Buscar

Taxonomia e Reinos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 92 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Práticas Racionais 
Horizontais Verticais 
Artificiais Naturais 
TAXONOMIA – Ramo da Biologia que se ocupa da classificação dos seres vivos e da 
nomenclatura dos grupos formados. 
 
SISTEMÁTICA – Biologia comparativa que utiliza todos os conhecimentos acerca dos seres 
vivos para compreender as suas relações de parentesco, a sua história evolutiva e desenvolver 
sistemas de classificação que reflectem essas relações. 
 
EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Classificações Práticas – são as mais primitivas, estão ligadas geralmente à satisfação 
de necessidades básicas. Ex.: animais perigosos e não perigosos, plantas comestíveis e não 
comestíveis,… 
 
2. Classificações Racionais – (Aristóteles e Lineu) baseiam-se num pequeno número de 
características estruturais. Ex.: cor do sangue, tipo de ovos, estrutura do coração, tipo de 
respiração, reprodução, … constituindo um número restrito de grupos. 
 
 Classificações Horizontais – são estáticas, não tiveram em consideração o factor tempo – 
Imutabilidade das Espécies. 
 
 Classificações Artificiais – têm por base um número reduzido de caracteres, escolhidos 
arbitrariamente, reunindo no mesmo grupo indivíduos pouco relacionados filogeneticamente. 
Ex.: Agrupar animais pelo voo – Aves, Mamíferos e Insectos. 
Classificações Biológicas 
Filogenética
s 
2 
 
 
 Classificações Naturais – (Período Pós-Lineano e Pré-Darwiniano) transmitem mais 
informação que as anteriores, os grupos formados reúnem organismos com maior grau de 
semelhança e sabe-se hoje que estão mais relacionados filogeneticamente. 
 
Classificações Verticais – (Período Pós-Darwinismo) têm em consideração o factor 
tempo – carácter dinâmico da transformação dos organismos. As semelhanças 
entre os seres vivos são interpretadas como consequência da existência de um 
ancestral comum a partir do qual os grupos divergiram, há mais ou menos tempo. 
O grau de semelhança reflecte o tempo em que se deu a divergência. 
 
 Classificações Evolutivas ou Filogenéticas – agrupam-se os organismos de acordo com 
o grau de parentesco entre eles (árvore filogenética), baseando-se não apenas em critérios 
estruturais e fisiológicos, mas também na Citologia, Embriologia, Genética e Bioquímica. 
 
Actualmente em Taxonomia existem três escolas principais. 
 
1. Classificações Fenéticas – baseadas num grande número de semelhanças ou 
diferenças fenotípicas entre os organismos, têm um significado mais quantitativo do que 
qualitativo. Os dados obtidos (maior ou menor número de características comuns) são tratados 
por computador – taxonomia numérica. 
Limitações: estas classificações são horizontais porque nem sempre as características 
fenotípicas correspondem a proximidade evolutiva. Ex.: estruturas análogas – evolução 
convergente. 
 
2. Classificações Filéticas ou Cladísticas – dão ênfase à filogenia, de modo a reflectir 
a história evolutiva dos seres. 
 
- Características Primitivas/Ancestrais – partilhada por um grupo de organismos 
como resultado de terem descendido de um ancestral comum antigo, onde essa característica 
estava presente. 
- Características Derivadas – presentes nos indivíduos de uma linhagem e ausentes 
no ancestral dessa linhagem (separação de ramos). 
3 
 
As relações filogenéticas entre os seres vivos são expressas através de Cladogramas. 
Os cladogramas não pretendem descrever ancestrais, mas apenas evidenciar pontos a partir 
dos quais se formaram linhagens divergentes precedentes de um ancestral comum. 
 
3. Taxonomia Evolutiva Clássica – Conciliam-se critérios fenéticos com cladísticos. 
Estabelecem-se árvores filogenéticas, com base em dados fornecidos pelo registo fóssil, 
semelhanças estruturais, dados bioquímicos e embriológicos, utilizando principalmente 
características ancestrais. 
 
“Qualquer sistema de classificação reflecte em cada época, o grau de conhecimentos 
científicos, não havendo, por isso, nenhuma classificação definitiva e perfeita”. 
 
HIERARQUIA TAXONÓMICA 
 
É a Lineu que se deve um dos primeiros sistemas de classificação com um grau de 
estruturação assinalável. Os sistemas apesar de terem evoluído e de se terem diversificado, 
mantêm parte da hierarquização proposta por Lineu. 
Os grupos hierarquicamente relacionados designam-se de categorias taxonómicas ou 
taxon (plural taxa). 
 
Espécie → Género → Família → Ordem → Classe → Filo → Reino 
+ Específico - Específico 
 
Os taxonomistas usam prefixos para considerar categorias intermédias. Ex.: super, infra e 
sub. 
 
Ex.: Espécies semelhantes agrupam-se para constituir um género; géneros mais relacionados 
formam famílias e assim sucessivamente. Cada taxon está inserido no imediatamente acima e 
contém os taxa que estão abaixo. 
NOMENCLATURA – REGRAS BÁSICAS 
 
Nomenclatura – conjunto de regras utilizadas na designação dos taxa. 
 
4 
 
 Nomenclatura Polinomial – (John Ray) cada espécie tinha um nome em latim que 
consistia numa longa sequência de termos correspondentes a uma descrição desses 
organismos. Ex.: Abelha – Apis, pubescens, pedibus,… 
 
 Nomenclatura Binomial – (Lineu) cada espécie passou a ser designada por dois 
termos. Ex.: Lobo - Canis lupus. 
 
 
 
REGRAS BÁSICAS UTILIZADAS EM NOMENCLATURA: 
 A designação dos taxa é feita em língua latina; 
 O nome da espécie tem sempre duas palavras o género e o epíteto específico, o 
epíteto específico associado a géneros diferentes designa espécies diferentes; 
 A designação dos grupos superiores à espécie é uninomial, consta de uma única 
palavra com inicial maiúscula; 
 O nome da família nos animais obtém-se acrescentando a terminação –idae 
 nas plantas obtém-se acrescentando a terminação –aceae; 
 Quando uma espécie tem subespécies utiliza-se uma nomenclatura trinomial e 
escreve-se o nome da espécie seguido de um terceiro termo epíteto subespecífico; 
 Os nomes genéricos, específicos e subespecíficos são escritos a itálico; 
 À frente da designação específica deve-se colocar, o nome ou abreviatura do 
taxonomista que atribuiu esse nome seguida de uma vírgula e da data de publicação. 
Ex.: Canis familiaris Lin, 1758. 
 
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
Género Epíteto ou restritivo 
específico 
Critério Morfológico 
Simetria Corporal 
Tipo de Nutrição 
Organização Estrutural 
Embriologia 
Carilogia 
Comportamento Dados Bioquímicos 
5 
 
Critério de Classificação 
Categorias e 
Grupos 
Taxonómicos 
em que se 
aplicam 
Morfologia 
Presença/ausência de tecidos condutores Plantas 
- Padrão morfológico (*) 
- Tipo de simetria (bilateral/radiada/assimetria) 
- Presença/ausência de esqueleto 
- Esqueleto interno/esqueleto externo 
- Natureza do esqueleto (quitinoso/calcário/ósseo/cartilagíneo) 
- Presença/ausência de metamerização ou segmentação 
- Tipo de segmentação 
Animais 
Nutrição 
- Quanto à fonte de energia – fototróficos/quimiotróficos 
- Quanto à fonte de carbono – autotróficos/heterotróficos 
- Consumo de matéria orgãnica pelos Heterotróficos - 
Ingestão/Absorção 
Reinos 
- tipo de pigmentos fotossintéticos 
- tipo de substãncias de reserva 
Algas 
- Digestão intercorporal – digestão intracelular/extracelular Animais 
- Digestão extracorporal (absorção) Fungos 
Organização 
Estrutural 
- estrutura celular (procariótica/eucariótica) 
- unicelulares/pluricelulares 
- grau de diferenciação 
Reinos 
Unicelulares/colónias/filamentosas/pluricelulares Algas 
- Com cápsula/sem cápsula 
- Unicelulares/coloniaisBactérias 
Cariologia Comparação de cariótipos de diferentes espécies Reinos 
Comportamento 
Diferenças no padrão do comportamento dos indivíduos. Ex.: 
parada nupcial, sons emitidos. 
Animais 
Embriologia 
- Tipo de segmentação do ovo 
- n.º de camadas germinativas (Diploblásticos/triploblásticos) 
- existência/ausência de celoma 
(acelomados/pseudocelomados/celomados) 
- origem da boca no embrião (protostómios/deuterostómios) 
Animais 
Dados 
Bioquímicos 
Comparação de biomoléculas, nomeadamente proteínas e 
ácidos nucleicos de vários seres vivos. Reinos 
 
(*) Nem todas as semelhanças morfológicas devem ser consideradas como tradutoras de um passado 
evolutivo com origem idêntica: 
- grande parte dos insectos e alguns anfíbios passam por metamorfoses, apresentando várias 
formas durante o seu desenvolvimento. 
- Existência de polimorfismos, por exemplo nas abelhas (no estado adulto existem várias 
formas fenotipicamente ditintas). 
- Fenómenos de convergência (ex.: eufórbias e cactos) e divergência evolutiva. 
 
