-tungstênio-halogênio (QTH). Vale 
enfatizar que, como já descrito, algumas 
dessas fontes geram calor excessivo. 
Especula-se que algumas fontes de luz 
possam “energizar” os pigmentos 
localizados na estrutura dental, 
acelerando ainda mais a reação de 
clareamento ao tornarem tais pigmentos 
mais “reativos” 3. Essas especulações 
provêm do fato de que quando uma 
radiação eletromagnética, ao incidir sobre 
uma molécula, aumentaria a excitação de 
elétrons para um estado de maior energia 
8. No espectro ultravioleta e visível, 
existem certos grupos característicos de 
átomos e moléculas denominados 
cromóforos (“que trazem a cor”), 
caracterizados por ligações duplas 
carbono-carbono (=C=C=) e grupos 
carbonila (=C=O), encontrados, por 
exemplo, no caroteno, pigmento 
responsável pela coloração das cenouras, 
mangas, caquis e também presente em 
algunsagentes clareadores. Em termos 
de linguagem da teoria de orbitais 
moleculares, quando a energia (oriunda 
de um LED ou laser, por exemplo) é 
absorvida por tais cromóforos, ocorreria 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
229
uma transição eletrônica por excitação de 
um elétron de um orbital ligante a um 
orbital antiligante * conhecida como 
ligação - * (pi-pi estrela). Tais 
transições ocorrem nos cromóforos 
carbono-carbono em 160nm, na região do 
ultravioleta e nos do grupo carbonila em 
280nm aproximadamente 8. Ambas as 
faixas com comprimentos de onda 
diferentes dos encontrados nas fontes de 
luzes atualmente e indicadas para 
clareamento. 
No entanto, a comprovação desta suposta 
“energização” ainda não foi possível 
quando são utilizadas fontes luzes 
comercialmente encontradas (em torno 
de 532, 660, 830 nm), pois tais fontes de 
energia estão fora da faixa que 
promoveriam tal transição eletrônica, de 
acordo com a literatura específica 8. 
Fundamentados nesta mesma premissa, 
alguns produtos clareadores, indicados 
para o uso associado a fontes de luz, 
contém ingredientes que supostamente 
ajudariam na transferência de energia da 
luz para o gel de peróxido. Para tal, 
corantes como o supracitado caroteno, o 
urucum e o sulfato de manganês são 
adicionados ao agente clareador, pois 
pigmentos vermelho-alaranjados 
aumentam a absorção do comprimento 
de onda azul. 
Relatos de casos isolados 3,6 têm 
demonstrado a suposta eficácia da luz na 
ativação do peróxido em alguns sistemas 
clareadores. Entretanto a literatura 
científica qualitativamente atualizada 
2,4,5,6,7,9,11,13,14,17,18,19 tem evidenciado 
limites e controvérsias relativas às reais 
propaladas vantagens das fontes 
luminosas, através de estudos clínicos in 
vitro e in vivo, de acordo com tabela 
explicativa contida no trabalho de 
Buchalla e Atinn, já supracitado. 
Estudos bem estruturados e com métodos 
convincentes e bem suportados 19,f e os 
de outras equipes, f g que obtiveram 
resultados semelhantes são exigidos para 
demonstrar de maneira inequívoca se 
realmente há ou não o benefício adicional 
de alguma fonte luminosa que objetiva 
clarear dentes. Até o momento, fontes 
luminosas ainda devem ser empregadas 
com cautela, devendo-se aguardar a 
publicação de mais estudos para que se 
chegue ao consenso científico. 
Atualmente, os pacientes em consultório 
questionam sobre o uso “quase 
obrigatório” do “laser”, fato que tem sido 
resolvido por muitos profissionais de 
maneira simples, empregando-o por 
pouco tempo e associando moldeiras com 
peróxido de carbamida (denominado 
tratamento conjugado), fato este último 
que tem garantido um clareamento que 
realmente satisfaça os interesses dos 
nossos clientes, com aspecto realmente 
natural e sem ferir a ética pessoal. Muito 
embora isso pareça ser um contra-senso, 
tal fato seria prontamente resolvido pela 
adoção de diretrizes científicas que 
estabeleçam qual método possui 
evidências científicas de qualidade que 
realmente suportem a proposta oferecida. 
A proposta para criação de comissões 
para a redação, edição e publicação de 
diretrizes científicas na área odontológica, 
abordando os mais diversos temas, é uma 
sugestão a ser pensada, avaliada e talvez 
adotada pelas sociedades representativas 
das diversas especialidades da nossa 
profissão. Tal exemplo é adotado pela 
Medicina já há vários anos e com 
excelentes resultados práticos. 
Para a confecção de uma possível diretriz 
sobre assuntos como adesão em dentina 
e esmalte, clareamento dental, resinas 
 
f Nunes, MF; Masotti, A; Soares, CG; Rolla, J.N.; Conceição, E.N. 
Clinical evaluation of the effectiveness of two in-office 
bleaching techniques using a hydrogen peroxide based product. 
(em preparação). 
 
g Sampaio, CC; Riehl, H; Rossetti, PHO. Clareamento dental : as 
fontes de luz são realmente necessárias? (em preparação) 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
230
compostas, cerâmicas odontológicas e 
clareamento dental, transcrevemos aqui o 
caminho de um possível modelo retirado 
do site da Sociedade Brasileira de 
Cardiologia (www.cardiol.org/consenso), 
cuja tabela de critérios de consenso 
positivo (Classe I), negativo (Classe III) ou 
ainda em fase de avaliação (Classe II) 
está abaixo reproduzida. 
 
