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UNESA - DIREITO FINANCEIRO - NOÇÕES - 2015.1 - versão alunos 1 (1)

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 	 	 	 	 UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM DIREITO
2015.1 	
NOÇÕES DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO – TRIBUTÁRIO 1
Professor José Eduardo de Araujo Duarte
(flamenguista)
“O homem tem várias vantagens em relação às bestas; por exemplo, o fogo, as roupas, a agricultura, os instrumentos (...). 
A mais importante de todas, porém, é a linguagem.” 
(autoria desconhecida)
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BIBLIOGRAFIA
	- Curso de Direito Financeiro e Tributário
		Ricardo Lobo Torres
		Ed. Renovar
	- Curso de Direito Tributário
		Hugo de Brito Machado
		Ed. Malheiros
	- Manual de Direito Financeiro e Tributário
		Luis Emygdio F. da Rosa Jr.
		Ed. Renovar
	- Outros:
		Luciano Amaro
		Kyoshi Harada
		Cláudio Carneiro
		Anderson Madeira
		Ricardo Alexandre, 
		Alberto Xavier,
		Leandro Paulsen,
		Sacha Calmon, etc.
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NOÇÕES DE DIREITO FINANCEIRO
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ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
Do que consiste?
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ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO
DESPESA
RECEITA
ORÇAMENTO
CRÉDITO (ENDIVIDAMENTO)
*
DESPESA PÚBLICA
	- Noções iniciais
	- Necessidades: coletivas e públicas
	- Despesa Pública:
		- Conceito: 
			*dispêndio
			* autorização legislativa
			* finalidade a cargo do Estado
	Baleeiro, Aliomar: "o conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra pessoa de 	direito público, para o funcionamento dos serviços públicos"  	- Princípio da legalidade da despesa pública (artigo 167, I, CF)
	- Serviço público e máxima vantagem social
	- Juridicidade na busca da máxima vantagem social
	- Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000) e Despesas públicas
	- Precatórios judiciais
	- Sanções ao mau administrador público
*
NECESSIDADE
	
	s.f. 
	* Característica ou particularidade do que é necessário (essencial). 
	* Aquilo que não se consegue evitar; inevitável. 
	* O que não se deve prescindir; que não se pode pôr de parte; imprescindível: Ex.: ele precisava suprir suas necessidades. 
	* O que tem utilidade; que é conveniente; conveniência: Ex.:percebeu a necessidade daquele trabalho.
 * Falta daquilo que é essencial: 
	Ex.: ele compreendeu a necessidade da medicação para a sua recuperação.
 
*
NECESSIDADES COLETIVAS
	
		“São todas e quaisquer necessidades legítimas de uma grande parcela do corpo social, que em razão de sua relevância cabe ao Estado analisar se cumpre satisfazer.” 
	(José Eduardo de A. Duarte)
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NECESSIDADES PÚBLICAS
	“Necessidade pública é a necessidade que tem um interesse geral em determinado grupo social e é satisfeita pelo processo do serviço público”.
	(CELSO ANTÕNIO BANDEIRA DE MELO)
	
	“ (…) necessidades públicas, necessidades que por sua natureza, só encontram satisfação eficaz pela ação coordenada do grupo, quer seja voluntária, quer seja coativa a participação dos indivíduos que o formam. (…) A necessidade é pública quando, em determinado grupo social, costuma ser satisfeita pelo processo do serviço público, isto é, quando o Estado, ou outra pessoa de direito público, para satisfazê-la, institui ou mantém um regime jurídico e econômico especial, propício à sua obrigatoriedade, segurança, imparcialidade, regularidade ou continuidade, a cargo de seus agentes ou por delegação a pessoas sob sua supervisão. Necessidade pública é toda aquela de interesse geral, satisfeita pelo processo do serviço público. É a intervenção do Estado para provê-la, segundo aquele regime jurídico, que lhe dá colorido inconfundível. A necessidade torna-se pública por uma decisão dos órgãos políticos”.
	(MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO)
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Princípio da legalidade
(da despesa pública)
	
	CF, art. 167. São vedados:
	I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
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SERVIÇO PÚBLICO - CONCEITO
	
			
			Hely Lopes Meirelles: “serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniência do Estado”. São exemplos de serviços públicos: o ensino público, o de polícia, o de saúde pública, o de transporte coletivo, o de telecomunicações, entre outros.
*
MÁXIMA VANTAGEM SOCIAL 
			
			Segundo a doutrina mais festejada no Direito Financeiro, buscar a 	“máxima vantagem social", consiste em procurar aquilo que trará maior benefício à coletividade (o melhor resultado almejado), com o menor custo necessário para alcançar-se este objetivo.
 
*
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
	
	LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 04/05/2000..
	Ementa:
			Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências.
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CASO CONCRETO – PRECATÓRIOS
Aula 1
			Determinado Município indeferiu pedido de pagamento de precatório de um contribuinte que por possuir 70 anos alegou ter privilégios com base no Estatuto do Idoso. O Município alegou que não se aplica o Estatuto do idoso em matéria tributária e que o precatório por não ser de caráter alimentar, tampouco requisição de pequeno valor não poderia preterir a ordem cronológica de apresentação dos precatórios. 		Responda de forma fundamentada se a alegação do Município está correta.
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Questão Objetiva - Aula 1
	
	Constituem elementos da atividade financeira do Estado:
	a)   originária e derivada;
	b)   receita e ingresso público;
	c)   receita, despesa e orçamento;
	d)   receita pública, despesa pública, orçamento público e crédito público. 
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RECEITA PÚBLICA
Noção
Receita Pública:
	- Conceito:
		* ingresso de recursos no patrimônio público
		* sem correspondência no passivo
Finalidade instrumental: atividades fim e meio
Classificação:
		a) Quanto ao orçamento público (Lei 4320/64)
		b) Quanto à periodicidade
		c) Quanto à competência
		d) Quanto à origem
Receita derivada tributária
O tributo:
		* Conceito
		* Espécies tributárias
		*distinção entre tributos e multas
- Pecunia non olet - Princípio “non olet”
	
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ORÇAMENTO PÚBLICO – LEI 4320/64
 		Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º, inciso xv, letra b, da Constituição Federal. 
	 Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.    
         	
			§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes.         
       
			§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.         
      
