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Sistemas Digitais Introdução aos Circuitos Elétricos 1 http://www.sandroalex.info Laboratório de Técnicas Digitais Introdução aos circuitos elétricos Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações Tocci, Ronald J. 8ª edição; São Paulo: Prentice Hall, 2003 ISBN: 85-87918-20-6 Elementos de Eletrônica Digital Capuano, Francisco G. 40ª edição; São Paulo: Editora Érica, 2008 2 Livros adotados Introdução aos circuitos elétricos Portas Lógicas e Álgebra Booleana Circuitos Integrados – Família Simplificação de Circuitos Circuitos Combinacionais Circuitos Sequenciais Circuitos Programáveis 3 Guia do curso Introdução aos Circuitos Elétricos Sistemas Digitais 4 http://www.sandroalex.info Laboratório de Técnicas Digitais Introdução aos circuitos elétricos Mostrar os componentes de um circuito elétrico e a conexão entre eles Dar uma visão concreta dos componentes discretos que compõem qualquer circuito digital, explorando os princípios básicos (conceitual) de seu funcionamento 5 Metas da unidade Elementos básicos Tensão, corrente, resistência, resistor, potência e circuito elétrico Tipos de materiais Condutores, isolantes, semicondutores, dopagem, elétrons, lacunas, junção, depleção e polarização Transistor Bipolar (BJT), unipolar (FET), tipos de canais, atuações, aplicações e 3D Agenda 6 Elementos básicos Introdução aos Circuitos Elétricos Sempre que há uma diferença de potencial (d.d.p.) existe uma tensão tendendo a reestabelecer o equilíbrio Demonstração com sistema hidráulico 8 Tensão Elétrica (U) (1) Em desequilíbrio (2) Equilibrado válvula válvula Em dois corpos com cargas elétricas diferentes haverá uma d.d.p. elétrico entre eles Um corpo fica eletrizado sempre que há modificação na estrutura dos seus átomos 9 Tensão Elétrica (U) – Cont. A unidade de medida para o valor da tensão da d.d.p. é o Volt (V) Definição Movimento ordenado de elétrons livres impulsionado por uma d.d.p. (cargas elétricas por unidade de tempo) Sentido da corrente elétrica Eletrônico Parte da carga negativa para a positiva Convencional Parte da carga positiva para a negativa Corrente elétrica (I) 10 Sentido convencional i Tipos de corrente elétrica em função do tempo Contínua Não inverte o seu sentido de circulação Alternada Inversão periódica do sentido de circulação Corrente elétrica (I) – Cont. 11 A intensidade da corrente elétrica é medida em Ampere (A) Alternada Contínua Definição Oposição que os materiais oferecem à passagem da corrente elétrica (elétrons) quando submetidos a d.d.p. Efeito Joule A passagem de corrente elétrica implica na colisão dos elétrons com os átomos fazendo-os vibrar e aumentar a sua agitação, provocando um aquecimento térmico 12 Resistência elétrica (R) A unidade de resistência elétrica é o Ohm (Ω) Elementos que consomem energia elétrica e a convertem integralmente em energia térmica (efeito Joule) 13 Resistência elét. (R) – Cont. Lâmpada incandescente Ferro de passar Chapinha de cabelo Chuveiro elétrico Formado por corpo cilíndrico de cerâmica no qual é depositada uma camada de material resistivo Utilizado para limitar corrente elétrica e, consequentemente, reduzir ou dividir tensões Tipos de resistores Fixos: filme de carbono, filme metálico, de fio e resistor para montagem em superfície (SMR) Ajustáveis: Potenciômetro, reostato (potências elevadas) 14 Resistor Resistência ajustável Resistência fixa Especificado em função da resistência(Ω) e potência(W) Ω grau de oposição à circulação de corrente W máxima dissipação de calor (efeito Joule), suportada Simbologia adotada 15 Resistor – Cont. Resistência ajustável Resistência fixa Definição Energia elétrica consumida ou produzida na unidade de tempo Caracterização Um aparelho elétrico é caracterizado pela sua potência, que é função da tensão (nos bornes) e da intensidade da corrente elétrica (que por ele passa) 16 Potência elétrica (W) Produção Consumo Selo Procel Potência ativa Tem como unidade o Watt (W) Potência