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1 F128 - Exercícios Resolvidos - Cap. 5 Exercício 1 Um saco de cimento pesando 400N é sustentado por três fios de massa desprezível, como na figura. Dois dos fios fazem ângulos θ1 = 60o e θ2 = 30o com a horizontal. Se o sistema está em equilíbrio, ache as trações T1, T2 e T3 nos fios. Para resolver um problema de estática ou dinâmica inicie desenhando um diagrama de forças para cada elemento do sistema, separadamente. Sabemos que pela 3a lei de Newton (ação e reação) a força de contato que atua em um corpo é aplicada pelo outro corpo, tem a mesma intensidade em ambos e sentidos opostos em cada um deles. No diagrama abaixo estas forças são ~F3 e −~F3: Se o sistema está em equilíbrio, a somatória das forças em cada elemento, em cada direção, deve ser nula. No saco de cimento: ~R = ( −~F3 ) + ~P = 0 Componente horizontal Rx = 0 −F3x + Px = 0 F3x = 0N c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 2 Componente vertical −F3y + Py = 0 −F3y − 400 = 0 F3y = −400N Na junção dos três fios: ~R = ~F1 + ~F2 + ~F3 = 0 Componente horizontal F1x + F2x + F3x = 0 Componente vertical F1y + F2y + F3y = 0 Graficamente, dizer que a soma de três vetores se anula significa que: Escrevendo cada vetor em termos de seu módulo e a projeção em cada eixo (suas componentes) temos: Para o vetor ~F1 F1x = −F1 cos 60o = −12F1 F1y = F1sen60o = √ 3 2 F1 c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 3 Para o vetor ~F2 F2x = F2 cos 30o = √ 3 2 F2 F2y = F2sen30o = 12F2 Retornando ao equilíbrio de forças: F1x + F2x + F3x = 0 −12F1 + √ 3 2 F2 + 0 = 0 F2 = √ 3 3 F1 e também: F1y + F2y + F3y = 0√ 3 3 F1 + 1 2F2 − 400 = 0 Usando o resultado anterior e substituindo encontramos: √ 3 6 F1 + √ 3 2 F1 = 400(√ 3 + 3 √ 3 ) F1 = 2400 F1 = 200 √ 3N E também: F2 = √ 3 3 ( 200 √ 3 ) = 200N O módulo de ~F3 já conhecemos: ∣∣∣~F3∣∣∣ = F3 = 400N . Portanto as trações são: T1 = 200 √ 3N T2 = 200N T3 = 400N c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 4 Perceba que a tração, se for interpretada como um vetor, pode trazer dificuldades. Uma corda (de massa desprezível) esticada transmite a tração por toda a sua extensão. Esta tração só se torna uma força vetorial quando a corda entra em contato com algum outro objeto. No caso das extremidades, a força aplicada é paralela à ponta da corda e aponta na direção do corpo da corda. Prefira tratar a tração como sendo um escalar que é o mesmo em toda a extensão da corda. Depois, sabendo os pontos em que a corda está apoiada ou amarrada, defina vetores de força, cada um com seu nome e use o valor da tração para calcular a intensidade destas forças. Exercício 2 Uma menina de massa 40kg e um trenó de massa 8, 0kg estão separados de 15m, na superfície de um lago congelado. A menina, ao puxar o trenó em sua direção por meio de uma corda, exerce sobre ele uma força de 5, 0N . a) qual é a aceleração do trenó? Sabemos que nem a menina, nem o trenó, possuem aceleração na vertical. Isto implica que a força normal equilibra a força peso para cada um deles. Supondo que a força da corda que atua no trenó seja horizontal e a superfície do lago seja horizontal e sem atrito, a aceleração do trenó é causada pela resultante de módulo RT = 5N sobre ele. Vetorialmente sempre temos: ~RT = mT~aT Quando escolhemos uma base com seus vetores unitários para representar estes vetores temos: RT ( −iˆ ) = mT~aT ~aT = −RT mT iˆ = −58 iˆ = ( −0, 625m/s2 ) iˆ b) qual é a aceleração da menina? Pela lei da ação