 
6 
 
 
Nenhum dos critérios de classificação pode ser utilizado com carácter de exclusividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS CÉLULA PROCARIÓTICA CÉLULA EUCARIÓTICA 
Tamanho Diâmetro médio 0,5-5 μm Cerca de 40 μm de diâmetro 
Parede Celular 
Rígida, constituída por 
polissacarídeos com aminoácidos 
Presente nas plantas (formada 
por celulose) e nos fungos 
(formada por quitina). 
Material Genético 
Não existe invólucro nuclear, nem 
nucléolo. O material genético está 
em contacto com o citoplasma 
Possuem núcleo que contém um 
ou mais nucléolos. 
Organelos 
Ausência de organelos celulares. 
Contêm muitos ribossomas com 
Muitos organelos membranares, 
como mitocôndrias, retículo, 
7 
 
menores dimensões que os das 
células eucarióticas 
complexo de Golgi. 
Estruturas 
Respiratórias 
Hialoplasma e membrana 
plasmática 
Hialoplasma e mitocôndrias 
Fotossíntese 
Sem cloroplastos. Tem lugar em 
alguns casos, em lamelas 
fotossintéticas 
Ocorre em cloroplastos com 
uma estrutura membranar 
complexa. 
Flagelos 
Organelos locomotores simples não 
rodeados pela membrana 
plasmática, ligados á superfície da 
célula 
Organelos locomotores 
complexos, rodeados por 
membrana plasmática. 
 
 
HIPÓTESES SOBRE A ORIGEM DOS SERES EUCARIONTES 
 
1- Hipótese Autogénica: 
A célula eucariótica teve origem em invaginações da membrana plasmática da célula 
procariótica e posterior especialização de porções da membrana plasmática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- Hipótese Endossimbiótica (Lynn Margulis) 
Através da associação entre diversas células procarióticas. Uma das células procarióticas 
(célula hospedeira) capturava outras células procarióticas (células hóspedes) para o seu 
interior estabelecendo-se relações simbióticas. Deste modo ocorreu a formação de organelos 
da célula eucariótica. 
 
 
 
 
8 
 
 
Argumentos que apoiam a Hipótese Endossimbiótica: 
 
a) Cloroplastos e mitocôndrias, organitos semi-autónomos, pois: 
- produzem as suas próprias membranas internas; 
- dividem-se independentemente da célula; 
- contém DNA em moléculas circulares não associadas a histonas e outras proteínas. 
 
b) Os ribossomas dos cloroplastos são mais semelhantes em tamanho e características 
bioquímicas aos ribossomas dos procariontes do que aos existentes nos eucariontes. 
 
c) Bactérias e alguns eucariontes formam alianças simbióticas em verdadeira 
endossimbiose. 
ORIGEM DA MULTICELULARIDADE 
 
 Apenas os eucariontes apresentam uma verdadeira multicelularidade – associação 
de células em que há interdependência estrutural e funcional entre as células 
associadas. 
 
 Associações de seres eucariontes da mesma espécie que estabelecem relações 
estruturais → agregados coloniais ou colónias. 
 
Gonium: 
- colónias de algas verdes que pertencem às Chlorophytas; 
- colónia muito simples constituída por 4, 8, 16 ou 32 células unidas por uma matriz 
gelatinosa. 
 
Volvox: 
- colónias de algas verdes pertencentes às chlorophytas; 
- colónia esférica, constituída por 500 a 50000 células biflageladas, unidas por 
filamentos citoplasmáticos e baínhas gelatinosas, constituem uma esfera oca; 
- a colónia possui movimentos coordenados em volta do seu eixo, devido aos flagelos 
das células da camada externa; 
- as células de maiores dimensões são as células reprodutoras; 
9 
 
- as células reprodutoras são as únicas a apresentarem uma certa diferenciação celular, 
por esta razão Volvox é considerada uma colónia e não um organismo multicelular. 
 
Factos que apoiam esta hipótese: 
 
- A existência de clorofila a e b e da mesma estrutura de reserva, o amido, nas 
Clorófitas e nas Plantas apoiam esta hipótese; 
- Pigmentos fotossintéticos encontrados nas Clorófitas e nas Plantas estão presentes 
numa bactéria do género Prochloron (colónia) 
 
Vantagens Evolutivas da Multicelularidade: 
 
Na evolução da multicelularidade foram surgindo diferentes tipos de células – 
tecidos – órgãos – sistemas de órgãos. 
 
- Maior diversidade de formas vivas – maior adaptação a diferentes ambientes; 
- Aparecimento de seres vivos de maiores dimensões (mantendo-se uma relação área-
volume ideal a nível celular para a manutenção das trocas do meio); 
- Utilização da energia de forma mais eficaz – diminuição da taxa metabólica; 
- Eficaz homeostasia (manutenção do meio interno em estado de equilíbrio dinâmico) 
 
REINOS E SUA EVOLUÇÃO 
 
1 – Sistemas de Classificação em 2 Reinos: Animais 
e Plantas (Lineu, séc. XVIII) 
 
Reino Plantae: 
- seres vivos imóveis (sem locomoção) e sem 
ingestão; 
- seres unicelulares com cloroplastos 
(fotossíntese); 
- células com parede celular (bactérias e fungos) 
 
 
10 
 
Reino Animais: 
- seres não fotossintéticos (sem clorofila); 
- com locomoção, e obtém o alimento por ingestão; 
- células sem parede celular; 
- protozoários (seres unicelulares), metazoários (animais). 
 
Limitações: 
- Euglena – tem estruturas locomotoras, flagelos (Animais) e tem cloroplastos 
(Plantas); 
- Separação artificial de seres unicelulares; 
- Não é clara a posição das bactérias e dos fungos (diferem muito das plantas). 
 
2- Sistema de Classificação em 3 Reinos: Animais, Plantas, Protista (Haeckel, 1866) 
 
Reino Protista: 
- bactérias (algas unicelulares, antes 
Reino Plantas), protozoários (antes 
Reino Animais) e os fungos passam a 
ser incluídos neste reino porque não 
realizam a fotossíntese e têm a parede 
celular de natureza química diferente das 
plantas). 
 
3- Sistema de Classificação em 4 Reinos: Animais, Plantas, Protista, Monera (Copeland) 
 
 Reino Monera: 
- organismos unicelulares mais simples, 
seres procariontes, sem núcleo 
individualizado. 
 
Reino Protista: 
- inclui os organismos unicelulares 
eucariontes, com núcleo individualizado. 
11 
 
4- Sistema de Classificação em 5 Reinos: Monera; Protista; Animalia, Plantae; Fungi 
(Whittaker, 1968) 
Whittaker baseou-se em três Critérios Fundamentais 
Organização Celular Tipo de Nutrição 
Interacções nos ecossistemas 
(Interacções Alimentares) 
Procarióticos Monera 
Absorção, 
fotossíntese e 
quimiossíntes
e 
Monera Produtores autotróficos Plantae 
Eucarióticos 
Unicelulares 
Protista 
Absorção, 
ingestão, 
fotossíntese 
Protista 
Macroconsumidoresheterotróficos, ingestão 
Animalia
alguns 
Protistas 
Eucarióticos 
Multicelulares 
Plantae 
Animalia 
Fungi 
Fotossíntese Plantae 
Microconsumidores 
heterotróficos (decompõem a 
matéria orgânica – 
decompositores ou 
saprófitas), absorção 
Monera 
Fungi 
 
Absorção Fungi 
 
Ingestão Animalia 
 
 
 
Reino Fungi: 
 
Seres que apresentam 
características que impedem a 
inclusão em qualquer outro 
reino: 
- nenhum fungo é 
fotossintético; 
- absorvem os alimentos 
depois de digeridos fora 
do organismo; 
- parede celular nunca é 
celulósica. 
41 
 
5 – Classificação de Whittaker (versão modificada, 1979) 
 
Reino Tipo de célula 
Organização 
celular 
Mobilidade 
Tipo de 
nutrição 
Interacção nos 
Ecossistemas 
Exemplo 
Monera 
Procariótica sem 
organelos 
membranares. Parede 
celular presente na 
maioria das células. 
unicelulares, solitá
rios ou coloniais 
móveis (por flagelos 
ou por deslizamento) 
ou imóveis 
autotróficos 
(fotossíntese ou 
quimiossíntese) 
heterotróficos 
(absorção) 
Produtores 
microconsumidores 
bactérias e 
cianobactérias 
Protista 
(Protoctista
) 
Eucariótica. Núcleo, 
mitocôndrias, algumas 
vezes cloroplastos 
A maioria 
unicelulares, solitá
rios alguns 
coloniais; outros 
multicelulares 
móveis (por flagelos) 
ou imóveis 
autotróficos 
(fotossíntese) 
heterotróficos 
(absorção ou 
ingestão) 
produtores; 
macroconsumidores 
microconsumidores 
amibas, 
paramécias, 
algas 
Fungi 
Eucariótica. Núcleo, 
mitocôndrias, sem 
cloroplastos, parede 
celular com quitina 
multicelularidade 
presente em muitas 
formas, reduzida 
diferenciação 
imóveis ou fixos ao 
substrato 
heterotróficos 
(absorção) 
microconsumidores 
cogumelos, 
bolores, 
leveduras 
Plantae 
Eucariótica. Núcleo, 
mitocôndrias, 
cloroplastos. Parede 
celular celulósica. 
multicelulares, 
com progressiva 
diferenciação 
tecidular 
imóveis, fixos ao 
substrato 
autotróficos 
(fotossíntese, a 
maior parte) 
produtores 
musgos, fetos, 
plantas com flor 
Animalia 
Eucariótica. Núcleo, 
mitocôndrias, sem 
cloroplastos e sem 
parede celular. 
multicelulares, 
com progressiva 
diferenciação 
tecidular 
móveis 
heterotróficos 
(ingestão) 
macroconsumidores 
esponjas, 
moscas, homem 
ouriços do mar 
 
43 
 
Bacilos 
Espirilos 
Cocos 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
- seres procariontes unicelulares; 
- autotróficos (fotossíntese, quimiossíntese) e 
heterotróficos (absorção); 
- produtores, microconsumidores; 
- vivem em todo o tipo de ambientes (ar, água, solo e 
dentro de outros organismos); 
- alguns aparecem em locais onde as temperaturas são 
extremas. 
 