*
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À PERIODICIDADE
ORDINÁRIAS
EXTRAORDINÁRIAS
	
		“Na lição clássica de Aliomar Baleeiro (Uma Introdução à  ciência das finanças, 14ª Ed, Rio de janeiro: Forense, 1990): “São receitas extraordinárias, sob este ponto de vista, os impostos  somente decretados em circunstâncias anormais, como os de caráter transitório, a serem criados em tempo de guerra”…; as doações e legados com encargos ou sem eles; os proventos auferidos por efeitos das disposições legais relativas à prescrição, às heranças jacentes, bens vacantes e de evento; as indenizações ou reparações de guerra; etc. Enfim, nessa categoria, cabem receitas que, pelo seu caráter temporário, irregular e contingente, ou pelas circunstâncias eventuais e excepcionais de que se
revestem, não se enquadram no rol dos ingressos permanentes e ordinários do Tesouro, servindo-lhe de fontes perenes de recursos, pela regularidade periódica”.
		(Eugênio Rosa de Araujo) 
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CLASSIFICAÇÃO QUANTO À COMPETÊNCIA
FEDERAL
ESTADUAL
MUNICIPAL
DF ???
*
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM
ORIGINÁRIA
DERIVADA
Distinção entre tributo e multa
*
TRIBUTO
	
	- Imposto devido ao poder público; 
	- Homenagem, louvor, consagração; 
	- Fig. Aquilo que se sofre ou concede por obrigação, dever, necessidade etc.; 
	- Ant. Imposto que um Estado ou província subjugada é obrigada a pagar ao dominador.
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RECEITAS DERIVADAS -ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
– CONCEITO DE TRIBUTO - PECULIARIDADES
– HISTÓRICO
– ESPÉCIES:
						- IMPOSTOS				
						- TAXAS
 					- CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
						- CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
							. SOCIAIS
							. ECONÔMICAS (CIDE)
							. PROFISSIONAIS 	
		- EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
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TRIBUTO (ART. 3º, CTN)
# ... é toda prestação pecuniária compulsória, 
# em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
# que não constitua sanção de ato ilícito, 
# instituída em lei e 
# cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
	* Princípio non olet
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CASO CONCRETO – AULA 2
	
			O Prefeito do Município X constatando que a despesa com pessoal chegou a 60%  da receita corrente líquida solicita Parecer a Procuradoria Geral do Município indagando se tal percentual é legal ou se viola a lei de responsabilidade fiscal. O Prefeito pede que a Procuradoria invoque todos os fundamentos contidos na Constituição e na LC 101/00 que autorizem ou vedem tal procedimento. Na qualidade de Procurador desse Município emita o Parecer.
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QUESTÃO OBJETIVA – AULA 2
	
		Julgue os seguintes itens relativos à receita pública e marque a opção correta.
	a)   Todo tributo advém da Receita Originária.
	b)   Ingresso e receita constituem sinônimos.
	c)   Os tributos constituem receita derivada cobrada mediante atividade administrativa vinculada ou discricionária.   
	d)   Receita originária é aquela em que o Estado atua como particular e receita derivada é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império.
	e)   Receita derivada é aquela em que o Estado atua como particular e receita originária é aquela em que o Estado atua através do seu poder de império. 
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RECEITA: RENÚNCIA À
	
	  LRF, Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes condições:
	 I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita da 	lei orçamentária, na forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados fiscais previstas 	no anexo próprio da lei de diretrizes orçamentárias;
	 II - estar acompanhada de medidas de compensação, no período mencionado no caput, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
     
§1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que correspondam a tratamento diferenciado.
		
		§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou benefício de que trata o caput deste 	artigo decorrer da condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor quando 	implementadas as medidas referidas no mencionado inciso.
       
	 § 3o O disposto neste artigo não se aplica:
        I - às alterações das alíquotas dos impostos previstos nos incisos I, II, IV e V do art. 153 da Constituição, na forma do seu § 1o;
  		  II - ao cancelamento de débito cujo montante seja inferior ao dos respectivos custos de cobrança.
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ORÇAMENTO - CONCEITO
Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a previsão de receitas e despesas futuras para a administração de determinado exercício (período de tempo). Aplica-se tanto ao setor governamental quanto ao privado, pessoa jurídica ou física. 
		(FONTE: WIKIPEDIA)
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ORÇAMENTO PÚBLICO
. NOÇÃO
. CONCEITO:
			* Lei
			* Autoriza Despesas
			* Prevê Receitas
. PROCESSO LEGISLATIVO
. NATUREZA JURÍDICA
. SISTEMA ORÇAMENTÁRIO (LONGO, MÉDIO E CURTO PRAZOS)
*
Orçamento: Natureza Jurídica (1/2)
		Muito embora a natureza jurídica do orçamento traduza ponto controvertido na doutrina, cumpre determinar se é uma Lei material, de conteúdo regra, ou se é um mero ato de condição, que só do ponto de vista formal reveste as características da Lei. 
	
		Para alguns autores, como Leon Duguit, o orçamento é ao mesmo tempo um ato administrativo em relação as despesas porque basta uma simples operação administrativa e, em relação a receita tributária adquire caráter de Lei em sentido material porque gera, abstrata e genericamente obrigações ao contribuintes. 	
	
		Ao final, convém enfatizar que entre os doutrinadores brasileiros prevalece a tese de que a natureza Jurídica do Orçamento é de Lei formal, pois aprovada pelo Poder Legislativo Constitucional sem criar direitos objetivos e sem modificar as leis tributárias e financeiras, conforme já decidiu reiteradas vezes o próprio Superior Tribunal Federal. 
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Orçamento: Natureza Jurídica (2/2)
	 
	“Diante da constituição de 1988, o Supremo Tribunal Federal não alterou a posição que já vinha adotando anteriormente quanto à natureza do orçamento. Para o STF, orçamento é “lei de efeitos concretos”, ou seja, é lei apenas formal e, portanto, não passível de controle concentrado de constitucionalidade. A restrição se estende inclusive ao Plano Plurianual e à Lei de Diretrizes Orçamentárias”.
		(Celso de Barros Correia Neto)
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ORÇAMENTO PÚBLICO:
PROCESSO LEGISLATIVO
			O processo legislativo orçamentário segue regras próprias que o distinguem do processo legislativo ordinário. Trata-se, portanto, de um processo legislativo especial, com uma série de regras específicas estabelecidas pela Constituição Federal, tais como: apreciação conjunta pelas duas Casas do Congresso, restrições às emendas parlamentares, limite temporal para deliberação, vigência limitada, dentre outras. Tudo isso faz do processo legislativo orçamentário um modelo peculiar previsto pela Carta Magna.
			Nos termos do art. 165 da CF/88, a Constituição confere ao Chefe do Poder Executivo a iniciativa das leis que envolvem matéria orçamentária: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. Trata-se de uma iniciativa privativa e indelegável. A omissão do Chefe do Executivo na elaboração das qualquer das três propostas orçamentárias (PPA, LDO, LOA) importa em crime de responsabilidade.
*
PROCESSO LEGISLATIVO:
PRAZOS
	
		‘Conforme estabelece o referido dispositivo, portanto, até que venha lei complementar regulamentando o art. 166, §6°, da CF/88, são os prazos para o encaminhamento das propostas das leis orçamentárias:
	(a) Plano Plurianual (PPA): até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício de cada novo mandato executivo (30/ago), sendo devolvido para sanção até o fim da sessão legislativa (fim do ano), para duração de quatro anos;
	
	(b) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO): até oito meses e meio antes do encerramento de cada exercício (15/abr), sendo devolvido para sanção até o final do primeiro período da sessão legislativa (fim do primeiro semestre), para duração de um ano;
	
	(c) Lei Orçamentária Anual (LOA): até quatro meses antes do encerramento de cada exercício (30/ago), sendo devolvido para sanção até o final da sessão legislativa (fim do ano),
para duração de um ano.
	
