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Revisão Penal I

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Revisão – Direito Penal I
Conceito de Direito Penal
Ramo do Direito que tem por objetivo proteger os bens jurídicos de maior relevância, determinar as infrações penais e suas respectivas sanções penais, prevenindo e punindo a prática de crimes, bem como evitar a reincidência.
2. Princípios
Princípio da intervenção mínima
Segundo tal princípio, deve o Direito penal ocupar-se em proteger somente os bens jurídicos de maior relevância, os quais os demais ramos do Direito não são eficientes na sua proteção.
Ex.: Vida, integridade física e da saúde, patrimônio, liberdade individual, etc.
II. Princípio da fragmentariedade
Tem como causa o princípio da intervenção mínima, pois determina que o Direito Penal cuidará apenas de parte dos bens jurídicos protegidos pelo ordenamento jurídico, ou seja, cuidará de fragmentos relacionados aos bens jurídicos de maior importância.
III. Princípio da anterioridade da lei
Determinado no art. 1º, do CP, ou seja, “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”.
IV. Princípio da irretroatividade da lei penal 
A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
V. Princípio da legalidade e da reserva legal
O primeiro determina que quaisquer dos diplomas referidos no art. 59, da CF/88 podem ser adotados em matéria de legislação penal. Já o princípio da reserva penal determina que em matéria de Direito penal, a criação legislativa está limitada às leis ordinárias e complementares.
VI. Princípio da adequação social
O legislador não poderá proibir ou reprimir as condutas consideradas socialmente adequadas, ou seja, que se adaptam à evolução da sociedade.
VII. Princípio da insignificância 
Determina que determinados fatos que inicialmente definem uma conduta típica, devido a sua irrelevância ou pouca importância para o Direito Penal, têm a sua atipicidade declarada. Para a aplicação de tal princípio alguns requisitos devem ser observados: a) mínima ofensividade da conduta do agente; b) a ausência total de periculosidade social da ação; c) o ínfimo grau de reprovabilidade da conduta; d) inexpressividade da lesão jurídica causada.
VIII. Princípio da Humanidade.
Ninguém será submetido a tratamento desumano, degradante ou de tortura. Também não serão admitidas a aplicação de penas cruéis; de caráter perpétuo; de morte, salvo em caso de guerra declarada; de banimento ou trabalhos forçados.
3. Lei penal no tempo (art. 2º, do CP)
Com a vigência de uma lei penal, faz nascer o direito de punir do Estado, bem como de limitar tal poder. 
1. Conflito de leis penais no tempo.
Ocorrem quando duas ou mais leis penais se sucedem e tratam do mesmo assunto, porém de forma distinta. Qual lei deve prevalecer? A lei vigente ao tempo da pratica do crime ou a que sucedeu? 
Atividade: Ocorre quando a lei se aplica aos fatos ocorridos durante a sua vigência.
Extra-atividade: Quando uma lei se aplica fora do seu período de vigência. Divide-se em: 
- Retroatividade: a lei se aplica a fatos anteriores a sua vigência, quando esta lei for mais benéfica.
- Ultra-atividade: a lei se aplica a fatos ocorridos após a sua revogação, quando mais benéfica e a ação ou omissão ocorreu durante a sua vigência.
4. Crime
4.1 Conceito de crime. 
- Conceito formal – toda conduta humana que contraria a lei penal;
- Conceito material- toda conduta que viola os bens jurídicos tutelados pelo Direito Penal;
- Conceito analítico: é toda conduta típica, ilícita (antijurídica) e culpável (teoria tripartida de crime).
-Elementos que integram o conceito analítico de crime.
a) Fato típico:
a.1. Conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva;
a.2. Resultado;
a.3. Nexo de causalidade entre a conduta e o resultado;
a.4. Tipicidade: adequação de um fato cometido à descrição que dele se faz na lei penal. (tipicidade formal) 
b) Ilicitude ou antijuricidade:
É a relação de antagonismo ou de contrariedade que se estabelece entre a conduta do agente e o ordenamento jurídico.
c) Culpabilidade:
É o juízo de reprovação pessoal que se faz sobre a conduta ilícita do agente. Maior ou menor responsabilidade e reprovabilidade da conduta.