Classe I 
Condições para as quais há evidência para e/ou acordo geral de que o 
procedimento é útil ou efetivo. 
Classe II 
Condições para as quais há evidências conflitantes e/ou divergência de 
opinião sobre utilidade/eficácia do procedimento 
Classe IIa: peso ou evidência/opinião a favor de utilidade/eficácia 
Classe IIb: utilidade/eficácia menos bem estabelecida por evidência ou 
opinião 
Classe III 
Condições para as quais há evidência e/ou geral acordo de que o 
procedimento não é útil/efetivo e em alguns casos pode ser nocivo 
 
4. CONCLUSÕES 
 
Como em nenhuma outra época, a 
Medicina e a Odontologia têm buscado 
incessantemente a comprovação 
científica de todos os tipos de 
tratamentos e procedimentos. É inegável 
que necessitamos de publicações de 
qualidade para que se decidam quais são 
os tratamentos mais vantajosos em todos 
os aspectos para o paciente. Infelizmente, 
os poucos estudos e alguma falta de 
conhecimento por parte dos clínicos, a 
respeito do clareamento dental, abrem 
margem para trabalhos de pouca 
cumplicidade com a ciência e que se 
tornam argumentos que justificam o 
emprego de novas técnicas. 
Parafraseando Gerard Kugel8, salienta-se 
a necessidade de que o conhecimento 
seja fundamentado com qualidade. Isto é 
extremamente importante, mesmo 
porque a maneira como alguns 
fabricantes inundam o mercado com 
anúncios que enfatizam que aquela “luz 
especial” gera um clareamento superior, 
que elas são “o estado da arte” e que 
deveriam fazer parte do arsenal de 
equipamentos do consultório 
odontológico dito “atualizado” nos fazem 
pensar: elas seriam mesmo 
imprescindíveis? Quantos profissionais 
estão subutilizando seus aparelhos de 
“luzes especiais”, empregando-os mais 
 
8 Gerard Kugel: The truth about light activated tooth whitening, 
in Academy of Dental Materials 2006 Annual Meeting. 
AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
231
pelo marketing ou pelo benefício 
condicionado da laserterapia? 
Ainda não há evidência científica do 
benefício das luzes em termos de 
melhoria no resultado final à longo prazo 
do processo clareador, quando 
comparamos trabalhos - acima 
mencionados - em hemiarcos com e sem 
o uso de fontes luminosas. Assim, 
devemos ser cautelosos com nossas 
escolhas e esperar que as luzes cheguem 
num real “estado da arte” e que, junto 
com a ciência, saibamos as reais 
vantagens para tamanho investimento 
financeiro e de tempo por parte do 
Cirurgião-Dentista. 
O mercado disseminou entre os pacientes 
leigos a falsa idéia que a utilização do 
clareamento associado a fontes de luz, 
em especial o laser, é a melhor maneira 
de se clarear os dentes. O clareamento 
com laser tornou-se sinônimo de “status” 
entre os clientes que freqüentam clínicas 
odontológicas em busca de clareamento 
dental. Até o momento, isto pode 
caracterizar como desatualizado o 
profissional que oferece outras 
modalidades de clareamento tão ou mais 
eficazes que o laser, e com menos efeitos 
colaterais. Alguns profissionais, 
pressionados por seus clientes, são 
capazes de adotar a seguinte postura 
para satisfazer o apelo dos pacientes sem 
se comprometer eticamente: ao perceber 
que as luzes nãointerferem 
significativamente no processo clareador, 
empregam a laserterapia (laser de baixa 
potência) durante a aplicação do material 
clareador, com a finalidade de prevenir ou 
reduzir a sensibilidade trans e pós-
operatória. Com isso, os pacientes ficam 
satisfeitos em poder contar para os 
amigos que fizeram clareamento com 
laser. Em resumo, observa-se uma 
impressionante inversão de valores 
profissionais e éticos, já que o paciente é 
quem decide a modalidade de 
tratamento. O cirurgião-dentista, sob pena 
de “perder” o paciente, faz uso da técnica 
selecionada pelo leigo. 
 
 
DECLARAÇÃO: 
 
Os autores não possuem conflito de interesse com as empresas citadas neste artigo. 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
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AS FONTES DE ENERGIA LUMINOSA SÃO NECESSÁRIAS NA TERAPIA DE CLAREAMENTO DENTAL? 
Riehl, H; Nunes, MF 
 
 
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9 Dietschi D. Bright and white: is it always right? J Esthet Rest Dent 2005; 17; 183-190. 
10 Conceição, E.N., et al. É realmente vantajoso o uso de uma fonte de luz associada ao clareador de 
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using 25% hydrogen peroxide in vitro. Abstract # 88 Submitted at the Academy Of Dental Materials 2006 
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Compend Contin Educ Dent 2002;23(4):335-8. 
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