	
*
PLANO PLURIANUAL (PPA)
(Longo Prazo)
	
		CF, ART 165, § 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDO)
(Médio Prazo)
	CF, Art. 165, § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA)
(Curto Prazo)
	
CF, Art, 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, 
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
		* LEGALIDADE
		* UNIDADE
		* ANUALIDADE
		* UNIVERSALIDADE
		* PUBLICIDADE
	 * EXCLUSIVIDADE
	 * NÃO AFETAÇÃO DA RECEITA DE IMPOSTOS
	 * EQUILÍBRIO
	 *SINCERIDADE
	 *TRANSPARÊNCIA
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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Unidade – Só existe um Orçamento para cada ente federativo (no Brasil, existe um Orçamento para a União, um para cada Estado e um para cada Município). Cada ente deve possuir o seu Orçamento, fundamentado em uma política orçamentária e estruturado uniformemente. Não há múltiplos orçamentos em uma mesma esfera. O fato do Orçamento Geral da União possuir três peças, como o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento não representa afronta ao princípio da unidade, pois o Orçamento é único, válido para os três Poderes. O que há é apenas volumes diferentes segundo áreas de atuação do Governo.
Universalidade – o Orçamento deve agregar todas as receitas e despesas de toda a administração direta e indireta dos Poderes. A Lei orçamentária deve incorporar todas as receitas e despesas, ou seja, nenhuma instituição pública que receba recursos orçamentários ou gerencie recursos federais pode ficar de fora do Orçamento. 
Anualidade / Periodicidade – o Orçamento cobre um período limitado. No Brasil, este período corresponde ao ano ou exercício financeiro, de 01/01 a 31/12. O período estabelece um limite de tempo para as estimativas de receita e fixação da despesa, ou seja, o orçamento deve se realizar no exercício que corresponde ao próprio ano fiscal. 
Legalidade – O Orçamento é objeto de uma lei específica (Lei ordinária no Brasil), e como tal, deve cumprir o rito legislativo próprio, com o cumprimento de todos os ditames necessários.
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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Exclusividade – O Orçamento só versa sobre matéria orçamentária, podendo conter autorização para abertura de créditos suplementares e operações de crédito, ainda que por antecipação da receita.
Especificação ou discriminação ou especialização – São vedadas autorizações globais no Orçamento. As despesas devem ser especificadas no Orçamento, no mínimo, por modalidade de aplicação.
Publicidade – O Orçamento de um país deve ser sempre divulgado quando aprovado e transformado em lei. No Brasil, o Orçamento Federal é publicado no Diário Oficial da União.
Equilíbrio – As despesas autorizadas no Orçamento devem ser, sempre que possível, iguais às receitas previstas. Não pode haver um desequilíbrio acentuado nos gastos.
Não-afetação ou não-vinculação – É vedada a vinculação dos impostos a órgão, fundo ou despesa, exceto as próprias transferências constitucionais para manutenção e desenvolvimento do ensino (FPE, FPM, etc). e as garantias às operações de crédito por antecipação da receita.
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ORÇAMENTO PÚBLICO
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIOS
TRIBUNAIS DE CONTAS
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CASO CONCRETO – AULA 3
	
			O projeto de lei orçamentária do Estado X estabeleceu a vinculação de 10% da receita proveniente de impostos estaduais  para realização de atividades da administração tributária. Emita Parecer jurídico no sentido da viabilidade de tal previsão no projeto de lei orçamentária.
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AULA 3 – QUESTÃO OBJETIVA
	
	Quanto aos princípios orçamentários, julgue as seguintes afirmativas:
	I  - O princípio da não-afetação da receita à despesa é aplicável apenas aos impostos, sem qualquer exceção quanto a outras espécies tributárias. 
	II -  O princípio da exclusividade determina, sem ressalvas, que a lei orçamentária limite-se à disciplina da previsão de receitas e da fixação de despesas. 
	III - O princípio da anualidade tributária não se confunde com o princípio da anualidade orçamentária, embora ambos não mais sejam vigentes no ordenamento jurídico brasileiro. 
	IV - O princípio da unidade orçamentária, que determina que a lei orçamentária anual deve ser única, colide com a previsão constitucional do art. 165, de existência do plano plurianual e da lei de diretrizes orçamentárias. 
	( ) a. Todas as afirmativas acima estão corretas.
	( ) b. Apenas uma das afirmativas acima está incorreta.
	( ) c. Apenas duas das afirmativas acima estão incorretas.
	( ) d. Apenas três das afirmativas acima estão incorretas.
	( ) e. Nenhuma das afirmativas acima está correta. 
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CRÉDITO PÚBLICO
NOÇÃO
CONCEITO:
			* ingresso de recursos no patrimônio público
	 	* com correspondência no passivo
. TÉCNICAS DE ENDIVIDAMENTO: NO PLANO INTERNO E EXTERNO
. SANÇÕES AO ENDIVIDAMENTO
. DÍVIDA PÚBLICA E DÍVIDA SOCIAL
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ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
– NOÇÃO
– CONCEITO DE TRIBUTO - PECULIARIDADES
– HISTÓRICO
– TEORIAS
– ESPÉCIES:
					- IMPOSTOS				
					- TAXAS
					- CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
					- CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS 
						. SOCIAIS, ECONÔMICAS E PROFISSIONAIS 
				 - EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
-TAXA, PREÇO, TARIFA E PEDÁGIO. CONSIDERAÇÕES.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
HISTÓRICO
	
		Desde a independência até 1934 a arrecadação tributária consistia, quase que exclusivamente da renda das alfândegas e dos impostos de importação. Gradualmente, a partir de então, o Estado iniciou um redirecionamento para impostos internos, como vendas e consignações (tributos estaduais) e os impostos sobre indústrias e profissões e o imposto predial (municipais). Com a Constituição de 1946 houve a criação de novos tributos e de um sistema de transferências destinado a elevar a renda dos municípios. 
		Em 1966, enfim, com a lei 5.172/66 o Brasil finalmente dá impulso à organização de seu sistema tributário, com o surgimento do Código Tributário Nacional, que ainda permanece em vigor, regulando, junto com a atual Constituição a matéria tributária em nosso país.
		(fonte wikipedia)
*
A EMENDA CONSTITUCIONAL 18/65 
(À CONSTITUIÇÃO DE 1946)
	
		Faz-se mister apontar que a Emenda Constitucional 18, de 1965 (futura base do Códice Tributário Nacional) promoveu várias alterações no sistema tributário brasileiro estabelecido pela Constituição de 1946. 
		É norma de igual relevância para o país, como o foi a Lei 4320/64, que ajudou a disciplinar a organização das finanças públicas brasileiras. É interessante notar que entre as duas normas ocorreu no Brasil o “golpe” de 1964, revelado à Nação entre 31 de março e 1º de abril daquele ano. A Lei 4.320 foi promulgada em 17 de março de 1964, tendo partes vetadas pelo Presidente João Goulart e, em face da rejeição dos vetos pelo Congresso Nacional em 29 de abril de 1964, foram
estes publicados pelo general presidente Castello Branco em 4 de maio de 1964. 
		Já a Emenda Constitucional 18 foi promulgada pelo Congresso Nacional em 1º de dezembro de 1965, em pleno regime militar. Esta característica não faz de ambas “normas do período autoritário”, pois foram vastamente discutidas antes do golpe. Basta ver que para a Emenda Constitucional 18/65 foram aproveitados os debates que ocorriam em torno de um projeto de lei de reforma tributária apresentado há mais de uma década, cuja autoria era de Rubens Gomes de Souza.
		As disposições da EC 18/65 viriam a consubstanciar grande parte do Código Tributário Nacional (Lei 5.172/66) e as disposições tributárias da Constituição de 1967, inclusive com as substanciais alterações da Emenda 1/69, e grande parte daquelas ideias permanece viva na Constituição de 1988. O mesmo se pode dizer da Lei 4.320/64, que vigora até hoje.
		(Fernando Facury Scaff)
*
IMPOSTOS
 NOÇÃO
 CONCEITO (ART. 16 DO CTN)
 CLASSIFICAÇÃO:
			- SUBSTRATO ECONÔMICO 
			- COMPETÊNCIA
			- PERIODICIDADE
			- FINALIDADE
			- INTENSIDADE 
			- OBJETO
			- REPERCUSSÃO ECONÔMICA
*
CONCEITO DE IMPOSTO
        