e reação, ao puxar o trenó com força de 5N a menina é puxada para frente com a mesma intensidade de 5N : c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 5 ~RM = −~RT ~aM = − RT ( −iˆ ) mM = 540 iˆ = ( 0, 125m/s2 ) iˆ c) qual é a distância entre o ponto de encontro do trenó com a menina, medida a partir da posição da menina? Suponha que o atrito com o lago seja desprezível. Aqui precisamos calcular qual foi a distância percorrida pela menina até o ponto de encontro. A distância total que ambos percorrem é 15m, temos assim: ∆xT + ∆xM = 15 Sabemos que o movimento de ambos possui uma aceleração constante e velocidade inicial nula, o que permite escrever: aT t2f 2 + aM t2f 2 = 15 t2f = 30 aT + aM = 300, 625 + 0, 125 t2f = 40s2 Agora calculamos a distância percorrida pela menina: ∆xM = aM t2f 2 = 2, 5m Note que o trenó se deslocou ∆xT = 12, 5m, e isto é exatamente 5 vezes o que a menina percorreu. Isto nos revela alguma coisa a mais, já que a menina tem exatamente 5 vezes o peso do trenó. Após alguns testes somos induzidos a escrever, para um caso mais geral, que: mM mT = ∆xT∆xM na ausência de atrito ou outras forças externas. Chegaremos a este resultado novamente mais adiante, no capítulo 9A. Exercício 3 Três blocos estão em contacto entre si, sobre uma superfície horizontal sem atrito, como mostrado na figura. Uma força horizontal é aplicada ao bloco de massa m1. Se m1 = 2, 0kg, m2 = 3, 0kg, m3 = 4, 0kg e F = 18N : c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 6 a) faça um diagrama de forças que agem sobre cada bloco; Atenção: Desenhe cada elemento do sistema separadamente. A seguir represente os pares de vetores ação e reação. Por fim desenhe as forças peso, as normais e as forças externas. O diagrama de forças é muito importante para a análise1 do problema: b) calcule a aceleração dos blocos; Atenção: Se há aceleração, não há equilíbrio de forças (e vice-versa)! Como os três blocos aceleram, podemos pensar que cada um "absorve" uma parte da força e transmite o restante ao próximo bloco através das forças de contato ~F21 (força que o bloco m2 aplica em m1) e ~F32 (força que o bloco m3 aplica em m2). Já que os três blocos se movem juntos, vamos calcular a aceleração do sistema como um todo. A resultante sobre o sistema é: ~R = ~F + ~N + ~P Onde ~N = ~N1 + ~N2 + ~N3 é a normal total sobre os três blocos e também ~P = ~P1 + ~P2 + ~P3 é o peso total dos três blocos. Sabemos que os blocos não se movem na vertical, portanto ~N = ~P 2. Disso encontramos: ~R = ~F = 18ˆi Este é o lado esquerdo da equação originária da 2a lei de Newton (famoso Princípio Funda- mental da Dinâmica, ~F = d~pdt , ou ainda ~F = m~a). O lado esquerdo reúne as forças, compondo 1Do grego ανάλυσvις (análysis): dissolução, decomposição, quebra. A corrente filosófica determinista do me- canicismo apregoa que o funcionamento de qualquer sistema complexo (mesmo seres vivos) pode ser entendido completamente através da decomposição deste sistema em elementos menores, mais simples. Segundo a teoria, esta decomposição não implica na perda da essência do sistema e ainda permite estudá-lo. Isto é a análise, o que faremos por todo este curso de física básica 1 (mecânica newtoniana). 