-Elementos integrantes da culpabilidade: 
c.1. Imputabilidade;
c.2. Potencial consciência sobre a ilicitude do fato;
c.3. Exigibilidade de conduta diversa.
4.2 Fases do crime – iter criminis
a) cogitação (cognitivo - intenção);
b) preparação (atos preparatórios);
c) execução (atos de execução);
d) Consumação;
e) Exaurimento. 
 É punível a conduta a partir da fase de execução.
- Cogitação ou cognição: envolve o pensamento, fase que se desenvolve na mente para a realização do crime. Não se pune pensamento.
- Preparação: nesta fase pratico os atos preparatórios, ou seja, ponho em prática o que foi pensado. É a etapa do planejamento. Estes atos não podem ofender, colocar em risco ou lesar qualquer bem jurídico tutelado pelo Direito Penal. São atos que em tais condições não são puníveis.
- Execução: nesta fase pratico os atos executórios necessários para a ocorrência do resultado pretendido. Tais atos são puníveis porque ofendem, põem em risco ou lesam bem jurídicos. 
 - Consumação: reúno na conduta todos os elementos definidos no tipo legal, ocorrendo o resultado;
- Exaurimento: ocorre nos crimes formais quando além da consumação do crime pela simples ação ou omissão do agente, um resultado típico é atingido.
4.3 Crime doloso (art. 18, I, CP)
 O agente dirige a sua vontade e a sua consciência para a realização da conduta típica. 
- Tem o agente a intenção de produzir um resultado típico (dolo direto) ou assume o risco de produzi-lo (dolo eventual).
4.4 Crime culposo ou tipo aberto. (art. 18, II, CP)
O agente ao praticar uma conduta não tem a intenção de produzir um resultado nem assume o risco de produzi-lo, contudo por negligência, imprudência ou imperícia o resultado delituoso é alcançado. 
O crime culposo também é denominado de tipo aberto, porque não há uma definição específica do tipo penal para que se possa adequar a conduta praticada com o tipo penal. Geralmente é descrito da seguinte forma: art. 121, § 3º, do CP: “o homicídio é culposo se (...)”; art. 129, § 6º, do CP: “se a lesão é culposa (...)”.
a) Imprudência: é o agir positivamente por impulsão, com precipitação, sem a observância do dever de cuidado necessário e exigível para a prática da conduta.
Ex: Ultrapassagem sem a devida visibilidade ou em lugar perigoso; dirigir em alta velocidade ou acima do máximo permitido; avançar sinal.
b) Negligência: ao contrário da imprudência, consiste em um agir negativo, deixando de fazer algo que o senso médio, comum, exige.
Ex: Dirigir com freios gastos; luz de freio ou faróis queimados; pneus “carecas”; deixar arma ao alcance de criança.
Imperícia: é a inaptidão, falta de habilidade ou conhecimento para a prática de uma conduta que exige prática, conhecimento técnico, experiência, etc. 
4.4.1 Culpa consciente: o resultado é previsível, porém o agente acha ou se julga capaz de evitar o resultado, confia em si mesmo. Não há a intenção do agente em alcançar o resultado típico, nem tão pouco assume o risco de produzi-lo. Ex: Ultrapassagem em lugar perigoso, sem a devida visibilidade.
4.4.2 Culpa inconsciente: embora o resultado seja previsível, não o é para o agente. 
Ex: o agente está utilizando um remédio controlado que pode causar sonolência repentina e assim mesmo conduz um automóvel.
Porém o agente não foi avisado de tal efeito ou não leu a bula do medicamento. Trata-se de negligência no agir, porém por culpa inconsciente, caso venha a ocorrer um resultado típico causado pela sua conduta.
