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Direito Administrativo I - 1ºestágio

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Direito Administrativo I / 1º estágio
Noções preliminar do Direito Administrativo
Conceito:
Direito Administrativo é o ramo do direito público que trata de princípios e regras que disciplinam a função administrativa e que abrange entes, órgãos, agentes e atividades desempenhadas pela Administração Pública na consecução do interesse público
Relação com outros ramos do Direito:
Direito Constitucional:
Em razão de tratarem do Estado, o Direito Administrativo e o Direito Constitucional possuem muito em comum. No entanto, o Direito Constitucional trata da estrutura estatal e da instituição política do governo. O Direito Administrativo tem como objetivo regular a organização interna dos órgãos da Administração Pública, seu pessoal, serviços e funcionamento que satisfaça as finalidades constitucionalmente determinadas. O Direito Constitucional estabelece a estrutura estática do Estado e o Direito Administrativo a sua dinâmica. Enquanto O Direito Constitucional dá os lineamentos gerais do Estado, institui os seus principais órgãos e define os direitos e as garantias fundamentais dos indivíduos, o Direito Administrativo disciplina os serviços públicos e as relações entre a Administração e os cidadãos de acordo com os princípios constitucionais
Direito Tributário e Financeiro:
O Direito Administrativo tem com o Direito Tributário e com o Direito Financeiro uma relação de fundamental importância. Basta admitirmos que a tributação é realizada a partir de relações jurídicas em virtude das quais o Estado irá arrecadar os seus recursos indispensáveis ao funcionamento da estrutura pública e o segundo disciplinará como os mesmos serão empregados, tudo conforme a Constituição e as Leis. É daí que afirmamos que o Direito Tributário nasce da necessidade de se fornecer recursos para o funcionamento da máquina administrativa e de se criar mecanismos que protejam os cidadãos da ânsia arrecadadora do Poder Público.
O Direito Financeiro, por sua vez, surge no mundo do direito para disciplinar os gastos do que é arrecadado pela Administração com os tributos. Ele cuida da disciplina das receitas e das despesas do Estado, que compõem a função administrativa. Ambas as atividades de realização de receitas e efetivação de despesas são eminentemente administrativas, já ensinava MEIRELLES.
Direito Penal:
O Direito Administrativo é bastante distinto do Direito Penal. De qualquer forma, a lei penal, como nos casos de crimes contra a Administração Pública, subordina a definição do delito à conceituação de atos e fatos administrativos. Também a Administração Pública possui prerrogativas de Direito Penal, como nos casos de caracterização de infrações que dependem das normas penais em branco.
A repressão penal vem depois da violação e não pode repor o interesse violado no estado anterior; a Administração atua antes da violação no sentido de evitá-la.
Direito Processual:
Para CAETANO, o direito processual é disciplina afim do direito administrativo. [18] Explica o autor que o sistema das normas que regulam o funcionamento dos tribunais perante o direito administrativo tem autonomia bastante explícita pelos caracteres da função judicial. As semelhanças seriam respeito nas normas organizadoras dos serviços (secretarias) judiciais e estatuto de seu pessoal.
Direito do Trabalho:
O Direito do Trabalho muito se aproxima do Direito Administrativo em razão do fato das relações dos empregadores com os empregados passaram do setor privado para o domínio público em virtude de sua regulamentação e fiscalização pelo Estado. Hoje em dia, especialmente, há lei que permite a contratação pelo Poder Público de empregados públicos sem deixar de existirem os servidores ocupantes de cargos públicos.
Direito Eleitoral:
As relações do Direito Administrativo com o Direito Eleitoral se dão em virtude da proximidade do primeiro com diferentes pontos da organização da votação e apuração dos pleitos, no próprio funcionamento dos partidos políticos, na disciplina da propaganda partidária, dentre outros. MEIRELLES admite que toda a parte formal dos atos eleitorais é regida pelo Direito Administrativo.