reativa Tem como unidade o volt-ampere reativo (VAr) Ex.: transformador, reator 17 Potência elétrica (W) – Cont. Mecânica Térmica Luminosa Transformador Reator Caminho percorrido pela corrente elétrica A corrente elétrica circula no sistema: parte da fonte geradora, atravessa o receptor e chega na fonte geradora 18 Circuito elétrico A lâmpada emite luz quando a corrente elétrica atravessa o seu filamento Função de cada componente Fonte geradora: componente que gera a energia elétrica Receptor: utiliza corrente elétrica p/ produzir luz, força, etc Condutor: conduz corrente elétrica da fonte ao receptor Chave/interruptor: componente que abre e fecha o circuito 19 Circuito elétrico – Cont. Esquema e representação de um circuito elétrico i Tensão elétrica (V) Força que impulsiona os elétrons livres Corrente elétrica (i) Fluxo de elétrons livres em movimento ordenado Resistência elétrica (R) Oposição a passagem de corrente elétrica Potência elétrica (W) Energia elétrica consumida ou produzida no tempo Circuito elétrico Caminho percorrido pela corrente elétrica 20 Lembrar que... Tipos de materiais Introdução aos circuitos elétricos 21 Descrição Os materiais oferecem maior ou menor oposição a passagem da corrente elétrica dependendo da substância que foi feito Elétrons livre, rodízio desordenado Elétrons em órbitas mais afastadas sofrem pouca atração do núcleo e tem facilidade de deslocamento entre átomos 22 Condutores e isolantes Condutores Materiais que oferecem pouca oposição a passagem de corrente elétrica ex.: prata, cobre, ferro, ouro, etc Isolantes Materiais que praticamente não permitem a passagem de corrente elétrica ex.: vidro, borracha, cerâmica, plástico, etc 23 Condutores e isolantes – Cont. Elétrons livre são numerosos nos materiais condutores e praticamente inexistente nos materiais isolantes Definição Um material é semicondutor se sua resistência se encontra entre a dos condutores e a dos isolantes Possuem 4 elétrons na última camada (valência) Permite a formação de ligações covalentes entre si Cristais semicondutores Uma substância é cristalina se possui uma estrutura cúbica, tendo seus átomos ocupando os vértices desse cubo 24 Semicondutores Silício (Si) e Germânio (Ge) são os principais semicondutores cristalinos tetravalentes Ligações covalentes Cada átomo de silício se une a outros quatro átomos vizinhos por meio de ligações covalentes 25 Semicondutores – Cont. Átomos de silício adjacentes compartilham dois elétrons O silício é um mineral abundante, só perdendo para o oxigênio! Processo utilizado para construir elementos N e P, através da mistura de quantidades reduzidas de impurezas de elementos trivalentes ou penta-valentes N: material semicondutor com excesso de elétrons livres P: material semicondutor com excesso de lacunas 26 Dopagem do semicondutor O aceitador Boro (B), trivalente, deixa lacuna O doador Fósforo (P), penta-valente, deixa elétron livre Semicondutor Tipo P Semicondutor Tipo N Trivalente: gálio, índio Penta-valente: antimônio, arsênio Os portadores de carga (majoritários) nos semicondutores tipo N são os elétrons e no tipo P são as lacunas O elétron tende a deixar sua posição para ocupar a lacuna 27 Movimento dos elétrons e lacunas Submetido a uma d.d.p. os elétrons e as lacunas se movem em sentido contrário Por convenção, o movimento da lacuna foi estabelecido como sentido da corrente Junção PN ou diodo União do material P ao material N, formando único cristal Depleção é diminuição/ausência de portadores majoritários (elétrons ou lacunas) Campo elétrico entre P e N, uma d.d.p., barreira de potencial 28 Camada de depleção Junção PN não polarizada Material P (excesso de lacuna) Material N (excesso de elétron) Depleção Ligação do terminal positivo da fonte geradora no elemento N e do terminal negativo no elemento P Portadores majoritários do lado N (elétrons) são atraídos pelo polo negativo e o lado P (lacunas) recebem elétrons Os portadores majoritários se afastam da junção, aumentando