MORFOLOGIA E ESTRUTURA: 
- diâmetro 0,5-5 µm; 
- vários tipos morfológicos (cocos, bacilos, espirilos e 
vibriões); 
- vivem isoladamente ou em colónias; 
- relativa simplicidade biológica o que as torna um 
excelente material para a investigação genética; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escherichia coli 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Componentes Características Função 
Cápsula 
Bacteriana 
Rica em glícidos e substâncias 
proteicas. T 
Protectora, funciona como defesa 
em relação a anticorpos, 
bacteriófagos e células 
fagocitárias. 
Parede celular 
Polissacarídeos e polipeptídeos. De 
acordo com a composição da 
parede as bactérias designam-se de 
Gram-positivas e Gram-negativas 
Dá forma, suporte e protecção à 
célula 
Flagelos Número variável 
Permitem a deslocação da maior 
parte das bactérias com movimento 
Pili ou Fímbrias 
Natureza proteica, muito mais 
curtas e finas que os flagelos. 
Pensa-se que se relaciona com a 
fixação ao substrato, intercãmbio 
de moléculas com o exterior, vias 
de penetração dos bacteriófagos. 
Membrana 
Plasmática 
Pode formar invaginações (mesossoma) para o interior da célula em cuja 
superfície se localizam enzimas relacionadas com a respiração 
Fímbria 
Cápsula 
Parede celular 
Plasmídeos 
DNA associado 
ao mesossoma 
Nucleóide 
Flagelo 
Enzimas relacionadas 
com a respiração, 
ligadas à face 
interna da membrana 
plasmática 
Mesossoma 
Citoplasma 
Ribossomas 
Membrana plasmática 
45 
 
Citoplasma Contém enzimas e substâncias de reserva, sem organelos celulares. 
Material genético DNA circular (a região do DNA é designada de nuclóide) 
Ribossomas e 
Inclusões 
Ribossomas e grânulos de reserva livres no citoplasma 
 
 
CIANOBACTÉRIAS: 
- seres fotossintéticos, desenvolvem-se em meios muito variado; 
- vida livre, simbiose com plantas ou outros organismos, 
colónias (filamentosas, com uma cápsula mucilaginosa que 
envolve toda a colónia). 
Ex.: nas formas coloniais do género Nostoc observam-se 
células de maior tamanho – heterocistos, especializadas na 
fixação do azoto (N2 →NH3). 
 
 
 
TIPOS DE CIANOBACTÉRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Diferenças entre cianobactérias e as restantes bactérias fotossintéticas: 
 
 
 
METABOLISMO 
 
 
 
 
Quanto à fonte de Carbono 
 
 
 
 
 
Quanto à fonte de Energia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cianobactérias Bactérias Fotossintéticas 
- lamelas internas (percursoras dos tilacóides); 
com enzimas e pigmentos fotossintéticos; 
- pigmento fotossintético : 
- clorofila a (presente nas plantas) 
- ficobilinas – ficocianina (azul) e 
ficoeritrina (vermelho) 
- não possuem lamelas internas; 
- presença de enzimas e pigmentos 
fotossintéticos em expansões da membrana 
plasmática; 
- pigmento fotossintético - bacterioclorofila 
Procariontes 
 
Autotróficos 
Utilizam CO2 ou CO 
Heterotróficos 
Utilizam compostos orgânicos 
Quimiautotróficos 
Utilizam a energia de 
compostos químicos 
Ex.: bactérias nitrificantes 
Fotoeterotróficos 
Utilizam a energia da 
luz solar 
Ex.: algumas bactérias 
Fotoautotróficos 
Utilizam a energia da 
luz solar 
Ex.: cianobactérias 
Quimioeterotróficos 
Utilizam a energia de 
compostos químicos 
Ex.: maioria das 
bactérias 
Grande parte das bactérias são quimioeterotróficas, 
habitando nos diferentes meios em: 
Saprofitismo 
degradação da matéria 
orgânica morta – digestão 
extracorporal (absorção) 
Simbiose – benefício 
mútuo, relação 
obrigatória (+,+) 
Mutualismo 
benefício mútuo, 
relação facultativa e 
temporária (+,+) 
Comensalismo 
benefício para 
um, mas sem 
prejuizo para o 
outro (+,0) 
Parasitismo - benefício 
para um e prejuizo para o 
outro (+,-) 
Endoparasitismo 
Ectoparasitismo 
47 
 
DESENVOLVIMENTO DAS BACTÉRIAS (Dependendo ou não do Oxigénio) 
 
 
 Aeróbios obrigatórios – usam o oxigénio na respiração celular e não podem viver 
sem ele. Ex.: bactéria da difteria 
 Aeróbios facultativos – usam o oxigénio quando está presente, mas na sua ausência 
realizam a fermentação. Ex.: Escherichi coli. 
 Anaeróbios obrigatórios – não pode usar o oxigénio e na presença dele morrem. Ex.: 
Clostridium tetani. 
 
REPRODUÇÃO 
 
 Reprodução Assexuada – Bipartição (multiplicam-serapidamente, o grau de sensibilidade 
aos antibióticos é variável) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duplicação do DNA 
Separação das células 
Membrana 
plasmática 
Molécula de DNA 
Parede celular 
Célula mãe 
Crescimento 
Formação da 
parede celular 
Células 
filhas 
48 
 
IMPORTÂNCIA DOS PROCARIONTES 
 
Aspectos Benéficos: 
1) Ciclo do Azoto (79% do volume da atmosfera, azoto - componente dos ácidos 
nucleicos e proteínas) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
2) Ciclo do carbono 
As bactérias decompõem macromoléculas de compostos orgânicos, libertando CO2 – 
fotossíntese das plantas. 
 
3) Simbiose com seres vivos: 
Ex.: Vaca/bactérias, coelho (ceco e apêndice cecal)/bactérias, homem (flora intestinal)/ 
bactérias. 
 
4) Importância Industrial: 
Ex.: fabrico de vinagre, iogurtes, queijo e bebidas alcoólicas 
Ex.: antibióticos 
Ex.: síntese de péptidos humanos (insulina, hormonas de crescimento) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Aspectos maléficos: 
a) Contaminação das águas 
b) Doenças (lepra, diarreia, pneumonia,…) 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
 Seres eucariontes (núcleo, mitocôndrias e por vezes cloroplastos); 
 A maioria unicelular, outros multicelulares; 
 Nutrição: autotroficos (fotossíntese), heterotróficos (absorção e ingestão); 
 Produtores, macroconsumidores, microconsumidores; 
 Vivem em quase todos os lugares onde há água (plâncton), ambientes terrestres 
húmidos, bem como em simbiose nos fluidos do corpo ou parasitando células dos 
hospedeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTISTAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Protozoários (protistas semelhantes a animais) 
- eucariontes unicelulares; 
- Nutrição: heterotróficos (ingestão); 
- Dimensões compreendidas entre 3 a 700 µm; 
- Vivem em ambientes húmidos; 
- Alguns são imóveis, outros deslocam-se por flagelos, cílios ou 
psudópodes. 
Filos: 
- Rhysopoda (Amiba) 
- Ciliophora (Paramécia) 
- Flagellata (Tripanossoma) 
- Sporozoa (Plasmoódio) 
 
2) Algas (Protistas semelhantes a plantas) 
Filos: 
- Chrorophyta (algas verdes – Espirogira) 
- Phaeophyta (algas castanhas – bodelha) 
- Rhodophyta (algas vermelhas – coralina) 
- Euglenophyta (euglena) 
- Crysophyta (diatomáceas) 
 
3) Mixomicetos (Protistas semelhantes aos fungos) 
- constituídos por uma massa citoplasmática com muitos núcleos- 
plasmódio, tem movimentos amebóides. 
- O plasmódio alimenta-se de bactérias, leveduras e plantas em 
decomposição por fagocitose. 
- Quando não há alimento ou o meio começa a secar formam 
esporângios idênticos aos fungos. 
Ex.: Fisária 
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Membrana 
plasmática 
Pseudópodes (movimento e envolvem 
as partículas alimentares). 
Ectoplasma 
Endoplasma 
Núcleo 
Vacúolos digestivos 
 
Vacúolo contráctil 
(Osmorregulação – 
mantém o equilíbrio 
hídrico da célula por 
acumulação ou expulsão 
do excesso de água). 
DIGESTÃO INTRACELULAR 
REPRODUÇÃO POR BIPARTIÇÃO 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPRODUÇÃO: 
A paramécia possui dois tipos de reprodução: 
- reprodução sexuada por conjugação 
 
 
 
 
 
Cílios 
(movimento – provocam 
correntes de água que 
conduzem o alimento 
para o sulco oral 
(responsável pela 
recombinação génica 
na reprodução sexuada 
– conjugação) 
(Metabolismo celular) 
(Os vacúolos digestivos 
lançam enzimas que 
intervém na digestão) 
(Local onde o alimento 
é ingerido) 
Exocitose (Os produtos resultantes da 
digestão são lançados no citoplasma, os 
restantes são expelidos por exocitose). 
(Osmorregulação) 
53 
 
- reprodução assexuada por bipartição/cissiparidade (a mais frequente). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trypanosoma gambiensi 
- deslocação por flagelos ( 1 ou mais flagelos), através de 
movimentos ondulatórios); 
- Nutrição: ingestão (capturando a presa), absorção 
(absorvendo nutrientes através da membrana); 
- Reprodução assexuada por bipartição; 
- Parasita, provoca a doença do sono (tem como hospedeiro intermediário a mosca tsé-
tsé género Glossina) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Preparação de sangue com Tripanossomas. 
Trypanosoma gambiensi 
Desenvolve-se no interior do 
intestino da mosca Tsé-tsé – 
hospedeiro intermediário 
Pica o hospedeiro, injectando o 
Trypanosoma com a saliva 
Doença do Sono 
54 
 
