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Prática N° 8 Aluno (a): Vitória Eloíne de A. Costa Turma: IQUI - 21 Velocidade Química das Reações Objetivos a) Mostrar que reações químicas ocorrem em diferentes velocidades; b) Mostrar, um caso particular como é possível medir a velocidade de uma reação; c) Verificar a influência da temperatura na velocidade das reações químicas; e d) Verificar a influência da concentração dos reagentes na velocidade das reações químicas. Introdução Fenômenos químicos ou reações químicas ocorrem, como se observa facilmente em diferentes velocidades. Algumas são muito rápidas, como é o caso da maioria das reações entre íons em solução. Por exemplo: Pb2+(aq) + 2I-(aq) -------> PbI2 (s) Outras são mais lentas, como a reação entre o metal ferro e o ácido sulfúrico, conforme a equação Fe (s) + H2SO4 -------> FeSO4 (aq) + H 2 (g) Outras, ainda, são extremamente lentas, como a reação entre H2 e O 2, na formação da água, em condições ambientais normais. Em geral, as reações que não envolvem agrupamentos de ligações são mais rápidas que as que os envolvem, embora haja exceções. “É fácil constatar que cada reação química, feita sob determinadas condições ocorre em certa taxa de rapidez, gastando um tempo determinado para se completar. Em geral, podemos variar essa taxa de rapidez da reação modificando as condições a que ela está submetida. O termo velocidade em Física é definido como espaço percorrido em função do tempo. Em Química, o termo a velocidade está relacionado a quanto uma reação química se desenvolve de forma mais rápida ou mais lenta. Para não usarmos o mesmo tempo com sentidos diferentes, optamos por falar em taxa de desenvolvimento de uma reação ou taxa de rapidez de uma reação no lugar de velocidade.” (FONSECA 2013) “Para que uma reação química seja factível, ela deve ocorrer com uma velocidade razoável. Consequentemente, é importante que se possa controlar a velocidade da reação. Muito frequentemente, isto significa fazê-la correr mais rapidamente. Quando você realiza uma reação laboratório de química geral, você quer que ela aconteça rapidamente. Um pesquisador em química que tenta sintetizar uma nova droga tem o mesmo objetivo. Todavia, há vezes em que é desejável reduzir a velocidade de reação. O processo de envelhecimento, uma complexa série de oxidações biológicas, que se acredita envolver “radicais livres” com elétrons desemparelhados tais como O---H e O---O - é daqueles que todos nós gostaríamos que fosse lento.” (MASTERTON, HURLEY 2010) “O conceito de velocidade é encontrado em muitas circunstâncias não químicas. Exemplos comuns são a velocidade de um automóvel, em termos da distância percorrida por unidade de tempo, (por exemplo, quilômetros por hora), e a velocidade de escoamento da água de uma torneira em termos de volume por unidade de tempo (litros por minuto). Em cada caso, uma variação é medida em um intervalo de tempo. A velocidade de uma reação química refere-se à variação na concentração de uma substância por unidade de tempo. Durante uma reação química, as quantidades de reagentes diminui com o passar do tempo, e as quantidade de produto aumenta. É possível descrever a velocidade da reação com base no aumento da concentração de um produto ou na diminuição de concentração de um reagente por unidade de tempo. Para que uma reação química ocorra, as moléculas dos reagentes devem ser aproximar, de modo que os átomos possam ser trocados ou rearranjados. Os átomos e as moléculas são móveis na fase gasosa ou em solução e, portanto, as reações são realizadas frequentemente usando-se uma mistura de gases ou soluções dos reagentes. Sob essas circunstâncias diversos fatores afetam a velocidade de uma reação.” (KOTZ, TREICHEL 2007) A velocidade de uma reação depende dos seguintes fatores: 1- Natureza dos reagentes Reações entre íons são geralmente rápidas e entre moléculas são na maioria das vezes lentas. “Quanto maior for o número de ligações a serem rompidas nos reagentes e quantos mais fortes forem essas ligações, mais lenta será a reação, e vice-versa. Reações orgânicas (com moléculas grandes e várias ligações