Direito Municipal:
Com o Direito Municipal os Direitos Administrativos se relacionam por operarem em um mesmo setor da organização governamental. A afirmação crescente do primeiro se deu em razão do desenvolvimento das funções locais de cada município. O que há na verdade entre os dois ramos do direito é uma verdadeira simbiose
Direito Civil:
As relações entre o Direito Civil e o Direito Administrativo são muito próximas, principalmente no que se refere aos contratos e obrigações do Poder Público com os particulares. Isto sem se falar também nos bens públicos, nas pessoas públicas e na responsabilidade civil do Estado, todos tratados pelo Código Civil.
Direito Econômico:
A relação do Estado com a economia particular teria dado surgimento ao direito econômico, segundo BASTOS.[22] Tanto o direito financeiro, quanto o tributário e o econômico seriam especificações ou especializações do próprio direito administrativo. Isto porque seriam direitos que se destacaram do próprio direito administrativo.
Direito Internacional:
BASTOS faz referências às relações mantidas pelo direito administrativo com o direito internacional. Lembra o mesmo que é muito frequente encontrar uma regulamentação proveniente de acordos internacionais a respeito de serviços públicos. Nestes casos caberia ao direito administrativo zelar pelas mesmas e colocarem-nas em funcionamento.
Ciências Sociais:
O Direito Administrativo se relaciona também com as Ciências Sociais. Sociologia, Economia Política, Ciência das Finanças e Estatística são elas. Por tratarem todas elas da sociedade, seu campo é um só.
Fontes:
Os preceitos normativos do ordenamento jurídico, sejam eles decorrentes de regras ou princípios, contidos na Constituição, nas leis e em atos normativos editados pelo Poder Executivo para a fiel execução da lei;
A jurisprudência, isto é, reunião de diversos julgados num mesmo sentido. Se houver Súmula Vinculante, a jurisprudência será fonte primária e vinculante da Administração Pública;
A doutrina: produção científica da área expressa em artigos, pareceres e livros, que são utilizados como fontes para elaboração de enunciados normativos, atos administrativos ou sentenças judiciais;
Os costumes ou a praxe administrativa da repartição pública.
Ressalte-se que só os princípios e regras constantes dos preceitos normativos do Direito são considerados fontes primárias. Os demais expedientes: doutrina, costumes e jurisprudência são geralmente fontes meramente secundárias, isto é, não vinculantes; exceto no caso da súmula vinculante.
Interpretação das Regras:
A interpretação do Direito Administrativo, além da utilização analógica das regras do Direito Privado que lhe forem aplicáveis, há de considerar, necessariamente, esses três pressupostos: 
A desigualdade jurídica entre a Administração e os administrados; 
A presunção de legitimidade dos atos da Administração; 
A necessidade de poderes discricionários para a Administração atender ao interesse público.
Sistemas Administrativos:
Sistema administrativo consiste em um regime adotado pelo Estado para o controle dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo Poder Público. Existem dois tipos de Sistemas Administrativo que são o Sistema Inglês e o Sistema Francês.
O Sistema Inglês é aquele que é adotado pelo Brasil. Neste sistema todos os litígios seja eles de natureza privada ou pública deveram ser levados ao Poder Judiciário para serem resolvidos.
No Sistema Francês existe a chamada Jurisdição Especial do Contencioso Administrativo formada por tribunais de índole administrativa e a Jurisdição Comum formada por órgãos do Poder Judiciário.
Administração Pública:
Conceito, Elementos e Poderes de Estado:
“O Estado, sob o prisma constitucional, pessoa jurídica territorial soberana; é uma nação politicamente organizada, dotada de personalidade jurídica própria, sendo pessoajurídica de direito público que contém seus elementos e três poderes”.
Elementos:
POVO: componente humano;
TERRITÓRIO: base física;
GOVERNO SOBERANO: elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do povo.