		Código Tributário Nacional, Art. 16.:
	 Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
*
SUBSTRATO ECONÔMICO
RENDA: IR(PQN)
PATRIMÔNIO: IPVA/ITCMD/IPTU/ITBI/ITR/IGF
COMÉRCIO EXTERIOR: II/IE
CIRCULAÇÃO E PRODUÇÃO: ICMS/ISS(QN)/IPI/IOF
*
COMPETÊNCIA
FEDERAL
ESTADUAL
MUNICIPAL
DF ?
*
PERIODICIDADE 
ORDINÁRIO
EXTRAORDINÁRIO
*
FINALIDADE DOS IMPOSTOS
FISCAL 
EXTRAFISCAL
PARAFISCAL ???
*
INTENSIDADE 
PROPORCIONAL
PROGRESSIVO
REGRESSIVO
SELETIVO ?
FIXO ?
*
Intensidade - conceitos
 
FIXO: Quando determinado o seu quantum em quantia certa, independentemente de cálculos. Como exemplo, o ISS dos profissionais liberais.
 
PROPORCIONAL: Quando estabelecido em porcentagem única incidente sobre o valor da matéria tributável, crescendo o valor do imposto apenas quando o valor básico para o cálculo sofra crescimento (ICMS, IPI e o ISS, quando incidente sobre a receita).
 
PROGRESSIVO: Quando suas alíquotas são fixadas em porcentagens variáveis e crescentes, conforme a elevação de valor da matéria tributável - como exemplo, o Imposto de Renda das Pessoas Físicas.
REGRESSIVOS: São os impostos cobrados em porcentagens variáveis e decrescentes, conforme critérios definidos em lei.
SELETIVOS: Sua maior ou menor tributação depende da essencialidade do produto, bem ou atividade.
*
OBJETO
REAL
PESSOAL
*
OBJETO – CONCEITOS 
REAL: É o imposto que não leva em consideração as condições inerentes ao contribuinte, incidindo por igual face a qualquer pessoa, são os denominados "Impostos sobre o Patrimônio", como IPTU, I´PVA e ITR.
PESSOAL: Pessoal é o imposto que estabelece diferenças tributárias em função de condições inerentes ao contribuinte. Tributa-se de acordo com sua capacidade econômica (IR das pessoas físicas e jurídicas), em decorrência do disposto no § 1 do artigo 145 da CF:
	 
		Art. 145, § 1º, CF “sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”.
	 
*
REPERCUSSÃO ECONÔMICA
DIRETO
INDIRETO
		        
			Vide CTN, Art. 166. 
		“A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.”
*
TAXAS
- NOÇÃO
- SERVIÇOS PÚBLICOS: GENÉRICOS E ESPECÍFICOS (UTI SINGULI E UT UNIVERSI)
- CONCEITO: (ART. 77 E SEGUINTES, CTN)
- PODER DE POLÍCIA
- SERVIÇO PÚBLICO:
		- EFETIVO		
		- POTENCIAL
		- ESPECÍFICO
		- DIVISÍVEL
*
TAXAS - CONCEITO
        Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
       
		 Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a impOsto nem ser calculada em função do capital das empresas. 
      
	  Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
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TAXAS – SERVIÇOS PÚBLICOS
	 
	Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
       I - utilizados pelo contribuinte:
	   a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer 		título;
	 b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
	 II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas;
	 III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
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DISTINÇÃO ENTRE TAXAS, PREÇOS PÚBLICOS E TARIFAS
PREÇO PÚBLICO X TARIFA
PEDÁGIO: REQUISITOS FÁTICOS E JURÍDICOS
CRITÉRIOS DISTINTIVOS ENTRE TAXA E TARIFA
NATUREZA JURÍDICA
AUTONOMIA DA VONTADE
VALOR
LÓGICA SOBERANA
REGRAMENTO
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CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
Base legal (CF art 145, III; CTN art 81 e 82; DL 195/67)
Requisitos
			● obra pública
			● valorização imobiliária
			● limite total
			● limite individual
 Operacionalização
 Óbices
 Controvérsias 
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EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
	
	- Base legal (CF art. 148; CTN art. 15) 
	- Hipóteses autorizativas e fatos geradores
	- Utilização dos recursos 
	- Dificuldades de implementação 
	- Controvérsias
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CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
Base legal ( CF art 149, art 195 )
Subespécies
		● sociais
			▪ seguridade social
			▪ outras
		● intervenção do domínio econômico
		● interesse de categorias profissionais ou econômicas
 Competência de estados e municípios
 Controvérsias
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AULA 4 – CASO CONCRETO
			
			Determinado Município institui taxa de fiscalização de anúncios usando como base de cálculo o valor do anúncio. Comente a constitucionalidade da taxa. 
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AULA 4 – QUESTÃO OBJETIVA
				Relativamente a empréstimos compulsórios, pode-se afirmar, exceto: 
 	a) a competência para sua instituição é exclusiva da União Federal;
	b) podem ser instituídos por Medida Provisória, desde que haja relevância e urgência;
	c) são restituíveis;
	d) o empréstimo compulsório de caráter emergencial pode ser instituído em caso de guerra externa, excepcionado o princípio da anterioridade. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Noções Iniciais
Sistema Tributário – hierarquia das normas
Sistema Constitucional Tributário Nacional
		- Princípios Gerais ( arts. 145 a 149, CF)
		- Limites à tributação ( arts. 150 a 152, CF )
		- Imposto da União, Estados, DF e Municípios (arts. 153 a 		 156, CF)
		- Repartição das Receitas Tributárias (arts.157 a 162, CF)
 	Competência Tributária
			- Conceito (art. 6º, CTN)
		- Indelegabilidade (art. 7º, CTN)
			- Capacidade Tributária ativa (art.
119, CTN)
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COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
		Art. 24, CF: Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
	I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;...
	
	... § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
	
	§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.
	