a barreira de potencial Não permite a passagem de corrente através da junção 29 Junção PN - Polarização inversa O semicondutor passa a se comportar como isolante e o aumento da tensão aumenta a região de depleção elétron lacuna Ligação do terminal positivo da fonte geradora no elemento P e do terminal negativo no elemento N Lado N (elétrons) recebem mais elétrons do polo negativo e o lado P (lacunas) recebem mais lacunas Elétrons do lado N ganham força para expulsar os elétrons na camada de depleção Forma-se a corrente elétrica que atravessa a depleção 30 Junção PN - Polarizada direta No semicondutor silício é necessário ter tensão maior que 0,7 volts para romper a depleção elétron lacuna Transistor Introdução aos circuitos eletrônicos 31 32 Cronologia Válvula (1904) 1º Transistor de contato (1947) 1º Transistor de junção de germânio (1950) Diodo Transistor modernos Dispositivo de controle da corrente elétrica TRANSfer reSISTOR, resistência de transferência Controle do fluxo de corrente Principais aplicações: amplificador e chave (eletrônica digital) Classificação São classificados de acordo com o tipo de portador de carga utilizado para transportar corrente elétrica 33 Visão geral Transistores com diferentes encapsulamentos Transistor de sinal Transistor de alta potência Bipolar (Bipolar Junction Transistor - BJT) Utiliza elétrons livres e lacunas como portadores de carga Unipolar (Field Effect Transistor - FET) Usa um tipo de portador de carga, elétrons livres ou lacunas 34 Tipos de transistor Tem três terminais, Emissor (E), Base (B) e Coletor (C), com duas junções PN (BE e BC) de material semicondutor, formando dois tipos de polaridades: NPN e PNP 35 BJT - Constituição Símbolos Estrutura Junção BE Junção BC Junção BE Junção BC Emissor: altamente dopado; Base: mais fina e menos dopada; Coletor: maior, menos dopado que o emissor e mais que a base Tipo NPN Tipo PNP Exemplo de um transistor de junção bipolar do tipo NPN modelo TO-92L 36 BJT - Exemplo Modelos diferentes de transistores podem ter sequencia de pinos distintos Zona ativa direta Usada como amplificadores Junção BE polarizada diretamente e BC inversamente Zona de corte (~interruptor aberto) Interruptores, portas lógicas, circuitos TTL E polarizada diretamente e junção BC inversamente Zona de saturação (~interruptor fechado) Interruptores, portas lógicas, circuitos TTL Junção BE polarizada diretamente e C inversamente 37 BJT - Polarização Quando polarizado diretamente, o canal N deve ser conectado ao polo negativo da fonte e o canal P ao positivo O controle da corrente que flui entre coletor e emissor é feito injetando corrente na base Quanto maior a corrente na base, maior o fluxo 38 BJT – Polarização / Cont. Regra prática Emissor polarizado na polaridade do seu semicondutor Base polarizada na polaridade do seu semicondutor Coletor polarizado com polaridade inversa do seu semicondutor Emissor Base Coletor Emissor Base Coletor N P N P N P - + + + - - + Rc Rb _ Rc Rb + _ Atuação na Zona de Corte (interruptor aberto) A corrente da base deve ser menor que 0,6~0,7V (para o silício) Atuação na Zona de Saturação (interruptor fechado) A corrente da base deve ser maior que 0,6~0,7V (para o silício) até limite definido pelo fabricante 39 BJT – NPN como chave Zona de corte Zona de saturação ic = 0 ic = Vcc/R O sinal que deseja ser amplificado é aplicado na base O coletor passa a ser um múltiplo da corrente da base 40 BJT – NPN como amplificador Sinal de saída amplificado Sinal de entrada natural Transistor de Efeito de Campo (FET) O controle da corrente é realizado por meio de um campo elétrico induzido na região condutora Princípio diferente do BJT, que aplica uma corrente na base Tipos de transistores FET FET de Junção (Junction FET - JFET) FET de porta isolada (Insulated-Gate FET – IGFET), não óxido MOSFET (Metal Oxide Semicondutor FET) Os elétrons livres entram na fonte e saem do dreno Canal é a camada condutora entre fonte e dreno 41 FET – Visão geral