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Economia Solidária

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
AMANDA SARTORI
EVANDER FAVORETO
ISADORA GARCIA
KAREN KAROLINA 
LÚCIO GOMES
MARCELO ALTOÉ
THAMIRES FONSECA
ECONOMIA SOLIDÁRIA
ALEGRE
2014
AMANDA SARTORI
EVANDER FAVORETO 
ISADORA GARCIA
KAREN KAROLINA 
LÚCIO GOMES
MARCELO ALTOÉ
THAMIRES FONSECA
ECONOMIA SOLIDÁRIA
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Agronomia, da Universidade Federal do Espirito Santo de Alegre, como requisito para a disciplina de Sociologia Rural orientada pelo professor Haloysio Miguel de Siqueira.
ALEGRE
2014
INTRODUÇÃO
O capitalismo se desenvolveu de tal forma que a competição torna a vida uma eterna disputa entre os mais diferentes aspectos: competir para passar no vestibular; competir para conseguir um bom emprego; disputa entre empresas para vender mais produtos. Não que a competição seja uma coisa ruim, é fundamental para nos tornar mais fortes e resistentes aos obstáculos da vida. Mas os que não conseguem vencer essa disputa têm o seu valor e não podem ser desprezados por uma sociedade que só vangloria os que se destacam entre milhões. 
	Então, por exemplo, o que acontece com os reprovados no vestibular? Uma resposta realista seria, que eles precisam se preparar melhor, até ai tudo bem, mas como muitos já gastaram seu dinheiro fazendo cursinho a probabilidade de passar no vestibular é cada vez menor. 	
	Isso mostra que o capitalismo produz desigualdade crescente, havendo uma disparidade grande entre vencedores e perdedores. Enquanto os primeiros avançam na vida com boas carreiras, acumulam capital e possuem excelentes empregos, os últimos acumulam dívidas pelas quais eles pagam por um longo período, são despedidos ou ficam desempregados até se tornarem idosos, reduzindo assim sua chance de conseguir um emprego. 
	Para tornar uma sociedade mais igualitária, é preciso que haja uma transformação de economia competitiva para uma economia solidária. Isso significa que os participantes na atividade econômica deveriam cooperar entre si em vez de competir. A chave para se chegar a essa solidariedade na economia é uma proposta de associação entre as pessoas, em vez do contrato entre desiguais. Por exemplo, na cooperativa de produção, todos associados têm a mesma parcela do capital e, o mesmo direito e peso de voto em todas as decisões a serem tomadas. 
	Portanto, este trabalho tem por objetivo mostrar que a economia solidária é outro modo de produção, cujos princípios básicos são a propriedade coletiva ou associada do capital e o direito à liberdade individual. A utilização desses princípios une todos os que produzem numa única classe de trabalhadores que são possuidores de capital por igual em cada cooperativa ou sociedade econômica. O resultado natural desses fatos é a solidariedade e a igualdade de todas as partes envolvidas no processo de produção.
ORIGEM E CENÁRIO ATUAL
A Economia Solidária ressurge hoje como resgate da luta histórica dos(as) trabalhadores(as), como defesa contra a exploração do trabalho humano e como alternativa ao modo capitalista de organizar as relações sociais dos seres humanos entre si e destes com a natureza.
Nos primórdios do capitalismo, as relações de trabalho assalariado - principal forma de organização do trabalho nesse sistema - levaram a um tal grau de exploração do trabalho humano que os(as) trabalhadores(as) organizaram-se em sindicatos e em empreendimentos cooperativados. Os sindicatos como forma de defesa e conquista de direitos dos/as assalariados/as e os empreendimentos cooperativados, de auto-gestão, como forma de trabalho alternativa à exploração assalariada.
As lutas, nesses dois campos, sempre foram complementares; entretanto a ampliação do trabalho assalariado no mundo levou a que essa forma de relação capitalista se tornasse hegemônica, transformando tudo, inclusive o trabalho humano, em mercadoria.
As demais formas (comunitárias, artesanais, individuais, familiares, cooperativadas, etc.) passaram a ser tratadas como "resquícios atrasados" que tenderiam a ser absorvidas e transformadas cada vez mais em relações capitalistas.
A atual crise do trabalho assalariado, desnuda de vez a promessa do capitalismo de transformar a tudo e a todos/as em mercadorias a serem ofertadas e consumidas num mercado equalizado pela "competitividade". Milhões de trabalhadores/as são excluídos dos seus empregos, amplia-se cada vez o trabalho precário, sem garantias de direitos. Assim, as formas de trabalho chamadas de "atrasadas" que deveriam ser reduzidas, se ampliam ao absover todo esse contingente de excluídos.