	§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
	
	§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
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Competência Tributária e Capacidade Tributária Ativa
			
			 Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
	        Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos.
	        Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
	        § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.
	        § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.
	        § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.
	        Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
ESPÉCIES:
	
	- PRIVATIVA
	- COMUM
	- RESIDUAL
	- EXTRAORDINÁRIA
	- CUMULATIVA 
	
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COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIA
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COMPETÊNCIAS RESIDUAL E EXTRAORDINÁRIA
	Art. 154. A União poderá instituir:
	
	I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; (COMPETÊNCIA RESIDUAL)
	II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. (COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA)
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“BIS IN IDEM” E BITRIBUTAÇÃO
	
	Bitributação
			 Ocorre quando duas pessoas jurídicas de direito público tributam através de duas normas, uma de cada ente, o mesmo fato gerador.  
“Bis in idem”
			Ocorre quando uma pessoa jurídica de direito público tributa mais de uma vez sobre o mesmo fato gerador. 
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CASO CONCRETO - AULA 5
Servidor estadual ingressa com ação de repetição de indébito contra o Estado respectivo em função de uma retenção na fonte de imposto de renda ultimada pelo órgão ao qual pertencia dito servidor. O Estado alega ilegitimidade passiva tendo em vista que a competência tributária para legislar sobre o imposto de renda é da União. Comente se procede a alegação do Estado.
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QUESTÃO OBJETIVA
Na relação abaixo, de transferências intergovernamentais de receitas tributárias, MARQUE as da União para os Estados/DF (1), as da União para os Municípios (2) e as dos Estados/DF para os Municípios (3):
	
	(  ) 50% do IPVA;
	(  ) 20% dos impostos de competência residual;
	(  ) 50% do ITR;
	(  ) 21,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação;
	(  ) 25% do ICMS;
	(  ) 22,5% do IPI e do IR para Fundo de Participação;
	(  ) 70%do IOF sobre o ouro ativo financeiro ou instrumento cambial.
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CASO CONCRETO – AULA 6
	
	A União Federal, através de lei ordinária, isenta tributo do Estado sob o fundamento de que deve fomentar o desenvolvimento das microempresas e empresas de pequeno porte. Comente a legalidade e a Constitucionalidade da referida lei.
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QUESTÃO OBJETIVA – AULA 6
	
	Relativamente à competência tributária, assinale a alternativa 	incorreta. 
	a)   A União Federal tem competência para instituir impostos 	extraordinários em caso de guerra.
	b)   Os Municípios têm competência para instituir impostos sobre 	a propriedade predial e territorial urbana.
	c)   Os Municípios não têm competência para instituir 	contribuições previdenciárias, pois esta competência é exclusiva 	da União Federal.
	d)   As taxas e as contribuições de melhoria são consideradas, 	pela doutrina, tributos de competência comum.
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REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
	Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:				 
			I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
		
			II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.
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REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
	
	Art. 158. Pertencem aos Municípios:
	I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;
	II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III;
	III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;
	IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;
	
	Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:
	I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias 
	II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
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REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
	Art. 159. A União entregará:
	I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: 
	a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;
	b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;
	c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;
	d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; 
	II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente
ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.
	III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo
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Limites Tributários quanto à Segurança Jurídica
LEGALIDADE
TIPICIDADE
IRRETROATIVIDADE
ANTERIORIDADE E SUAS EXCEÇÕES
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LEGALIDADE TRIBUTÁRIA
Comando básico constitucional (150,I, CF)
Regra do CTN (artigo 97, I e II)
Exceções (153,§ 1º, CF)
Reserva de lei complementar
Medidas Provisórias e os tributos
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Legalidade tributária
		Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
EXCEÇÃO
		Art. 153, § 1º: É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.
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RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (148, CF)
IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS –IGF (153, VII, CF)
IMPOSTOS RESIDUAIS (154, I, CF)
CONTRIBUIÇÕES RESIDUAIS PARA A SEGURIDADE SOCIAL (195, § 4º, CF)
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MEDIDAS PROVISÓRIAS
	
	CF: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 	
	§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos artigos 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
	§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 
*
*
TIPICIDADE TRIBUTÁRIA
		
		...O princípio da tipicidade enuncia que não basta simplesmente exigir-se lei formal e material para criação do tributo, pois é necessário que a lei que crie um tributo "defina tipo fechado, cerrado, todos os elementos da obrigação tributária, de modo a não deixar espaço algum que possa ser preenchido pela Administração em razão da prestação tributária corresponder a uma atividade administrativa plenamente vinculada (CTN, art. 3º)." 
	(Rosa Júnior)
*
IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA
	
	CF: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	III - cobrar tributos:
	a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
*
ANTERIORIDADE
A anterioridade: evolução constitucional e suas exceções (antes e depois da Emenda 42/2003)
Princípio da Anualidade orçamentária e tributária
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PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
	
	Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
			III - cobrar tributos:
		b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou – Anterioridade ânua ou do Exercício
		c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada 	a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b – Anterioridade Nonagesimal ou noventena
*
ANTERIORIDADE - EXCEÇÕES
IMPOSTOS
# II, IE, IOF , I. Extraordinário – Eficácia imediata (art. 150, § 1º, CF)
# IPI – Eficácia 90 dias após, sem virada do exercício (art. 150, § 1º, CF)
# IR – Eficácia no primeiro dia do exercício seguinte (art. 150, § 1º, CF)
# Base de cálculo do IPVA e IPTU - Eficácia no primeiro dia do exercício seguinte (art. 150, § 1º, CF)
# ICMS sobre combustíveis – Retorno à alíquota anterior (maior) após 90 dias, sem a necessidade da virada do exercício (art. 155,§ 4º, IV, “c”, CF)
*
ANTERIORIDADE - EXCEÇÕES
TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
		 # NÃO HÁ EXCEÇÕES
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
 	 	# 148, I, CF – Eficácia imediata (150, § 1º, CF)
*
ANTERIORIDADE - EXCEÇÕES
CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS
	# Contribuições à seguridade social – Eficácia 90 dias após (195, § 6º, CF)
	# CIDE sobre combustíveis - Retorno à alíquota anterior (maior) após 90 dias, sem a necessidade da virada do exercício (art. 177, § 4º, I, “b”, CF)
*
AULA 8 – CASO CONCRETO
			
			Governador encaminha projeto de lei à Assembléia Legislativa majorando a alíquota de uma determinada taxa. A Casa Legislativa aprova o projeto e a lei entra em vigor. Posteriormente a edição da lei o Secretário de Fazenda Estadual edita ato administrativo normativo fixando o prazo para o pagamento do referido tributo. Comente a legalidade do ato praticado pelo Secretário invocando os princípios jurídicos que fundamentam a conduta.
*
AULA 8 – QUESTÃO OBJETIVA
	Conforme a Constituição Federal, a isenção está sujeita ao princípio da:
	a)   capacidade econômica;
	b)  pessoalidade;
	c)   legalidade;
	d)  cumulatividade. 
*
*
Limites Tributários quanto à Justiça da Tributação
	
	▪ isonomia 
	▪ generalidade e universalidade
	▪ uniformidade geográfica e seus matizes
	▪ mínimo vital (existencial)
	▪ capacidade econômica 
			* capacidade contributiva e seus subprincípios
				 - personalização (pessoalidade)
				 - não confisco
				 - proporcionalidade
				 - progressividade 
				 - seletividade
				 - solidariedade
							“Não há nada mais relevante para a vida social 
								que a formação do sentimento da justiça.” 
									(Ruy Barbosa) 
*
JUSTIÇA FISCAL
	Justiça fiscal envolve usar o sistema fiscal para reduzir desigualdades. Deve ser dado tratamento igual para os que são iguais sob o ponto de vista tributário e diferente para os que seriam diferentes sob este enfoque.
	