Culpa imprópria: ocorre nas hipóteses de descriminantes putativas (art. 20, § 1º, do CP) que o agente dá causa ao resultado dolosamente, porém responde por culpa. O agente acredita estar agindo corretamente diante de uma situação de risco, porém a sua visão da realidade está destorcida (erro evitável). Ex: O agente acredita estar agindo em legítima defesa quando na verdade não
há a situação de risco. Caso esteja prevista para o crime praticado a modalidade culposa, o agente responde por culpa. 
4.5 Crime preterdoloso 
Ocorre quando o resultado alcançado pelo agente mediante a sua conduta é mais grave que o inicialmente desejado. Há dolo na conduta e culpa no resultado. Ex.: lesão corporal seguida de morte; aborto com consentimento da gestante provocado por terceiro que causa lesão corporal de natureza grave ou mata a própria gestante.
4.6 Coação irresistível e obediência hierárquica (art.22, CP).
Coação é o emprego de força física ou de grave ameaça sobre alguém com o intuito de que ela faça ou deixe de fazer algo.
Coação irresistível é de natureza moral (vis compulsiva) e não natureza física (vis absoluta). A coação sendo irresistível, o agente pratica um fato típico e antijurídico, porém não é culpável por inexigibilidade de conduta diversa. Deve ser demonstrada no caso concreto. Coação real, atual ou iminente, inevitável, insuperável.
- Se a coação é irresistível, o crime é imputado ao coator.
Ex.: Gerente de banco que é forçado a facilitar o roubo pelos assaltantes, caso contrário acontecerá algo à sua família.
- Se a coação é resistível, ou seja, seria possível exigir conduta diversa do agente, é aplicada a circunstância atenuante (art.65, III, alínea c, do CP). 
- Obediência hierárquica
Exclui a culpabilidade. Só é responsabilizada quem ordenou. 
Requisitos:
a) Ordem emanada de superior hierárquico: diz respeito à dependência funcional do executor da ordem dentro do serviço público em relação àquele que mandou praticar o fato delituoso;
A hierarquia privada, própria das relações de iniciativa privada, não é abrangida por tal instituto;
b) O cumpridor da ordem respeita os limites da ordem;
c) Ordem não manifestadamente (flagrantemente) ilegal. 
O agente que cumpre ordem legal de superior hierárquico está no estrito cumprimento de dever legal, ainda que seja alguma conduta típica.
4.7Excludentes da Ilicitude ou causas de exclusão da ilicitude (art. 23, CP)
Excluem a ilicitude da conduta, não há crime, por não ocorrer contrariedade em relação a norma.
São elas: 
a) Estado de necessidade;
b) Legítima defesa; 
c) Exercício regular de direito;
d) Estrito cumprimento do dever legal.
 
Obs.: Excesso em qualquer das excludentes, autoriza a responsabilização pelo resultado a título de dolo ou culpa.
Para que se possa considerar a conduta do agente como excludente da ilicitude, devem ser por ele conhecidos os elementos objetivos e subjetivos das causas de justificação. 
São elas:	
- Agressão atual ou perigo atual;
- Vontade de se defender ou se salvar do perigo.
a) Estado de necessidade - art. 24, CP. 
Conceito: “Causa de exclusão da ilicitude da conduta de quem, não tendo o dever legal de enfrentar uma situação de perigo atual, a qual não provocou por sua vontade, sacrifica um bem jurídico ameaçado por esse perigo para salvar outro, próprio ou alheio, cuja perda não era razoável exigir”. 
- Estado de necessidade justificante: afasta a ilicitude da conduta. O bem jurídico defendido ou salvaguardado (vida) é de valor superior ao sacrificado (patrimônio).
- Estado de necessidade exculpante: exclui a culpabilidade. O bem jurídico sacrificado é de valor igual ou superior ao protegido. 
