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Prótese e Órtese- Resumo

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1 
AMPUTAÇÕES 
 
1. Indicações. 
Uma perda irreparável do aporte sanguíneo de um membro doente ou lesionado é a 
única indicação absoluta para a amputação, independentemente de todas as outras 
circunstancias. As amputações ainda podem ser indicadas quando uma lesão que não 
afeta a circulação de um membro é tão grave que seu funcionamento não pode ser 
restaurado, ou haveria melhor função após a amputação e uso de uma prótese. Algumas 
vezes a amputação é necessária para salvação da vida do paciente, quando a infecção 
num membro é incontrolável ou como tratamento de tumores malignos. 
Ocasionalmente a amputação está indicada para remoção de parte, ou de todo um 
membro congenitamente anormal, para a melhoria de seu funcionamento com ou sem 
uma prótese. 
Principais indicações para amputações: 
 Doenças vasculares periféricas. 
 Trauma 
 Infecções 
 Tumores. 
 Anomalias congênitas. 
 Congelamento. 
 
2. Níveis de amputação: 
A amputação deve se dar através de tecidos que cicatrizarão satisfatoriamente e num 
nível que removerá a parte doente ou anormal. A regra fundamental é a preservação do 
máximo comprimento compatível com o bom julgamento cirúrgico. 
Aproximadamente 85% das amputações ocorrem em membro inferior, por este motivo 
será descrito os principais tipos de amputações para membros inferiores. 
 
Principais tipos de amputação para membro inferior 
 
 Falangectomia. 
 
 
 Amputação transmetatársica (diáfise do metatarso). 
 
 
 
 
 
 2 
 
 Amputação de Chopart (desarticulação entre o retro pé e o médio pé). 
 
 
 
 Amputação de Lisfranc (desarticulação tarso-metatarso) 
 
 
 Amputação de Pirogoff (ressecção bímaleolar e de todos os ossos do pé com 
exceção do calcâneo que é seccionado verticalmente, eliminando sua parte 
anterior e artrodesado-o a tíbia após uma rotação superior de 90 graus). 
 
 
 Amputação de Boyd (ressecção de todos os ossos do pé com exceção do 
calcâneo que é seccionado verticalmente) 
 
 
 Amputação de Syme (desarticulação do tornozelo com ressecção bimaleolar). 
 
 
 
 Amputação abaixo do joelho (transtibial). 
 
 
 
 3 
 
 Amputação através do joelho (desarticulação do joelho). 
 
 Amputação acima do joelho (transfemoral). 
 
 Amputação através do quadril (desarticulação do quadril) 
 
OBS: As amputações de Chopart e de Lisfranc raramente são utilizadas pois causam 
deformidade em eqüinovaro e eqüino respectivamente. Isto ocorre porque os músculos 
antagonistas (dorsiflexores) pendem suas inserções. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Principais níveis de amputação para membros superiores 
 
 
 Próteses para membros superiores: São próteses não funcionais (próteses 
estéticas ou passivas). 
 
 
3. Complicações das amputações: 
 
 Edema – A colocação de drenos no pós-operatório deve minimizas a 
formação dos hematomas. Um hematoma pode retardas a cicatrização da 
ferida, servindo como meio de cultura de bactérias. O uso de enfaixamentos 
compressivos também ajudam a minimizar o aparecimento dos hematomas. 
 Infecções – São complicações de qualquer procedimento cirúrgico, mais são 
mais freqüentes em doenças vasculares. 
 Necrose – Ocorre geralmente nas bordas da pele e pode retardar a 
cicatrização. 
 Contraturas – Podem ser evitadas através do posicionamento adequado do 
coto. 
 Neuromas – Um neuroma sempre se forma na extremidade de um nervo 
seccionado. Os neuromas doloridos podem dificultar a adaptação da prótese, 
devendo ser tratado cirurgicamente. 
 Dor fantasma e sensação fantasma – Após a amputação,o paciente percebe 
uma sensação de que a parte amputada está ainda presente (sensação 
fantasma). Esta sensação pode ser perturbadora e dolorosa, o paciente pode 
relatar dor em um segmento que não existe (dor fantasma). Comumente tal 
sensação desaparece, principalmente se a prótese for usada com freqüência. 
Na maioria das vezes a dor pode ser aliviada com a excisão de neuromas do 
coto (deve ser tratado com TENS e dessensibilização). 
 
 
 
 
 5 
4. Técnica de bandagem do coto. 
 
A bandagem é um método controverso de controlar o edema do coto, particularmente 
nos pacientes vasculares, onde a má colocação da bandagem pode prejudicar o coto. 
A bandagem geralmente começa quando as suturas são removidas. O paciente e os 
familiares devem aprender a colocá-las. A bandagem deve ser reaplicada pelo menos 3 
vezes por dia e usada dia e noite, mais deve ser removida ao usar a prótese. 
 
