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RESUMO DEFESA

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RESUMO DEFESA
- Imunologia: Estudo dos mecanismos de defesa do organismo contra agentes infecciosos (bactérias, fungos, parasitas e vírus) e outras substâncias estranhas (metais pesados, agentes tóxicos) presentes no ambiente.
- Função do sistema imune: defesa contra microorganismos e substâncias estranhas, células neoplásicas e limpeza do organismo.
O sistema imune trabalha por interação celular, através de receptores ou por sinais químicos.
MO = Microorganismos
O sistema imunológico baseia-se nas relações Antígeno-Anticorpo.
- Antígenos (Ag) - Substância estranha que induz uma resposta imune por causar uma produção de anticorpos e ou linfócitos sensibilizados que reagem especificamente com a substância; imunógeno.
- Anticorpo (Ac) - Também chamados de imunoglobulinas, são proteínas produzidas pelos linfócitos B que reconhecem antígenos e se ligam especificamente com eles e interagindo com outras células do sistema imune, servindo como um adaptador. Existem cinco classes de anticorpos: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE.
O sistema imune fornece mecanismos de defesas específicas contra uma variedade de substâncias estranhas ao nosso corpo chamadas de antígenos. Estes antígenos podem ser vírus, células (como células sanguíneas, células de bactérias e células de fungos) ou moléculas de proteínas. O sistema imune é uma organização complexa de tecidos, células, produtos de células e mediadores químicos biologicamente ativos e todos interagem para produzir a resposta imune.
As respostas imunes podem ser adaptativas ou inatas: as respostas adaptativas reagem melhor cada vez que encontram um determinado patógeno e a resposta inata, ao contrário da adaptativa, sempre dá a mesma resposta mesmo quando é exposta várias vezes ao patógeno. Os fagócitos coordenam as respostas inatas e os linfócitos coordenam as respostas imunes adaptativas.
- Sistema imune INATO: grupo de células responsável por uma resposta mais rápida, porém inespecífica e sem memória imunológica. A principal reação do sistema imune inato é a resposta inflamatória.
Quando um microorganismo invade o organismo, um grupo de células fagocitárias vai tentar destruí-los através da fagocitose. Estas células são um grupo de leucócitos: monócitos, macrófagos e neutrófilos. Este tipo de reconhecimento é inespecífico, pois as células fagocitam vários tipos de microorganismos e compreendem a primeira linha de defesa.
- Sistema imune ADAPTATIVO: envolve células mais diferenciadas (linfócitos), tem resposta mais lenta, porém específica e tem memória imunológica. O sistema imune adaptativo é responsável por reconhecer o que é próprio ou não do organismo, e possui autolimitação.
**Autolimitação: um grupo de células responde a um microorganismo específico, para obter resposta a outro microorganismo, é necessário estimular outro grupo, e assim por diante. Ex. V10.
A resposta imune reconhece e relembra diferentes antígenos. A imunidade específica (adaptativa) é caracterizada por três propriedades:
1. Reconhecimento: O reconhecimento refere-se à habilidade do sistema imune de reconhecer diferenças em um número muito grande de antígenos e distingui-los.
2. Especificidade: A especificidade refere-se à habilidade de dirigir uma resposta a um antígeno específico.
3. Memória: Memória é a referência à habilidade do sistema imune de lembrar-se de um antígeno muito tempo depois de um contato inicial.
A resposta imune adaptativa é específica e conta com os linfócitos, que reconhecem especificamente o patógeno invasor. Existem vários tipos de linfócitos que são agrupados em duas categorias:
- linfócitos B: que produzem anticorpos que se ligam ao antígeno.
- linfócitos T: que estão envolvidos na produção de linfócitos B e auxiliam na fagocitose. Existem vários tipos de interação entre os linfócitos e fagócitos.
