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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS; DIREITO TRIBUTARIO

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
1. Conceito:
	Se existir motivo relevante sob aspecto social, econômico e assistencial, uma porção das pessoas, do patrimônio e de fatos pode ficar por fora da tributação. Se isso decorrer por força expressa da CF se está diante de imunidade.
	Ex: IPI abarca todo o processo industrial (montagem, melhoramento, etc). Todavia alguns produtos industrializados não serão objetos de tributação, porque o constituinte assim o entendeu. Em razão de algum motivo. Ex: se o produto for destinado ao exterior, há imunidade no que se refere ao IPI, o objetivo da nossa CF é promover o investimento nacional e faz parte disso abrir as portas para o mercado exterior, isto é, produzimos e exportarmos cada vez mais. Então, não se tributa IPI em certos produtos destinados ao exterior.
	Ex: por que templo de qualquer culto não paga impostos? Para facilitar a liberdades de crenças.
	Então, imunidade ocorre em fatos que poderiam ser tributados, mas a CF decide não tributar em razão de um bem maior (cultura, informação, etc).
	Imunidades gerais estão no artigo 150, IV da CF.
	Gera intributação de pessoas, patrimônio e fatos.
	Ademais pessoas, patrimônio e fatos podem ser isentados de tributação por LEI ORDINÁRIA: isso seria ISENÇÃO e não IMUNIDADE.
2. Diferenças entre imunidade tributária e isenção e não incidência: 
	Todos inibem a tributação
	Se tiver lei ordinária inibindo tributos de pessoas/patrimônio/fato: HÁ ISENÇÃO.
	Imunidade está na legislação constitucional. Isenção está em legislação infraconstitucional (critério topográfico).
	Mesmo quando a CF se refere a isenção, na realidade não se trata de isenção, mas de imunidade. Ex: art. 195, parágrafo 6ºda CF.
	