covalentes) são mais lentas que as reações inorgânicas (com íons já dissociados em meio aquoso).” (FONSECA 2013) 2- Quantidade ou concentração dos reagentes “Quanto maior o número de partículas de reagentes por unidade de volume, isto é, quanto maior concentração, maior será a probabilidade de haver colisão efetiva entre essas partículas. Consequentemente, maior será a taxa de desenvolvimento da reação.” (FONSECA 2013) “Rapidez ou velocidade de uma reação é uma grandeza que indica como as quantidades de reagente(s) e produto(s) dessa reação variam com o passar do tempo. Essa grandeza (que é escalar e não vetorial) é tradicionalmente chamada a velocidade de reação. Para evitar confusão com o conceito de velocidade estudado em física (que é uma grandeza vetorial) alguns professores e autores preferem denominá-la rapidez de reação. Uma reação ocorre por meio de colisões eficazes entre moléculas dos reagentes. Quanto maior for a concentração reagentes, maior será a frequência dessas condições e mais rápida será a reação. Para que uma reação química ocorra, é necessário que haja uma colisão entre as moléculas dos reagentes. Considere, por exemplo, a reação: O3 (g) + NO(g) → O2 (g) + NO2 (g) Para que ela aconteça, é necessário que uma molécula de O 3 colida com uma de NO. Nessa colisão, é quebrada a ligação entre dois átomos de Oxigênio, enquanto é formado uma ligação entre um átomo de Oxigênio e um de Nitrogênio. A espécie química existente no momento da colisão em que a ligação O---O está parcialmente quebrada e a ligação O---N está parcialmente formada é chamada pelos químico de complexo ativado ou estado de transição. As moléculas possuem o movimento de agitação térmica que faz com que estejam continuamente sofrendo colisões. Verifica-se experimentalmente que, no caso de reações com pelo menos um reagente gasoso um aumento de pressão acarreta um aumento na rapidez. Um aumento de pressão, a temperatura constante, provoca uma redução do volume do gás. “ (TITO, DO CANTO 2009) A teoria da colisão define o papel da concentração e da temperatura na velocidade das reações. De acordo com essa teoria, as moléculas devem colidir para reagir. Quando o aumento da concentração de um reagente leva uma velocidade maior da reação, isso se deve à maior frequência de choques efetivos entre as espécies reagentes. Obs: A velocidade da reação do frasco da direita é maior porque a maior concentração de reagentes nesse frasco provoca maior número de colisões entre as moléculas. “Considere 1 mol de O3 e 1 mol de NO colocados em um mesmo recipiente para sofrer a reação: O3 (g) + NO(g) → O2 (g) + NO2 (g) Estimativas feitas por cientistas revelam que, a 25°C e 1 atm, cada molécula colide cerca de 10 9 vezes (1 bilhão de vezes) por segundo com outras moléculas. Se todas Esdras colisões resultasse em formação de produtos, a reação ocorreria em uma fração de segundo, possuindo uma velocidade assustadoramente alta. No entanto, verifica-se que essa reação não possui uma velocidade assim tão elevada. Dessa forma, somos levados a concluir que nem todas as colisões entre as moléculas de reagentes são eficazes. Colisão eficaz ouefetiva é aquela que conduz à formação de produto. Só são eficazes aquelas colisões que acontecem com geometria favorável. Se as moléculas colidirem em posições desfavoráveis, não haverá possibilidade de formar o complexo ativado e, portanto, não acontecerá a formação das moléculas de produtos nessa colisão. No momento da colisão uma ruptura parcial de ligações químicas das moléculas reagentes. A energia necessária para essa ruptura provêm do movimento das moléculas (a energia associada ao movimento é chamada de energia cinética). Para que uma colisão entre moléculas de reagentes seja eficaz é necessário que ela ocorra com geometria adequada e energia suficiente. Apenas as moléculas dotadas de energia suficiente conseguem, ao se aproximarem com geometria favorável, sofrer colisões eficazes. Existe uma barreira a ser vencida para que moléculas de reagentes se transformem em moléculas de produto. A energia necessária para vencer essa barreira é chamada de energia de ativação. A energia de ativação [Ea] é o valor mínimo de energia que as moléculas de reagentes devem possuir para que uma colisão entre elas seja eficaz. Quanto maior for a energia de ativação, mais lenta será a reação. Cada reação possui valor característico de energia de ativação. Esse valor não depende da temperatura e da concentração dos reagentes.” (TITO, DO CANTO 2009) 3 - Temperatura Para ocorrer reações entre moléculas, por exemplo, é necessário que os choques sejam suficientemente energéticos, para causar em ruptura de ligações químicas já existente. Quando se aquece o sistema, aumentasse energia das moléculas, aumentando, portanto, a eficiência dos choques intermoleculares e, consequentemente, a velocidade da reação química. “As velocidades da maioria das reações químicas aumentam à medida que a temperatura aumenta. Muitas reações orgânicas em solução caem em algum ponto na faixa englobada pela hidrólise do Etanoato de Metila (para qual a constante de velocidade é 35 °C é 1,8 vez o valor a 25 °C) e pela hidrólise da sacarose (para a qual o fator é 4,1). Reações catalisadas por enzimas podem apresentar uma dependência da temperatura mais complexa, pois elevar a temperatura pode provocar mudanças conformacionais que diminuem a ação efetiva da enzima. Na realidade, uma das razões pelas quais combatemos a infecção com uma febre é para perturbar o equilíbrio das velocidades de reação dentro do organismo infeccioso, e, desse modo, destruí-lo pelo aumento da temperatura.” (ATKINS, DE PAULA 2014) “Um aumento de temperatura causa um aumento na taxa de desenvolvimento de reações químicas são exotérmicas quando endotérmicas Por que leva os reagentes atingir mais rapidamente complexo ativado.” (FONSECA 2013) “Quando elevamos a temperatura, provocamos um aumento da energia cinética das moléculas, fazendo com que haja maior quantidade de moléculas com energia suficiente para reagir, isto é, com energia superior a de ativação. Quanto maior forma a temperatura, maior será a energia cinética das moléculas e maior a velocidade de uma reação. Algumas reações podem ter sua velocidade violentamente aumentada pela ação de uma faísca elétrica ou pela presença de uma chama. Um exemplo é a combustão dos vapores de gasolina, que podem estar misturados com o O2 do ar sem que nada aconteça. Contudo, uma chama ou faísca é o bastante para causar uma explosão. A faísca fornece energia para que algumas moléculas reajam, formando produtos liberando muita energia. Essa energia permite que outras moléculas também reajam, transformando-se em produto liberando ainda mais energia.” (TITO, DO CANTO 2009) 4 - Catalisador Catalisadores são substâncias que, por processos frequentemente complicados, têm a capacidade de diminuir a barreira (energia de ativação) de uma reação química, causando, portanto, de modo geral, aumento na velocidade da reação química, conforme pode-se verificar na prática sobre catálise. “Considere a decomposição da água oxigenada. Na ausência de luz e das impurezas, essa reação é bastante lenta. Se, no entanto, uma pequena pintada de MnO2 sólido foi adicionada, a reação ocorrerá com uma velocidade bem mais alta. Ao final da reação, verifica-se que o MnO2 não foi efetivamente consumido. Substâncias cuja atuação se assemelha à do MnO2 recebem o nome de catalisadores. Catalisador é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química sem ser efetivamente consumida no processo. Catálise é o nome dado ao aumento da velocidade provocada pelo catalisador. Um catalisador aumenta a velocidade de uma reação pois a baixa energia de ativação (Ea). (PERUZZO, DO CANTO 2009) Define-se velocidade de reação como decréscimo da concentração do reagente ou de um dos reagentes na unidade de tempo, ou seja: ∆ [R] V = ------------------- t É importante medir a velocidade de uma reação química e, também, reconhecer quando esta acabou, uma vez que existe peças em reação (átomos íons ou moléculas) são invisíveis. Poder-se-ia analisar, de tempo em tempo, uma alíquota do sistema para determinar quanto resta de um certo reagente, em determinado momento, ou quando apareceu de um produto. Um outro método seria acompanhar de variações