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO
As células do Sistema Imune surgem no mesoderma, nas duas primeiras semanas de vida embrionária, e são denominadas células-tronco hematopoiéticas (ou do inglês hematopoiétic stem cells). Estas células migram para o fígado fetal, onde ocorre a maior produção durante o desenvolvimento do feto. No início são produzidas hemácias e plaquetas, e os leucócitos aparecem a partir do quinto mês de gestação. Posteriormente as células-tronco hematopoiéticas migram para a medula óssea em desenvolvimento e na ocasião do nascimento praticamente todo o espaço medular já está preenchido pelas células-tronco hematopoiéticas. A atividade hematopoiética da maioria dos ossos começa a declinar, e após a puberdade a atividade restringe-se apenas aos ossos chatos.
As células-tronco hematopoiéticas dão origem a dois precursores (progenitores), um mieloide e outro linfoide.
- precursor mieloide: é responsável pela produção e renovação das hemácias, das plaquetas, dos basófilos, dos mastócitos, dos eosinófilos, dos neutrófilos, dos monócitos e das células dendríticas.
- precursor linfoide: está responsável pela produção e renovação dos linfócitos T, dos linfócitos B e das células Natural Killer (NK).
Todas as células do sistema imune se originam a partir da Célula Tronco Pluripotente.
- Mediadores Químicos: são responsáveis pelas respostas biológicas das células imunes e estão envolvidos no crescimento, na mobilidade, na diferenciação e principalmente na função desempenhada pela célula. Ex. Citocinas.
- Citocinas: As citocinas são proteínas secretadas por células não imunes, e principalmente por células imunes, os leucócitos. Medeiam e regulam as reações imunes e inflamatórias. Embora elas sejam diferentes, algumas citocinas podem compartilhar das mesmas propriedades.
	Sistema Imune Inato
	Sistema Imune Adaptativo
	Monócito
	Linfócito T auxiliares
	Basófilo
	Linfócito T cititóxicos
	Eosinófilo
	Linfócito B
	Neutrófilo
	
	Mastócito
	
	Macrófago
	
	Natural Killer
	
	Células dendríticas
	
GLÓBULOS BRANCOS: LEUCÓCITOS (células brancas)
Monócito
Linfócito
Basófilo
Eosinófilo
Neutrófilo
As principais células que participam do sistema imune são os leucócitos, também chamados de glóbulos brancos do sangue, que são originados na medula óssea e são responsáveis pela destruição de corpos estranhos que invadem nosso organismo. Existem vários tipos de leucócitos, que podem ser classificados de acordo com sua morfologia nuclear: 
Mononucleares:
linfócitos T
linfócitos B
células exterminadoras ou natural killer
monócitos
macrófagos
células dendríticas.
Polimorfonucleares: células que tem variação na sua composição nuclear. 
Neutrófilos – 55 a 60%
Eosinófilos – 2 a 3%
Basófilos - < de 1% 
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE INATO
- Monócito: também podem ser classificados como fagócitos, por serem capazes de fagocitar (englobar) e destruir antígenos (invasores), ou ainda podem ser denominados células apresentadoras de antígenos, por serem capazes de expor, em sua superfície, fragmentos de antígenos fagocitados para serem reconhecidos por linfócitos. Têm a capacidade de migrar dos vasos sanguíneos para os tecidos, onde podem atuar no combate aos agentes invasores, após migrarem para os tecidos, são diferenciados em macrófagos.
- Basófilo: Os basófilos são granulócitos encontrados no sangue em pequena quantidade, variando entre 0 a 1% dos leucócitos. Esta célula é grande, com núcleo volumoso, geralmente em forma de “S” e possui grânulos grandes no citoplasma. Tem função semelhante a dos mastócitos, possui os mesmos mediadores nos seus lisossomos, e possui também receptores de IgE. Participa de reações alérgicas da mesma forma que os mastócitos. A diferença básica entre os basófilos e os mastócitos está no fato de os basófilos serem encontrados no sangue (não típico do tecido conjuntivo) e da estrutura morfológica.