Requisitos:
I. Salvar de perigo atual ou da probabilidade de dano (atual ou iminente). Não valerá para um dano já efetivado;
II. Perigo não provocado pelo agente ou por sua vontade: não há dolo direto ou eventual na vontade do agente;
III. Evitabilidade do dano: deve o agente escolher conduta menos gravosa ou que provoque menor dano ao bem jurídico, a fim de escapar do perigo. Se possível, deve sempre escolher conduta lícita ou um irrelevante penal;
IV. Direito próprio ou de terceiro: há a criação do perigo para os bens do próprio agente que se utiliza da causa de justificação ou bens de terceiro. 
 
e) Razoabilidade do sacrifício: deve-se fazer uma ponderação dos bens em conflito, a fim de saber se o bem defendido é de valor inferior ou superior ao bem sacrificado.
f) Dever legal de enfrentar o perigo: (art.24 §1º,CP). Aquele a quem é imposto o dever legal de enfrentar o perigo (bombeiros, salvavidas) não pode alegar estado de necessidade.
g) Quando é razoável exigir-se o sacrifício do bem jurídico, a pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3. (art. 24, §2º, CP).
b) Legitima defesa- art. 25, CP.:
Conceito: é uma reação a uma injusta agressão, atual ou iminente, a direito próprio ou alheio, usando de meios moderados e necessários.
- Agressão atual já está ocorrendo. A agressão iminente está prestes a acontecer. 
- Possibilidade de defender qualquer bem jurídico.
- Direito próprio ou alheio.
- Deve saber o agente que atua na condição de legítima defesa ou acreditar agir nesta condição.
- É possível a defesa em relação à agressão atual ou iminente de inimputável (controverso).
- Agressão é uma ameaça a um bem jurídico protegido. Injusta é não cabível, inaceitável.
- Meios necessários: meios eficazes e suficientes para repelir a agressão.
- Moderadamente: ao agir contra a agressão deve o agente fazê-la com moderação, caso contrário, pode configurar o excesso.
- Excesso na legitima defesa: 
Poderá o agente responder pela conduta a título de culpa ou dolo.
- Excesso na legitima defesa: 
Poderá o agente responder pela conduta a título de culpa ou dolo.
– Excesso doloso: 2 situações:
I. Mesmo cessada a agressão, continua o agente atacando ao agressor;
II. Mesmo cessada a agressão, o agente ultrapassa os limites da legitima defesa, achando que pode chegar a matar o agressor.
- Excesso culposo:
I. O agente acha que a agressão ainda não cessou e continua a repulsa;
II. O agente avalia mal a gravidade da agressão e a reação. 
c) Estrito cumprimento do dever legal
Conceito: consiste na realização de uma conduta típica, mas por força do desempenho de uma obrigação imposta por lei, não é ilícita. (Atividade do policial que invade o domicílio de alguém para efetuar prisão em flagrante).
Requisitos:
I. Existência do dever legal imposto ao agente Administração Pública. (Policial e oficial de justiça);
II. Utilização somente dos meios necessários ao cumprimento do dever legal.
III. Atuar dentro dos limites determinados por lei.
d) Exercício Regular de direito.
Conceito: consiste no exercício de uma atividade que apesar de ser típica é autorizada à alguns atuar daquela maneira. Ex.: lutador de boxe, médico cirurgião.
-Consentimento do ofendido: 
Afasta a tipicidade da conduta e exclui a ilicitude do fato.
Requisitos:
1. O ofendido tenha capacidade para consentir;	
2. Bem sobre o qual recai a conduta seja disponível;
3. Consentimento anterior ou simultâneo à conduta.
4.8 Elementos da culpabilidade
São eles:
a) Imputabilidade;
b) Potencial consciência da ilicitude;
c) Exigibilidade de conduta diversa.
I. Imputabilidade
Possibilidade de se atribuir, imputar um fato típico e ilícito ao agente.
- Inimputáveis (art. 26, CP) 
Para caracterizar esta situação, o Código Penal adotou o critério biopsicológico. 
	- Critério biológico: inimputabilidade por doença mental: doente mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado;
	- Critério psicológico: era ao tempo da ação ou omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de deter minar-se de acordo com esse entendimento.