Hoje, no Brasil, mais de 50% dos trabalhadores/as, estão sobrevivendo de trabalho à margem do setor capitalista hegemônico, o das relações assalariadas e "protegidas". Aquilo que era para ser absorvido pelo capitalismo, passa a ser tão grande que representa um desafio cuja superação só pode ser enfrentada por um movimento que conjugue todas essas formas e que desenvolva um projeto alternativo de economia solidária.
Neste cenário, sob diversos títulos - economia solidária, economia social, socioeconômica solidária, humanoeconomia, economia popular e solidária, economia de proximidade, economia de comunhão etc, têm emergido práticas de relações econômicas e sociais que, de imediato, propiciam a sobrevivência e a melhora da qualidade de vida de milhões de pessoas em diferentes partes do mundo. 
O conceito de Economia Solidária também tem seus desdobramentos em termos políticos, por enfatizar a organização dos produtores e consumidores, o que se traduz no aperfeiçoamento da sociedade civil. O que se espera é que a ação política dos cidadãos se desdobre na construção de espaços públicos por meio da democracia direta, participativa, por meio dos fóruns de participação popular e orçamento participativo, entre outros (ORTEGA e ALMEIDA FILHO, 2006).
Mas seu horizonte vai mais além. São práticas fundadas em relações de colaboração solidária, inspiradas por valores culturais que colocam o ser humano como sujeito e finalidade da atividade econômica, em vez da acumulação privada de riqueza em geral e de capital em particular.
As experiências, que se alimentam de fontes tão diversas como as práticas de reciprocidade dos povos indígenas de diversos continentes e os princípios do cooperativismo gerado em Rochdale, Inglaterra, em meados do século XIX, aperfeiçoados e recriados nos diferentes contextos socioculturais, ganharam múltiplas formas e maneiras de expressar-se.
FBES: organização e forma de funcionamento
O Fórum Brasileiro de Economia Solidária consiste fundamentalmente na articulação entre três segmentos do movimento de ES: empreendimentos solidários, entidades de assessoria e fomento, e gestores públicos. A sua principal instância de decisão é a Coordenação Nacional, que consiste nos representantes das entidades e redes nacionais de fomento, além de 3 representantes por estado indicadas pelos Fóruns Estaduais de Economia Solidária. Destes 3 representantes por estado, 2 são empreendimentos e 1 é entidade de assessoria. Compõe também a Coordenação Nacional dois gestores por região e mais dois gestores em nível nacional, ambos indicados pela Rede de Gestores A Coordenação Nacional reúne-se 2 vezes ao ano (Fórum Brasileiro de Economia Solidaria, 2014).
Até agosto de 2011 eram 7 as entidades nacionais do FBES: representação de empreendimentos: Unisol, Anteag e Unicafes; Entidades de apoio e fomento: Cáritas Brasileira, IMS, Rede de ITCPs e Rede Unitrabalho.
A partir da X Reunião da Coordenação Nacional do FBES, em agosto de 2011, foi realizada a redefinição das entidades nacionais do FBES, permanecendo aquelas com participação efetiva em pelo menos 7 fóruns estaduais (definição da IV Plenária Nacional), sendo então as atuais entidades nacionais do FBES: Unicafes, Cáritas Brasileira, IMS, Rede de ITCPs e Rede Unitrabalho.
Para a gestão política cotidiana, interlocução com outros movimentos ecom o governo federal, e acompanhamento da Secretaria Executiva Nacional, há uma Coordenação Executiva Nacional, composta por 13 pessoas, sendo 7 representantes de empreendimentos (2 do norte, 2 do nordeste, e 1 representante para cada uma das demais regiões), 5 representantes das Entidades e Redes Nacionais de promoção à Economia Solidária, e 1 representante da Rede Nacional de Gestores Públicos. Por fim, para dar suporte aos trabalhos do FBES, propiciar a comunicação entre as instâncias e operacionalizar reuniões e eventos, há a Secretaria Executiva Nacional.
 CLUBES DE TROCA
De acordo com Singer (2010) os clubes de troca são uma inovação recente na economia solidária. Eles reúnem pessoas desocupadas que têm possibilidades de oferecer bens ou serviços à venda e precisariam comprar outros bens e serviços, mas não podem fazê-lo porque para poder comprar têm antes de vender e no seu meio não há quem tenha dinheiro para poder comprar sem ter vendido antes. Em outras palavras, a falta de dinheiro inibe a divisão social do trabalho. Essas situações são muito comuns em localidades atingidas por grande perda de empregos.