		Quando se fala em sistema fiscal, estamos falando não só de arrecadação de tributos, mas também da estrutura dos gastos públicos. A forma como os tributos são arrecadados, assim como depois são tais recursos gastos, tem relevância quanto ao tema. 
	
		Por conseguinte, seguindo os princípios que definem um tratamento mais justo, como o respeito à capacidade contributiva, à solidariedade e à progressividade, cabe aos Estados cobrarem mais de quem tem mais e menos de quem tem menores condições econômicas, além de igualmente devolver, em gastos públicos a estes últimos, mantendo esta mesma lógica redistributiva. 
*
TERMÔMETRO DA JUSTIÇA FISCAL
	
IGUALDADE DE TRATAMENTO + MENSURAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO= 
JUSTIÇA FISCAL
*
ISONOMIA
	CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
*
Generalidade e Universalidade
	
	CF, Art 153, § 2º - O imposto previsto no inciso III (REFERE-SE AO IR) :
	I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei;
*
UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
	CF, Art. 151. É vedado à União:
	I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;
*
MÍNIMO VITAL (EXISTENCIAL)
	CF: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
	
	X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
	CF: Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
	IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
*
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
	Tal princípio estabelece que "sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte“ (CF, Art. 145, § 1º) 
		Ao criar os impostos, o legislador deve levar em conta, a situação particular de cada contribuinte, permitindo com isso que seja realizada a justiça tributária ao não exigir imposto acima do suportável. 
	
		Ex.: No imposto de renda da pessoa natural (IRPF), são aplicadas alíquotas diferenciadas, sendo ainda autorizadas legalmente algumas deduções de acordo com a situação do contribuinte.
	
*
Princípio da pessoalidade
(ou personalização)
A imposição tributária deve levar em consideração as características pessoais do contribuinte. Entretanto, tal providência nem sempre se afigura possível, ou ao menos na medida possível, principalmente no que se refere aos impostos que não possuam caráter pessoal em sua essência, como aqueles que tributam a circulação e o consumo (ICMS e IPI, por exemplo). 
		Não obstante, visando dar efetividade aos seus ditames, a Constituição Federal admite a aplicação de outros critérios (igualmente principiológicos, igualmente limitadores do poder de tributar) tais como a seletividade.
*
NÃO CONFISCO
	
	CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
*
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA E SEUS SUBPRINCÍPIOS
	
	*proporcionalidade 
	
	
		* progressividade
		* regressividade 
		
		* seletividade
*
	PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE
	“A fórmula adequada ao princípio da justiça tributária parece simples: quem pode mais paga mais, quem pode menos paga menos e quem não pode nada não paga nada; recebe agora para contribuir mais a frente. É o princípio da solidariedade, consagrado como um valor em nosso texto constitucional no seu artigo 3º, inciso I, e materializado tributariamente no artigo 145, §1º, por meio do instituto da capacidade contributiva. Mas precisamos aperfeiçoar nosso sistema tributário, de modo a aproximá-lo mais desse modelo.” (Patrus Ananias)
 
*
CASO CONCRETO – AULA 9
	
		O Estado X atendendo um pedido das montadoras de veículos nacionais e com o objetivo de reduzir a frota de veículos que circulam no Estado ocasionando diversos engarrafamentos resolveu aumentar (por lei) a alíquota do IPVA dos carros importados. Determinado contribuinte em função da aprovação e vigência da referida lei procurou seu escritório para que você na qualidade de advogado o oriente como proceder já que possui um carro importado e seu IPVA teria aumentado em relação a um similar nacional. Quais os fundamentos legais que você alegaria para impedir tal cobrança? 
 
*
QUESTÃO OBJETIVA – AULA 9
	
	O princípio da capacidade contributiva significa que:
	a)   nenhum tributo pode ser exigido ou aumentado sem lei anterior que o estabeleça;
	b)  é vedado à União, aos estado, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
	c)   qualquer subsídio ou isenção, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só pode ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição;
	d)  sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. 
	
*
*
Limites Tributários quanto à Proteção à Federação e à Liberdade Jurídica
	
	▪ Proibição de limitações ao tráfego
	
	▪ Vedação de diferença tributária em razão da procedência ou destino.
	
	▪ Vedação à concessão de isenções heterônomas
	▪ Transparência	
	▪Distinção entre não-incidência, imunidade, isenção, alíquota zero.
	
	▪ Imunidades do art 150, VI, CF:
		
		▫recíproca
		
		▫religiosa
		▫partidos políticos, sindicatos de empregados, entidades educacionais e 	assistenciais, sem fins lucrativos.
	 
	 ▫livros, jornais, periódicos, papel destinado à impressão.
	
*
LIBERDADE - CONCEITO
	
 	 Liberdade, em filosofia, pode ser compreendida tanto negativa quanto positivamente. Sob a primeira perspectiva denota a ausência de submissão, servidão e de determinação; isto é, qualifica a independência do ser humano. 
	 Na segunda, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional; elemento qualificador e constituidor da condição dos comportamentos humanos voluntários. 
		(fonte wikipedia)
*
Pacto federativo
	
	É cediço que a Constituição Federal de 1988 erigiu à condição de cláusula pétrea  a forma federativa de Estado, consoante estabelecido no artigo 60, § 4º, I, de seu texto. 
	O Pacto Federativo, ou, como chamado atualmente, o Federalismo Fiscal, está definido na Constituição da República Federativa do Brasil (artigos 145 a 162), nos quais, entre outros temas, são definidas as competências tributárias dos entes da Federação, e os encargos ou serviços públicos pelos quais são responsáveis estão definidos entre os artigos 21 a 32. Além disso, o tal Pacto Federativo tem relação com os mecanismos de partilha da receita dos tributos arrecadados entre os entes da Federação, sendo exemplos desses mecanismos os Fundos de Participação dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios e os Fundos Constitucionais de incentivo ao desenvolvimento regional (Fundos Constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste).
	Cabe ainda apontar que a capacidade de auto-administração detida pelos entes federados caracteriza-se pelo fato de que são eles próprios que conduzem a gestão da coisa pública no exercício de suas competências administrativas, legislativas e tributárias definidas na constituição da República Federativa do Brasil, não podendo sofrer quaisquer óbices a esta atuação.
*
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO, ATRAVÉS DE TRIBUTOS
	
	CF, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	
	V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
		
*
Vedação de diferença tributária em razão da procedência ou destino
	
	CF, Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
*
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA
	
		CF, Art. 150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
*
Vedação à concessão de isenções heterônomas
		
		CF, Art. 151. É vedado à União:
	III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
			
*
DISTINÇÃO ENTRE NÃO INCIDÊNCIA, IMUNIDADE, ISENÇÃO E ALÍQUOTA ZERO
Noções gerais: 
Incidência: Há incidência quando ocorrer o fato gerador do tributo, previsto em lei.
Não-incidência: se dá quando ocorrerem fatos não abordados na hipótese de incidência do tributo (fatos tributariamente irrelevantes) ou quando não ocorrerem os fatos sobre os quais há incidência. Muitas vezes, o legislador traz a não-incidência expressa, mas é apenas um reforço a esta premissa, pois já não haveria incidência tributária caso não estivesse explicitada.
Imunidade: É uma hipótese de não-incidência tributária constitucionalmente qualificada. Segundo o STF, tem status de cláusula pétrea em nossa Constituição.
Isenção: Para alguns autores, é uma hipótese de não-incidência legalmente qualificada. Para outros se trata de uma mera exclusão do crédito tributário, pois embora tenha acontecido o fato gerador do tributo (haja incidência), o ente tributante está impedido de constituir e cobrar o crédito tributário. 
Alíquota zero: Há incidência, mas o valor a recolher será nulo, em face do cálculo levar em conta percentual zero.
			 