Plasmodium vivax 
- Desprovido de organelos locomotores; 
- Reprodução assexuada por esporulação (esporo que é 
protegido por um invólucro capaz de infectar o 
hospedeiro); 
- Parasita, provoca a malária ou paludismo (tem como 
hospedeiro intermediário a fêmea do mosquito Anopheles) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) ALGAS 
a) Phylum 
Chlorophyta 
(algas verdes) 
- unicelulares (Clamydomonas), formas coloniais (Volvox), ou 
multicelulares (Spirogyra); 
- maioria aquática, também vivem em ambientes terrestres húmidos; 
- apresentam clorofila a e b e carotenóides; 
- substância de reserva é o amido; 
- parede rica em celulose; 
- existência de grana nos cloroplastos; 
- a alga Chlorella, contém a maioria das vitaminas é utilizada como 
fonte de alimento, bem como fonte de oxigénio em submarinos 
atómicos. 
Plasmodium vivax 
Hospedeiro intermediário – 
mosquito Anopheles 
Pica o indivíduo, o parasita aloja-
se no fígado, o sangue é 
infectado e destrói os glóbulos 
vermelhos humanos. 
Paludismo/ Malária (arrepios e 
temperaturas elevadas) 
Preparação de sangue com plasmódios. 
55 
 
b) Phylum 
Phaeophyta 
(algas 
castanhas) 
- seres multicelulares; 
- vivem quase todas em ambientes marinhos; 
- tamanhos e formas variadas; 
- apresentam clorofila a e c e carotenóides, mas encontram-se 
mascaradas pela fucoxantina (pigmento castanho); 
- constituem a alimentação de muitos animais marinhos; 
- parede celular rica em celulose e algina; 
- a algina é utilizada na indústria de doces e sorvetes (regula o 
comportamento da água numa grande variedade de produtos); 
- substância de reserva a laminarina. 
c) Phylum 
Rhodophyta 
(algas 
vermelhas) 
- Vivem em águas marinhas (zonas profundas, retêm as radiações azuis 
que são as que entram mais profundamente na água), águas doces e 
algumas no solo; 
- apresentam clorofila a e d e carotenóides. Apresentam também 
ficobilinas (ficoeritrina – cor vermelha) 
- substância de reserva é o amido florídeo; 
- parede celular de celulose e materiais pépticos; 
- utilizadas na indústria das cápsulas gelatinosas e em material 
dentário, bem como em cosméticos e meios de cultura para o 
crescimento das células. 
d) Phylum 
Euglenophyta 
(Euglena) 
- seres unicelulares; 
- ausência de parede celular; 
- presentes nas águas dos tanques; 
- possuem um flagelo; 
- realizam a fotossíntese (cloroplastos) na presença deluz, na ausência 
de luz são heterotróficos (ingerindo partículas por fagocitose) 
e) Phylum 
Crysophyta 
(diatomáceas) 
- seres unicelulares; 
- são fotossintéticos (presentes no plâncton marinho e de água doce); 
- parede celular rica em sílica hidratada, formando carapaças ou 
frústulas - diatomitos (camadas sedimentares extensas de frústulas); 
- utilizadas como isoladores (filtrações) e em materiais de construção. 
 
 
56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clamydomonas Volvox 
Spyrogira 
Bodelha 
Gigartina pisttilata 
Gracilaria verrucosa 
Sargassum 
57 
 
 REPRODUÇÃO NAS ALGAS 
 
- Primavera → aumento de temperatura → 
multiplicação vegetativa das algas (formam-se 
esporos móveis – zoósporos ocorrendo uma 
dispersão rápida). Condições favoráveis do meio. 
- Reprodução sexuada que envolve dois processos complementares a meiose 
(haploidia) e a fecundação (diploidia), a posição relativa destes dois processos tem 
importância nos ciclos de vida (alterações no organismo desde que nasce até à 
reprodução), nomeadamente no desenvolvimento relativo da haplofase e da diplofase. 
Há alternância de fases nucleares (entidades haplóides alternam com entidades 
diplóides. Condições desfavoráveis do meio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A- Meise pós-zigótica, a diplofase está reduzida ao zigoto. Organismo Haplonte. 
Ex.: Espirogira. 
B- Meiose pré-gamética – o zigoto por mitoses sucessivas dá origem a um organismo 
multicelular, constituído por células diplóides, no período de reprodução produz os 
gâmetas. As únicas células haplóides são os gâmetas. Organismo Diplonte. 
Ex.: Bodelha 
C- Meiose pré-espórica – o zigoto por mitoses sucessivas dá origem a uma entidade 
multicelular, constituído por células diplóides. Nesta entidade ocorre a meiose 
originando-se células haplóides – os esporos, os quais ao germinarem produzem 
células haplóides onde se vão produzir gâmetas. Organismo Haplodiplonte. 
Ex.: Ulva 
 
Euglena 
58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REPRODUÇÃO SEXUADA DA ESPIROGIRA 
 
- Proximidade de dois filamentos de Espirogira 
– crescem saliências que entram em contacto, por 
dissolução das membranas de separação – tubo 
de conjugação, pelo qual se desloca o conteúdo 
de uma célula para outra. 
- Gâmeta dador – conteúdo móvel que se 
movimenta; Gâmeta receptor – conteúdo celular 
que permanece imóvel. Gâmetas 
morfologicamente semelhantes, mas um é móvel 
e o outro não – isogamia morfológica e heterogamia ou anisogamia funcional. 
- Após a fecundação, cada zigoto fica rodeado por uma parede espessa, no estado de vida 
latente, até que voltem a ser favoráveis as condições do meio. O zigoto, divide-se por meiose, 
formando quatro núcleos, três degeneram, ficando a célula apenas com um novo filamento de 
espirogira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Duplicação Meiose 
 Cromossómica 
Parede esquelética 
Membrana 
plasmática 
Espirogira Gâmeta dador 
n 
Zigoto 
2n 
Células Haplóides 
n 
Espirogira Gâmeta receptor 
n 
42 
 
Gâmeta dador 
(n) 
Gâmeta receptor 
(n) 
60 
 
Características fundamentais do ciclo de vida da Espirogira: 
- isogamia morfológia e heterogamia funcional; 
- meiose pós-zigótica; 
- organismo haplonte; 
- alternância de fases nucleares, sendo a fase haplóide unicelular e a fase diplóide 
multicelular. 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS : 
 
 Seres eucariontes 
 A maioria multicelular, alguns unicelulares (leveduras) 
 Muitas vezes as suas células possuem uma parede celular constituída por quitina 
(polissacarídeo que se encontra na carapaça dos insectos) 
 Não possuem pigmentos fotossintéticos, nem cloroplastos. 
 
ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hifas 
Hifas Septadas Hifas Asseptadas 
Monocarióticas 
(um núcleo) 
Dicarióticas 
(dois núcleos) 
Cenocíticas 
(multinucleadas) 
Monocariótica 
61 
 
Bolor do Pão 
 Os fungos multicelulares são constituídos por uma rede de filamentos ramificados – 
Hifas 
 As hifas são formações tubulares iniciadas nos esporos, ramificando-se repetidamente, 
constituindo uma rede mais ou menos densa de filamentos – Micélio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Micélio 
 
 
NUTRIÇÃO DOS FUNGOS: 
Todos os fungos são heterotróficos por absorção 
 
 
 
 
1) Fungos Saprófitos 
 Vivem sobre matéria orgânica, onde parte do micélio cresce por cima do alimento, 
originando estruturas reprodutoras; outra parte do micélio desenvolve-se no interior do 
substrato promovendo a sua decomposição. 
 As hifas produzem enzimas hidrolíticas que actuam 
sobre a matéria orgânica – digestão extracorporal, 
decompondo-a em moléculas mais simples, prontas a 
seres absorvidas, através das hifas, passando para todo o 
organismo. 
 São fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas, 
uma vez que decompõem a matéria orgânica 
(cadáveres, folhas mortas, fezes,…) reciclando os 
elementos químicos vitais como o C, N e P. Mas 
1) Saprófitos 
2) Simbiontes 
3) Parasitas 
Fungo Venenoso Fungo Comestível 
62 
 
tornam-se prejudiciais quando atacam alimentos úteis ao Homem, como pão, queijo, 
frutos, papel, estruturas em madeira,…para além de alguns também serem altamente 
venenosos. 
 Têm muita aplicação na Indústria – produção da 
cerveja, do vinho, no fabrico do pão,…(leveduras 
anaeróbias facultativas); queijos Roquefort e Camembert 
são produzidos por acção de fungos especializados; 
produção de antibióticos (Penicillium) 
 
2) Fungos Simbiontes 
 Estabelecem relações com outros organismos, recebendo o fungo os nutrientes que 
necessita e tendo o organismo também alguma vantagem na associação. Esta associação 
permite-lhes colonizar habitats, que isoladamente não podiam colonizar, ou torna-os mais 
eficientes. 
 
