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14/09/2018 1 AVALIAÇÃO CINÉTICO FUNCIONAL Giovanna Carvalho Fisioterapeuta, PhD 2018 AVALIAÇÃO É um conjunto de ações que visa à obtenção do maior número possível de informações sobre o paciente. Tem como base tanto uma avaliação subjetiva quanto uma avaliação objetiva. Sem uma avaliação correta, é impossível desenvolver um plano apropriado de tratamento. Aliado a isto, um sólido conhecimento teórico é necessário para desenvolver um plano de tratamento apropriado para aqueles problemas que podem ser melhorados pela fisioterapia. AVALIAÇÃO Entre os numerosos ítens a serem discutidos, prioriza-se aqueles que mais frequentemente são utilizados na rotina e no atendimento aos pacientes ambulatoriais, como: Consulta ao prontuário e exames; Anamnese; Exame Físico; Testes especiais; Palpação; Testes laboratoriais e exames por imagem. AVALIAÇÃO O fisioterapeuta deve ter conhecimento das informações contidas no prontuário do paciente, como anotações médicas e exames realizados, principalmente os laboratoriais e radiológicos. Consulta ao Prontuário e Exames AVALIAÇÃO Anamnese É um termo usado em todas as áreas da saúde para designar o relato da doença e toda a sua história, É uma entrevista que ajuda o profissional no diagnóstico e com isto traçar o objetivo e conduta no tratamento. Consiste em uma entrevista com o paciente com perguntas objetivas e com a finalidade de reconstituir os fatos relacionados ao paciente e sua doença. AVALIAÇÃO Anamnese Início da entrevista: Apresente-se nominalmente; Dê um aperto de mão; Explique o que vai fazer; Crie um vínculo com este ser humano que procura a sua ajuda; Assegure privacidade e sossego. É o início do processo de estabelecimento de uma relação com o paciente e o ajuda a se sentir mais confortável para responder a questões pessoais. 14/09/2018 2 AVALIAÇÃO Anamnese Clínica Além da entrevista inicial, a anamnese clínica inclui a queixa principal do paciente, a história da doença atual, doenças associadas e doenças familiares, laudos de exames complementares e tratamentos realizados e diagnóstico médico. AVALIAÇÃO Anamnese Fisioterapêutica É dividida em 2 partes. A primeira contém os dados pessoais do paciente: nome, data de nascimento, endereço, número de registro do hospital, encaminhamento médico, diagnóstico ou hipótese diagnóstica. AVALIAÇÃO Anamnese Fisioterapêutica Em pacientes ambulatoriais ainda incluí-se: endereço, telefone, profissão, peso, altura, naturalidade, nacionalidade, estado civil e escolaridade. Diagnóstico clínico: Diagnóstico fornecido pelo médico. Queixa Principal (QP): principal motivo pelo qual o paciente procura a Fisioterapia. História da Doença Atual (HDA): Todas as informações relacionadas com a doença, desde o momento em que começou até o dia da Avaliação Fisioterapêutica. Isso inclui: como começou, quando começou, em que local do corpo. Além disso, devemos questionar sobre tratamento medicamentoso, internação, cirurgias e tratamento fisioterapêutico prévios. Fazer as anotações em ordem cronológica! AVALIAÇÃO Anamnese Fisioterapêutica História Patológica Pregressa (HPP) ou História Pregressa do Paciente (HPP): Informa sobre doenças anteriores do paciente, como: doenças comuns da infância e outras comorbidades (hipertensão arterial, diabetes mellitus). AVALIAÇÃO Anamnese Fisioterapêutica História Patológica Familiar (HPF): Histórias de doenças presentes na família do paciente que poderão estar relacionadas a doença atual. Assim, poderemos saber a doença é adquirida ou, genética. História Social (HS): Para conhecer as condições de moradia; deslocamento; ocupação principal; postura física no trabalho (sentado ou em pé); se é sedentário ou pratica atividades físicas regularmente; se possui religião ou grupo social; se usa bebida alcóolica; se é tabagista, etc. AVALIAÇÃO Anamnese Fisioterapêutica 