Célula envolvida nas reações de hipersensibilidade imediata, acredita-se que também participam de processos alérgicos; produzem histamina e heparina. Compõem o menor grupo das células polimorfonucleares envolvidas no sistema imune. São responsáveis por sinalização químicano momento da resposta imunológica. É uma célula degranuladora: cheia de grânulos que contém histaminas, que ajudam a promover vasodilatação.
	- Possui forma esférica e núcleo irregular.
	- Tamanho 10 a 15 micrometros.
	
- Eosinófilo: Os eosinófilos são muito menos numerosos do que os neutrófilos, constituindo apenas 2-3% do total de leucócitos. Seu núcleo, em geral, é bilobulado. O citoplasma dos eosinófilos é quase inteiramente ocupado por grânulos específicos. O retículo endoplasmático, as mitocôndrias e o aparelho de Golgi são pouco desenvolvidos. Através de proteína básica e outras, os eosinófilos participam da defesa contra os parasitas, como, por exemplo, o Schistosoma mansoni e o Trypanosoma cruzi. Tanto nas parasitoses como nos casos de alergia, aumentam o número de eosinófilos no sangue (eosinofilia).
Os eosinófilos não são células especializadas para a fagocitose de microorganismos. Sua atividade defensiva é realizada pela liberação do conteúdo de seus grânulos para o meio extracelular e pela fagocitose de complexo antígeno-anticorpo. 
	- Respondem a estímulos quimiotáticos.
	- Combatem parasitas.
	- Presentes em processos alérgicos.
É a célula usada para identificar através do esfregaço sanguíneo a espécie animal, por apresentar diferenças marcantes entre essas. O eosinófilo se cora pela eosina (granulações acidófilas).
- Neutrófilo: constituem cerca de 70% dos leucócitos sanguíneos, sendo assim os leucócitos mais abundantes. São células sanguíneas leucocitárias  responsáveis pela defesa do organismo, sendo sempre as primeiras a chegarem às áreas de inflamação. Possuem um núcleo formado por dois a cinco lóbulos, sendo mais comuns três.
Exercem, basicamente, a função de defesa através do processo de fagocitose. Em outras palavras, significa que estas células possuem a capacidade de englobar e digerir partículas estranhas. Quando detectam a presença de invasores no organismo, ou até mesmo moléculas produzidas por tecidos danificados.
São importantes células fagocitárias e têm a capacidade de migrar dos vasos sanguíneos para os tecidos, onde podem atuar no combate aos agentes invasores.
	- Tamanho de 9 a 12 micrometros.
	- O citoplasma possui granulações específicas.
- Mastócito: presente somente nos tecidos é uma célula degranuladora, seus grânulos secretores são elétron-densos, heterogêneos e contêm mediadores químicos como a histamina  e glicosaminaglicanas. Os mastócitos colaboram com as reações imunes e têm um papel fundamental na inflamação, nas reações alérgicas e na expulsão de parasitas.
- Macrófago: O macrófago é uma célula derivada de um tipo de leucócito, o monócito, que é formado na medula hematopoiética. Os monócitos circulantes saem do sangue atravessando a parede dos vasos sanguíneos e se estabelecem no tecido conjuntivo. No tecido conjuntivo se transformam em macrófagos.
Além de fagocitar, o macrófago tem uma enorme importância no desenrolar da resposta imunitária produzindo e secretando um grande número de moléculas que, entre outras funções:
- atraem outras células para um local em que esteja ocorrendo uma reação inflamatória
- regulam o funcionamento de células envolvidas na resposta imunitária
- podem induzir a produção aumentada de células envolvidas em uma resposta inflamatória e/ou imunitária.
São células pertencentes ao tecido conjuntivo, de grande dimensão, possuindo características morfológicas variáveis que depende de seu estado de atividade funcional e do tecido que habitam.