2A força normal é a componente normal da força de contato (a outra componente, tangencial, seria o atrito). As forças de contato são forças que se adaptam conforme a configuração do sistema. Ao ficar de pé sobre o chão, a força normal equilibra o seu peso, digamos N = 700N . Ao erguer um objeto de 10kg esta força imediatamente torna-se maior, N = 800N , caso contrário você penetraria no solo. Ao se puxar por uma corda suspensa esta força diminui imediatamente, caso contrário a força normal te jogaria para o alto! c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 7 a força resultante, que é a causadora do movimento. O lado direito reúne os corpos que se movem, quantificandoo movimento destes corpos através da aceleração: ∑ ~F = ~R = (m1 +m2 +m3)~a = M~a Como não há movimento vertical, sabemos que a aceleração está toda no eixo x: R = Ma 18 = (2 + 3 + 4) a a = 2m/s2 Esta acelereção é comum para todos os blocos, pois eles estão em contato, portanto: a1 = a2 = a3 = a = 2m/s2 c) calcule a força resultante sobre cada bloco; Cada bloco "absorve" apenas a força necessária para ganhar a aceleração de 2m/s2. Perceba que é a força resultante que movimenta um dado objeto: Para o Bloco 1: R1 = m1a1 = 2× 2 = 4N Para o Bloco 2: R2 = m2a2 = 3× 2 = 6N Para o Bloco 3: R3 = m3a3 = 4× 2 = 8N d) calcule os módulos das forças de contato entre os blocos. Como o valor de cada força de contato acaba dependendo das outras, iniciamos pelo bloco que tem menos forças aplicadas: Bloco 3 ~R3 = ~F23 + ~N3 + ~P3 ~F23 = ~R3∣∣∣~F23∣∣∣ = 8N Bloco 2 c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 8 ~R2 = ~F12 + ~F32 + ~N2 + ~P2 ~R2 = ~F12 + ~F32∣∣∣~R2∣∣∣ = ∣∣∣~F12∣∣∣− ∣∣∣~F32∣∣∣∣∣∣~F12∣∣∣ = ∣∣∣~R2∣∣∣+ ∣∣∣~F32∣∣∣∣∣∣~F12∣∣∣ = 6 + 8∣∣∣~F12∣∣∣ = 14N Pois ~F32 = −~F23 são ação e reação, cada uma atuando em cada bloco. Disso, na penúltima passagem, usamos que ∣∣∣~F32∣∣∣ = ∣∣∣~F23∣∣∣ = 8N . Exercício 4 Um macaco sobe por uma corda de massa desprezível, que passa sobre o galho de uma árvore, sem atrito, e tem presa na outra extremidade uma caixa de que está no solo. a) qual o módulo da aceleração mínima que o macaco deve ter para levantar a caixa do solo? Primeiro montamos o diagrama de forças para cada corpo: A força resultante sobre o macaco causa sua aceleração: ~RM = ~FM + ~PM = mM~aM c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 9 A força ~FM é causada pela corda, ou seja, é consequência da tração na corda: ∣∣∣~FM ∣∣∣ = FM = T . O peso do macaco é ~PM = mM~g, logo, representando em termos de um vetor unitário na vertical para cima temos: T −mMg = mMaM (1) Na caixa temos: ~RC = ~FC + ~N + ~PC Novamente ~FC é causado pela corda: ∣∣∣~FC ∣∣∣ = FC = T e ~PC é o peso da caixa: RC = T +N −mCg Quando a caixa se levanta do solo temos N = 0. Para que a caixa seja suspensa ou acelerada para cima devemos ter: RC ≥ 0, ou seja: T −mCg ≥ 0 T ≥ mCg Isso nos diz que para que a caixa seja suspensa, a tração na corda deve ser no mínimo igual ao peso da caixa, o que faz todo o sentido. Retornando para a equação do movimento3 do macaco, Eq.1: mMaM +mMg = T mM (aM + g) ≥ mCg aM ≥ mC mM g − g aM ≥ ( mC mM − 1 ) g Esta equação nos diz que caso o macaco seja mais leve do que a caixa, ele deve subir pela corda com uma dada aceleração mínima para conseguir levantar a caixa. Caso o macaco seja mais pesado do que a caixa, notamos que o valor mínimo de aM passa a ser negativo. Interpretamos este resultado dizendo que o macaco não precisa ter aceleração nenhuma para erguer a caixa, bastando então puxar a corda para baixo. b) se, após levantar a caixa, o macaco parar de subir e ficar agarrado à corda, qual será a sua aceleração? 3Equações do movimento são equações, geralmente diferenciais, que relacionam as variáveis dinâmicas (posições, velocidades, etc) dos elementos do sistema com o tempo. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 10 Neste caso a caixa já está suspensa, logo não há força normal na caixa. Como eles estão presos a uma corda inextensível eles possuem o mesmo módulo de aceleração: aM = aC = a. Assumiremos que a caixa é mais pesada que o macaco para podermos orientar os vetores. Para o macaco temos: T −mMg = mMa Para a caixa temos: T −mCg = −mCa Subtrindo a segunda equação da primeira obtemos: T −mMg − T − (−mCg) = mMa− (−mCa) (mC −mM) g = (mM +mC) a a = (mC −mM)(mM +mC)g (2) Perceba que caso o macaco tenha a mesma massa da caixa eles estarão em equilíbrio, não havendo aceleração alguma no sistema. Perceba ainda que se o macaco for mais pesado que a caixa, a aceleração torna-se negativa. Isso nos diz que na verdade o sistema se moverá no sentido contrário ao que desenhamos no início. c) qual será a tensão na corda? Agora que encontramos aaceleração de cada corpo do sistema nós conhecemos a resultante sobre cada corpo do sistema. Usando a Eq.1 juntamente com o resultado Eq.2 obtemos: T = mMa+ PM = mM (mC −mM) (mM +mC) g +mMg = mMg ( mC −mM +mM +mC mM +mC ) T = 2mCmM mM +mC g Exercício 5 Uma corrente flexível uniforme, cuja massa por unidade de comprimento é λ, passa por uma pequena roldana sem atrito e de massa desprezível. Ela é liberada da posição de repouso, em que pende para um lado com um comprimento h e para o outro com comprimento l − h. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 11 a) determine a aceleração para um dado h; A força resultante é a responsável pelo movimento da corrente. Para obtê-la precisamos obter a força que atua de cada lado suspenso da corrente. Lado esquerdo da corrente Cada "gomo" de comprimento dh′ tem uma massa dm = λdh′. Em cada um desses gomos age uma pequena força peso dada por: d~P = ~gdm = ~gλdh′ Precisamos somar todo o peso do lado esquerdo da corrente para encontrar a força que puxa a corrente para o lado esquerdo da roldana: ~Pesq = ˆ esquerdo d~P = ˆ h 0 ~gλdh′ = ~gλh Pois ~g é constante e sai para fora da integral. Lado direito da corrente Da mesma forma que feito anteriormente encontramos a força total que puxa a corrente pelo lado direito da roldana4: ~Pdir = ˆ direito d~P = ˆ l−h 0 ~gλdh′ = ~gλ (l − h) Cálculo da aceleração O movimento é tal que todos os gomos possuem a mesma velocidade e aceleração em um dado instante de tempo, pois estão ligados. O movimento é puramente unidimensional e podemos imaginar a corrente de uma forma mais simples como: 4O fato de a gravidade ser aproximadamente constante na superfície da Terra nos permite obter os resultados anteriores de forma mais simples. Lado esquerdo da corrente: A massa suspensa do lado esquerdo é de Me = λh. O peso desse pedaço da corrente é ~Pe = ~gMe = ~gλh. Lado direito da corrente: A massa suspensa do lado direito é de Md = λ (l − h). O peso desse pedaço da corrente é ~Pd = ~gMd = ~gλ (l − h). Se a gravidade variasse muito com a altura (caso a corrente fosse muito longa) o correto seria usarmos a integral, considerando desta forma as variações na gravidade. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 12 Onde supomos que h < l/2. Sendo assim temos5 R = Pd − Pe = gλ (l − h)− gλh = gλ (l − 2h) A aceleração é portanto: R = Ma a = R M = gλ (l − 2h) λl = g ( 1− 2h l ) b) calcule a velocidade com que a corrente abandona a roldana. A expressão anterior é a aceleração aplicada sobre a corrente no momento inicial. Essa acele- ração muda enquanto a corrente escorrega pela roldana pois temos forças diferentes aplicadas de cada lado em cada instante de tempo. Desenhando um eixo e descrevendo a posição da corrente através da posição do seu último gomo temos: Perceba que h é um valor fixo, uma condição inicial do movimento. De forma análoga l é fixo, uma constante do problema. A variável aqui nós chamamos de x, ela que irá descrever o movimento da corrente: x = x (t). De acordo com a origem que escolhemos podemos obter uma expressão para a aceleração instantânea em função da posição x notando que: Assim: R = Fd − Fe = gλ (l − h+ x)− gλ (h− x) 5Note que o pedaço de corrente de comprimento h do lado esquerdo equilibra um pedaço de corrente de com- primento h do outro lado. O que resta é um pedaço de corrente de comprimento l− 2h do lado direito para causar o desequilíbrio.c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 13 R = gλ [l − 2 (h− x)] e portanto: a (x) = g [ 1− 2 l (h− x) ] Note que essa expressão só vale enquanto a corrente estiver em contato com a roldana: − (l − h) ≤ x ≤ h Vamos agora obter a velocidade do último gomo quando ele atinge x = h (a corrente se solta da roldana). Para isso precisamos partir da expressão para a aceleração em função da posição e relacioná-la com a velocidade. Notemos que6: a (t) = dv (t)dt = dv (x) dx dx (t) dt = dv (x) dx v (t) Ou seja, vdv = a (x) dx Esta manipulação7 é muito importante pois nos permite encontrar o Teorema do Trabalho- Energia Cinética, que veremos no capítulo 7. Integrando a expressão de v0 = 0 até vf do lado esquerdo e, correspondentemente, de x = 0 até x = h do lado direito obtemos: ˆ vf 0 vdv = ˆ h 0 a (x) dx v2 2 ∣∣∣∣∣ vf 0 = ˆ h 0 g [ 1− 2 l (h− x) ] dx v2f 2 − 0 = g [ x− 2 l ( hx− x 2 2 )]∣∣∣∣∣ x=h x=0 6Aqui usamos a regra da cadeia. Perceba que v (t) não é funcionalmente igual a v (x). Suponha que x (t) = 2t2 e que v (t) = 4t. Concluímos que v (x) = 2 √ 2x. Quando t = 1 temos x (1) = 2 e v (x = 2) = 4, o mesmo que v (t = 1) = 4. Perceba que nesta notação que estamos usando não basta escrever apenas v (1), pois não sabemos se devemos usar a função v (x) ou a função v (t) junto com o argumento 1. A aceleração é calculada como a (t) = dv(t)dt = 4. Usando a expansão que fizemos no texto temos também: a (t) = v (t) dv (x)dx = (4t) d dx ( 2 √ 2x ) = (4t) 2 √ 2 ( 1 2 1√ x ) = (4t) (√ 2 1√ 2t2 ) = 4 Exatamente o mesmo resultado, como seria de se esperar. 7Outra forma de se deduzir esta expressão é pensar em um ∆x muito pequeno, no qual a aceleração pode ser considerada constante, e usarmos a equação de Torricelli para obtermos: a∆x = v 2 f−v2i 2 . Como a velocidade varia muito pouco escrevemos vf = vi + ∆v, obtendo a∆x = (vi+∆v) 2−v2i 2 = 2vi∆v+∆v2 2 ≈ vi∆v quando ∆v → 0, juntamente com ∆x→ 0. c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com 14 v2f 2 = g ( h− h 2 l ) vf = √√√√2gh( l − h l ) Notemos que em uma situação em que h = l2 (corrente meio a meio - e um sopro de leve desequilibra o sistema), teríamos: vf = √√√√2g ( l4 ) A mesma velocidade que obteríamos caso fosse considerada a conservação de energia, pensando em toda a massa como estando no Centro de Massa (CM) do sistema. Neste caso o CM desce apenas l4 e no instante final ele possui a mesma velocidade que todos os gomos da corrente. Pela conservação de energia (que veremos no capítulo 8) teríamos: M v2f 2 = Mg l 4 → vf = √√√√2g ( l4 ) c©2015 Resolvido por Douglas D. Souza. Para aulas particulares na UNICAMP: delgadosouza@gmail.com
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