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ODONTO INTEGRAL II P1 – Aula 4. ENCAIXES EM PROTESE FIXAS E REMOVIVEIS CONCEITO Os attachments ou encaixes são dispositivos de retenção, compostos de um macho e de uma femea. Em PPR: Uma parte e conectada ao dente suporte, raiz ou implante, e a outra na prótese removível e tem uma função de substituição de grampos convencionais. - São dispositivos de retenção composto por um macho (parte positiva - pino) e uma femea (parte negativa). Em PPR ela é conectada a um dente suporte e esses dente deve ter obrigatoriamente uma coroa para colocar o encaixe. Ele é feito junto com o casquete. Existem já em zircônias (óxido – branco casquete), mas o que mais utilizamos ainda é em metal (metaloceramicas). - Uma parte no dente e a outra na parte na removível. Eles tem como função substituir o grampo, vantagem é a estética melhor, estabilidade maior (precisão), suporte o final do encaixe vai apoiar embaixo diminuindo a força de alavanca próxima do osso. Em Prótese fixa: Substituem os conectores (parte que une o pilar ao pôntico) fundidos ou soldados em situações que os mesmos prejudiquem a execução ou prognostico do trabalho. - Se for fazer uma coroa podemos definir onde o equador vai ser estabelecido, então é mais fácil colocar um grampo quando temos uma coroa artificial do que em uma ppr em dente natural onde faremos planos guias. - Dentro da associação de fixa com a prótese removível a mais simples é a confecção de uma coroa com apoio nessa coroa e o equador ideal para o grampo que planejamos. Esse apoio normalmente é feito em metal (não fazer em cerâmica), então quando vem o casquete metálico nós pedimos para o protético fazer esse casquete (ilha metálica) com um nicho em metal. Aplica a cerâmica depois. Macho e a fema – um vai na fixa e o outro na removível. Existem vários tipos de encaixes, quadrados, arredondados, triângulos, mas a ideia são de que sejam trilhos que se encaixem. Os articulados permitem até uma certa movimentação. HISTORICO Petropolus (1997): Conceito de encaixe originou-se na Suíça no final do século 18. Encaixe de Winder. Parr (1886): Primeiro encaixe extra-coronario para PPR. (Em ouro) Stair (1886): Primeiro trabalho telescópico. (Tem uma infraestrutura como se fosse casquetes metálicos cimentados sobre os dentes, e esses casquetes são extremamente paralelos sobreestrutura sobre esses casquetes que encaixavam e eram removíveis, sobre eles). O paralelismo dá a retenção. Herman, ES Chayes (1906): Primeiro encaixe de precisão. Os de precisão vem de fábrica em metal e tem 0,01 de folga entre um e outro, ou seja, eles são praticamente perfeitos. Os de semi precisão vem em plástico que é fundido no laboratório, então eles têm uma certa folga entre si. Ash (1912): Encaixe de semi precisão ativável. Separados e quando quisesse colocava uma chave de fenda e ativava a fricção entre um e outro. Eram realizados em ouro o que dava essa possibilidade de ativar novamente a retenção. Herman, ES chayes (1912): Chaye attachment – de precisão em forma de H, ativável. É utilizado até hoje, a fenda permite ser aberta, pois ao passar do tempo o tirar e colocar nessa fenda vai perdendo a retenção, com isso podemos voltar a ativar esse tipo de encaixe. CLASSIFICACAO Precisão: Encaixes cujos componentes são confeccionados pela indústria odontológica através de um processo de usinagem computadorizada (CAM), feitos por eletrocorrosão (então é como se fosse uma barra metálica que o macho vem desgastando por eletrocorrosão então a precisa é grande entre uma peça e outra). com tolerância dimensional de no maximo0.01 mm – staubli (1996); Zanelato (2009). VANTAGEM: A adaptação, retenção que pode ser ativada. Existe chaves para aumentar essa retenção. DESVATANGEM: Se quebra algum componente é muito difícil repor. Custo caro desse tipo de encaixe. Precisa ser soldado na coroa, mas uma dificuldade laboratorial. Semi-Precisão: Encaixes cujos componentes são confeccionados laboratorialmente através de fundição de padrões de plástico a partir de enceramento. Esses são utilizados aqui na faculdade de Odontologia. VANTAGEM: Se quebrar fazemos em acrílico no macho ou femea e conseguimos estabelecer a fricção. DESVANTAGEM: Quando perde a retenção vou ter que usar algum artificio (grampo como se fosse fio ortodôntico que vai atrás da coroa, por palatino ou lingual fazer a retenção da PPR). No início fica desativado, pois existe a retenção friccional no momento que ela é perdida vamos com o alicate estabelecendo essa retenção. Exemplo de semi precisão: Oring. PRECISAO SEMI – PRECISAO Tem uma bolinha que entra nessa femea (quando ela entra ela encolhe) encaixando. Por ser em formato de bola permite um jogo em caso de extremo livre, não forçando o dente em que o encaixe está. Na distal estaria. É plástico, colocado junto do casquete metálico (colado) antes de fundir leva para o anel de fundição tudo junto. CLASSIFICACAO Intracoronarios: Está localizado dentro do contorno do dente de suporte, transmitindo as cargas mastigatórias de maneira ideal ao dente, axialmente e seguindo ao longo eixo, porem necessita de um preparo mais invasivo para dar espaço ao encaixe. Onde a femea fica dentro da coroa (um buraco dentro da coroa). O macho fica na removível. Vantagem: biomecanicamente ele é melhor, quando o