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A ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO HOSPITALAR Durante a Idade Média e os espaços hospitalares eram utilizados como espaços de acomodação, pois serviam de albergues para uma dada classe social (pobres, miseráveis, velhos, órfãos) ou para portadores de determinadas doenças (leprosos, portadores de doenças venéreas, loucos, tuberculosos). HISTÓRICO Funcionavam como espaços de assistência e exclusão onde a medicina passou a atuar com o objetivo evitar que o mal se espalhasse pelas cidades. No final do século XVIII, o hospital começa a ser visto como instrumento terapêutico, para proporcionar o diagnóstico e o tratamento necessário. HISTÓRICO • Foi no Ceilão, atual Sri Lanka em 437 aC que aconteceu o primeiro registro de um hospital. Antes disso, em data incerta, o imperador Asoka mandou construir na Índia dezoito instituições com características semelhantes às dos hospitais atuais. • Os gregos e romanos, por volta de 300 aC usavam os templos religiosos como locais para recuperação de doentes, o "infirmitorium“. Havia também uma farmácia e um jardim com plantas medicinais. • No Brasil, o primeiro hospital foi a Santa Casa de Misericórdia de santos (SP), construída no ano de 1543. HISTÓRICO Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), hospital é definido como sendo: “o elemento de uma organização de caráter médico e social, cuja função consiste em assegurar assistência médica completa, curativa e preventiva à população e cujos serviços externos se irradiam até a célula familiar considerada em seu meio: é um centro de pesquisa biossocial”. Conceito • Prevenir as doenças; • Restaurar a saúde; • Exercer a função de educação; • Exercer a função de pesquisa. Papel do Hospital O hospital é uma organização que têm características próprias que o diferenciam de outras instituições e suas áreas funcionais devem ser interdependentes e inter-relacionadas para propiciar um funcionamento eficiente: • Conselho diretivo: gestão, planeamento, coordenação e avaliação; • Direção; • Corpo clínico; • Serviço de apoio clínico; • Serviço técnico; • Serviço de apoio administrativo. SISTEMA ORGANIZACIONAL DE UM HOSPITAL • Geral É o hospital que atende a todas as especialidades médicas. • Especializado É o hospital que atende a uma determinada especialidade médica, faixa etária ou sexo. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE ATENDIMENTO • Público - É o hospital mantido pelo governo, através do dinheiro arrecadado da população nos impostos. • Privado - É o hospital que pertence a pessoa jurídica de direito privado, ou seja, com 100% de fins lucrativos, onde todos os procedimentos realizados pela instituição são cobrados de forma direta ou indireta do cliente. • Oficial - É o hospital destinado ao atendimento de oficiais da marinha, exército ou aeronáutica. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORMA DE ATENDIMENTO • Filantrópico - É o hospital privado, mas não lucrativo, ou seja, não concede remuneração, gratificação, vantagem ou benefício aos seus dirigentes, e que destina um percentual de sua lotação para assistir gratuitamente clientes desprovidos de cobertura financeira. • Beneficente - É o hospital que se mantém através de doações dos associados e pela clientela que o utiliza, destinado a assistir um grupo de pessoas, sendo que o lucro é revertido para melhoria da Instituição. • Pequeno porte – de 1 a 49 leitos; • Médio porte – de 50 a 199 leitos; • Grande porte – de 200 a 499 leitos; • Extra – de 500 a mais leitos. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TAMANHO • Monobloco; • Pavilhonar; • Vertical; • Horizontal. CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ESTRUTURA FISICA CULTURA ORGANIZACIONAL E CULTURA DE SEGURANÇA Dimensões de uma organização ESTRUTURA ESTRATÉGIA TECNOLOGIA PESSOAS GESTÃO Dimensões de uma organização PESSOAS Produzem um fenômeno chamado CULTURA Importância da Cultura Organizacional • As questões culturais podem, inúmeras vezes, transformar-se em entraves ou obstáculos significativos para as mudanças requeridas. Cultura de segurança • Uma cultura de segurança estabelecida é crucial para o florescimento, o sucesso e o bom desempenho da instituição, pois é nesse contexto que as atitudes e o comportamento dos indivíduos relativos à segurança se desenvolvem e persistem. (MEARNS; WHITAKER; FLIN, 2003). Modelo Mental • Os trabalhadores com a mentalidade na cultura de segurança: • Desejam trabalhar com segurança (estão motivados); • Acreditam que é possível trabalhar com segurança (estão convencidos); • Sabem Ver e Julgar os riscos competentemente (têm as habilidades). • Sabem como trabalhar com segurança (têm as competências para fazê- lo); Maturidade da Cultura de Segurança ACHAR UM CULPADO NÃO É O SUFICIENTE PARA ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO OU PARA EVITAR A RECORRÊNCIA DO ERRO. • Era da Segurança. “atenção, o mais próximo possível, ao problema da segurança de pacientes e o fortalecimento de evidências científicas necessárias para melhorar a segurança dos pacientes e a qualidade do cuidado em saúde”. Programa Nacional de Segurança do Paciente • A Portaria