Também podem ser classificados como fagócitos, por serem capazes de fagocitar (englobar) e destruir antígenos (invasores), ou ainda podem ser denominados células apresentadoras de antígenos, por serem capazes de expor, em sua superfície, fragmentos de antígenos fagocitados para serem reconhecidos por linfócitos.
Os macrófagos são células de altíssimo poder fagocitário. O interferon gama* produzido por linfócitos T helper estimula a fusão dos lisossomos com o fagossomo para que haja a digestão intracelular.
O macrófago faz a ligação entre o Sistema Imune inato e o Sistema Imune Adaptativo.
- Natural Killer: Células NK (natural killer) são parte do sistema imune inato. Destroem células infectadas por vírus induzindo-as a sofrer apoptose. As células NK não expressam receptores de antígenos, que permitem reconhecer proteínas virais na superfície das células infectadas, elas monitoram o nível de proteínas MHC (major histocompatibility complex) classe I, que são expressadas na superfície da maioria das células de vertebrados.  A presença destas proteínas em níveis altos inibe a atividade citolítica das células NK. As células NK seletivamente matam células que estão expressando estas proteínas em nível baixo, o que ocorre tanto em células infectadas por vírus como em células tumorais.
Apesar de as células NK não expressarem nenhuma molécula específica para antígenos, elas são altamente eficientes em reconhecer e exterminar as células que apresentam alterações ou que estão infectadas por vírus.
- Células dendríticas: Estas células se originam de precursores provenientes da medula óssea, sendo possível que derivem dos monócitos. Elas estão presentes em muitos órgãos, são abundantes nos órgãos linfóides nos locais ricos em linfócitos T e, na pele recebem o nome de células de Langerhans. São consideradas células imunoestimuladoras, pois além de apresentarem os antígenos às células T, elas são capazes de estimular células T que ainda não entraram em contato com qualquer antígeno (células T- naïve). 
Células dendríticas são levadas pelo sangue para muitos órgãos não linfáticos, onde elas se alojam, ainda numa forma imatura. Essas células dendríticas imaturas se caracterizam por sua grande capacidade de capturar e processar antígenos, porém têm pequena capacidade para estimular células T. A inflamação induz a maturação das células dendríticas que, então, migram pelo sangue ou pela linfa, indo para os órgãos linfáticos periférico. 
São especializadas na captura e na apresentação de antígenos para os linfócitos T. As células dendríticas imaturas migram do sangue para residirem nos tecidos e realizam tanto a fagocitose quanto a micropinocitose. Após o encontro com um patógeno, maturam rapidamente e migram para os nódulos linfáticos, onde encontram o ambiente adequado para a apresentação de antígenos.
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE ADAPTATIVO
- linfócitos: são as células-chave no controle da resposta imune, e compõem 20% a 30% dos leucócitos circulantes no sangue dos adultos. Divididos em linfócitos T e linfócitos B, são capazes de reconhecer especificamente os antígenos, diferenciando-os dos componentes próprios do organismo.
Os linfócitos T podem ser classificados em citotóxicos (CD8) ou auxiliares (CD4):
- linfócitos T citotóxicos: são importantes no combate à infecção viral, uma vez que têm a capacidade de reconhecer e destruir células infectadas por vírus.
- linfócitos T auxiliares: exercem papel central no controle e desenvolvimento da resposta imune.
Estas células podem ser ativadas pelo reconhecimento de corpos estranhos (antígeno) apresentados por células apresentadoras de antígenos. Após este reconhecimento, os linfócitos são ativados e induzidos a produzir proteínas, como as citocinas, que agem na ativação de outras células do sistema imune.
- linfócitos B: componentes do sistema imune ativados pelos linfócitos T auxiliares durante o processo de apresentação de antígenos. Estas células estão geneticamente programadas para codificar receptores específicos para um determinado antígeno. Uma vez ativadas, as células B passam a se chamar Plasmócito e produzem e secretam, na forma solúvel, uma enorme quantidade de moléculas receptoras, que são conhecidas como anticorpos ou imunoglobulinas.