paciente oclui estará a força ao longo eixo. Extracoronarios: Está localizado fora do contorno do dente de Suporte, gerando forças de alavanca e torções ao dente. Trilho fica de fora, onde a removível vai encaixar (esteticamente só será visto quando for removida a prótese). Encaixe fora da coroa. Femea fica na removível. Desvantagem: Quando o paciente oclui, esse dente tem uma alavanca com tendência a se movimentar. ENCAIXES PARA PPR: Função: Substituir os grampos nas próteses parciais removíveis. Para isso faz-se necessário a confecção de próteses fixas associadas as removíveis. ESTETICA (Não aparece o grampo) SUPORTE (O apoio nos dá suporte, não deixar a prótese intruir na mucosa) RECIPROCIDADE ESTABILIDADE RETENCAO (Em encaixes de semi-precisão com o tempo vai se perdendo e precisa ativar (fio-forjado) que tem elasticidade. Trilho e a femea na removível, não há movimentação então quando ela entra. Podemos ter só grampo por palatino ou lingual (para dar retenção adicional quando a fricção começar a falhar) e na vestibular não existe grampo. Quando é feita uma coroa, o protético já realiza o Dimple, um buraco na palatina ou lingual de forma que o fio ortodôntico cromo-cobalto é encaixado (abre e fecha) para entrar. Ele dá a retenção. Quando ela é perdida ativamos. Isso em encaixes de semi precisão. O encaixe deve ser paralelo, por isso se faz em pré-molares. Na foto temos; Encaixe Oring – pode ser sobre dente, implante. Com isso não se tem grampo por vestibular, esse encaixe é macho e femea (tipo ney) onde tem um grampo forjado. Atrás tem um grampo em cima de uma coroa de ouro. O encaixe oring é usado em cima da raiz. Encaixe intracoronário. Encaixe com trilho dá estabilidade. Idosos – Tem hábitos alimentares de comer granola, que podem ficar nessa bolinha do encaixe. Se o trilho fica para fora, não causa injuria na prótese. Nos livros se prioriza o encaixe intracoronario, mas devido essas situações que ocorrem na faculdade optamos por fazer extracoronarios. Classificação: Existem várias classificações quanto a articulações dos encaixes para PPR. RIGIDO (Existe nos livros, mas na escola não classificamos esse rígido) SEMI-RIGIDO (Macho e femea) para removível, pois ele permite uma certa movimentação. Encaixe ney é o mais conhecido, tem esse nome devido ao formato de trilho. ARTICULADO – ele entra e permite uma certa articulação, mas não é recomendável, pois vai gerar uma ação nos dentes posteriores alterando aoclusão. RESILIENTE - PLANEJAMENTO: EXTREMO LIVRE Na convencional: os apoios vão na mesial, para não ter torque para distal. Em apoios temos que ter pelo menos 2 apoios em extremos livres. Encaixe: Podemos usar encaixe, desde que façamos a união de pelo menos dois dentes. Como se fosse uma ponte fixa (duas coroas ferulizadas), sem o pôntico. Exemplo: no final da cerca temos dois palanques unidos como mostra na foto, para não ocorrer movimentação. Um palanque ele vai rodar entorno de si. Com esses palanques unidos mudamos o fulcro da cerca, então o fulcro fica entre eles não havendo rotação. Dente isolado – fulcro fica na metade da inserção óssea. Dois dentes unidos – fulcro vai entre eles e não gira. Macho fica na coroa. POSICIONAMENTO DOS ENCAIXES Os trilhos paralelos são obtidos, através dos posicionamentos dos encaixes. As hastes são presas no grafite do calibrador, coloca o modelo na mesa e leva no enceramento. Fixado no enceramento dos casquetes. Fixa um de cada vez para ter a certeza de que estão paralelos. São fixados pelo delineador ou paralelometro que é a mesma coisa. Confecção da prótese Removivel – duplica o modelo, faz como se fosse uma moldagem. Em vez de vazar gesso vaza um material refratário (que aguenta altas temperaturas) no modelo. Em cera é feita a armação metálica, coloca o sprun dentro do anel, coloca mais material refratário e funde a armação metálica. Depois da armação pronta é soldado o fio cromo-cobalto para dar a retenção, quando perdemos a retenção friccional dos encaixes. COLOCACAO DO GRAMPO FORJADO: Montagem, prova de dentes e acrilizacao. - Prova os dentes e acrilização como uma PPR convencional. No momento em que a prótese está entrando, os dentes já estão travados. Mecanismo de ação segue os princípios de ROACH. CONTRA-INDICACOES Dificuldade motora para remoção e colocao da prótese. Altura da parede axial menor que 4mm; quando a altura dos dentes é baixa o trilho ficara pequeno dificultando a sua entrada fazendo força do dente. Encaixe no mínimo com coroa com 4mm de altura. Tipos de encaixes Encaixe tipo Trilho; Preparo paralelo na lingual, ele entra e segura esse dente. Podemos ter um grampo por lingual evita força deletaria ao dente para vestibular. Base Retentiva; Raízes curtas, podemos fazer uma base e veda a raiz. E coloca um grampo CASO CLINICO. - PPR COM ENCAIXE femea na removível, macho na coroa. Sempre quando fazemos associação de fixa com removível, escolhemos a cor do dente artificial para o protético copiar na cerâmica. Referências bibliográficas pontes fixas - Fundamentos de próteses fixa. Herbert T. Shillinburg et al; 3ª. ED, Sao Paulo, capitulo 7, 8 e 27. 1998 - Pontes fixas em pilares sem paralelismo. Lacrolx, Celso. Revista Odonto Ciencia, Porto Alegre, V.2, n.4, p.62-73. 1987 RAPHAELA PINZON – PUCRS ODONTOLOGIA
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