Técnica de bandagem para amputações abaixo e acima do joelho. 
 
 
 
 
5. Cuidados no pós-operatório. 
 
Posicionamento 
 Uma das principais metas de início do programa pós-operatório é a prevenção de 
complicações secundárias, como as contraturas de articulações adjacentes. As 
contraturas podem surgir em decorrência do desequilíbrio muscular,ou como resultado 
de alguma posição inadequada, como a posição sentada por períodos longos. 
 
 Orientar Quanto ao Posicionamento Adequado no Leito : 
 evitar o posicionamento inadequado no leito de flexão , abdução , rotação 
externa de coxa e flexão de joelho quando amputado de perna(transtibial); 
 manter o membro inferior alinhado ; 
 
 não colocar travesseiro em baixo do coto e entre as pernas, pois evitará 
contraturas musculares; 
 
 evitar ficar na cama com o coto fletido; 
 
 6 
 
 evitar flexionar o joelho em amputações transtibiais quando estiver sentado ; 
 
 não apoiar o coto sobre a muleta . 
 
 Exame Físico 
 O terapeuta deve medir e registrar os atributos físicos do paciente, como as 
amplitudes de movimento ativos e passivos de todas as articulações dos membros 
inferiores de ambos os membros. Contraturas em flexão do joelho e quadril 
comprometem o alinhamento e o aspecto protéticos. 
A analise do coto de amputação é fundamental neste processo ambulatorial. A 
cicatriz cirúrgica deve ser examinada, observando se está aderida ou sem aderência 
e de que forma se apresenta, se é terminal, anterior, posterior, caso esteja aberta 
deve ser relatado. O neuroma pode estar presente através, de formigamentos ou 
pontadas na extremidade do coto. 
 
 Dessensibilização 
 Definição: são estímulos sensitivos que são realizados na extremidade distal do 
coto que irão levar ao saturamento dos receptores e das vias aferentes sensitivas, 
visando uma normalização da sensibilidade local. 
Objetivo: alcançar a diminuição da hipersensibilidade local para que seja 
suportável a adaptação à prótese, através de movimentos lentos e graduais, 
começando do estimulo mais fino para o mais áspero, sendo passado de uma fase 
para outra à medida que o próprio paciente relate não ser mais um incomodo o 
estimulo realizado pelo terapeuta. 
 
 Etapas de Dessensibilização : 
 1º - Algodão 
 2º - Esponja de face fina 
 3º - Esponja de face grossa 
 4º - Lixa fina 
 5º - Lixa grossa 
 6º - Calor superficial pode ser utilizado, com o objetivo pré-cinético 
 
 Fortalecimento : 
Restabelecimento Físico Geral : 
 Visamos a melhora do amputado , isto é, sua força , resistência , coordenação 
motora , respiração , etc. A cinesioterapia deve ser intensificada também de forma 
progressiva para potencializar toda sua musculatura que será necessária durante a 
reeducação de marcha com prótese. 
 
Cinesioterapia geral : 
 É trabalhado todo o corpo através da cinesioterapia respiratória , fortalecimento 
abdominal , quadrado lombar , os membros superiores para utilização de muletas e 
priorizar o fortalecimento no membro não amputado para aumentar sua potência, 
resistência e equilíbrio . 
 
 
 7 
6. Modelos ultrapassados de prótese 
 
Tipos de prótese para amputações abaixo do joelho 
 
(1) PTB Temporária. (2) AcJAJ temporárias. (3) PTB definitiva. (4) Apoio com carga 
isquiática definitiva. 
Obs: Na prótese PTB a carga é tomada através do tendão patelar e na prótese AcJAJ a 
carga é tomada através do ísquio. 
Tipos de prótese para amputações acima do joelho. 
 
(1) AcJ temporária. (2) AcJ definitiva com pequena alavanca no joelho. (3) AcJ 
definitiva com mecanismos de rodas. (4) AcJ definitiva com alavanca alta no 
joelho. 
Obs: Na prótese AcJ temporária tem 1-2 cm a menos do que o membro remanescente, 
isto porque o mecanismo do joelho é travado durante a marcha e liberado para sentar. 
 
 
 8 
7. Modelos modernos de prótese 
 
 
 
8. Tipos de próteses para membros inferiores 
 
 Existem basicamente dois tipos de próteses: 
 
 Próteses convencionais: São feitas em resina ou com componentes em plástico e 
madeira. São indicadas para todos os níveis de amputação com exceção da 
desarticulação do joelho. As próteses convencionais não são utilizadas acima do 
joelho devido seu peso excessivo acarretando dificuldades graves na 
deambulação, ocorrendo desistência de utilização pelo paciente, o que 
dificilmente ocorre nas próteses modulares. 
 