das propriedades macroscópicas (pressão, temperatura cor etc.) durante a reação. Quanto tais variações não mais ocorrerem com passar do tempo, a reação terá chegado ao seu final. Muitas vezes não ocorrem variações perceptíveis, o que, evidentemente, dificulta a medição. Essa dificuldade, frequentemente, é contornada por meio de uma indicação engenhosamente provocada de uma propriedade que, pelo menos, indique o fim da reação, como, por exemplo, pelo aparecimento o desaparecimento da cor do sistema. No caso que será estudado, o término da reação é indicado pelo descoramento do sistema em estudo. Serão investigar os efeitos de fatores concentração e temperatura, executando experiências com a reação entre permanganato de potássio e sacarose, em meio ácido. “Os catalisadores não são consumidos em uma reação química; entretanto, estão envolvidos intimamente nos detalhes da reação em nível particulado. Sua função é fornecer um caminho diferente com a energia de ativação mais baixa para reação.” (KOTZ, TREICHEL 2007) “Um catalisador heterogêneo é aquele que está numa fase diferente da mistura de reação. De maneira mais comum, o catalisador é um sólido que aumenta a velocidade de uma reação em fase gasosa ou em fase líquida.” (MASTERTON, HURLEY 2010) “Por exemplo: a mesma reação de combustão do Dióxido de Enxofre, SO 2(g), pode ser catalisada pelo Pentóxido de Divanádio, V2O 5 (s), um composto sólido que forma com os reagentes gasosos no sistema bifásico (heterogêneo). V2S5 (s) 2 SO2 (g) + 1 O 2 (g) →2 SO3 (g) Nesse caso, o composto sólido atua adsorvendo (retendo em sua superfície) as moléculas dos reagentes. Isso enfraquece as ligações nessas moléculas, facilitando a formação do complexo ativado, o que diminui a energia de ativação e aumenta a taxa de desenvolvimento da reação.” (FONSECA 2013) “Um problema dos catalisadores heterogêneos é que o catalisador sólido é facilmente ‘envenenado’. Materiais estranhos depositados na superfície catalítica durante a reação reduzem o mesmo destroem sua eficiência. Uma razão principal para utilizar gasolina sem chumbo é que o chumbo metálico envenena a mistura de Pt-Rh no conversor catalítico.” (MASTERTON, HURLEY 2010) “Um catalisadorhomogêneo é o que está presente na mesma fase dos reagentes. Ele acelera a reação formando um intermediário reativo que se decompõe gerando produtos. Dessa forma, o catalisador oferece um processo alternativo de energia de ativação mais baixa.” (MASTERTON, HURLEY 2010) “Por exemplo: Considere a reação de combustão do dióxido de enxofre, SO2 (g), formando trióxido de enxofre, SO3 (g) (uma etapa intermediária na fabricação de ácido sulfúrico, H2SO4 (aq) ). 2 SO2 (g) + 1 O 2 (g)→2 SO3 (g) Na ausência de catalisador, essa reação é bastante lenta, mas na presença de dióxido de nitrogênio, NO2 (g), a reação torna-se sensivelmente mais rápida. Como o dióxido de nitrogênio forma com os reagentes um sistema monofásico (geralmente as misturas de gases são monofásicas), sua ação catalítica, nesse caso, é dita homogênea. O que ocorre de fato que o catalisador forma com um dos reagentes um composto intermediário (complexo ativado). Nessa reação, o Dióxido de Nitrogênio, NO2 (catalisador), reage com Dióxido de Enxofre, SO2 (g) (numa primeira etapa), formando o Monóxido de Nitrogênio NO(g) e o Trióxido de Enxofre, SO 3 (g). Numa segunda etapa, o Monóxido de Nitrogênio, NO(g), reage com o Gás Oxigênio, O2 (g), para reconstituir o catalisador. A reação feita assim, em duas etapas, necessita de menos energia de ativação para prosseguir e, consequentemente, é mais rápida.” (FONSECA 2013 Material e método Efeito da Concentração 1. Em um suporte para tubos de ensaio, fora colocado 5 tubos numerados. Pipetou-se 12 mL de solução de sacarose 1 mol/L e colocou-se no tubo 1; adicionou-se 10 mL desta mesma solução ao tubo 2; 8 ml ao tubo 3; 6 ml ao tubo 4; e 4 ml ao tubo 5. 2. Adicionou-se 2 mL de H2O destilada ao tubo 2; 4 mL ao tubo 3, 6 mL ao tubo 4; e 8 mL ao tubo 5. 