Poderes e Funções:
São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. (CF art. 2º)
LEGISLATIVO (função normativa: estabelece regras gerais e abstratas denominadas leis)	
EXECUTIVO (função administrativa: aplica a lei ao caso concreto – mediante atos concretos voltados para realização dos fins estatais, de satisfação das necessidades coletivas – independe de provocação; função com caráter residual)
JUDICIÁRIO (função judicial: aplica a lei ao caso concreto – mediante solução de conflitos de interesses e aplicação coativa da lei, quando as partes não o façam espontaneamente – depende de provocação)
	Poderes/Nível
	Federal
	Estadual
	Municipal
	
Legislativo
	Congresso Nacional (Câmara de deputados – Deputados Federais e Senado Federal – Senadores)
	Assembleia Legislativa (deputados estaduais)
	Câmara Municipal (vereadores)
	
Executivo
	Presidente da República, Vice-presidente e Ministros
	Governador, Vice-Governador e Secretários
	Prefeito, Vice-Prefeito e Secretariado
	
Judiciário
	Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunais e Juízes federais
	Tribunais e Juízes
	Não há
Funções Atípicas:
A função típica de um órgão é atípica dos outros, sendo que o aspecto da tipicidade se dá com a preponderância. Por exemplo, o Poder Legislativo tem a função principal de elaborar o regramento jurídico do Estado — é sua função típica — mas também administra seus órgãos, momento em que exerce uma atividade típica do Executivo, podendo, ainda julgar seus membros, como é o caso do sistema brasileiro, assim como a edição de medidas provisórias pelo Presidente da República é uma função atípica do Poder Executivo.
Organização do Estado e da Administração:
Organização do Estado:
A organização da República Federativa do Brasil está presente na Constituição Federal de 1988. Todo Estado precisa de uma correta organização para que sejam cumpridos os seus objetivos dentro da administração pública. A divisão político-administrativa foi uma das formas encontradas para facilitar a organização do Estado Brasileiro. A divisão político-administrativa brasileira é apresentada na Constituição Federal, no art.18. Ela surgiu no período colonial, quando o Brasil dividia-se em capitanias hereditárias e posteriormente foram surgindo outras configurações que proporcionaram maior controle administrativo do país.
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. (CF art. 18)
Organização da Administração Pública:
Estruturação legal (infraconstitucional) das entidades e órgãos que irão desempenhar as funções, através de agentes públicos (pessoas físicas). Essa organização faz-se normalmente por lei, e excepcionalmente por decreto e normas inferiores, quando não exige a criação de cargos nem aumenta a despesa pública.
Governo e Administração:
São termos que andam juntos e muitas vezes confundidos, embora expressem conceitos diversos nos vários aspectos em que se apresentam.
Governo:
SENTIDO FORMAL: conjunto de Poderes e órgãos constitucionais.
SENTIDO MATERIAL: complexo de funções estatais básicas.
SENTIDO OPERACIONAL: condução política dos negócios públicos.
A constante do Governo é a sua expressão política de comando, de iniciativa, de fixação de objetivos do Estado e de manutenção da ordem jurídica vigente.
Os atos do Governo são políticos e se referem mais à sociedade, ao Estado, à nação do que a interesses individuais.
Administração Pública:
SENTIDO FORMAL: conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do Governo.
SENTIDO MATERIAL: é o conjunto de funções necessárias aos serviços públicos em geral.
SENTIDO OPERACIONAL: desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade.
A Administração não pratica atos de Governo; pratica, tão-somente, atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes.
É todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de serviços, visando a satisfação das necessidades coletivas.
É o instrumento de que dispõe o Estado para colocar em prática as opções políticas do Governo. Seu poder de decisão é restrito aos limites legais de sua competência executiva.
A Administração Direta: Composta pelos órgãos que são ligados diretamente à estrutura administrativa de cada esfera de poder, correspondendo à própria pessoa jurídica política. São as secretarias municipais e estaduais, e os ministérios. Na Administração Direta, realizam-se atividades de maneira centralizada, podendo ser desconcentrada, ou seja, realizadas pelos departamentos da secretaria.