Segundo entendimento da doutrina majoritária: a imunidade é cláusula pétrea. E a isenção basta lei em sentido contrário que se revoga.Então, imunidades persistem por maior período de tempo do que as isenções.
NÃO INCIDÊNCIA: diz respeito a um fato ou circunstância que não se enquadra à hipótese de incidência do tributo.
Há fatos/coisas/pessoas que estão fora desse campo de tributação. Elas estão no campo da não incidência. Esse fato/coisa/pessoa não poderia JAMAIS incidir tributo. Ex: carona ao colega. Não poderia sofrer tributação se prestação de serviço, porque falta o elemento onerosidade (que seria necessário para esse tributo, é o ISS). Ex: doação remuneratória: A trabalhou há 5 anos, sem remuneração, mas com promessa de que seria remunerado em um dia. Um dia A recebe um bem, na forma de doação, não é uma doação pura: é uma doação remuneratória. Na verdade, está pagando pelos serviços. Essa doação está fora de incidência do tributo, porque não é doação gratuita. 
3. Imunidades específicas e gerais
- Específicas
	Estão pulverizadas no texto Constitucional. Ex: art. 153 há imunidade do IPI no que se refere aos produtos destinados ao exterior.
	Refere-se a UM determinado IMPOSTO.
- Gerais: 
	Estabelecidas no art. 150, IV da CF.
a) Imunidade recíproca
b) Imunidade religiosa
c) Imunidade cultural
d) Imunidade de partidos, sindicatos, institutos de educação etc.
	A imunidade geral é apenas em relação aos impostos. Pela redação expressa da CF apenas seriam objeto dessa imunidade os impostos sobre renda (ex: IR), serviços (ex: ISS) e patrimônio (ex: IPTU, IPVA, ITBI, ITCMD, ITR). Todavia a imunidade deve SEMPRE ser interpretada de forma AMPLIATIVA.
	STF: entende que a imunidade não abrange só impostos de renda, serviços e patrimônio. Mas, sim, que a imunidade abrange TODO E QUALQUER IMPOSTO.
	Ex: templo que realizasse operação financeira seria obrigada a pagar imposto de operação financeira? De acordo com o STF não.
	Por que sempre interpretar de forma ampliativa? Pq doutrina majoritária imunidade é direito fundamental do contribuinte, cláusula pétrea.
3.1. Imunidade recíproca:
	Art. 150, IV, “a”.
	É vedado instituir impostos sobre patrimônio/renda/serviços de um ente federativo nos outros entes federativos.
	Incide nos entes federativos.
	Ex: Curitiba tem frota de veículos: não vão ser tributados pelo imposto do estado.
	União não cobra imposto do Estado/Município/DF, assim como Estado não cobra da U/M/df
	Baseada na autonomia federativa: permitir que a autonomia federativa se desenvolva, consagrada no art. 1º da Cf.
	Essa imunidade recíproca gera uma imunidade extensiva (art. 150, parágrafo 2º): 
	As autarquias e fundação pública terão imunidade por extensão. No entanto, somente são imunes quando desempenham suas finalidades essenciais. Então imunidade apenas em relação as suas finalidades essenciais.
	Ex: Curitiba tem fundação municipal de saúde. Essa fundação tem frota de veículos que é usada para transportar os pacientes. Então, sobre essa frota há imunidade de IPVA. O estado do pr não pode cobrar IPVA. Contudo se a fundação comprar veículo BMW para o dirigente manter seu status: não é finalidade essencial: então pode o Estado do Paraná cobrar IPVA.
	E aquele bem imóvel do Estado do Paraná que está ocioso? Não está sendo aplicado em sua finalidade pública. Tem ou não tem imunidade? Se o patrimônio é do Estado, há imunidade. SE o bem fosse de autarquia/fundação o município poderia cobrar IPTU.
	E as empresas públicas e sociedades de economia mista? 
Não tem previsão CF. Contudo, pela interpretação ampliativa das imunidades o STF analisou a realidade das EP e SEM e analisou que as realidades deles é muito parecida com a das autarquias e fundações. STF entendeu que os Correios prestam serviço público essencial (empresa pública), não concorre com ninguém no mercado e sendo serviço público essencial é imune. Da mesma forma a Infraero é a única responsável pelo seu trabalho também é imune.
Então imunidade reciproca se divide em três partes: entes federativas, autarquias e fundações, e empresas públicas e sociedade de economia mista.
3.2. Imunidade religiosa
Art. 150, VI, “b”, e p. 4º CF.
Todo e qualquer imposto há entidade religiosa está imune.
Imunidade ligada as finalidades essenciais da igreja, art. 150, p. 4º CF. 
Então se culto prestar serviço e esse dinheiro for usado para o culto: tudo bem. Há imunidade. PROBLEMA: se existir desvio para outras finalidades que não a da entidade religiosa não haveria imunidade. Mas falta fiscalização, nos dias de hoje, para averiguar se há desvio ou não.
Objetivo: proteger liberdade de crença, liberdade religiosa. 
É dada à todas as religiões.
STF: imóveis alugados de propriedade da igreja. Teria que ser usado o dinheiro da locação para atividade religiosa. Se o dinheiro da locação é aplicado em qualquer coisa que não finalidade essencial da igreja: não há imunidade – fisco pode exigir. Problema: provar isso, o ônus é do Fisco.
E se a entidade religiosa alugar imóvel de terceiro? Tem como a entidade religiosa invocar imunidade de pagar IPTU? O ônus tributário é do particular, do terceiro, e ele não pode alegar que o imóvel está sendo utilizada por entidade religiosa para se isentar. A respeito: Súmula 591 STF. Não isenta.
Estacionamento da igreja: só vai existir se a receita com o recebido de dinheiro do estacionamento for revertido para a igreja.
STF entendeu que estão contemplados pela imunidade: casa paroquial, residência do clérigo/bispo/pastor, que seja de propriedade da igreja. Também incide a imunidade ao cemitério, veículos, etc, do templo religioso. 
EXCLUSÃO: entidades que não professam nenhuma religião, como a maçonaria. É o entendimento do STF.
3.3. Imunidade cultural
	Imunidade de livros, jornais e periódicos e o papel destinado à impressão. Art. 150, VI, “d”, CF. 
	O objetivo é permitir a liberdade de expressão, promover a cultura, promover o conhecimento.
	Ex: editora compra papel sem imposto, editora vende o livro a livraria sem imposto, consumidor compra livro sem imposto (isso para baratear o preço do livro).
	Sofreu ampliação com a EC 75 do ano passado. Consagra a imunidade dos videogramas e fonogramas – art. 150, VI, “e”. Videograma é gravação, som e imagem (dvds). Fonograma gravação de som (cd, lp). E também osarquivos digitais, materiais digitais e etc. Essa imunidade tem algumas restrições: só pode ser interpretada por artista brasileiro, tem que ter som, essa imunidade ocorro no momento em que o vídeo/fonograma está sendo produzido. O imposto incidente na produção do vídeo/fonograma que é imune. Na replicação, fazer cópias, essa segunda etapa, não é abrangida pela imunidade.
	3 fases do processo de fono/videograma: 1ª fase: produção do fono/vídeo: incide imunidade; 2ª fase: CD/DVD em replicação industrial: incide IPI e ICMS; 3ª fase: a livraria vende para o consumidor final: incide ICMS - esse ICMS vai ser imune.
	Por que segunda fase não foi abarcada pela imunidade? Motivo político.
ENTÃO: Imunidade recip e religiosa: é geral. Imunidade cultural: analisar se é livro/periódico/papel ou vido/fono.

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