3. Adicionou-se a cada tubo 2 mL de H 2SO 4 2 mol/L. 4. Em outros cinco tubos de ensaio, adicionou-se 4 mL de KMnO4 0,0025 mol/L em cada um. 5. Adicionou-se o conteúdo de um dos tubos de KMnO4 ao tubo 5. Colocou-se uma rolha adequada na extremidade do tubo e agitou-se rapidamente, virando o tubo de cabeça para baixo por duas ou três vezes. Marcou-se o tempo (em segundos), desde o momento em que se iniciou a adição até o descoramento da mistura. 6. Prosseguiu-se da mesma forma com outros tubos. Anotou-se o tempo gasto para cada reação. 7. Calculou-se a concentração da sacarose em cada tubo de ensaio, imediatamente após a mistura, isto é, antes da reação ocorreria. Efeito da Temperatura Nesta experiência, mantém-se constante a concentração dos reagentes e varia-se a temperatura. 1. Colocou-se seis tubos de ensaio no suporte. Pipetou-se para três destes tubos 6 mL de solução de sacarose 1 mol/L, 6 mL de H2O e 2 mL de H2SO 4 2 mol/L. Para os outros três tubos, pipetou-se 4 mL de solução de KMnO4 0,0025 mol/L. 2. Pegou-se dois tubos, um com solução de sacarose e outros com solução de KMnO 4, e colocou-os em banho de gelo, até a temperatura atingir cerca de 0 °C. Misturou-se rapidamente os conteúdos dos tubos em um único e volto-se para o banho de gelo. Marcou-se o tempo. 3. Procedeu-a do mesmo modo em banho-maria. Esta reação fora realizada em temperatura próxima a 50 °C. Anotou-a o tempo. 4. Os dois tubos restantes encontraram-se a temperatura ambiente. Misturou-se rapidamente e anotou-se o tempo da reação. Resultados e discussão Efeito da Concentração Gráfico: Concentração x Tempo (Sacarose Volumes (em mL) adicionados a cada tubo de ensaio Tubo N° 1 2 3 4 5 Sacarose 1 mol/L 12 10 8 6 4 H2O 0 2 4 6 8 H2SO4 2 mol/L 2 2 2 2 2 KMnO4 0,0025 mol/L 4 4 4 4 4 Fora possível calcular a concentração das soluções: sacarose, H2SO4 e KMnO4 usando a seguinte fórmula: Mi x Vi 4 x 0,0025 M = ---------------- sendo MKMnO4 = ---------------- = 0,0005 mol/ L Vf 18 2 x 2 MH2SO4 = -------- = 0,2 mol/L 18 o mesmo cálculo fora feito para descobrir a concentração da sacarose, variando apenas a quantidade de sacarose (Vi) em cada tubo de ensaio. Tubo N° 1 2 3 4 5 Concentração final da sacarose (Mol/L) 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 Tempo da reação 5 min 12 s 11 min 36 s 15 min 43 s 17 min 52 s 20 min 12 s Como não houve variação do volume da solução de H 2SO 4 e da solução de KMnO4 as concentrações destas soluções foram as mesmas para cada tubo de ensaio, variando apenas a concentração da solução de sacarose. Com a variação da concentração da solução de sacarose, houve variação na velocidade de tempo da solução. “Normalmente, velocidade de reação está diretamente relacionadas à concentração do reagente. Quanto maior a concentração dos materiais iniciais, mais rapidamente ocorre a reação. A dependência da velocidade de reação com a concentração é facilmente explicada. Normalmente, as reações ocorrem como resultado de colisões entre moléculas dos reagentes. Quanto mais alta a concentração de moléculas, maior o número de colisões na unidade de tempo e, dessa forma, mais rápida a reação. À medida que os reagentes são consumidos, suas concentrações diminuem, as colisões ocorrem com menos frequência e a velocidade de reação diminui. Isto explica a observação comum de que a velocidade de reação diminui com o tempo, finalmente chegando a zero quando é consumido o reagente limitante.” (MASTERTON, HURLEY 2010) “Considere a reação em fase gasosa entre o óxido nítrico e o ozônio: NO(g) + O3 (g) → NO 2 (g) + O2 (g) Consideremos a reação no nível particulado imaginemos um frasco contendo uma mistura de moléculas de NO e O3 em fase gasosa. Ambos os tipos de moléculas apresentam movimentos rápidos e aleatório dentro do frasco. Elas atingem as paredes do frasco e colidem com outras moléculas. Para que esta ou qualquer outra reação ocorra, a teoria das colisões de velocidades de reação afirma que três circunstâncias devem ser satisfeitas: 1. As moléculas que reagem devem colidir uma com as outras. 2. As moléculas que reagem devem colidir com energia suficiente. 