Sistema imunológico em ação
Um agente invasor, ao entrar no organismo, gera um mecanismo de defesa, a resposta imune. As substâncias invasoras são detectadas pelos macrófagos, que irão atuar em sua digestão parcial e na comunicação aos demais componentes do sistemaimune da invasão sofrida, para que essas substâncias sejam totalmente destruídas e eliminadas. Após a atuação dos macrófagos, os linfócitos T auxiliadores entram em ação, ligando-se aos antígenos invasores. Este processo estimula a produção, pelos leucócitos, de compostos denominados interleucinas, que atuarão na ativação e estímulo para a produção de mais linfócitos T auxiliadores. Estes novos linfócitos intensificarão o combate aos antígenos e liberarão outros tipos de interleucinas, que estimularão a produção de linfócitos T matadores e linfócitos B. Depois de estimulados, estes linfócitos se multiplicam até que os antígenos sejam desativados e eliminados.
Parte dos linfócitos produzidos é armazenada, estes são um tipo de linfócito especial, denominados de células de memória. Estas guardam durante anos, ou pelo resto da vida, a capacidade de reconhecer agentes infecciosos com os quais o organismo já se deparou. Havendo um novo ataque por agentes conhecidos, as células de memória são estimuladas a se reproduzir, dando início ao processo de defesa do organismo, em um curto intervalo de tempo.
Conceitos relacionados com Imunologia
1-Agente infeccioso: Qualquer ser capaz de originar infecção.
2-Alérgeno: antígeno que reage especificamente com um tipo específico de anticorpo reagina IgE)
3-Anticorpos: moléculas sintetizadas após um estímulo antigênico, dotadas de alta especificidade para antígeno.
4-Antígenos: moléculas que quando introduzidas em um indivíduo, estimulam a síntese de anticorpos capazes de interagir com ele através dos sítios de combinação.
5-Estudo da Resposta Imune: estudo de mecanismos pelo qual um organismo tem capacidade de reconhecer, neutralizar, metabolizar e eliminar as substâncias heterólogas, assim como tornar-se resistente a reinfecção.
6-Infecção: é a implantação, crescimento e proliferação de seres agressores no organismo hospedeiro, acarretando-lhe prejuízo.
7-Infecciosidade: característica de um agressor que tem poder de infectar.
8-Inflamação: reação de defesa de um tecido em relação à presença de um agente agressor.
9-Haptenos: grupamentos químicos que, por si só, são muito pequenos para estimular uma resposta imune, mas reagem com os anticorpos.
10-Moléculas Carregadoras: proteínas imunogênicas que se ligam aos haptenos, tornando-os imunogênicos.
11-Patogenicidade: capacidade que tem o agente agressor de causar doença.
12-Poder Imunogênico: Poder do agressor de ser perceber e desencadear a resposta imune no organismo hospedeiro.
13-Vacinação: método de estimular a imunidade para uma doença infecciosa através da inoculação de um microorganismo ou seus produtos.
14-Virulência: Capacidade de produzir doença grave ou fatal.
ÓRGÃOS LINFÓIDES
Existem diversos locais onde há produção de células linfóides maduras que vão agir no combate a agressores externos. Alguns órgãos linfóides se encontram interpostos entre vasos sanguíneos e vão dar origem a células brancas na corrente sanguínea. Outros estão entre vasos linfáticos, e vão filtrar a linfa e combater antígenos que chegam até eles por essa via. Outros ainda podem ser encontrados fazendo parte da parede de outros órgãos, ou espalhados pela sua mucosa. Os tecidos linfóides são classificados em primários e secundários.