14/09/2018 3 Anamnese Fisioterapêutica AVALIAÇÃO A Anamnese trás um aspecto psicológico muito forte. Ela é o primeiro momento da relação entre profissional e paciente. Então, torná-la agradável contribui para o sucesso do tratamento pois o paciente terá confiança naquilo que o profissional transmitiu. É sempre bom lembrar também que durante a anamnese o profissional deve usar uma linguagem que seja acessível ao paciente. Pode ser contada pelo paciente ou por seus familiares. Anamnese Fisioterapêutica AVALIAÇÃO Uma vez que a anamnse foi bem feita pelo fisioterapeuta haverá portanto, um bom diagnóstico e, consequentemente um melhor programa fisioterapêutico para o paciente. “Paciente bem avaliado é paciente bem tratado” Componentes básicos da Avaliação Fisioterapêutica Exame Físico: Testes Especiais: Escala de Dor; Questionário de Qualidade de Vida (SF-36); Escalas de Funcionalidade (Perme, Medida de Independência Funcional, Índice de Katz, etc); Testes específicos para articulações ou coluna vertebral. AVALIAÇÃO Escala Visual Analógica –EVA (0-10) AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) Questionário SF-36 (Short-Form Health Survey). Este instrumento de qualidade de vida multidimensional foi desenvolvido em 1992 por Ware e Sherbourne e validado no Brasil por Ciconelli e colaboradores em 1999. A escala apresenta 11 perguntas objetivas que serão traduzidas em 8 domínios: 1- Capacidade funcional 2- Limitação por aspectos físicos 3- Dor 4- Estado geral de saúde 5- Vitalidade 6- Aspectos sociais 7- Limitação por aspectos emocionais 8- Saúde mental A avaliação dos resultados é realizada por meio de escores para cada questão, os quais são transformados em uma escala de zero a 100, onde zero correspondeu a uma pior qualidade de vida e 100 a uma melhor qualidade de vida. Cada domínio é analisado separadamente. AVALIAÇÃO Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) 14/09/2018 4 Minhas respostas: 1- Capacidade Funcional: 85% 2- Limitação por aspectos físicos: 100% 3- Dor: 84% 4- Estado geral de saúde: 82% 5- Vitalidade: 60% 6- Aspectos sociais: 100% 7- Limitação por aspectos emocionais: 100% 8- Saúde mental: 84% AVALIAÇÃO Questionário de Qualidade de Vida (SF-36) AVALIAÇÃO Escalas de Funcionalidade A Escala Perme é composta por 7 categorias, e essas são subdivididas, totalizando 15 itens a serem avaliados, com pontuação máxima de 32 pontos. Quanto maior a pontuação na escala, maior será a capacidade funcional do paciente. CATEGORIAS VARIÁVEIS Status mental (Pontuação máxima: 3 pontos) Nivel de alerta e capacidade de seguir comandos Potenciais Barreiras para Mobilidade (Pontuação máxima: 3 pontos) Uso de VM ou VNI, presença de dor, presença de acessos venosos ou periférico, presença de infusão intravenosa, presença de cateteres, sonda nasogástrica, dreno de tórax. Força Funcional (Pontuação máxima: 4 pontos Membros superiores: capacidade de realizar flexão de ombro ao menos a 45°. Membros inferiores: capacidade de realizar flexão de quadril ao menos 20°. Mobilidade no leito (Pontuação máxima: 6 pontos) Realizar a passagem de supino para sentado, e apresentar equilíbrio na posiçãosentada estática na beira do leito (caso essa postura seja atingida), com máxima, moderada ou mínima assistência Transferências (Pontuação máxima: 9 pontos) Realizar a passagem de sentado para ortostatismo, apresentar equilíbrio estático em ortostatismo, realizar transferência do leito para cadeira ou da cadeira para o leito, com máxima, moderada ou mínima assistência Marcha (Pontuação máxima: 3 pontos) Capacidade do paciente andar com ou sem dispositivo auxiliar (bengala, andador), com máxima, moderada ou mínima assistência Endurance (Pontuação máxima: 3 pontos) Distância caminhada em 2 minutos com ou sem dispositivo auxiliar (bengala, andador) AVALIAÇÃO Escore Perme AVALIAÇÃO Índice de Katz O Índice de Katz é um