A Administração Indireta: É composta pelas entidades com personalidade jurídica própria, criadas para realizar atividades do governo de forma descentralizada, ou seja, exercidas em nome da entidade criada para a realização daquela atividade em questão. No caso da Administração Federal, estão previstas no art. 4, inciso II, do Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967. São elas:
Autarquias; 
Fundações públicas; 
Empresas públicas; e 
Sociedades de economia mista.
No caso dos estados, Distrito Federal e municípios, essas entidades devem ser criadas por lei específica.
	GOVERNO
	ADMINISTRAÇÃO
	Atividade política e discricionária.
	Atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica.
	Conduta independente.
	Conduta hierarquizada.
	Comanda com responsabilidade constitucional e política, mas sem responsabilidade profissional pela execução.
	Executa sem responsabilidade constitucional ou política, mas com responsabilidade técnica e legal pela execução.
	Atuam por intermédio de suas entidades (pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de seus agentes (pessoas físicas investidas em cargos e funções)
Entidades Políticas e Administrativas:
Entidade é pessoa jurídica, pública ou privada; na organização política e administrativa brasileira as entidades classificam-se em:
Entidades Estatais: são pessoas jurídicas de Direito Público que integram a estrutura constitucional do Estado e têm poderes políticos a administrativos, tais como a União, os Estados-membros, os Municípios e o Distrito Federal;
Entidades Autárquicas: são pessoa jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados da estatal que as criou; funcionam e operam na forma estabelecida na lei instituidora e nos termos de seu regulamento;
Entidades Fundacionais: pela CF/88, são pessoas jurídicas de Direito Público, assemelhadas às autarquias (STF); são criadas por lei específica com as atribuições que lhes forem conferidas no ato de sua instituição;
Entidades Empresariais: pessoas jurídicas de direito privado instituídas com a finalidade de prestação de serviço público que possa ser explorado de modo empresarial, ou de exercer atividade econômica de relevante interesse coletivo.
Entidades Paraestatais: são pessoas jurídicas de Direito Privado cuja criação é autorizada por lei específica para a realização de obras, serviços ou atividades de interesse coletivo (SESI, SESC, SENAI, etc.); são autônomas, administrativa e financeiramente, tem patrimônio próprio e operam em regime da iniciativa particular, na forma de seus estatutos, ficando vinculadas (não subordinadas) a determinado órgão da entidade estatal a que pertencem, que não interfere diretamente na sua administração.
Órgãos e Agentes Públicos:
Órgão Públicos: sãocentros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem necessariamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos, que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica.
A atuação dos órgãos é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas nenhum órgão a representa juridicamente; a representação legal da entidade é atribuição de determinados agentes, tais como Procuradores judiciais e administrativos e, em alguns casos, o próprio Chefe do Executivo (CPC, art., 12, I, II e VI).
Os órgãos não possuem personalidade jurídica nem vontade própria, que são atributos dos entes a que pertencem, mas na área de suas atribuições e nos limites de sua competência funcional expressam a vontade da entidade a que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestado através de seus agentes.
Classificação dos Órgãos:
POSIÇÃO ESTATAL –> ESTRUTURA –> ATUAÇÃO
POSIÇÃO ESTATAL:
INDEPENDENTES: representativos de Poder. São os originários da Constituição e representativos dos Poderes de Estado. Não são hierarquizados, mas sujeitos a controle constitucional de um Poder sobre o outro (sistema de freios e contrapesos – checks and balances).
São independentes as chefias do Poder Executivo, as Casas Legislativas, os Juízos e Tribunais – há quem ainda acrescente o Tribunal de Conta e o MP.
AUTÔNOMOS: localizados na cúpula da Administração, logo abaixo dos órgãos independentes. Têm autonomia administrativa, financeira e técnica, mas seguem as diretrizes dos órgãos independentes. (Ex.: Ministérios da União, Secretárias Estaduais e Municipais).