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Imunidades Objetivas, Subjetivas ou Mistas
	Conforme o entendimento da doutrina clássica entende-se como imunidade subjetiva àquela conferida em razão da condição de determinada pessoa atribuída em função da presença de elementos objetivos como o patrimônio, renda ou serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades beneficiadas ou dela oriundas. Como exemplos de imunidades subjetivas temos a imunidade recíproca das pessoas políticas, autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, a imunidade dos templos, das entidades sindicais de trabalhadores, dos partidos políticos e suas fundações, das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos. 
	As imunidades objetivas estão relacionadas a determinados fatos, bens ou situações e versam sobre coisas, apesar de também beneficiarem as pessoas. Como exemplo podemos citar a imunidade tributária sobre livros, jornais e periódicos, e sobre o papel destinado à sua impressão.
	
	Por fim, Roque Carraza trouxe em seu Curso de Direito Constitucional Tributário uma terceira classificação, a imunidade mista, que alcança a pessoa em função de sua natureza jurídica e relacionada a determinados fatos, bens ou situações. Um exemplo da imunidade mista é o art. 153, §4º da CR/88 que exonera o Imposto Territorial Rural para "pequenas glebas rurais, definidas em lei quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel".
*
IMUNIDADES DO ARTIGO 150, VI:
	Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	
	VI - instituir impostos sobre:
	a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
	b) templos de qualquer culto; 
	c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
	d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
	e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela EC 75/2013)
*
CASO CONCRETO – AULA 10
	
		A  União alegando que o Município não estaria amparado pela imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, a da CRFB/88 lavrou auto de infração cobrando IOF do Município. O Município alegou que embora o IOF não se encaixe como imposto sobre o patrimônio, serviços ou renda a imunidade em comento deveria ser interpretada de maneira extensiva por se tratar de cláusula pétrea. Responda de forma fundamentada a quem assiste razão.
*
QUESTÃO OBJETIVA – AULA 10
	
	A imunidade estabelecida pelo art. 150, VI, a, da Constituição Federal, que veda a tributação recíproca entre União, Estados e Municípios abrange: 
	a)   apenas os respectivos órgãos da Administração Direta;
	b)   apenas os respectivos órgãos da Administração Direta e as autarquias;
	c)   apenas os respectivos órgãos da Administração Direta, as autarquias e as fundações públicas;
	d)   toda a Administração Direta e Indireta de cada ente federativo. 
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Outros Limites Tributários
		
		▫ direitos fundamentais
		▫ administração pública
		▫ processuais
		▫ hermenêuticos
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Fontes formais do Direito Tributário
Legislação Tributária
	- NOÇÃO
	- FONTES REAIS E FORMAIS
	- FONTES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS (primárias e infra-legais)
	- A EXPRESSÃO LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA 	
			* LEI (ORDINÁRIA)
			* CONSTITUIÇÃO
			* CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL
			* EMENDAS À CONSTITUIÇÃO FEDERAL
			* LEIS COMPLEMENTARES
			* MEDIDAS PROVISÓRIAS
			* DECRETOS
			* TRATADOS (críticas ao artigo 98)
			* NORMAS COMPLEMENTARES
*
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
TEMAS AFETOS
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
LIMITES À TRIBUTAÇÃO
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
*
Emendas à Constituição
CF:Art. 60. 
A Constituição poderá ser emendada mediante proposta...
§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
*
LEIS COMPLEMENTARES
CF: Art. 146. Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados...
	
*
*
Fontes formais do Direito Tributário
Legislação Tributária
	
	CTN, Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
       
 I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
     II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
	III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
 IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
 V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
 VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.
 	§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.
	§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
	
*
Medidas Provisórias
	
	CF: Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 	
	§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos artigos 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
	§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 
*
*
Normas Complementares (artigo 100 do CTN)
	Art. 100: 
	I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
	
	II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;
	
	III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
 
	 IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
       
	Parágrafo único: A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.
*
*
Legislação tributária - CTN
	
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
	Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos 	e relações jurídicas a eles pertinentes.
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
	Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha.
	DECRETOS
	Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função das quais sejam expedidos, determinados com observância das regras de interpretação estabelecidas nesta Lei.
*
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VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO TEMPO E NO ESPAÇO
	Art. 101. A vigência, no espaço e no tempo, da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas em geral, ressalvado o previsto neste Capítulo.	
	
	Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União.
      Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor:	
	 I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; 	
	II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação;	
 III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista.
*
*
VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA - CTN
	
	Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda:
      
	 I - que instituem ou majoram tais impostos;
 	 
	 II - que definem novas hipóteses de incidência;
	
 	III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.
*
PROSPECTIVIDADE
			
			CTN, Art. 105: A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116. 
*
RETROATIVIDADE BENIGNA
		CTN, ART 106:
		 A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
       		I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, 			excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos 			interpretados;
    		   II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
        		a) quando deixe de defini-lo como infração;
      	   	b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência 				de ação 	ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não 			tenha implicado em falta de pagamento de tributo;
      	 	c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na 			lei vigente ao tempo da sua prática.
*
IRRETROATIVIDADE
	
	CF, Art. 150: 
	Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
	III - cobrar tributos:
	a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
*
ULTRATIVIDADE
    CTN, Art. 144. 
			O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
	Obs.: Lançamento é o termo utilizado pela escrituração contábil para definir a forma através da qual o profissional da Contabilidade irá registrar as transações financeiras de uma entidade. (fonte wikipédia)
*
*
APLICAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA
		
		* PROSPECTIVIDADE (105, CTN)
		
		* IRRETROATIVIDADE (150, III, a, CF)
		
		* RETROATIVIDADE BENIGNA (106, CTN)
		
		* ULTRATIVIDADE (144, CTN)
*
CASO CONCRETO – AULA 7
			
			O Estado do Paraná através de lei ordinária concedeu benefício de ICMS nas contas de serviços de água, luz, telefone e gás das igrejas. Destaque-se que a lei foi editada sem a celebração do Convênio CONFAZ autorizando que o Estado pudesse implementar tal benefício. Comente a Constitucionalidade do benefício invocando todos os fundamentos afetos a questão. 
*
QUESTÃO OBJETIVA – AULA 7
	Está sujeita à disciplina específica por meio de lei complementar, a:
	a)   concessão de isenção de pagamento dos impostos de competência da União Federal; 
	b)   instituição, pela União Federal, de impostos não discriminados na Constituição Federal; 
	c)   majoração de alíquota das contribuições para o financiamento da seguridade social previstas no art. 195 da Constituição Federal; 
	d)   instituição de taxas baseadas no poder de polícia. 
*
*
Eficácia da Norma Tributária
Princípio da Anualidade orçamentária e tributária
A anterioridade: evolução constitucional e suas exceções (antes e depois da Emenda 42/2003 – mini reforma tributária)
*
*
HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA
	
	- INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO
	- A IMPROPRIEDADE DO ARTIGO 108 DO CTN
	- OS ARTIGOS 109 E 110 DO CTN
	- MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO
	- INTERPRETAÇÃO LITERAL
	- INTERPRETAÇÃO BENIGNA
	- INTERPRETAÇÃO ECONÔMICA
	- EVASÃO E ELISÃO: A CLÁUSULA ANTI-ELISÃO E 	SUA DISCIPLINA ATRAVÉS DO ARTIGO 116, § 	ÚNICO DO CTN 
	- A MEDIDA PROVISÓRIA 66 E O PLANEJAMENTO 	TRIBUTÁRIO
*
*
Interpretação da norma tributária
	Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo.
	Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
        I - a analogia;
        II - os princípios gerais de direito tributário;
      III - os princípios gerais de direito público
      IV - a eqüidade
	§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei.
	§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.
*
*
A inteligência dos artigos 109 e 110 do CTN
	
	Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.
	Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente,
pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.
*
*
Os métodos de interpretação 
Método Literal 
Método Lógico
Método Sistemático
Método Histórico 
Método Teleológico
Interpretação benigna 
Interpretação econômica
Interpretação autêntica: legal, jurisprudencial e doutrinária
*
*
Interpretação Literal – CTN art. 111 
		
       		 Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação 	tributária que disponha sobre:
        I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
        II - outorga de isenção;
    	 III - dispensa do cumprimento de obrigações 		 tributárias acessórias.
*
*
Interpretação Benigna
		 Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto:
  I - à capitulação legal do fato;
 II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos;
 III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
 IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
*
*
Interpretação Econômica
		
			
			Teoria que autoriza o intérprete a tributar igualmente duas situações jurídicas distintas, mas que demonstrem o mesmo resultado econômico, sendo que somente a primeira tem seu fato gerador expressamente previsto em lei. Em resumo, se determinado fato é previsto em lei como gerador de determinado tributo, exteriorizando capacidade econômica, por conseguinte, outro fato não previsto em lei como gerador desse tributo, mas que revela igual capacidade econômica, deve ser igualmente tributado. A bem da verdade, para essa teoria o que interessa é o substrato econômico do fato e não a forma jurídica adotada (nomen iuris). Essa teoria utiliza como critério de tributação a igualdade de conteúdo econômico demonstrado na operação, não importando qual a forma jurídica usada para realizar o negócio.
*
*
Norma anti-elisão no Direito Brasileiro
       
		 CTN, art. 116, Parágrafo único:
	 	“A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária”.
*
CASO CONCRETO – AULA 11
		Determinado SUPERMERCADO oferece contestação em sede de ação anulatória com o objetivo de desconstituir auto de infração lavrado pelo Estado do Rio de Janeiro. O Fiscal em procedimento de fiscalização entendeu que o contribuinte teria se equivocado quanto ao recolhimento do ICMS posto que a alíquota vigente no momento do lançamento era de 20% e a da época do fato gerador era de 17%. Sendo assim, apurou uma diferença de 3% aplicando ainda juros, correção e multa pelo inadimplemento parcial. Comente a legalidade da conduta do fiscal no que se refere a interpretação da legislação a ser aplicada.
*
QUESTÃO OBJETIVA – AULA 11
	De acordo com o Código, que dispõe sobre normas gerais em matéria tributária, a modificação introduzida nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido:
	a)   posteriormente à sua introdução;
	b)  anteriormente;
	c)   durante;
	d)  no exercício financeiro seguinte. 
*
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
(Relação jurídico tributária)
 - teorias (Declaratória, constitutiva ou declaratória e constitutiva)
	- natureza jurídica e nascimento 
	- hipótese de incidência e fato imponível 
 - dualismo tributário 
	- conceito e espécies de obrigação 
			# principal
			# acessória 
*
NATUREZA JURÍDICA
			
		É através das obrigações tributárias que o Estado, em função de sua atuação legiferante, determina que uma vez ocorrendo determinadas situações da vida do particular, torna-se por ele obrigatório o pagamento de determinada quantia aos entes políticos do Estado. 
		Por formar uma relação entre credor e devedor é que a obrigação tributária se enquadra diretamente ao conceito de obrigação enquanto relação jurídica. 
		Podem ser obrigações de fazer, não fazer, e até mesmo de tolerar que se faça algo.
*
DUALISMO TRIBUTÁRIO
CORRENTE DECLARATÓRIA
CORRENTE CONSTITUTIVA
CORRENTE DECLARATÓRIA E CONSTITUTIVA
*
RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA
FATO GERADOR 
	Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.
	Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.
*
RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA
Fato gerador
 			- hipótese de incidência
 			- fato concreto
	
		Hipótese de incidência é a abstração legal de um fato, ou seja, é aquela situação descrita na lei cuja previsão é abstrata, tratando-se, pois, de uma “hipótese” que poderá vir a ocorrer no mundo dos fatos, e que, uma vez realizada, se concretiza como fato gerador. 
	
	Sabbag (2011, p. 672), com precisão, afirma: 
	“hipótese de incidência é a situação descrita em lei, recortada pelo legislador entre inúmeros fatos do mundo fenomênico, a qual, uma vez concretizada no fato gerador, enseja o surgimento da obrigação principal (...)”. 
*
RELAÇÃO JURÍDICO TRIBUTÁRIA
Lei (Hipótese de incidência)
Fato Gerador (114, ctn) 
 
		Sujeito ativo: 	 Sujeito passivo:																												
			Entes de Direito Público Interno (119, ctn) 			 Contribuinte (121, I, ctn)					
								 								 Responsável (121, II, ctn)
 
	Atribuições Vinculadas Obrigação tributária 
	Fiscalizar (194 a 200, ctn) Principal: pagar (113, § 1º. ctn)
 
							 
	Lançar (139 a 150, ctn) Acessória: fazer, não fazer, 														tolerar (113. § 2º. ctn)
 							 										 
 Cobrar (201 a 204, ctn) 
 
*
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
 Elementos da obrigação - Elemento objetivo ou material - Elemento subjetivo - Elemento temporal - Elemento espacial - Elemento quantitativo 
*
CASO CONCRETO – AULA 12
			
			O Estado X em procedimento de fiscalização constatou que determinado contribuinte teria simulado uma compra e venda no lugar da doação de um imóvel. As partes sabendo que a alíquota de incidência do ITBI é menor do que a referente ao ITD praticaram tal dissimulação com intuito de pagar menos imposto. Assim, considerando que o contribuinte simulou a venda, mas de fato o que ocorreu uma doação, a questão envolve obrigação principal ou acessória?
*
QUESTÃO OBJETIVA – AULA 12
 (ENADE 2006)
 
O  Superior Tribunal de Justiça proferiu decisão da qual se extrai o seguinte:
Tributário. IPTU e ITR. Incidência. Imóvel urbano. Imóvel rural. Critérios a serem

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