Primários: representam o local onde ocorrem as principais fases de amadurecimento dos linfócitos. O timo e a medula óssea são tecidos primários, pois é o local onde amadurecem os linfócitos T e B respectivamente. Os tecidos primários não formam células ativas na resposta imune, formam até o estágio de pró-linfócitos.
- Timo: O timo é um órgão linfático que se localiza no tórax, anterior ao coração. A função do timo é promover a maturação dos linfócitos T que vieram da medula óssea até o estágio de pró-linfócitos que vão para os outros tecidos linfoides, onde se tornam ativos para a resposta imune. Porém, o timo também dá origem a linfócitos T maduros que vão fazer o reconhecimento do organismo para saber identificar o que é material estranho ou próprio do organismo. Outra função importante do timo é a produção de fatores de desenvolvimento e proliferação de linfócitos T, como a timosina alfa, timopoetina, timulina e o fator tímico humoral. Estes fatores vão agir no próprio timo (hormônios parácrinos) ou agir nos tecidos secundários (hormônios endócrinos), onde estimulam a maturação completa dos linfócitos.
- Medula Óssea: A medula como órgão linfóide primário é capaz de formar pró-linfócitos que vem das células totipotentes. O Pró-linfócito não é capaz de realizar uma resposta imune, então se dirige aos órgãos secundários para se desenvolver. A célula multipotente mielóide e linfoblastos T irão ao timo para formar linfócitos T.
Secundários: são os que efetivamente participam da resposta imune, seja ela humoral ou celular. As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, que migraram pela circulação e atingiram o tecido. Neles estão presentes os nodos linfáticos difusos, ou encapsulados como os linfonodos, as placas de Peyer, tonsilas, baço e medula óssea.
- Linfonodos: são órgãos pequenos em forma de feijão que aparecem no meio do trajeto de vasos linfáticos. Estes órgãos desempenham papel na defesa do organismo, sintetizando anticorpos. Os linfonodos  funcionam como “filtro” da linfa, retirando, da mesma, partículas estranhas, como células neoplásicas e agentes patogênicos (como vírus e bactérias), antes da linfa retornar ao sistema circulatório sanguíneo. Já que os linfonodos são encontrados em todo o organismo, a linfa passa por pelo menos um linfonodo, antes de retornar ao sangue. Quando estas invadem o linfonodo, inicia-se um mecanismo de defesa, impedindo que a partícula estranha continue seu trajeto. Para que a defesa seja incrementada, ocorre liberação de substâncias quimiotáxicas, responsáveis por atrair linfócitos e macrófagos para o local em questão, resultando em um gânglio linfático infartado e doloroso (linfonodomegalia).
- Baço: é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa. É o maior órgão linfático secundário do organismo e tem como função imunológica, a liberação de linfócitos B, T, plasmócitos, e outras células linfóides maduras e capazes de realizar uma resposta imune para o sangue e não para a linfa.
- Tonsilas e Placas de Peyer: As tonsilas são aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de epitélio. As tonsilas eram conhecidas como amigdalas, e estão localizadas na cavidade bucal (tonsilas palatinas) próximas ao arco palatofaríngeo, na parte posterior da língua (tonsilas linguais), e na parte posterior da nasofaringe encontramos as tonsilas faríngeas. As Placas de Peyer também são aglomerados de nódulos linfáticos localizados principalmente na mucosa do íleo abaixo das glândulas de Leiberkühn, mas podem atingir a submucosa se a muscular da mucosa estiver dissociada.
A função mais característica das tonsilas e das placas de Peyer é a produção de plasmócitos que secretem IgA-secretória para a mucosa, protegendo a mucosa da agressão de micróbios que fazem parte da microbiota normal ou micróbios patogênicos que possam vir junto com os alimentos.
Resumindo:
Os tecidos linfóides são classificados como:
- órgãos linfóides primários: onde os linfócitos primeiramente expressam os receptores de antígenos e atingem a maturidade fenotípica e funcional.
- órgãos linfóides secundários: onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e se desenvolvem.

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