SUPERIORES: detêm poder de direção, controle, decisão e comando dos assuntos de sua competência específica, mas sempre sujeitos ao controle hierárquico de uma chefia mais alta. Não gozam de autonomia administrativa nem financeira. Têm capacidade técnica e recebem variadas denominações tais como: coordenadorias, departamentos, divisões, etc.
SUBALTERNOS: predominantemente de execução, destinam-se a serviços de rotina sob as ordens dos órgãos superiores. Têm reduzido o poder decisório (ex.: seção de pessoal, de matéria, de expediente etc.)
ESTRUTURA
SIMPLES ou UNITÁRIOS: constituídos por um só centro de competência. (Ex.: seção de pessoal).
COMPOSTOS: que reúnem na sua estrutura outros órgãos menores, com função principal idêntica. (Ex.: Secretaria de Educação – unidades escolares.)
ATUAÇÃO FUNCIONAL
SINGULARES OU UNIPESSOAIS: são os que atuam e decidem por uma só pessoa. (Ex.: Presidência da República).
COLEGIADOS OU PLURIPESSOAIS: são os que atuam e decidem pela vontade majoritária de seus membros. (Ex.: Tribunal de Impostos e Taxas).
Agentes Públicos: são todas as pessoas físicas incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal; normalmente desempenham funções do órgão, distribuídas entre cargos de que são titulares, mas excepcionalmente podem exercer funções sem cargo.
Agentes Políticos: exercem atribuições constitucionais. Ocupam os cargos dos órgãos independentes (que representam os poderes do Estado) e dos órgãos autônomos (que são os auxiliares imediatos dos órgãos independentes). Ex.: Presidente da República, Senadores, Governadores, Deputados, Prefeitos, Juízes, Ministros, etc. Exercem funções e mandatos temporários; Não são funcionários nem servidores públicos, exceto para fins penais, caso cometam crimes contra a Administração Pública; 
Agentes Administrativos: são os agentes públicos que se vinculam à Administração Pública Direta ou às Autarquias por relações profissionais. Sujeitam-se à hierarquia funcional; São funcionários públicos com regime jurídico único (estatutários); Respondem por simples culpa ou dolo pelos atos ilícitos civis, penais ou administrativos que praticarem; Funcionários de paraestatais: não são agentes administrativos, todavia seus dirigentes são considerados funcionários públicos; Funcionários das Fundações Públicas: são agentes administrativos; 
Agentes Honoríficos: são os agentes convocados ou nomeados para prestarem serviços de natureza transitória, sem vínculo empregatício, e em geral, sem remuneração. Constituem os munus publicos (serviços relevantes). Ex.: jurados, comissários de menores, mesários eleitorais; Enquanto exercerem a função; Submetem-se à hierarquia e são considerados funcionários públicos para fins penais. 
Agentes Delegados: são os particulares que exercem funções delegadas da Administração Pública, e que são os serviços concedidos, permitidos e autorizados. Ex.: os serventuários de Cartório, os leiloeiros oficiais, os tradutores, etc. Respondem criminalmente como funcionários públicos pelos crimes que cometerem no exercício de sua função; A Administração Pública responde pelos danos causados a terceiros por este agente, voltando-se, depois, contra o agente público delegado.
Atividades Administrativa:
Em sentido lato, administrar é gerir interesses, segundo a lei, a moral e a finalidade dos bens entregues à guarda e conservação alheia; a Administração Pública, portanto, é a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo preceitos de Direito e da Moral, visando o bem comum.
 PESSOAS E ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS (sentido subjetivo)
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 ATIVIDADE ADMINISTRATIVA (sentido objetivo)
NATUREZA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Múnus público para quem a exerce, isto é, a de um encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da coletividade.
Os Fins da Administração Pública resumem-se num único objetivo: o bem comum da coletividade administrativa; toda atividade deve ser orientada para esse objetivo; sendo que todo ato administrativo que não for praticado no interesse da coletividade será ilícito e imoral.