2.1 Líquenes – associação de algas verdes ou cianobactérias com hifas de um 
fungo. 
- fungo protege a alga da falta de água, fornece-lhe sais minerais e esta fornece ao 
fungo a matéria orgânica resultante da actividade fotossintética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2.2 Micorrizos – associação entre fungos e raízes das plantas. 
- existem na maioria das árvores (90% das grandes árvores); 
- as hifas do fungo aumentam muito a superfície de absorção da raíz, pois formam em 
alguns casos um invólucro em torno dos pelos radiculares, noutros casos penetram nas 
células das raízes mais delicadas, ficando o resto do micélio no solo circundante; 
Líquen Estrutura de um líquen 
Penicillium 
63 
 
- o fungo capta do solo materiais como fósforo, cobre, 
zinco, água e outros nutrientes, a planta fornece ao fungo 
compostos orgânicos (açúcares, aminoácidos); 
- revelam maior resistência do que outras plantas face a 
situações de secura, baixa temperatura, carência de 
alimento e chuvas ácidas; 
- os micorrizos têm sido encontrados em fósseis de plantas com raízes mais antigas – 
talvez tenham auxiliado as plantas vasculares na colonização dos solos inorgânicos 
iniciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2.3 Fungos Parasitas – causa mais importante de doenças nas plantas 
- míldio, oídio, morrão do milho e muitos outros fungos de frutos, afectam 
tecidos/órgãos ou a planta toda, causando muitos prejuízos na agricultura;- possuem células especializadas – os haustórios, que penetram nas células do 
hospedeiro de onde captam o alimento. 
- 
 
 
 
 
 
 
Micorrizo – invólucro em 
torno dos pêlos radiculares 
Oídio da videira Míldio (Sclerotinia sclerotiorum) 
Morrão do milho Outros fungos 
64 
 
 
 
 
 
 
 
REPRODUÇÃO DOS FUNGOS: 
 
1. REPRODUÇÃO ASSEXUADA 
A) Fragmentação – divisão do micélio originando cada fragmento um novo fungo; 
B) Gemiparidade – após a divisão do núcleo por mitose forma-se uma pequena gema, 
onde se localiza um dos núcleos. Separam-se as duas células, uma pequena e a outra 
com a maior parte do citoplasma. 
C) Esporulação – formam-se esporos assexuados a partir de estruturas haplóides – 
esporângios ou hifas especializadas, que posteriormente são levados pelo vento, pela 
água ou pelos animais, germinando e dispersando geograficamente as várias espécies 
de fungos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tinha interdigital (pé de atleta) Tinha do corpo 
Gemiparidade Esporulação 
Penicillium 
Endósporos 
Exósporos 
65 
 
Os esporos formados podem ser: 
- Endósporos – não utilizam a membrana do esporângio, cada esporo cria a sua própria 
membrana; 
- Exósporos – há aproveitamento da membrana da própria hifa. Os esporos formam-se 
por gemulação a partir da extremidade da própria hifa. À medida que os esporos 
formados se destacam outros vão sendo formados na base da hifa. 
 
2. REPRODUÇÃO SEXUADA 
 
- ocorre normalmente quando as condições do meio se tornam pouco favoráveis; 
- é importante pois fornece recombinação génica nos fungos – maior diversidade de 
fungos; 
Neste tipo de reprodução ocorre: 
- conjugação entre duas hifas pertencentes a micélios geneticamente diferentes; 
- nas extremidades de cada hifa forma-se uma estrutura reprodutora especializada – 
gametângio; 
- por fusão dos gametângios forma-se um zigoto com vários núcleos diplóides, 
revestido por uma parede resistente – zigósporângio; 
- o zigósporângio sofre meiose originando estruturas haplóides – hifas produtoras de 
esporos; 
- os esporos germinam em condições propícias, dividem-se mitoticamente originando 
um micélio haplóide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
 
 
ORIGEM – os animais talvez evoluíram a partir de Protistas flagelados (protozoários) 
 
CARACTERÍSTICAS DOS ANIMAIS: 
- organismos eucariontes multicelulares; 
- heterotróficos por ingestão e realizam a digestão em órgãos especializados; 
- possuem diferenciação celular; 
- a maioria tem locomoção; 
- possuem um sistema nervoso que capta e coordenada informações do meio, 
respondendo rapidamente aos estímulos; 
- possuem reprodução sexuada (gâmeta feminino é imóvel e grande, o gâmeta 
masculino é móvel e pequeno). 
 
Vertebrados – 5% dos animais existentes (possuem esqueleto interno - crânio e coluna 
vertebral) 
Invertebrados – 95% (não possuem esqueleto interno) 
 
ALGUNS CRITÉRIOS PARA A CLASSIFICAÇÃO DOS ANIMAIS 
 
 Sub-Reino Parazoa (do gr. pára = ao lado de + zõon = animal) – ex.: esponjas 
 Sub-Reino Eumetazoa – outros filos 
 
 Radiata – animais com simetria radiata 
 Bilateria – restantes filos com simetria bilateral (ex: os equinodermes apresentam 
simetria pentarriada na forma definitiva, mas na forma larvar a simetria é bilateral) 
(ver pág. 244 do manual) 
 
Desenvolvimento Embrionário: 
o Embrião didérmico – constituído por dois folhetos embrionários (ectoderme e 
endoderme, a qual delimita uma cavidade correspondente ao intestino primitivo, que 
comunica com o exterior pelo blastóporo ou boca primitiva) → Animais 
Diploblásticos ou Diblásticos, constituídos apenas por duas camadas de células. 
 
67 
 
o Embrião Tridérmico – constituído por três folhetos embrionários (ectoderme, 
mesoderme e endoderme) → Animais Triploblásticos. 
 
 Animais sem celoma – acelomados, ex.: Platelmintes 
 Em alguns animais forma-se uma cavidade entre a mesoderme e a endoderme – 
pseudoceloma – animais pseudocelomados, ex.: Nemaltelmintes 
 Na maioria dos animais constituiu-se uma cavidade no seio da mesoderme, totalmente 
delimitada por ela – celoma – animais celomados, ex.: Annelida 
 
 Animais Protostómios (do gr. protõ = primeiro + stoma = boca) - a boca primitiva 
origina a boca definitiva, o ânus abre-se na extremidade oposta ao tubo digestivo. Ex.: 
moluscos, anelídeos e artrópodes. 
 
 Animais Deuterostómios (do gr. deútero = segundo + stóma = boca) – a boca 
primitiva origina o ânus formando-se a boca na extremidade oposta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
- animais muito simples (sem organização em verdadeiros tecidos, 
as células mostram uma certa independência); 
- exclusivamente aquáticos, a maioria marinhos (uma só família de 
água doce - Drulia); 
- vivem fixas isolados ou em colónias; 
- colorações variadas devido a associações com algas; 
- As esponjas mais simples apresentam simetria radiada enquanto 
que a maioria é assimétrica. 
 
ANATOMIA 
- A parede do corpo é perfurada por poros 
inalantes, constituídos por células 
designadas porócitos. 
- O corpo é constituído por duas camadas 
de células separadas por uma substância 
gelatinosa – a mesogleia, onde se deslocam 
células livres - os amebócitos. 
- A camada mais externa epiderme é 
constituída por células achatadas – os 
pinacócitos. 
- A camada interna é constituída pelos 
coanócitos. 
- A cavidade do corpo, sem função 
digestiva, é o espongiocélio ou átrio. 
- A abertura do espongiocélio designa-se ósculo. 
 
69 
 
CARACTERÍSTICAS DOS DIFERENTES TIPOS DE CÉLULAS 
 
 Pinacócitos – células achatadas que revestem a parte externa das esponjas como uma 
espécie de epiderme. 
 Porócitos – células dotadas de um poro central que as atravessa de lado a lado, é 
através delas que a água penetra no espongiocélio. 
 Amebócitos – células livres, presentes na mesogleia. Originam todos os tipos de 
células das esponjas, sendo responsáveis pelo seu crescimento e regeneração. 
 Coanócitos – células flageladas, dotadas de uma expansão membranosa em forma de 
colarinho, que revestem o espongiocélio. O movimento dos flagelos cria uma corrente 
trazendo partículas nutritivas e oxigénio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUSTENTAÇÃO ESQUELÉTICA 
 
- Algumas esponjas possuem um esqueleto constituído por 
espículas que se formam na mesogleia. Essas espículas podem 
ser constituídas por carbonato de cálcio ou sílica. 
- Outras possuem o esqueleto constituído por uma rede de fibras 
fortes e flexíveis de espongina (proteína). 
- Há esponjas que possuem espículas e fibras de espongina. 
 
 
 
 
70 
 
TIPOS DE ESPONJAS QUANTO À ORGANIZAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NUTRIÇÃO 
 
- As esponjas obtêm o alimento filtrando a água que fica 
ao seu redor – animais filtradores. 
- O batimento contínuo dos flagelos dos coanócitos força a 
saída da água através do ósculo e, em consequência, faz com 
que a água ao redor seja sugada e penetre pelos porócitos. 
- Dissolvidas na água chegam ao espongiocélio partículas 
alimentares microscópicas e oxigénio. 
- As partículas alimentares são captadas por endocitose 
pelos coanócitos e digeridas nos vacúolos digestivos dos 
coanócitos. Os nutrientes difundem-se para a mesogleia, 
podendoos amebócitos transportá-las para as células da 
epiderme. 
- Os resíduos não digeridos são lançados no 
espongiocélio por exocitose e eliminados através do 
ósculo, juntamente com a água que sai. 
 
 
 
 
 
 
ASCON SYCON LEUCON 
71 
 
RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO 
- Oxigénio difunde-se da água para as células 
- Produtos do catabolismo (dióxido de carbono e amoníaco) deslocam-se em sentido 
contrário. 
 
REPRODUÇÃO ASSEXUADA 
- Fragmentação; 
- Gemulação, originando colónias de grandes dimensões. 
 
REPRODUÇÃO SEXUADA 
- Os poríferos são hermafroditas. Tanto os óvulos como os espermatozóides formam-
se a partir dos amebócitos. 
- Os espermatozóides são libertados no espongiocélio, saindo juntamente com a água, 
enquanto os óvulos ficam inseridos na mesogleia. 
- Se os espermatozóides levados pela água, entrarem nos poros de outra esponja, dá-se a 
fecundação formando-se o zigoto. 
- Após a fecundação o zigoto desenvolve-se e forma uma larva ciliada – anfiblástula – 
que sai pelo ósculo, fixa-se num substrato, cresce e origina um novo indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
 
FILOGENIA: 
- Os Porifera parecem ter tido uma origem evolutiva diferente da dos outros representantes do 
mesmo reino. Provavelmente, evoluíram a partir de protistas com coanócitos – 
Coanoflagelados, o que é apoiado pelo facto de só nestes dois grupos aparecer este tipo de 
células. 
 