instrumento que consta de 6 itens que avaliam o desempenho do indivíduo nas atividades de autocuidado, os quais obedecem a uma hierarquia de complexidade, da seguinte forma: alimentação, controle de esfíncteres, transferência, higiene pessoal, capacidade para se vestir e tomar banho. O Índice de Katz permite ainda classificar o grau de dependência dos pacientes, fornecendo uma pontuação numérica de "0" (independente nas seis funções) a "6" (dependente nas seis funções). AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Índice de Katz 14/09/2018 5 AVALIAÇÃO Prognóstico: É a história natural da doença. É o que você espera que aconteça com o paciente após um diagnóstico clínico. É a evolução da doença. É o que você prevê que vai acontecer com aquele paciente, por isso, precisa-se estudar bastante para fazer o prognóstico! Pode ser bom ou ruim. AVALIAÇÃO Fisiodiagnóstico: É o diagnóstico fisioterapêutico baseado na história do paciente, nos sintomas relatados, no exame físico, e na observação de exames complementares. Pode ser feito sem o diagnóstico clínico! Exemplo: Hemiplegia, hemiparesia, etc. Objetivo de tratamento fisioterapêutico: Refere-se à sua Meta, ou seja: é tudo aquilo que você pretende alcançar ao tratar o paciente. Os objetivos geralmente são descritos no infinitivo. Exemplos: Aumentar ou manter força muscular; Manter ou aumentar amplitude de movimento articular; Melhorar coordenação motora, equilíbrio e propriocepção; Prevenir contraturas musculares ou deformidades articulares; Promover independência funcional. Aquisição de marcha. AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Treino de Equilíbrio. Plano de tratamento e conduta fisioterapêutica: São as técnicas que você vai usar para o tratamento. Em outras palavras: é o caminho que você vai seguir para alcançar seu objetivo. Para um mesmo objetivo você pode ter várias condutas diferentes, dependendo do tipo de paciente. Paciente com AVC com 2 meses de evolução. Idoso com história de imobilidade prolongada no leito. Criança com Encefalopatia Crônica. AVALIAÇÃO As condutas empregadas nos exemplos também serão diferentes. AVALIAÇÃO Alguns objetivos podem preceder outros objetivos, no período curto médio e longo prazo. Exemplo: Antes de alcançar a marcha, o paciente deve ser capaz de ficar de pé. Portanto, você pode estabelecer como objetivo de curto prazo a aquisição do ortostatismo (alcançar a ortostase) e a médio prazo a marcha. Não esqueça de perguntar ao paciente qual é o objetivo dele, ou seja, o quê ele gostaria de fazer mas que não é capaz devido às limitações funcionais! Exemplo: atividades de higiene, vestimenta, cuidado doméstico, atividades profissionais e transporte. 14/09/2018 6 AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Aferição de Sinais Vitais Frequência Cardíaca: Eucárdico = normal: 80-100 bpm. Bradcárdico: Abaixo de 60 bpm Taquicárdico: Acima de 120 bpm. Frequência Respiratória: Eupnêico = normal: 16-20 irpm; 12-16 irpm, 16-22 irpm. Varia na literatura! Bradpnêico: Abaixo de 10 irpm Taquipnêico: Acima de 22 irpm. OBS: Paciente não pode perceber que está sendo avaliado! AVALIAÇÃO Aferição de Sinais Vitais Pressão Arterial: AVALIAÇÃO Aferição de Sinais Vitais Temperatura Axilar: 38 – 39,5 AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax Nos adultos, o tórax deve ser simétrico à costelas, descendendo a 45º da coluna. O diâmetro transverso deve ser maior do que o ântero-posterior (AP). Quando o diâmetro AP aumenta, o ângulo normal de 45º aumenta, tornando-se mais horizontal (como no enfisema) A coluna torácica deve ter uma leve cifose. AVALIAÇÃO Movimentos do Tórax – O movimento do esterno e das costelas é responsável pelo aumento nos diâmetros AP e transverso do tórax. Estes movimentos podem ser divididos em 2 componentes: “Braço de Bomba” – costelas para frente e para cima, com o movimento anterior do esterno, aumeta o diâmetro AP. “Alça de Balde” – rotação das costelas, aumeta o diâmetro transverso. 