GM/MS nº 529/2013 institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) com o objetivo de contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. • A Segurança do Paciente é um componente essencial da qualidade do cuidado, e tem adquirido, em todo o mundo, importância cada vez maior para os pacientes e suas famílias, para os gestores e profissionais de saúde no sentido de oferecer uma assistência segura. Programa Nacional de Segurança do Paciente • As ações do PNSP devem se articular às demais politicas de saúde com objetivo geral integrar e somar esforços aos cuidados em redes de atenção à saúde. • A RDC/Anvisa nº 36/2013 institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Esta normativa regulamenta e coloca pontos básicos para a segurança do paciente como: • Núcleos de Segurança do Paciente, • Notificação dos eventos adversos • Plano de Segurança do Paciente. A Portaria GM/MS nº 1.377, de 9 de julho de 2013 e a Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013 aprovam os protocolos básicos de segurança do paciente: 1. Identificação do paciente 2. Prevenção de úlcera por pressão 3. Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos 4. Cirurgia segura 5. Prática de higiene das mãos 6. Prevenção de quedas PROTOCOLO DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE • O protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado de saúde (por exemplo, unidades de internação, ambulatório, salas de emergência, centro cirúrgico) em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos. • Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificados, é necessário usar pelo menos dois identificadores em pulseira branca padronizada, colocada num membro do paciente para que seja conferido antes do cuidado. • CASOS ESPECIAIS: O serviço de saúde deve definir como identificar pacientes que não possam utilizar a pulseira, tais como grandes queimados, mutilados e politraumatizados. http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/Protocolo---Identifica----o-do-Paciente.pdf PROTOCOLO DE PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO • As recomendações para a prevenção devem ser aplicadas a todos os indivíduos vulneráveis em todos os grupos etários. As intervenções devem ser adotadas por todos os profissionais de saúde envolvidos no cuidado de pacientes e de pessoas vulneráveis,que estejam em risco de desenvolver úlceras por pressão. • Definição de protocolo contemplando 6 etapas: 1- Avaliação de úlcera por pressão na admissão de todos os pacientes (escala) 2- Reavaliação (a cada 24h ou na mudança do estado clínico). 3- Inspeção diária da pele. 4- Manejo da Umidade: manutenção do paciente seco e com a pele hidratada. 5- Otimização da nutrição e da hidratação. 6- Estratégias para minimizar a pressão. http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/PROTOCOLO-ULCERA-POR-PRESS--O.pdf PROTOCOLO DE SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS • Promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde. • Deverá ser aplicado em todos os estabelecimentos que prestam cuidados à saúde. • Deverá prever: 1. Práticas seguras para prescrição de medicamentos. 2. Práticas seguras para distribuição de medicamentos 3. Práticas seguras na administração de medicamentos http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/Protocolo-Medicamentos.pdf PROTOCOLO PARA CIRURGIA SEGURA • Lista de Verificação: lista formal utilizada para identificar, comparar e verificar um grupo de itens/procedimentos. • Demarcação de Lateralidade: demarcação de local ou locais a ser operados. • Segurança Anestésica: conjunto de ações realizadas pelo anestesiologista, que visa à redução da insegurança anestésica por meio da inspeção formal do equipamento anestésico, da checagem dos medicamentos e do risco anestésico do paciente antes da realização de cada cirurgia. http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/03/PROTOCOLO-CIRURGIA-SEGURA.pdf • Reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos. PROTOCOLO PARA A PRÁTICA DE HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE Instituir e promover a higiene das mãos nos serviços de saúde do país com o intuito de prevenir e controlar as infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes. PROTOCOLO PREVENÇÃO DE QUEDAS • Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais. • Deverá contemplar: 1- Avaliação do risco de queda (Escala – morse) 2- Ações preventivas 3- Intervenções 4- Estratégias de notificação de quedas e monitoramento de desempenho http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/julho/02/Protocolo---Preven----o-de-Quedas REFERÊNCIAS • Brasil. Ministério da Saúde. Declaração de óbito : documento necessário e importante / Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. • Potter PA, Perry AG. Fundamentos de enfermagem. 5a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004 • BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 529/2013 - Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) disponível em:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o- ministerio/principal/secretarias/sas/dahu/seguranca-do-paciente
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