 
Esponjas de banho – esqueleto constituído por uma 
rede de fibras fortes e flexíveis, formadas por uma 
substância proteica – espongina. 
 
 
 
RESUMO: 
- Animais aquáticos, a maioria marinhos, de vida fixa no estado adulto; 
- Assimétricos ou com simetria radiada; 
- Corpo com poros, canais e câmaras onde circula a água; 
- Corpo constituído por: epiderme, camada de coanócitos a revestir a camada interna e 
mesogleia entre as duas camadas anteriores; 
- Apresentam esqueleto constituído por espículas siliciosas ou calcárias ou por fibras 
de espongina (ou pela associação de ambas); 
- Sem órgãos ou verdadeiros tecidos; 
- Digestão intracelular; 
- Excreção e entrada de oxigénio por difusão directa; 
- Reprodução sexuada e assexuada (fragmentação e gemulação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Euspongia officinalis 
73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
•Todos são aquáticos, sendo a maioria marinhos (alguns vivem na água doce: hidra). 
•Animais sedentários (anémonas e corais) ou de vida livre (medusas). 
•Animais isolados ou coloniais. 
•A simetria é tipicamente radiada. 
•Dois tipos morfológicos: pólipos e medusas. 
•Apresentam cavidade gastrovascular que comunica com o exterior por uma única abertura 
que funciona como boca e ânus. 
•Sistema nervoso constituído por uma rede nervosa simples. 
•Não possuem sistema circulatório, respiratório (difusão directa) nem excretor (difusão 
directa). 
•Células típicas: cnidócitos. 
 
ORGANIZAÇÃO CORPORAL: 
 
•Os cnidários apresentam-se sob dois tipos básicos: pólipos e medusas. 
 
 
 
 
 
 
 
Anémona do mar Corais Hidra Medusa 
Medusa Pólipo 
74 
 
Pólipos – vivem fixos pela extremidade oposta à boca, rodeada por uma coroa de tentáculos; 
a mesogleia é pouco abundante. 
 
Medusas – têm a forma de campânula e são livres, flutuando nas águas ou deslocando-se por 
contracção da campânula. O grande desenvolvimento da mesogleia confere-lhe um aspecto 
gelatinoso. A boca abre-se na face côncava. 
 
Os Cnidários são animais Diploblásticos: 
 
•A ectoderme origina a epiderme, que reveste externamente o animal sendo especializada na 
protecção e defesa. 
•A endoderme origina a gastroderme, que reveste a cavidade digestiva, denominada cavidade 
gastrovascular. 
•Entre a ectoderme e a gastroderme situa-se a mesogleia, uma massa gelatinosa. A mesogleia 
dá suporte (sustentação) ao corpo do cnidário constituindo um esqueleto elástico e flexível. 
•A disposição do corpo em duas camadas tem aspectos adaptativos: a distância entre o 
ambiente e as células é reduzida, facilitando a entrada de oxigénio e de nutrientes por difusão, 
bem como a eliminação de dióxido de carbono. 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
75 
 
TIPOS DE CÉLULAS DA EPIDERME: 
 
A epiderme é formada por cinco tipos básicos de células: epiteliomusculares, 
intersticiais, sensoriais, glandulares e cnidócitos. 
•Células epiteliomusculares – função contráctil e de protecção. 
•Células intersticiais – com características embrionárias. Podem diferenciar-se noutros 
tipos de células. 
•Células sensoriais – captam informações do meio externo. 
•Células nervosas – situadas na base da epiderme. 
•Células glandulares – segregam muco. 
•Cnidócitos – células típicas do filo Cnidária, especializadas na defesa e na captura de 
alimento. 
Possuem no interior uma estrutura denominada nematocisto, cápsula ovóide que se 
prolonga por um fio filamentoso que se enrola para o interior do nematocisto. 
No cnidócito há uma expansão – cnidocílio. Este, quando sofre um estímulo 
mecânico, faz disparar o nematocisto o qual lança um líquido urticante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
 
NUTRIÇÃO: 
 
- Os cnidócitos nos tentáculos permitem uma captação eficiente das presas que são 
introduzidas na cavidade gastrovascular; 
- Células secretoras – produzem enzimas digestivas que lançam na cavidade 
gastrovascular; 
- Células digestivas – digerem posteriormente os produtos da digestão extracelular, em 
vacúolos digestivos; 
- Os produtos da digestão são difundidos para todas as células do organismo, e os 
resíduos são lançados na cavidade gastrovascular; 
 
RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO: 
 
- o oxigénio entra por difusão directa; 
- a água e os produtos de excreção (dióxido de carbono e 
amoníaco) são eliminados por difusão directa. 
 
REPRODUÇÃO ASSEXUADA: 
 
- Gemulação, formando-se pequenas gemas que dão lugar a novos organismos, por 
vezes os novos organismos permanecem ligados ao progenitor constituíndo colónias; 
- Em muitas colónias há polimorfismo entre os indivíduos, sendo uns especializados na 
captação e digestão do alimento, outros na reprodução e outros na defesa. 
 
REPRODUÇÃO SEXUADA: 
 
- há espécies hermafroditas e outras gonocóricas; 
- os espermatozóides são libertados para a água para 
fecundar os óvulos. 
 
 
 
 
 
77 
 
RESUMO: 
 
•Animais aquáticos, geralmente marinhos. 
•Ocorrem em dois tipos morfológicos: pólipos e medusas. 
•As formas adultas apresentam simetria radiada. 
•São animais diploblásticos, com duas camadas celulares, 
epiderme e gastroderme, separadas pela mesogleia. 
•Possuem cavidade gastrovascular que comunica com o exterior 
por uma única abertura a qual desempenha a função de boca e 
ânus. 
•Digestão intracelular e extracelular. 
•Possuem células características – cnidócitos. 
•Rede nervosa simples. 
•Sem sistema respiratório, circulatório e excretor. 
•Reprodução assexuada e sexuada. 
•Acelomados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
- vermes achatados dorso-ventralmente (do grego 
“Platys = achatado” + “ Helminthes = vermes”), com a 
boca na face ventral; 
- aquáticos de vida livre (planária), outros parasitas (fascíola hepática e ténia) com 
adaptações específicas; 
- simetria bilateral;- triploblásticos (ectoderme, mesoderme e endoderme), por diferenciação estes folhetos 
originam os diferentes tecidos e órgãos do animal definitivo e acelomados; 
- protostómios; 
- sem segmentação; 
- não possuem sistema respiratório, nem circulatório; 
- sistema digestivo incompleto – digestão extracelular e intracelular; 
- reprodução assexuada (bipartição ou fragmentação) ou sexuada, sendo 
hermafroditas ou gonocóricas. 
 
LOCOMOÇÃO: 
- é mais eficaz no caso dos indivíduos apresentarem o corpo alongado, com a cabeça na 
parte anterior, uma zona posterior, 
e a face dorsal e ventral; 
 
SISTEMA NERVOSO: 
- muito rudimentar, na região da 
cabeça situam-se os gânglios 
79 
 
cerebrais, dos quais partem dois cordões nervosos; 
- existem órgãos dos sentidos muito rudimentares, ex.: ocelos que percepcionam a luz. 
 
CAPTAÇÃO E DIGESTÃO DOS ALIMENTOS: 
 
- sistema digestivo incompleto, pois a boca funciona como boca e como ânus (sendo 
expelidos os resíduos alimentares através da boca) 
- na face ventral situa-se a boca, faringe musculosa (que se pode projectar para o 
exterior para captar a presa), intestino (com um ramo anterior e dois posteriores), o 
conjunto dos ramos constitui a cavidade gastrovascular muito ramificada; 
- Digestão extracelular na cavidade gastrovascular e intracelular nas células da 
parede dessa cavidade. 
 
RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO: 
 
- Trocas de gases por difusão directa com o meio; 
- Produtos de excreção eliminados por células especializadas - células –flama 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
 
PLATELMINTES PARASITAS 
 
- Os parasitas não têm boca nem 
cavidade digestiva; 
- Têm ciclos de vida de desenvolvimento complexos, necessitando, em regra de dois 
hospedeiros de espécies diferentes para o completar; 
- Hospedeiro definitivo – aquele onde o parasita vive no estado adulto; 
- Hospedeiro intermediário – onde o parasita vive no estado larvar. 
 
TÉNIA: 
 
- absorvem os nutrientes digeridos através do tegumento; 
- o escólex fixa as ténias a parede intestinal; 
- a partir da região do colo, uma zona a seguir ao escólex, seguem-se segmentos 
designados de proglótides, cada proglótide apresenta testículos e ovários e pode 
produzir 100000 ovos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CICLO DE VIDA DA Taenia solium (bicha-solitária): 
 
- as proglótides da extremidade oposta ao escólex cheias de ovos, desprendem-se e são 
expulsas com as fezes; 
- cada ovo tem o embrião, ao serem ingeridos pelo hospedeiro intermediário (porco ou 
vaca), as larvas libertam-se no tubo digestivo, atravessam a parede do intestino e 
inquistam-se no musculo – cisticercos; 
- o Homem ao comer carne de porco mal cozinhada ou crua, ingere os cisticercos; 
Escólex 
Proglótide 
Fascíola hepática 
Ténia 
81 
 
- no tubo digestivo humano os sucos destroem o invólucro do cisticerco, libertando-se a 
larva, que se fixa na parede do intestino, prosseguindo o seu desenvolvimento até ao 
estado adulto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cisticerco Cisticerco Ovos 
82 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
- vermes de corpo cilíndrico com poucos milímetros até mais de um metro; 
- aquáticos (água doce ou salgada) e no solo, mas a maioria são parasitas quer de 
plantas, quer de animais; 
- possuem uma cutícula espessa de quitina a revestir o corpo, segregada pela epiderme, 
que os protege da dessecação; 
- sem segmentação; 
- simetria bilateral; 
- triploblásticos, pseudocelomados (esta cavidade está cheia de um líquido importante 
na distribuição das substâncias no interior do corpo); 
- protostómios; 
- possuem sistemas de órgãos; 
- não possuem sistema respiratório (difusão directa dos gases), nem circulatório; 
- sistema digestivo completo – digestão 
extracelular; 
- sistema nervoso simples (anel nervoso à 
volta do esófago que se liga a nervos 
anteriores e posteriores); 
- reprodução sexuada, com os dois sexos separados, há dimorfismo sexual (fêmeas 
geralmente maiores do que os machos). 
 