O clube de troca resolve o impasse pela criação de uma moeda própria, que recebe um nome que em geral exprime a ideologia do clube: green dólar, real solidário, hora de trabalho, etc. O clube escolhe democraticamente – um voto por cabeça – seus dirigentes, que determina a taxa de câmbio de sua moeda com a do país, o valor total da emissão de sua moeda e sua repartição por igual entre todos os membros. Com esta moeda local os membros do clube começam a comprar bens e serviços uns dos outros. Para facilitar o intercambio, os clubes promovem reuniões e feiras de troca periodicamente, em que cada membro se apresenta aos demais, descreve o que tem para vender e o que precisa comprar. 
O clube gera vantagens econômicas e também favorece novos contatos, o início de novas amizades, traz oportunidades de trocas não-econômicas de afetos, favores, gentilezas. Em sua dinâmica, o clube atrai novos membros e permite que vários se associem em outros empreendimentos solidários, tais como cooperativas de produção, de crédito, de compras e vendas etc.
COOPERATIVISMO
O Cooperativismo já faz parte das instituições nacionais em todo o mundo. Trata-se de um movimento universal dos cidadãos em busca de um modelo mais justo, que permita a convivência equilibrada entre o econômico e o social. O desafio do setor cooperativista brasileiro é mostrar à sociedade que, por ser um movimento solidário, é capaz de implantar um modelo com fortes bases calcadas no conceito de sustentabilidade, ou seja, promover o desenvolvimento econômico, respeitando o meio ambiente e inserindo o ser humano na repartição das riquezas geradas no processo (MAPA, 2014).
O reconhecimento governamental, de que o Cooperativismo pode contribuir decisivamente para que o Brasil consiga se transformar num País mais justo do ponto de vista social e econômico, ocorreu logo após o início do primeiro governo Lula, em 2003, desencadeando um processo de discussão visando à eliminação dos entraves burocráticos e legais que pudessem impedir ou dificultar a difusão do Cooperativismo no seio da sociedade. Neste sentido, houve mobilização geral visando à elaboração de propostas para atualizar a legislação do Cooperativismo. Ao mesmo tempo, presenciamos grande avanço na consolidação do Cooperativismo de crédito, objetivando-o torná-lo mais competitivo no mercado.
Com a difusão do movimento cooperativista no Brasil, projetamos a inclusão de milhares de pessoas no processo. A partir daí, resta às autoridades governamentais e às lideranças da sociedade a realização de um trabalho organizado para fomentar e prover a formação dos gestores, a educação dos associados e a inclusão de questões relacionadas a políticas específicas de sustentabilidade voltadas para gênero e jovens.
E assim, num claro reconhecimento do papel das cooperativas para a redução da pobreza, geração de trabalho, emprego e renda e integração social, e ainda destacando a contribuição destas para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, a 64ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU declarou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas.
Os sete princípios do cooperativismo:
1. Adesão voluntária e livre
2. Gestão democrática e livre
3. Participação econômica dos membros
4. Autonomia e independência
5. Educação, formação e informação
6. Intercooperação
7. Interesse pela comunidade
CONCLUSÃO
Em virtude os tópicos e informações abordadas durante o trabalho, a economia solidária se torna uma resposta à incapacidade do capitalismo de integrar sem sua economia todos os membros da sociedade desejosos e necessitados de trabalhar. Vida melhor não apenas no sentido de que possam consumir mais com menor impacto, mas também melhorar o relacionamento com familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de estudo, etc. 
	A economia solidária permite a liberdade de cada um de escolher o trabalho que lhe dá mais satisfação; no direito à autonomia na atividade produtiva, de não ter de se submeter a ordens de patrões individualistas que só pensam em ganhar mais e mais, explorando o máximo de seus funcionários, sem se importar como eles estão, em termos de saúde e, principalmente, de felicidade e bem estar. 
	
	 
	 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SINGER, P. Introdução à Economia Solidária – Editoria Fundação Perseu Abramo, 2010.
ORTEGA, A. C.; ALMEIDA FILHO, N.; Desenvolvimento Territorial, Segurança Alimentar e Economia Solidária – Editora Alínea, 2006.
Site: MAPA- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, endereço eletrônico > http://www.agricultura.gov.br/cooperativismo-associativismo/cooperativismo > Acesso em 18/11/2014.
Site: Fórum Brasileiro de Economia Solidária, endereço eletrônico> http://www.fbes.org.br/index.php?option=com_frontpage&Itemid= > Acesso em 18/11/2014.
Site: Ministério do Trabalho e Emprego, endereço eletrônico> http://portal.mte.gov.br/ecosolidaria/a-economia-solidaria/. Acesso em 18/11/2014.

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