14/09/2018 7 AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax As anormalidades incluem: Pectus carinatum ou “peito de pombo” Pectus excavatum ou tórax “em funil” Cifose Escoliose Cifoescoliose AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax A observação do padrão respiratório nos dá informações adicionais sobre o tipo e a gravidade da doença respiratória. Deve-se observar por 2 minutos a sequência, a forma e a amplitude das incursões respiratórias. Padrões Respiratórios Anormais: Apnéia – parada dos movimentos respiratórios ao final da expiração por mais de 15 segundos. Hipoventilação – É a diminuição da ventilação. Pode ser vista durante o sono dos pacientes com doença respiratória. AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax Respiração apnêustica – Inspiração prolongada. É comum em lesão cerebral. Respiração de Cheyne-Stokes – Ocorre aumento e diminuição da frequência e da intensidade da respiração com períodos de apnéia. ICC e Distúrbios neurológicos graves. AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax Respiração de Kussmaul – Respirações profundas e rápidas. Acontece em paciente com Acidose Metabólica. Comum em lesões na ponte. Respiração de Biot – Respirações irregular com longos períodos de apnéia. É vista na hipertensão intracraniana. Comum em lesões no bulbo. AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax 14/09/2018 8 Respiração Suspirosa – Movimentos respiratórios interrompidos por suspiros. É vista na cetoacidose diabética. AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax Respiração Paradoxal – A parede torácica se move parcial ou totalmente para dentro na inspiração e para fora na expiração. Acontece na paralisia diafragmática e na fadiga muscular. Tiragens – São retrações intermitentes da pele que recobre a parede torácica durante a inspiração. É provocada pelo aumento do trabalho respiratório. São observadas entre as costelas (intercostais), acima das clavículas (supraclaviculares) e abaixo da caixa torácica (subcostais). Comum em crianças e menos em adultos. AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax Tiragem instercostal e subcostal AVALIAÇÃO Inspeção do Tórax AVALIAÇÃO Palpação do Tórax A palpação é realizada para avaliar a expansão torácica, o frêmito tóraco-vocal, a pele e os tecidos subcutâneos do tórax. Expansão Torácica - Deve ser simétrica. Para a manobra as mãos devem ser colocadas sobre as regiões póstero-laterais do tórax com os polegares se encontrando na 8º vértebra. Os polegares movem-se 3 a 5 cm. Assimetriaunilateral – Derrame pleural, Pneumonia, Atelectasia e Pneumotórax. Assimetria bilateral – DPOC e doencas neuromusculares. AVALIAÇÃO Palpação do Tórax 14/09/2018 9 AVALIAÇÃO Ausculta pulmonar A ausculta torácica é realizada para identificar ruídos pulmonares normais e anormais. É feita utilizando-se um estetoscópio, o diafragma é preferido para a ausculta dos pulmões. O paciente é orientado a respirar profundamente com a boca aberta, pois a turbulência dentro do nariz pode interferir nos sons respiratórios. A expiração deve ser passiva. Ausculta pulmonar - Técnica AVALIAÇÃO A ausculta pulmonar deve ser sistemática, incluindo todos os lobos nas regiões torácicas anterior, lateral e posterior. Começa nas bases, comparando os lados e vai em direção aos ápices pulmonares. É importante começar nas bases porque certos ruídos anormais, que ocorrem em lobos inferiores, podem ser alterados por inspirações profundas. Deve-se avaliar no mínimo um ciclo respiratório completo em cada posição do estetoscópio AVALIAÇÃO Ausculta pulmonar AVALIAÇÃO Ausculta pulmonar Sons respiratórios normais: São sons provocados pelo fluxo turbulento na traquéia e nas grandes vias aéreas. Sons respiratórios diminuídos: Acontece em