 
 
 Próteses modulares: Também chamada de prótese endoesquelética com 
revestimento cosmético em espuma, este sistema foi lançado em 1969, pela 
OTTO BOCK, sendo desde então constantemente aperfeiçoado, podem ser 
utilizadas em todos os níveis de amputação de membro inferior. São constituídas 
por vários módulos ajustáveis e intercambiais entre si, mais leves e estéticas por 
serem revestidas de espuma cosmética, seus componentes podem ser em aço, 
Próteses convencionais ou exoesqueléticas 
 
 9 
titânio (metal extremamente leve e resistente), alumínio e fibra de carbono. Essas 
próteses oferecem ampla linha de opções para uma protetização eficaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Amputação transtibial 
 PTB (Patellar Tendon Bearing) – modelo ultrapassado. 
 PTS (Prothese Tibiale Supracondylienne) – utilizado em pacientes com coto 
curto. Esteticamente é pior que a KBM, pois a borda ântero-superior fica 
extremamente saliente com joelho flexionado. 
 KBM (Kondylen Bettung Munster) – é o mais utilizado, pois a patela fica livre e 
esteticamente não produz saliência. 
OBS: O encaixe nas próteses PTS e KBN devem ser feitos com pinos de fixação. 
 
 
 Prótese KBM. Prótese PTB Prótese PTS Meia de silicone com pinos de fixação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE ENCAIXE 
Próteses endoesqueléticas com revestimento cosmético. 
Próteses endoesqueléticas 
 
 10 
2. Desarticulação do joelho 
 Encaixe deve der feito em um cartucho em polifórmio com suspensão 
supracondilar. 
 
 Encaixe para desarticulação do joelho visão interna. 
 
3. Amputação transfemoral. 
 Encaixe quadrilateral – é mais antigo e utilizado em pacientes com músculos 
flácidos ou em cotos curtos, a descarga de peso é feita sobre o ísquio. Tem a 
desvantagem de não ficar bem adaptado como o CAT-CAM e gerar uma grande 
pressão sobre o ísquio. 
 Encaixe CAT-CAM (Contenção Isquiática) – é indicado para a maioria dos 
pacientes, pois fica bem adaptado e a descarga de peso é distribuída entre o 
ísquio e a musculatura da região glútea. Este tipo de encaixe permite maior 
conforto e melhor função. 
 
OBS: Estas próteses são fixadas por pressão, através de uma válvula de sucção 
localizada distalmente no encaixe protético. 
Os cintos pélvicos foram muito utilizados no passado, porém já estão ultrapassados. 
O sistema ACS (Air Contact System) de encaixe é usado em situação temporárias de 
fixação, como durante atividades desportivas. 
 
 
Encaixe quadrilateral Encaixe CAT-CAM visão posterior (1) Diferença do quadrilateral e CAT-CAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
 
 
1) Joelhos mecânicos - controlado das fases de apoio e de balanço por fricção e/ou 
elasticos com travamento automatico na extenção. 
 
 
 
 
 
2) Joelho Pneumático - controlado das fases de apoio e de balanço por diferença de 
pressão do ar. 
 
 
 
3) Joelho Hidráulico - controlado das fases de apoio e de balanço por óleo. 
 
 
 
4) Joelho computadorizado - controlado por microprocessador com fases de apoio e 
de balanço, oferecendo estabilidade, confiança e funções sem precedentes. 
 
TIPOS DE JOELHOS 
Joelho 
policêntrico 
adulto 
Joelho 
monocêntrico 
adulto 
Joelho 
policêntrico 
criança. 
 
 12 
 
 
 
 
 
 Pés não articulados – são conhecidos como pés SACH 
 
 Pés articulados (monoaxial) – permite flexão plantar de 15 graus e dorsal de 5 
graus. 
 
 
 Pés multiaxial – facilita a deambulação em terrenos acidentados. 
 
 
 Pés de resposta dinâmica – usado apenas por atletas de corrida. 
 
 
 Esquema da resposta dinâmica do pé 
 
 Pés computadorizados. 
 
 
OBS: Revestimento cosmético dos pés 
 
 
TIPOS DE PÉ 
 
 
 13 
 
Referências: 
 
Barnes, R. W. & Cox, B., Amputação Manual Ilustrado, Ed. Revinter; Rio de Janeiro; 
2003. 
 
Carvalho, J. A., Amputações de Membros Inferiores em Busca da Plena Reabilitação, 
Ed. Manole; São Paulo; 2003. 
 
Crenshaw, A. H., Cirurgia Ortopédica de Campbell, Ed. Manole; Rio de Janeiro; 1997. 
 
Hebert S. & Xavier R., Ortopedia e Traumatologia Principio e Prática, Ed. Artmed; São 
Paulo; 2003. 
 
Thompson, A., Skinner, A. & Piercy J., Fisioterapia de TIDY, Ed. Santos; São Paulo; 
1994. 
 
 
 
Ilustrações: Polior Produtos Ortopédicos

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