- Elemento intelectual: capacidade de entender o caráter ilícito do fato.
- Elemento volitivo: capacidade de determinar-se segundo entendimento.
	- Doença mental: todas as psicoses orgânicas, tóxicas e funcionais.
- Desenvolvimento mental incompleto ou retardado: abrange os silvícolas não adaptados, os deficientes congênitos e os carentes de certos sentidos (surdos-mudos). 
- Semi-imputabilidade (art.26, parágrafo único, CP).
O agente pratica um ato típico, ilícito e culpável. Não era ao tempo da ação ou omissão inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se segundo esse
entendimento.
Não exclui a culpabilidade, apenas permite a redução da pena de 1/3 a 2/3/.
- Substituição da pena privativa de liberdade por medida de segurança:
Caso o agente necessite de especial tratamento curativo, poderá o juiz substituir a pena por internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou tratamento ambulatorial pelo prazo mínimo de 1 a 3 anos (art. 98, CP).
- Menor de 18 anos: inimputabilidade por imaturidade natural (art. 27, CP). São penalmente inimputáveis, ficando submetidos à legislação especial (ECA). 
II. Potencial Consciência da ilicitude
Consiste em investigar se o agente ao tempo da ação ou omissão tinha a possibilidade de saber que fazia algo errado ou injusto, de acordo com o meio social em que vive, costumes locais e tradições, nível cultural e intelectual.
III. Exigibilidade de conduta diversa
 Conceito: “Consiste na expectativa social de um comportamento diferente daquele que foi adotado pelo agente. Somente haverá exigibilidade de conduta diversa quando a coletividade podia esperar do sujeito que tivesse atuado de outra forma”. 
4.9 Emoção, Paixão e embriaguez (art. 28, CP)
I. Emoção: perturbação afetiva, de breve duração e imprevisível que predomina sobre outras atividades psíquicas (tremor, suor inexplicável, aceleração cardíaca, aflição) - art. 28, I, CP.
II. Paixão: estado afetivo duradouro que altera a conduta do indivíduo para irracional e incontrolável (art. 28, I, CP).
A emoção e a paixão não excluem a culpabilidade, no entanto, agir “sob a influência de violenta emoção” é uma circunstância atenuante (art. 65, III, c, do CP).
III. Embriaguez (art. 28, II, CP): perturbação psíquica provocada pela ingestão de álcool ou substância análoga que leva a total ou parcial incapacidade de entendimento e volição.
A embriaguez pode ser voluntária ou involuntária.
a) Embriaguez voluntária preordenada: o agente ingere bebida alcoólica com o intuito de embriagar-se e ter coragem para praticar um crime. Não exclui a culpabilidade. Pelo contrário é circunstância agravante da pena (art. 61, II, l, do CP)
b) Embriaguez voluntária em sentido estrito ou dolosa: o agente, por sua própria vontade, ingere bebidas alcoólicas com o intuito de embriagar-se. Porém não se embriaga para cometer um crime. Não exclui a culpabilidade. Ex: “Vou encher a cara”; “vou beber todas”.
c) Embriaguez voluntária culposa: o agente deixando de observar o seu dever de cuidado, por descuido ou por falta de costume, ingere quantidade suficiente de bebida alcoólica que o coloca em estado de embriaguez. Não quer se embriagar, mas falta com o dever de cuidado. Não isenta de pena.
d) Embriaguez involuntária completa: proveniente de caso fortuito (por força da natureza) ou por força maior (evento atribuído ao homem). É uma causa de isenção de pena, se no momento da ação ou da omissão, era o agente inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito de sua conduta ou de determinar-se conforme esse entendimento.
e) Embriaguez involuntária incompleta: proveniente de caso fortuito ou força maior. Se no momento da ação ou da omissão, não possuía, o agente, plena capacidade de entender o caráter ilícito de sua conduta ou de determinar-se segundo este entendimento (art. 28, II, § 2º, do CP). A pena poderá ser reduzida de 1/3 a 2/3.

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