pacientes que sentem dor ou devido a fraqueza muscular. Sons respiratórios anormais ou adventícios: Estridor ou cornagem – É um sinal de obstrução das vias aéreas superiores (laringe, traquéia e grandes brônquios). Pode ser ouvido sem o estetoscópio, algumas vezes. AVALIAÇÃO Ausculta pulmonar Sibilos – São sons musicais produzidos pela vibração de vias aéreas obstruídas ou contraídas. Ex: Broncoespasmo, edema de mucosa, secreção ou corpos estranhos. Estertores ou crepitações – São sons em forma de estalidos, ouvidos durante a inspiração. São causados pela abertura do alvéolo previamente fechado e das vias aéras menores, durante a inspiração. Podem ser ouvidos em pacientes com atelectasia. Roncos – São vibrações causadas quando o ar flui em alta velocidade através de uma via aérea estreitada. Ex: Bronquite. AVALIAÇÃO Perimetria Medida do perímetro, do volume e da massa de um segmento, além de medir o nível de edema, se houver. Utiliza-se: fita métrica e lápis demográfico. É realizada com base em pontos de referência no próprio segmento. 14/09/2018 10 AVALIAÇÃO Perimetria Para a medida nos MMII: Posição do paciente: decúbito dorsal (DD) Ponto de referência: patela Para a coxa o ponto de referência será o bordo superior da patela (BSP), medindo-se a cada 5 cm, até 15 cm. AVALIAÇÃO Perimetria Para a perna o ponto de referência será o bordo inferior da patela (BIP), medindo-se a cada 5 cm, até 15 cm. Caso o paciente não tenha patela, o ponto de referência será a interlinha articular. Caso o paciente não tenha interlinha articular, usa-se a espinha ilíaca ântero superior (EIAS) e este novo ponto deverá ser demarcado. A partir dele, faz-se a perimetria a cada 3 cm. AVALIAÇÃO Perimetria Para a medida nos MMSS: Posição do paciente: decúbito dorsal (DD) ou sentado. Ponto de referência: ponta do olécrano ou interlinha articular do cotovelo. As medidas serão a cada 5 cm. No caso de uma amputação ou não existência do olécrano ou interlinha articular, o ponto de referência será o acrômio e as medidas reliazadas a cada 3 cm. AVALIAÇÃO Perimetria Outra forma de perimetria dos MMSS: Localizar 3 pontos de referência: prega axilar, prega do cotovelo e prega do punho. Realiza- se uma linha em cada ponto de referência. Em seguida mede-se a distância da prega axilar até à prega do cotovelo e divide-se esse valor por 3. Por exemplo, se a distância entre os dois pontos for de 24 cm então, de 8 em 8 cm terá de realizar uma linha. Depois mede-se a distância entre a prega do cotovelo e a prega do punho e realiza-se o mesmo procedimento. AVALIAÇÃO Perimetria AVALIAÇÃO Perimetria – Tronco (Cirtometria) O objetivo de medir o perímetro torácico é verificar a expansilibilidade torácica. Temos 3 pontos de referência: nível axilar, nível mamilar (nos homens)/ nível do apêndice xifóide (nas mulheres) e nível da cicatriz umbilical. O paciente deverá estar em pé e sem roupa. Procedimento: inspirar (pelo nariz) e expirar (pela boca). Se a perimetria na expiração for maior que na inspiração, estaremos diante de uma respiração paradoxal. 14/09/2018 11 AVALIAÇÃO Perimetria - Tronco AVALIAÇÃO Avaliação Postural Utiliza-se retículo ou simetrógrafo, plataforma e fio de prumo. Visão anterior, Visão Lateral e Visão Posterior. AVALIAÇÃO Avaliação Postural A coluna deve estar exposta o máximo possível. Paciente deve utilizar sunga ou biquini. O fisioterapeuta posiciona-se a 2 m de distância. Começa-se preferencialmente pelos pés, por concentrar as principais complicações ou deformidades. A Avaliação Postural é uma Inspeção Formal. AVALIAÇÃO Avaliação Postural – Visão Anterior Ponto de referência em relação ao fio de prumo será a linha equidistante entre os calcanhares. Pés: arcos plantares (plano, cavo, neutro); Maléolos internos: nivelamento; Joelhos: valgo/varo; Cintura pélvica: EIAS (nivelamento); Ângulo de Tales: proporção; Ombros: nivelamento; Cabeça: rotação/inclinação. AVALIAÇÃO Avaliação Postural – Visão Lateral Ponto de referência em relação ao fio de prumo será a articulação calcâneo cubóidea. Tornozelo: flexão plantar, dorsal ou neutro; Joelhos: Hiperextensão, flexão, neutro; Cintura pélvica: ântero/retroversão; Lordose lombar: aumentada, retificada ou normal; Abdome: protuso ou alinhado; Cifose dorsal: aumentada, retificada ou neutra; Escápulas: Abdução (alada) ou normal; AVALIAÇÃO Avaliação Postural – Visão Lateral Tronco: rotação? Cintura escapula e pélvica dissociadas? Olhar ambos os perfis; Ombros: ântero/retropulsão; Lordose cervical: aumentada, retificada ou normal; Cabeça: ântero/retropulsão. 14/09/2018 12 AVALIAÇÃO Avaliação Postural – Visão Posterior Ponto de referência em relação ao fio de prumo será a linha equidistante entre os calcanhares. Pés (calcâneo): pronação/supinação; Joelhos: nivelamento da interlinha articular; Cintura pélvica: nivelamento da crista ilíaca; Coluna vertebral: presença de escoliose; Escápulas: Abdução (alada) ou normal; Ombros: nivelamento; Cabeça: rotação/inclinação. AVALIAÇÃO Marcha AVALIAÇÃO Marcha Passo: da região posterior de um calcâneo até a região posterior do outro calcâneo. Passada: da região posterior de um calcâneo até a região posterior do mesmo calcâneo. Ciclo da marcha = 2 passos = 1 passada. Fases da marcha: Apoio = 60% Balanço: 40% AVALIAÇÃO Marcha Comprimento do passo: 35 – 41 cm (Magee, 2002) Cadência da marcha = número de passos/tempo: 90-120 passos/minuto (Magee, 2002). OBS: A cadência da marcha é maior nas mulheres do que nos homens, em torno de 6 a 9 passos a mais/minuto. Velocidade da marcha = 80-90 m/min (Magee, 2002). AVALIAÇÃO Fases da Marcha AVALIAÇÃO Fases da Marcha Apoio: Contato inicial: Objetivo: Rolamento do calcanhar,absorve o impacto da queda do membro. Músculos: Tibial anterior, glúteo médio e máximo. 14/09/2018 13 AVALIAÇÃO Fases da Marcha Apoio: Resposta à carga: Objetivo: Absorção do choque e estabilidade da pelve (controle da queda contralateral). Músculos: tibial anterior, quadriceps, gluteo medio. AVALIAÇÃO Fases da Marcha Apoio: Apoio médio: Objetivos: Progressão do membro do apoio (roalmento) e estabilidade do tronco sobre o membro inferior. Músculos: Quadríceps, glúteo médio e solear. AVALIAÇÃO Fases da Marcha Apoio: Apoio terminal: Objetivo: Progressão do corpo (rolamento do antepé) Músculos: Tríceps sural. Apoio: Pré-balanço: Objetivo: Posicionar o membro para início do balanço. Músculos: Tríceps sural e adutor longo. AVALIAÇÃO Fases da Marcha Balanço: Inicial: Objetivos: Liberação do pé do solo e avanço do membro suspenso. Músculos: Tibial anterior, ilíaco, reto femural e ísquios tibiais. AVALIAÇÃO Fases da Marcha Balanço: Médio: Objetivo: Avanço do membro. Músculos: Ilíaco, Tibial anterior, ísquios tibiais. AVALIAÇÃO Fases da Marcha 14/09/2018 14 Balanço: Final: Objetivo: Preparação para a queda livre do membro e o contato inicial. Músculos: Tibial anterior, glúteo máximo, e ísquios tibiais. AVALIAÇÃO Fases da Marcha AVALIAÇÃO Marcha com Muletas O paciente deve ficar em posição ortostática ou bípede nas barras paralelas, relaizando exercícios de equilíbrio, transferência de peso e deambulação. Inicialmente realiza essas tarefas com auxílio do andador e em seguida com auxílio de muletas (uma ou duas). 1- Marcha com 1 muleta: 2 tempos: 1 tempo: muleta + MI lesado à frente/ 2 tempo: MI sadio. OBS: pacientes amputados, sempre com 2 muletas. 2- Marcha com 2 muletas: Existem 5 tipos. São eles: AVALIAÇÃO Marcha com Muletas 2.1 – Quatro apoios alternados: Realizada em 4 tempos. 1 tempo: uma muleta/ 2 tempo: MI do lado oposto/ 3 tempo: outra muleta/ 4 tempo: outro MI. OBS: Essa marcha é lenta, com dissociação de cinturas. Feita em fase inicial de recuperação, na qual o paciente possui déficit de equilíbrio e coordenação. Pode ser utilizada em casos de paraparesia, observando-se o desempenho do paciente e em seguida, recomenda-se lançar o membro mais forte primeiro. AVALIAÇÃO Marcha com Muletas 2.2 – Dois apoios alternados: Realizada em 2 tempos. 