São utilizados tanto na área digital quanto na analógica Vantagens Unipolar, depende só do fluxo de portadores majoritários Relativamente imunes à radiação Grande resistência de entrada, tipicamente megaOhms Menor ruído Apresentam estabilidade térmica Desvantagens Pequeno produto, ganho X faixa de passagem (bandwidth) 42 FET – Comparação com BJT Constituído por uma fina camada de material majoritário com dois contatos ôhmicos, fonte (S) e dreno (D), e dois contatos retificadores interligados chamados portas (G) 43 FET – Junction FET (JFET) JFET pode ser do tipo N, onde o canal é N e as portas são P, ou do tipo P com canal P e portas N Simbologia Tipo N Tipo P Constituído de substrato do tipo P ou N, no qual são difundidas duas regiões fonte (S) e dreno (D) S e D são do tipo contrário ao substrato A porta (G) é formada por uma camada de dióxido de silício (SiO2), que é isolante Sobre ela é depositada uma placa de metal isolada do canal 44 FET – MOSFET A tensão da porta (G) deve estar entre 3V e 10V para excitar os elétrons Vantagens em relação ao BJT Tamanho mais reduzidos Processo de fabricação mais simples Consumo inferior de energia A porta “carregada” com tensão positiva permanece conduzindo mesmo depois de ser desconectada Necessário “descarregar” a porta no terra Tipos MOSFET tipo depleção Canal N ou canal P MOSFET tipo enriquecimento Canal N (NMOS) ou canal P (PMOS) 45 FET – MOSFET / Cont. Mais utilizados na fabricação de chips Estreita camada tipo N que interliga fonte (S) e dreno (D) permitindo o fluxo de corrente mesmo quando nenhuma tensão for aplicada à porta (G) Sendo a porta (G) negativa em relação à fonte (S), a camada de metal fica negativa e polariza o isolante 46 MOSFET – Tipo depleção Haverá um estreitamento do canal N, diminuindo a corrente entre dreno e fonte MOSFET de canal N tipo depleção Tornando a porta (G) positiva e aumentando a tensão, estabelece-se um contato entre a fonte (S) e o dreno (D), criando o canal de condução A corrente que circulará entre S e D será função da tensão na porta (G) que controlará a largura do canal 47 MOSFET: Tipo enriquecimento Haverá a criação de um canal N entre o dreno (D) e a fonte (S) , permitindo a passagem dos elétrons MOSFET de canal N tipo enriquecimento Região de corte Não há corrente, sem formação do canal Região de triodo ou linear Age como um resistor, utilizado como uma chave Região de saturação Canal N é deformado, aplicação em amplificadores 48 NMOS: Regiões de atuação Quando a porta (G) é colocada em um potencial positivo em relação ao substrato, haverá acumulação de elétrons, formando o canal 49 NMOS - Funcionamento Chave aberta MOSFET de canal N tipo enriquecimento Chave fechada Complementary MOS Quando um FET de canal P é utilizado complementarmente a outro FET de canal N, apenas uma fonte é necessária Características Baixa dissipação de energia, excelente margem de ruído e elevada capacitância 50 CMOS – Princípio Porta lógica inversora CMOS NMOS PMOS Simbologia (a) Simbologia (b) 51 CMOS – Utilização Esquema de uma memória de computador RAM utilizando CMOSFET 52 CMOS – Fotomiografia Fotomiografia de um circuito integrado CMOS 1972, Intel 8008 Primeiro processador de 8 bits com 0,2MHz Tecnologia PMOS com 3.500 transistores em 10.000 nm 1982, Intel 80286 Dez anos após, 6, 10 e 12MHz Tecnologia CMOS (déc. 80) com 134k transistores em 1.500 nm 2002, Intel Pentium 4 Explosão dos microcomputadores 1.300 a 4.000 MHz Tecnologia CMOS com 55M de transistores em 130 nm 2012, Intel Core 3ª geração (Ivy Bridge) A era Smartphones, tablet 2.900 a 3.100 MHz Tecnologia 3D tri-gate com ~3Bilhões de transistores em 22nm 53 Aplicações Planos da Intel: 14nm em 2013 e 10nm em 2015 Intel 1970: 1ª DRAM com transistores MOS (déc. 60) Gate passa a ter três contatos 54 Transistor 3D (Tri-Gate) Transistor Tradicional Transistor Tri-gate 55 Transistor 3D (Tri-Gate) 56 Lei de Moore (1970)- Aumento do nº de transistores
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