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PRINCÍPIOS; DIREITO DO TRABALHO

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PRINCÍPIOS
I – Definição
Segundo Godinho, princípios são “proposições fundamentais que se formam na consciência das pessoas e grupos sociais, a partir de certa realidade, e que, após formadas, direcionam-se à compreensão, reprodução ou recriação dessa realidade.”
Princípios são fonte material do direito. Não é só método de preencher lacunas: pode ser tbm, fonte material e fonte formal do direito.
Art. 1º materializa direitos: como dignidade, valor social do trabalho... Materializa estes princípios, se formalizaram como princípios normativos.
Dto constitucional contemporâneo dá caracter normativo aos princípios.
Vamos tratar os princípios como fontes normativas.
Os princípios atuam no Direito como proposições informativas para a criação das leis e como métodos de aplicação e interpretação das próprias leis por eles informadas.
Princípio é uma ideia que deve ser utilizada para interpretação da lei. E a regra normatiza condutas.
	Para doutrina constitucional moderna os princípios tem força de norma.
Na fase pré-jurídica os princípios são fontes materiais do Direito, refletem o momento histórico de um determinado povo e geram as leis. Na fase posterior, chamada fase jurídica, orientam a aplicação da norma.
Godinho classifica os princípios em: a) informativos ou descritivos; b) normativos subsidiários e; c) normativos concorrentes.
Princípios Informativos ou Descritivos: proposições ideais que propiciam uma orientação coerente na interpretação do Direito. Métodos de interpretação da lei, não são fontes.
Princípios Normativos Subsidiários: são utilizados em face da lacuna da lei frente ao caso concreto. São mecanismos de integração do ordenamento jurídico, fontes formais.
Princípios Normativos Concorrentes: a doutrina jurídica moderna, representada por Canotilho, Dworkin, Alexy, Paulo Bonavides e Bobbio, considera os princípios como fontes formais normativas, equiparadas à lei escrita, porque são eles normas gerais, abstratas, impessoais e obrigatórias. Alguns autores dão-lhes prevalência e autonomia em face das regras escritas. A maioria, porém, lhes confere caráter concorrente, em relação às regras, e simultaneamente interpretativo e normativo.
II – Princípios gerais de Direito aplicáveis ao Direito do Trabalho
1. Princípio da inalterabilidade contratual (pacta sunt servanda)
	O contrato faz lei entre as partes.
	Princípio da inalterabilidade contratual lesiva ao trabalhador. 
	Uma vez que estabelece vantagem contratual ao trabalhador ela não pode ser suprimida.
	Princípio largamente aplicável ao Direito do Trabalho refletido na expressão “inalterabilidade lesiva” do contrato individual do trabalho (arts. 444 e 468, CLT). 
	Art 444 CLT: podem combinar o que quiser, vai valer, desde que não se contravenha – não pode contradizer com o que está na CLT.
	Art 468 CLT: a princípio não pode alterar clausulas estabelecidas no contrato de trabalho. Se alterar, tem que ter muito consenso, como trabalhador está em vulnerabilidade na relação, se trabalhador concordar e essa alteração acarretar prejuízo direto e indireto: será nulo.
	Este principio é mais severo no direito do trabalho. Não se trata somente de autonomia da vontade. É mais severo pela imperatividade da norma trabalhista.
OBS: negociação coletiva para redução de salário: PECULIAR. Atenuação desta exceção. É exceção a inalterabilidade do contrato. Tem que ser analisado de caso a caso.
Art. 422 consagra boa-fé objetiva: CLT já tinha isso no art. 468. Boa fé tem de ser objetiva, senão é nulo. Também art. 9 da CLT.
Princípio da boa-fé para o trabalhador pode ser mitigado: se ele for fraudado diz que o trabalhador foi obrigado a fazer isso. Então, este princípio, para o trabalhador, é mitigado.
Isto porque as alterações que beneficiem o trabalhador são estimuladas.