1 tempo: muleta + MI oposto/ 2 tempo: outra muleta + outro MI. OBS: Essa marcha aproxima-se da marcha normal. Comum em amputados sem órteses. 2.3 – Três apoios alternados: Realizada em 3 tempos. 1 tempo: muletas à frente/ 2 tempo: MI lesado/ 3 tempo: MI sadio. OBS: Comum em amputados com órteses. AVALIAÇÃO Marcha com Muletas AVALIAÇÃO Marcha com Muletas 2.4 – Trípode: Realizada de duas formas: alternada e simultânea. Alternada: realizada em 3 tempos. 1 tempo: uma muleta/ 2 tempo: outra muleta/ 3 tempo: arrasta os pés até as muletas. Simultânea: realizada em 2 tempos. 1 tempo: muletas/ 2 tempo: arrasta os pés até as muletas. OBS: A alternada difere da de 3 apoios alternados por não conseguir realizar a tríplice flexão, arrastando os pés. 14/09/2018 15 AVALIAÇÃO Marcha com Muletas 2.5 – Em Mergulho: Realizada de duas formas: até as muletas e ultrapassando as muletas. Até as muletas: realizada em 2 tempos. 1 tempo: muletas à frente/ 2 tempo: MMII até as muletas. Ultrapassando as muletas: realizada em 2 tempo. 1 tempo: muletas à frente/ 2 tempo: MMII ultrapassando as muletas. AVALIAÇÃO Marcha com Muletas OBS: Exige bom condicionamento cardiovascular e movimento de quadril, pois eleva e projeta os membros, já que não faz tríplice flexão e nem arrasta os pés. AVALIAÇÃO Goniometria Realizada para medir a amplitude dos movimentos, em busca de alguma anormalidade. É realizada por meio do Goniômetro. O teste articular é passivo e realizado bilateralmente. Para cada movimento sempre teremos um ponto de referência anatômica, geralmente uma estrutura óssea. Para a realização dos testes, devemos saber: a amplitude total do movimento, a posição do paciente e a posição do goniômetro. Posição do Goniômetro: (F): Fulcro ou Parafuso; (HF): Haste Fixa; (HM): Haste Móvel. AVALIAÇÃO Goniometria AVALIAÇÃO Goniometria Geralemente a HF acompanha o alinhamento do tronco e a HM sempre acompanha o movimento. Objetivos da Goniometria: 1- Determinar a presença ou não de disfunção; Estabelecer um diagnóstico; Estabelecer os objetivos de tratamento; Direcionar a fabricação de órteses; Avaliar a melhora ou recuperação funcional; Modificar o tratamento. AVALIAÇÃO Goniometria - MMSS 14/09/2018 16 AVALIAÇÃO Goniometria - MMSS Ombro Flexão e Extensão: Posição do paciente (PP): sentado ou em DD. F: perto do acrômio. HF: acompanha o alinhamento do tronco. HM: acompanha o movimento do segmento. Amplitude Flexão: 0-180 Amplitude Extensão: 0-45 AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Goniometria - MMSS Ombro Abdução e Adução: PP: sentado. F: 2 cm atrás e abaixo do acrômio. HF: acompanha o alinhamento do tronco. HM: acompanha o movimento do segmento. Amplitude Abdução: 0-180 Amplitude Adução: 0-40 AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Goniometria - MMSS Ombro Abdução e Adução Horizontal: PP: sentado com o ombro abduzido a 90. F: sobre o acrômio. HF: acompanha o alinhamento do tronco. HM: se desloca junto com o braço. Amplitude Abdução horizontal: 0-40 Amplitude Adução: 0-130 AVALIAÇÃO Goniometria - MMSS Ombro Rotação Interna e Externa: PP: sentado ou em DD com o ombro abduzido a 90 e punho em posição neutra. F: sobre o olécrano. HF: acompanha o alinhamento do tronco. HM: acompanha o movimento do antebraço. Amplitude Rotação Interna: 0-80/90 Amplitude Rotaçãi Externa: 0-90 14/09/2018 17 AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO Goniometria - MMSS Ombro Testes Funcionais de Rotação: Rotação Externa: Levar a palma da mão um pouco acima da coluna torácica. Exemplo: Pentear o cabelo Rotação Interna: Levar o dorso da mão na região torácica média. Exemplo: abrir o soutien.
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