Princípios básicos da Administração Pública:
Constituem os fundamentos da ação administrativa, ou, por outras palavras, os sustentáculos da atividade pública; relegá-los é desvirtuar a gestão dos negócios públicos e olvidar o que há de mais elementar para a boa guarda e zelo dos interesses sociais.
CF - Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
LEI Nº 9.784/99 - Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Princípio da Legalidade: como princípio da administração (CF, art. 37, caput), significa que o administrador público está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar, sob pena de praticar ato inválido e expor-se a responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso; a eficácia de toda a atividade administrativa está condicionada ao atendimento da lei. Na Administração Pública não há liberdade nem vontade pessoal, só é permitido fazer o que a lei autorizar, significando “deve fazer assim”.
As leis administrativas são, normalmente, de ordem pública e seus preceitos não podem ser descumpridos, nem mesmo por acordo ou vontade conjunta de seus aplicadores e destinatários.
Princípio da Moralidade: a moralidade administrativa constitui, pressuposto de validade de todo ato da Administração Pública (CF, art.37), sendo que o ato administrativo não terá que obedecer somente à lei jurídica, mas também à lei ética da própria instituição, pois nem tudo que é legal é honesto; a moraladministrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação: o bem comum.
Princípio da Impessoalidade e Finalidade: impõe ao administrador público que só pratique o ato para o seu fim legal; e o fim legal é unicamente aquele que a norma de Direito indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal. Desde que o princípio da finalidade exige que o ato seja praticado sempre com finalidade pública, o administrador fica impedido de buscar outro objetivo ou de praticá-lo no interesse próprio ou de terceiros; pode, entretanto, o interesse público coincidir com o de particulares, como ocorre normalmente nos atos administrativos negociais e nos contratos públicos, casos em que é lícito conjugar a pretensão do particular com o interesse coletivo; vedando a prática de ato administrativo sem interesse público ou conveniência para a Administração, visando unicamente a satisfazer interesses privados, por favoritismo ou perseguição dos agentes governamentais, sob forma de desvio de finalidade.
Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade: Veda os excessos. Objetiva aferir a compatibilidade entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração pública, com lesão aos direitos fundamentais. A razoabilidade deve ser aferida segundo os padrões do homem médio.
Princípio da Publicidade: é a divulgação oficial do ato para o conhecimento público e início de seus efeitos externos. A publicidade não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade; por isso mesmo, os atos irregulares não se convalidam com a publicação, nem os regulares a dispensam para sua exequibilidade, quando a lei ou regulamento exige. O princípio da publicidade dos atos e contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e controle pelos interessados diretos e pelo povo em geral; abrange toda a atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação oficial de seus atos como, também, de apropriação de conhecimento da conduta interna de seus agentes. Os atos e contratos administrativos que omitirem ou desatenderem à publicidade necessária não só deixam de produzir seus regulares efeitos como se expõe a invalidação por falta desse requisito de eficácia e moralidade. E sem a publicação não fluem os prazos para impugnação administrativa ou anulação judicial, quer o de decadência para impetração de mandado de segurança (120 dias da publicação), quer os de prescrição da ação cabível.
Princípio da Eficiência: Exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades dos administrados (público). Trata-se de princípio meramente retórico. É possível, no entanto, invocá-lo para limitar a discricionariedade do Administrador, levando-o a escolher a melhor opção. Eficiência é a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Atualmente, na Administração Pública, a tendência é prevalência do controle de resultados sobre o controle de meios.
Princípio da Segurança Jurídica: Liga-se à exigência de maior estabilidade das situações jurídicas, ainda que na origem apresentem vícios de ilegalidade. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Princípio da Motivação: Os atos administrativos que afetem interesse individual do administrado devem, obrigatoriamente, ser motivados. A motivação do ato significa a indicação dos pressupostos de fato e de direito que autorizam a sua prática. É essencial para o exercício da ampla defesa e do contraditório, bem como para o controle geral dos atos administrativos.
Princípio da Ampla defesa e do Contraditório: aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Princípio da Supremacia do Interesse Público: interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

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