3. As moléculas devem colidir com uma orientação que possa levar ao rearranjo dos átomos. Para reagir, as moléculas devem corrigir uma com as outras. A velocidade de sua reação é relacionada principalmente ao número de colisões, que por sua vez está relacionado às suas concentrações. A duplicação da concentração de um dos reagentes na reação de NO com O3, digamos, o NO, levará ao dobro do número de colisões moleculares. Em determinado período de tempo, poderia colidir com duas moléculas de O3. O número de colisões de NO----O3 dobrará, entretanto, se a concentração de moléculas de NO for duplicada ou se o número de moléculas de O 3 for dobrado. Assim, podemos explicar a dependência da velocidade de reação com a concentração: o número de colisões entre as duas moléculas de reagentes é diretamente proporcional às concentrações de cada reagente, e a velocidade da reação mostra uma dependência de primeira ordem para cada reagente.” (KOTZ, TREICHEL 2010) Efeito da Temperatura Temperatura Banho de Gelo (2° C) Ambiente Banho-Maria (67 °C) Tempo 2h 15 min 18 min 37 s 37 s “As velocidades da maioria das reações aumentam à medida que a temperatura sobe.Uma pessoa apressada em preparar o jantar aplica esse princípio ligando o forno no seu máximo possível. Guardando as sobras em um refrigerador, as reações químicas responsáveis pela deterioração dos alimentos são desaceleradas. Como regra geral, e muito aproximada, habitualmente se diz que um aumento de 10 °C na temperatura dobra a velocidade da reação. Se essa regra for verdade os alimentos deverão se deteriorar 4 vezes mais rápido a temperatura ambiente (25 °C) do que o fase e um refrigerador a 5 °C. O efeito da temperatura na velocidade de reação pode ser explicado em termos da teoria cinética. Essas são as moléculas com maior probabilidade de reação quando se colidem. Quanto mais alta a temperatura, maior a fração de moléculas com a capacidade de oferecer a energia de ativação necessária para a reação.” (MASTERTON, HURLEY 2010) “Para que a colisão entre as partículas reagentes seja efetiva (resulte em produtos) não basta que ela ocorra segundo uma orientação favorável, é necessário que a colisão aconteça com uma quantidade mínima de energia capaz de romper as ligações das partículas reagentes possibilitando a formação dos produtos. Essa energia mínima necessária para que a reação ocorra é denominada energia de ativação. Energia de ativação é a quantidade mínima de energia necessária para que a colisão entre as partículas dos reagentes, feita numa orientação favorável, seja efetiva e resulte em reação. Quando a colisão entre as partículas dos reagentes ocorre numa orientação favorável e com energia igual ou superior à energia de ativação forma-se primeiramente uma estrutura instável e intermediária entre os reagentes e os produtos, chamada complexo ativado. Complexo ativado de uma reação é uma estrutura intermediária e instável entre os reagentes e produtos. Também podemos definir energia de ativação como a energia necessária para que os reagentes se transformam em complexo ativado. A energia de ativação representa um obstáculo na transformação de reagentes em produtos. A reação só será efetuada se esse obstáculo for transposto, isto é, se as moléculas de substâncias reagentes adquirirem energia de ativação. Quanto menor for a energia de ativação a ser adquirida, mais fácil e rapidamente a correr a reação e vice-versa.” (FONSECA 2013) Conclusão Com a realização do experimento pôde-se observar que as reações ocorrem em diferentes velocidades, e como foi possível medir a velocidade de uma reação. Verificou-se a influência da temperatura e da concentração dos reagentes na velocidade das reações químicas. Referências Bibliográficas ATKINS, P.W. DE PAULA, J. Físico-química fundamentos. 5° ed. Rio de Janeiro: LTC,2014. 493 págs FONSECA, M. R. M. Química (Ensino Médio). 1° ed. São Paulo: Ática, 2013. 320 págs. KOTZ, J. C. TREICHEL, P. M. Química Geral e Reações Químicas. 5° ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 474 págs. MASTERTON, W. L. HURLEY, C. N. Química: princípios e reações. 6° ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010. 663 págs. PERUZZO,F.M. DO CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. 5º ed. São Paulo: Moderna,2009. 475 págs.
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