BASES DA CRIAÇÃO ANIMAL

Prévia do material em texto

BASES DA CRIAÇÃO ANIMAL 
 
1. Qualidade da água 
Temperatura: 
• Afeta o desenvolvimento e a vida dos animais: reprodução, alimentação, defesa imunológica; 
• Os animais aquáticos são ectotérmicos (Ectotérmicos são animais cuja temperatura do corpo 
varia, de acordo com a temperatura do ambiente onde se encontram.). 
• Oxigênio dissolvido (OD) x Temperatura = quanto mais alta a temperatura da água, menor 
será o OD disponível para os animais; 
• Temperatura elevada aumenta o metabolismo 
• Temperatura média ideal 20 – 28°C 
• Apetite máximo será entre 24 – 28°C; 
• 20 – 24°C alimentação normal 
• < 20°C = redução rápida no consumo; 
• Mensuração: Termômetro de Mercúrio 
 
Transparência: 
• Relacionada com a quantidade de matéria orgânica, plâncton, materiais em suspensão 
(decorrentes das chuvas) presente na água; 
• Transparência ideal (piscicultura) = 40 a 60 cm; 
• Transparência > 60 cm = baixa produção biológica (alimento natural); 
• Transparência < 40 cm indica excesso de matéria orgânica e consequente redução dos níveis 
de OD. 
• Excesso de partículas de argila 
• Mensuração: Disco de Secchi - fita métrica é presa ao disco e este é mergulhado na água = 
mede-se a profundidade máxima em que o disco consegue ser visto com clareza; 
 
Oxigênio Dissolvido: 
• Contato e penetração direta do ar atmosférico na água = mistura mecânica (ventos); 
• Fotossíntese de macrófitas e fitoplâncton - Durante o dia, as algas fabricam Oxigênio, 
havendo quantidades suficientes desse gás para respiração de todos os peixes. Mas, durante 
a noite, as algas, além de não produzirem Oxigênio, ainda consomem, juntamente com os 
outros seres vivos. Por isso, quando os peixes procuram a superficie nas primeiras horas da 
manhã, é sinal de que a água do viveiro está com pouco Oxigênio Dissolvido. Neste caso, 
deve-se deixar o fluxo de água durante a noite para garantir a aeração da água de todo o 
viveiro. 
• Solução: - Aeradores, elevar a vazão de água, redução da alimentação artificial; 
• A temperatura da água tem grande influência na quantidade de Oxigênio Dissolvido: 
 - Quanto mais baixa for a temperatura, mais rico em Oxigênio será o meio aquático. 
 - Quanto mais alta for a temperatura, menor será a quantidade de Oxigênio na água. 
• O controle deve ser feito pela manhã, Porque durante a noite todos os organismos do viveiro 
(peixes, algas, microrganismos, plâncton, etc.) consomem O2; 
 
Gás Carbônico: 
• Pode causar problemas de asfixia; 
• Altas concentrações de CO₂ ocorrem, particularmente, em tanques após morte maciça de 
fitoplâncton ou em dias nublados. 
 
pH – Potencial Hidrogênionico: 
• Definido como uma medida que expressa acidez ou a alcalinidade de uma solução e, além de 
ser influenciado pelas concentrações de íons H+ e OH-, também é afetada fortemente por 
sais, ácidos e bases que ocorram no meio; 
• Ex: peixes geralmente vivem em pH na faixa de 5,0 a 9,5 
• pH ótimo na faixa de 7,0 a 8,0 (neutro ou ligeiramente alcalino); 
• Variação brusca de 8,5 a 6,5 pode ser fatal; 
• Mensuração: pH - metro 
 
Alcalinidade: 
• É capacidade da água de neutralizar ácidos; 
• Refere-se à concentração total de sais na água, sendo expressa em equivalentes de 
carbonato de cálcio (CaCO3), bicarbonato (HCO3), hidroxila (OH), sais orgânicos entre outros 
que são capazes de neutralizar íons H+; 
• Para tanques de piscicultura são desejáveis valores de alcalinidade acima 20mg/l, sendo que 
valores entre 200 a 300mg/l são os mais indicados. 
 
Dureza da água: 
• Pode ser definida como sua capacidade de resistir as mudanças de pH durante o transcorrer 
do dia; 
• É importante dizer que mesmo correlacionadas, dureza e alcalinidade, não significa que 
sempre que tivermos uma água muito alcalina ela terá alta dureza. 
• Refere-se à presença de sais de Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) na água. 
• A importância de se medir a Dureza está no fato de que, se a água apresentar valores 
inferiores a 20 mg/L, as células das algas que compõe o Fitoplâncton não conseguem se 
formar por falta de nutrientes (Cálcio e Magnésio). 
 
2. Escrituração Zootécnica 
Definição: registro de todos os eventos que ocorrem no grupo de animais, sistematicamente. 
Envolve desde a anotação dos nascimentos dos animais até seu desempenho produtivo e 
reprodutivo; 
Captação de informações sobre o desempenho produtivo, reprodutivo, comportamental, bem como 
procedimentos de manejo implantados e afecções apresentadas pelos animais; 
 
Utilização rotineira: torna possível gerar relatórios que comprovam o desempenho: escolha dos 
melhores animais; utilizado para determinação dos parâmetros Zootécnicos da Criação Animal. 
 
Importância: sem avaliação dos dados catalogados não há possibilidade de análise confiável da 
produção dos animais, bem como acurácia na seleção de indivíduos. 
Deve ser atualizada e analisada constantemente = facilitação para adequação de manejo das 
culturas; 
 
 
 
Importante ferramenta para avaliação: 
- manutenção do bem-estar animal 
- capacidade geradora de renda = otimização e maximização da produção; 
 
Dependente do objetivo da produção: venda de crias, leite, carne, ovos, couro, pêlo, lã, entre 
outros; 
 
Formas de mensuração: ganho de peso (GPD), Eficiência reprodutiva, persistência e produção 
leiteira, prolificidade, taxa de natalidade, conversão alimentar (CA), precocidade, etc;