A doutrina, porém, questiona a aplicação ao contrato individual de trabalho da cláusula rebus sic stantibus, visto que o art. 2º da CLT impõe a unilateralidade patronal sobre os riscos do negócio. A CF/88, todavia, autoriza a redução dos salários mediante acordo ou convenção coletiva.
Outro aspecto peculiar da inalterabilidade contratual trabalhista diz respeito à sucessão de empregadores (arts. 10 e 448, CLT): PECULARIDADE: as vezes pode ocorrer alteração subjetiva do contrato e, mesmo assim, ele perdura. O que seria essa alteração subjetiva? Alteração em um dos sujeitos. Se uma empresa for incorporada, adquirida, alterar sua configuração jurídica por outra empresa, os contratos de trabalho não se extinguem: o contrato de trabalho persiste. Empregador sucessor responde pelas dívidas trabalhistas do empregador sucedido.
2. Princípios da lealdade e boa-fé, não-alegação da própria torpeza e efeito lícito do exercício regular do próprio direito
Os princípios da lealdade e boa-fé e do efeito lícito do exercício regular do próprio direito norteiam as condutas eventualmente ensejadoras das justas causas (arts. 482 e 483, CLT).
O princípio da não-alegação da própria torpeza é mitigado no Processo do Trabalho em face de simulações contratuais que encobriram contratos de trabalho substanciais (art. 9º, CLT).
3. Princípio da razoabilidade
Diz respeito à verossimilhança que deve pautar a interpretação dos fatos pelo aplicador do Direito e, também, ao desprezo que este deve dirigir às alegações evidentemente inverossímeis (sensatez e ponderação do intérprete).
	Tem de interpretar a lei de forma razoável. A razoabilidade deve pautar o intérprete na aplicação do direito do trabalho.
4. Princípio da tipificação legal de ilícitos e penas
Este princípio significa o entendimento de que não pode haver punição sem a correspondente norma que tipifique a conduta. Corresponde ao princípio do Direito Penal nula pena, nulum crime, sinelegem. Os arts. 482 e 483 da CLT traçam as faltas contratuais típicas.
No dto do trabalho tudo está tipificado.
III – Princípios específicos do Direito do Trabalho
1. Princípio da proteção
	Parte da ideia de que o trabalhador, por estar em condição de desvantagem, precisa de uma gama de normas protetoras: para colocar em pé de igualdade o trabalhador e o empregador. Essas normas dizem respeito a condição humana do trabalhador.
	Na verdade é o princípio equidade na linguagem trabalhista. Isto é o princípio do Aristóteles e do Rui Barbosa: tratar igual os iguais e desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades.
	“Precisamos daigualdade sempre que as diferenças nos inferiorizam”. “Precisamos das diferenças sempre que a igualdade nos descaracterizam” Boa Ventura de Santos – escreveu.
ARISTOTELES E RUI BARBOSA: “a verdadeira igualdade consiste em se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais” ARISTOTELES. Rui barbosa acrescenta “na justa medida de suas desigualdades.”
	Rui Barbosa e Aristóteles: não pensaram na individualidade. A outra citação pensou na individualidade.
2. Princípio da norma mais favorável
3. Princípio da imperatividade das normas trabalhistas
4. Princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas
5. Princípio da condição mais benéfica
6. Princípio da inalterabilidade contratual lesiva
7. Princípio da intangibilidade salarial
8. Princípio da primazia da realidade sobre a forma
9. Princípio da continuidade da relação de emprego
Américo Plá Rodriguez, grande doutrinador acerca dos princípios específicos do Direito do Trabalho, classifica-os da seguinte forma:
1. Princípio da proteção: a) norma mais favorável
			 b) condição mais benéfica
			 c) in dubio pro operário
2. Princípio da primazia da realidade
3. Princípio da irrenunciabilidade
4. Princípio da continuidade
5. Princípio da razoabilidade
6. Princípio da boa-fé
7. Princípio da alienidade dos riscos
8. Princípio da igualdade
9. Princípio da não discriminação

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