 
 
 
 
 
 
Lombriga Filária Oxiúros 
83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NEMATODES PARASITAS: 
 
PARASITA LOCAL 
ENTRADA NO 
ORGANISMO 
SINTOMAS 
DIAGNÓSTICO/
TRATAMENTO 
 
Lombriga 
(Ascaris) 
Intestino 
delgado 
Os ovos são expulsos 
com as fezes, no solo 
quente e húmido 
transformam-se em 
larvas, as quais 
atravessam a pele, 
penetram a corrente 
sanguínea e atingem o 
intestino delgado 
Anemia, má 
nutrição, palidez, 
perda de peso, em 
crianças retarda o 
desenvolvimento 
físico e mental 
Exame às fezes; 
Alimentação rica 
em proteínas 
Medicamentos 
para eliminar os 
vermes 
 
Oxiúros 
(Oxiurus) 
Intestino 
grosso 
De noite os oxiúros 
deslocam-se até á região 
anal, para a postura dos 
ovos, causando prurido 
à volta do recto. 
Prurido, dor 
abdominal, 
diarreia. Ao se 
coçar a área, os 
ovos podem passar 
para as mãos, 
sendo transmitidos 
aos alimentos, 
objectos. 
Exames às fezes 
Medicamentos 
para destruir os 
vermes 
Muita limpeza 
para se evitar a 
reinfestação. 
84 
 
PARASITA LOCAL 
ENTRADA NO 
ORGANISMO 
SINTOMAS 
DIAGNÓSTICO/
TRATAMENTO 
 
 
 
 
Triquinas 
(Trichinella) 
Músculos 
Ingestão de carne de 
porco infestada, crua ou 
mal cozinhada. As 
larvas penetram na 
corrente sanguínea 
espalham-se por todos 
os tecidos. Na maior 
parte dos tecidos 
causam uma inflamação 
e são destruídas pelas 
defesas do organismo. 
No entanto podem 
enquistar-se nas fibras 
musculares, 
sobrevivendo durante 
anos. 
Deslocação das 
larvas pelo 
organismo (2 
semanas): Febre, 
náuseas, vómitos, 
diarreia, dores 
abdominais. 
 
Quando as larvas 
se enquistam nos 
músculos vão 
desaparecendo os 
sintomas. 
Repouso 
Regime alimentar 
muito nutritivo 
Filária 
(Wuchereria) 
Sistema 
linfático 
Larvas transmitidas pela 
mordedura de mosquitos 
do género Culex que 
vivem em climas 
tropicais. 
Os vermes adultos têm 5 
cm de comprimento e 
vivem no sistema 
linfático dos tecidos. 
Inflamação, 
inchaço e 
endurecimento dos 
tecidos. 
Controlo sanitário 
Medicamentos 
para eliminar os 
parasitas do 
organismo 
A região afectada 
pode ser tratada 
por meio de 
intervenções 
cirúrgicas. 
 
 
CELOMAS E PROTOSTÓMIOS 
 
 
- A boca definitiva forma-se a partir da boca primitiva embrionária; abrindo-se o ânus 
numa zona diametralmente oposta ao tubo digestivo; 
- Tubo digestivo completo; 
- Sistemas circulatório, nervosos e excretor bem desenvolvidos; 
 
Vantagens da presença de Celoma: 
 
- o celoma determina uma separação nítida entre os músculos do tubo digestivo e os 
músculos da parede do corpo, sendo os movimentos do tubo digestivo independentes 
de outros movimentos; 
85 
 
- o fluido que preenche o celoma é importante no transporte de materiais, tais como 
nutrientes, oxigénio e excreções, as células banhadas por este líquido estabelecem 
trocas com o mesmo; 
- o celoma constitui um espaçoonde se desenvolvem e funcionam muitos órgãos. Ex.: 
coração e vasos sanguíneos, os quais se podem dilatar sem seresm comprimidos 
pelos restantes órgãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
- Seres aquáticos (marinhos ou de água doce) e terrestres (caracol e lesma); 
- Possuem corpo mole, com ou sem concha (de origem calcária) – exosesqueleto; 
- Corpo dividido em 3 regiões distintas: cabeça, massa visceral e pé; 
- Possuem celoma reduzido; 
- São protostómios; 
- Possuem simetria bilateral, embora alguns sejam assimétricos, a simetria é alterada 
devido a fenómenos de torção durante o desenvolvimento embrionário; 
- Possuem tubo digestivo completo, geralmente possuindo rádula; 
- Possuem sistema circulatório com coração. Na maioria dos moluscos o sistema 
circulatório é aberto; 
 
Caracol Lula 
Amêijoa Polvo 
86 
 
CONSTITUIÇÃO BÁSICA DE UM MOLUSCO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O corpo dos moluscos é constituído por: 
- Cabeça - nalguns moluscos, não está nitidamente separada do pé e noutros desaparece 
totalmente. Aloja os gânglios nervosos, os órgãos dos sentidos (olhos) e inclui a 
abertura bucal. 
- Massa visceral - contém os órgãos internos (digestivos, reprodutores e excretores) 
- Pé - órgão musculoso que pode desempenhar várias funções, tais como a locomoção, 
captura de alimentos e fixação. Pode apresentar várias formas; 
- Manto - prega cutânea de tecido dorsal, rica em glândulas que segregam a concha, 
rodeia o corpo e em certas regiões, destaca-se dele recobrindo a cavidade paleal, onde 
se situam as brânquias nos moluscos aquáticos ou funciona como pulmões nos 
moluscos terrestres; 
 
- Tubo digestivo completo – boca, esófago, intestino e ânus, possuem glândulas 
anexas; 
- Alguns moluscos possuem rádula (placa raspadora), constituída por uma membrana 
onde se dispõem dentes fino dirigidos para trás, funcionando como lima; 
 
- Sistema circulatório - com coração na posição dorsal, a maioria dos moluscos tem 
sistema circulatório aberto, parte do trajecto do sangue é feito fora dos vasos 
sanguíneos (lacunas); 
 
- Reprodução sexuada - geralmente os sexos são separados, existindo algumas 
espécies hermafroditas. Nos moluscos aquáticos a fecundação é externa. 
87 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Gastrópodes (do grego: gastér = ventre + podós = pé) 
- Habitat: aquático (água doce e salgada) ou terrestre 
- Gastrópodes aquáticos – possuem brânquias na cavidade paleal (trocas gasosas), o 
manto é muito vascularizado na zona 
que recobre a cavidade paleal, 
funcionando o conjunto como um 
“pulmão”, as trocas dão-se entre o 
“pulmão” e o ar que preenche a cavidade 
paleal; 
- Concha univalve (apenas uma valva) 
enrolada em hélice (ex. caracol), achatada (ex.: lapa) ou sem concha (ex. lesma) 
- O pé é desenvolvido e em forma de palmilha ventral, permitindo a reptação; 
- Todos os gastrópodes possuem rádula, que dilacera os alimentos; 
- Durante o desenvolvimento embrionário o ânus e a cavidade do manto, inicialmente 
com posição posterior, sofreram uma rotação de 180º (torção do tubo digestivo que 
descreve um U), passando para a região anterior e situando-se o ânus por cima da 
cabeça. 
 
 
 
88 
 
 
 
 
 
- Bivalves ou pelecípodes (do grego bis = duas + valva = batente de porta) 
- Habitat: aquáticos (vivem no mar e água doce, enterrados ou fixos em objectos 
submersos, ex.: ostras e mexilhões) 
- Concha formada por duas valvas articuladas na zona dorsal (zona da charneira) e são 
fechadas pela acção de músculos fortes ligados à concha, ficando o animal protegido 
dentro dela; 
- O manto reveste internamente a concha, delimita a cavidade paleal que comunica com 
o exterior por dois sifões (um para a entrada de água e outro para a saída de água), 
filtram a água para obter os microrganismos de que se alimentam; 
- Cabeça não diferenciada 
- Pé em forma de machado (usado para escavar) 
- Sem rádula 
- Dois pares de brânquias em forma de lamela (lamelibrânquios) situadas na 
cavidade do manto; 
- Sexos separados - fecundação geralmente externa, passando por metamorfoses ao 
longo do desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Cefalópodes (do grego Kephalé = cabeça + podos = pé), o pé rodeia a boca, 
formando 8 a 10 tentáculos providos de ventosas; 
- Habitat: vivem exclusivamente no mar; 
- A cabeça é distinta, possuem olhos complexos semelhantes aos dos vertebrados; 
- Sistema nervoso desenvolvido, os cefalópodes são os invertebrados com maior 
capacidade de aprendizagem e memorização; 
- Concha rudimentar interna (ex. lulas) ou sem concha (ex. polvo); algumas espécies 
têm concha externa espiralada (ex. Nautilus existe no oceano Pacífico), nestes animais 
a concha é formada por câmaras contíguas, construindo cada ano um 
compartimento, o animal aloja-se no último compartimento, que é o maior; 
- A maioria é carnívora, capturando crustáceos, peixes e outros moluscos com os 
tentáculos e dilacerando-os com duas mandíbulas córneas em forma de papagaio, 
possuem rádula; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- O manto delimita uma cavidade onde se situam as brânquias; 
90 
 
- Sistema circulatório fechado, toda a circulação ocorre no interior de vasos (artérias, 
capilares e veias); 
 
- Deslocam-se com grande velocidade por retropulsão e mudam facilmente de cor 
(mimetismo) e podem produzir num órgão específico – bolsa do ferrado, um líquido 
negro semelhante a tinta pedra, que lançam para a água, turvando-a para escaparem 
aos predadores que ficam confusos e desorientados. 
- Sexos separados. 
 
Nota: As amonites constituíram os invertebrados predadores dominantes nos oceanos durante 
milhões de anos, tendo-se extinguido no final do Cretácico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
- Triploblásticos celomados; 
- Simetria bilateral; 
- Protostómios; 
- Seres aquáticos (marinhos ou de água doce) e terrestres; 
- Possuem o corpo dividido em numerosos segmentos ou anéis idênticos – 
segmentação, a segmentação não é apenas externa mas também interna, atingindo a 
mesoderme e o celoma – metamerização, estando os metâmeros separados uns dos 
outros por mesoderme; 
- Possuem numerosos filamentos quitinosos - sedas na superfície externa (na minhoca 4 
pares por segmento na face ventral), permitindo uma fixação às asperezas do solo 
durante a locomoção; 
Minhoca Nereide Sanguessuga 
91 
 
- Os anelídeos terrestres têm uma cutícula externa, fina e transparente segregada pelas 
células da epiderme, que os 
protege da dessecação, a cutícula 
reveste um epitélio contendo 
células glandulares segregam um 
muco que mantém a superfície 
humedecida; 
- Possuem tubo digestivo completo 
(boca – esófago – papo – moela – intestino – ânus); 
- Sistema circulatório fechado, com um vaso dorsal e outro ventral unidos por vasos 
transversais; 
- As trocas gasosas dão-se 
ao nível da pele, que é 
muito vascularizada – 
hematose cutânea; 
- Sistema excretor 
constituído pelos 
metanefrídios (um par por segmento à excepção dos três primeiros e do último); 
- Reprodução sexuada (hermafroditismo insuficiente da minhoca ou com sexos 
separados - nereides); 
- Possuem sistema nervoso bastante diferenciado – um par de gânglios cerebraise 
uma cadeia ganglionar ventral; 
- Filogenia: talvez os anelídeos 
tivessem evoluído a partir dos 
platelmintes. 
 
 
 
 
- Nereides: Possuem parápodes – expansões 
membranosas do tegumento com função 
locomotora; 
- Sanguessugas: parasitam vertebrados 
aspirando o sangue que não coagula\1. 
92 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
- Habitat: terrestre e aquático (água doce e salgada); 
- O corpo dos artrópodes, de simetria bilateral, apresenta segmentação heterónoma, 
isto é, os segmentos apresentam em regra, variações estruturais 
- Apêndices articulados (do gr. Árthron = articulação + podós = pé) importantes na 
locomoção, captação do alimento, receptores sensoriais, defesa e copulação; 
 
 
 
 
 
 
- Esqueleto externo ou exoesqueleto, segregado pela epiderme e constituído por 
quitina, proteína, lípidos e impregnações de cálcio, com funções de suporte, 
protecção, sustentação dos músculos que movem os apêndices e dificulta a 
desidratação; 
- Corpo segmentado, podendo dar-se a fusão de alguns segmentos no estado 
embrionário; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Insectos Aranhas Crustáceos 
93 
 
CLASSE ARACHNIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CLASSE CRUSTACEA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE DIPLOPODA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSE CHILOPODA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
94 
 
CLASSE INSECTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
- triploblásticos; 
- celomados (com celoma muito desenvolvido); 
- deuterostómios; 
- habitat aquático marinho; 
- Simetria pentarradiada no estado adulto e bilateral no estado larvar; 
- Evolução dos equinodermes: 
- calcificação de um esqueleto interno formado por placas calcárias recobertas de 
epiderme (protecção contra os predadores), 
- aparecimento de um sistema de órgãos 
(sistema ambulacrário/sistema 
vascular hídrico), 
o origem: cavidade celomática; 
o constituição: tem uma rede de 
canais e de ampolas por onde 
circula a água, a qual entra por 
uma placa muito perfurada, 
designada de placa 
madrepórica. Esta dá acesso a 
um canal – canal pétreo/canal 
hidróforo que comunica com o anel ambulacrário que rodeia o esófago. 
Desse anel partem cinco canais radiais, estendendo-se cada um ao longo de 
uma zona ambulacrária. Aos canais radiais ligam-se pequenos tubos externos – 
pés ambulacrários, que terminam numa pequena ventosa. No extremo interno 
Estrela-do-mar Ouriço-do-mar Ofiurídeo 
96 
 
de cada pé existe uma ampola ambulacrária musculosa, cuja contracção 
injecta água no pé, fazendo-o distender, o que permite a sua fixação, a situação 
contrária torna o pé flácido. O funcionamento combinado de todos os pés 
permite ao animal: subir superfícies verticais, fixar-se sobre as rochas, abrir 
conchas de moluscos,… 
o funções: captação do alimento, locomoção e por vezes trocas gasosas; 
- Na carapaça distinguem-se cinco zonas com pequenos orifícios de onde saem os pés 
ambulacrários, estas zonas alternam com cinco zonas interambulacrárias, onde não 
existem pés ambulacrários; 
- Endoesqueleto ou esqueleto interno com origem na mesoderme e recoberto pela 
epiderme, constituído por placas calcárias, com as quais se articulam espinhos; 
- Têm estruturas em forma de pinça com funções na captação do alimento e na 
limpeza da carapaça – os pedicelários; 
- Sistema nervoso constituído por um anel nervoso em torno da boca, da qual partem 
cinco nervos radiais, que se ramificam e atingem todo o corpo, possuem poucos 
órgãos dos sentidos especializados; 
- Tubo digestivo completo – os ouriços alimentam-se de pequenos animais e algas. A 
boca é constituída por cinco dentes, fazendo cada um parte de um mandíbula interna, 
as cinco mandíbulas designam-se de lanterna de Aristóteles. As estrelas-do-mar têm 
o estômago muito desenvolvido podendo projectar-se para o exterior, a digestão é 
essencialmente extracelular; 
- Sistema circulatório muito reduzido; 
- Sistema respiratório constituído por brânquias; 
- Não têm órgãos excretores; 
97 
 
- Reprodução - Sexos separados, passam por metamorfoses. 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
- Simetria bilateral; 
- triploblásticos; 
- tubo digestivo completo 
- metamerização, embora não evidenciada externamente; 
- cefalização acentuada; 
- notocórdio/corda dorsal, (pelo menos durante o desenvolvimento embrionário), a qual tem 
uma posição dorsal, é firme, flexível, com funções de suporte, onde se fixam os músculos; 
- tubo nervoso com posição dorsal em relação ao tubo digestivo, na região anterior o tubo 
nervoso dilata-se originando o encéfalo, dividido em cavidades; 
- fossetas branquiais ao nível da faringe (pelo menos durante uma fase do desenvolvimento 
embrionário): 
 - peixes: fossetas branquiais abrem-se formando fendas branquiais (cavidade faríngea 
↔ exterior) 
 - vertebrados terrestres: fossetas branquiais permanecem fechadas, acabando por 
desaparecer; ou transformar-se no canal auditivo externo; 
- cauda com posição posterior em relação ao ânus (em alguns vertebrados é um órgão 
vestigial); 
- coração com posição ventral 
 
 
 
 
 
CARACTERISTICAS GERAIS: 
 
Ascídias: 
- Cordados invertebrados com maior sucesso, 
também designados de tunicados por 
possuírem uma túnica envolvente constituída 
por uma substância quimicamente idêntica à celulose; 
98 
 
- Urocordados (do gr. ourá=cauda + khordé=corda) têm corda dorsal na região da cauda; 
- são animais marinhos, na forma adulta vivem fixos; 
- as larvas (semelhantes a girinos de rã) não se alimentam, nadam durante bastantes horas até 
se fixarem ao substrato por uma papila adesiva, sofrem metamorfoses regressivas, sendo o 
animal adulto mais simples que a forma larvar, uma vez que a cauda regride e alguns órgãos 
desaparecem/atrofiam; 
- corda dorsal completamente reabsorvida e o tubo nervoso está reduzido a um gânglio na 
zona dorsal da faringe, a qual é uma cavidade ampla e ciliada, perfurada por fendas 
branquiais, onde ocorrem as trocas 
gasosas; 
- possuem dois sifões característicos 
(um para a entrada da água que passa à 
faringe, atravessando as fendas 
branquiais e outro para a saída da água 
com as fezes, gâmetas,…); 
- sistema circulatório constituído por 
um coração e dois vasos um de cada 
lado do coração, os quais se ligam a 
uma rede difusa de pequenos vasos e 
espaços; 
- Reprodução assexuada por 
gemiparidade, formando por vezes 
colónias, geralmente são 
hermafroditas e a fecundação ocorre 
na água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
99 
 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
 
Anfioxo: 
- animal pequeno (5-10 cm), comprido 
lateralmente, translúcido; 
- vive nos fundos arenosos das águas 
costeiras de todo o Mundo, pode nadar livremente ou enterrar-se na areia com a cabeça de 
fora; 
- a corda dorsal estende-se desde a extremidade da cabeça até à extremidade da cauda, o 
tubo nervoso acompanha dorsalmente o notocórdio e possuem muitos pares de fendas 
branquiais na faringe alongada; 
- metamerização visível nos músculos, devido à sua transparência; 
- embora parecidos com os peixes, não têm barbatanas,

Continue navegando