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LANÇAMENTO E CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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LANÇAMENTO E CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
	O tributo é cobrado mediante atividade administrativa, plenamente vinculada a lei.
1. Lançamento tributário
	Art. 142 e 3ºCTN
	Art. 3º faz remissão ao artigo 142. O art. 142 diz que o tributo é cobrado mediante atividade adm, vinculada a lei. O nome desse procedimento administrativo é: “lançamento tributário”.
	Lançamento tributário, conceito: é procedimento pendente a verificar: a ocorrência de um fato gerador (com fato gerador, nasce obrigação tributária); identificar o sujeito passivo contribuinte; calcular o montante do tributo devido; definir a matéria tributária (é a legislação a ser aplicada).
- Atividade exclusiva da autoridade administrativa e vinculada à lei
- Procedimento administrativo para verificar fato gerador; determinar matéria tributável (legislação aplicável); calculo tributário; identificar sujeito passivo contribuinte; propor penalidade.
	Ex: 01.01.15 há o fato gerador do IPTU para quem for proprietário e, em decorrência disso, nasce obrigação tributária de pagar esse imposto ao município. O efeito jurídico do nascimento da obrigação tributária: surgimento do dever do sujeito passivo contribuinte pagar o respectivo imposto. Para o Estado exigir esse tributo o Estado precisa agir, por meio do lançamento tributário. Prazo de 5 anos para que o município proceda o lançamento tributário. O termo inicial do prazo para o lançamento tributário, é 01.01.16 (primeiro de janeiro do ano seguinte ao do fato gerador). Até 31.12.20 o munícipio tem o prazo de 5 anos para promover o lançamento tributário. Se o município não promove o lançamento tributário, o tributo se extingue pela decadência.
	Estado só pode exigir se, no prazo de 5 aos, o Estado promover o lançamento tributário. O prazo tem início só em 01.01.16, mas nada obsta que o município faça o lançamento tributário antes dessa data.
	O que o lançamento tributário irá propiciar? Delimita quem será contribuinte do tributo, se exclui aquele que imune/isento. A primeira missão do lançamento tributário é delimitar contra quem será feito o lançamento tributário. Em 01.01.15, momento da obrigação tributária, não há certeza de quem é contribuinte do IPTU. Se não há certeza, não há liquidez. Liquidez significa a constatação do valor de contribuição de cada contribuinte. Se não há certeza e não há liquidez, não há EXIGIBILIDE. Não há o direito do Estado de exigir o tributo.
	Quando o Estado faz o lançamento tributário e, com ele, surge o crédito tributário: há certeza, há liquidez e, portanto, há exigibilidade. O crédito tributário representa o direito do Estado de exigir o tributo.
	A partir do momento em que o Estado tem o crédito tributário começa a correr o prazo prescricional, para o Estado cobrar o tributo.
	Ex: IPTU prazo 5 anos para lançamento tributário e constituir crédito tributário e fez isso em 30.10.19. Passa a correr outro prazo de 5 anos, chamado de prazo prescricional.
- Duas formas de cobrança pelo Estado:
a) Estado pode exercer a cobrança amigável
	Negocia com o contribuinte a forma de pagar a dívida tributária.
b) Cobrança forçada
	Significa procurar o Poder Judiciário, propor ação de execução fiscal. Estado irá tentar apropriar-se forçadamente do patrimônio do contribuinte para sanar a dívida tributária.
	O Estado precisa, primeiro, constatar que o contribuinte está inadimplente. Procurador irá abrir procedimento administrativo, chamado inscrição em dívida ativa: serve para o Estado confirmar alguns eventos: o lançamento tributário em face do contribuinte; notificação do contribuinte; passou prazo de cobrança amigável; constatou-se a inadimplência do contribuinte.
	A inscrição em dívida ativa irá confirmar a certeza, a existência do débito, e se atribui liquidez ao débito ao atualizar o valor. Com isso, procurador promove certidão de dívida ativa que irá instruir a ação de execução fiscal.
	IPTU há Súmula 397: o contribuinte de IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço. É exceção: 
- Tributos federais
	Ex: IR
	Cada tributo, em sua lei, diz quem é competente para fazer o lançamento.
	No caso dos tributos federais, a legislação federal diz que compete ao auditor da secretaria da receita federal do brasil fazer o lançamento.
	Se outra pessoa promove o lançamento, há vício de sujeito: gera a anulabilidade do ato.
- Imprescindível
	Se o lançamento não existir o Estado não pode exigir o tributi
- Ato documental de cobrança
	O lançamento é um ato documental de cobrança.
- Dá origem ao crédito tributário
	O lançamento tributário dá origem ao crédito tributário.
2. Natureza jurídica
	Teorias da doutrina:
- Declaratória
		Único objetivo é declarar a existência do fato geral
- Constitutiva
	Constitui o crédito tributário
- Corrente mista
	Predomina no Brasil: declara a existência do fato gerador e, ao mesmo tempo, constitui a existência do crédito tributário.
	E a partir da constituição do crédito, o Estado pode exigir o tributo.
	Importância da natureza mista: se declara a obrigação tributária nascida no passado: terá que aplicar a legislação naquele momento de nascimento dessa obrigação.
	Ex: obrigação tributária 01.01.14; Lançamento 24.10.14. Em 01.01.14 alíquota do IPTU era de 2%. Foi revogada e 24.10 a alíquota é de 3%. De acordo com artigo 144 CTN aplica-se alíquota de 2%.
	Mas se o fiscal tiver de aplicar multa, penalidade ao contribuinte? 	Ex: 01.01.14 multa 50%. 24.10.14 multa 20%. Qual multa seria aplicada? A de 20%: princípio da irretroatividade tributária vale para o tributo. Mas legislação que define multa retroage, então a multa de 20% retroage: princípio mais benéfico ao réu.
3. Características do lançamento tributário
- Ato vinculado
	Não pode se esquivar de fazer.
- Ato não auto-executório
	Cobrança forçada, só pode ser realizada, mediante Poder Judiciário.
	Mas há projeto lei de penhora online: dai não precisaria ir ao Poder Judiciário e o ato, dai, seria auto-executório.
- Ato exclusivo da autoridade administrativa
- Constitui crédito tributário e declara obrigação tributária
- Retroage à data do fato gerador
	Lei material em vigor no momento do fato gerador, art. 144. E legislação mais favorável de penalidade
- Goza de presunção de legitimidade e veracidade
	Em regra esse lançamento é inalterável, art. 145 CTN. Há três hipóteses de alteração do lançamento:
a) Impugnação do sujeito passivo
	Ex: quando notificação de IPTU chega na casa do contribuinte, ele tem prazo de 30 dias. Esse prazo tem duas finalidades: 1. Contribuinte pagar a vista ou a prazo; 2. Prazo para apresentar impugnação.
	Essa impugnação é a expressão genérica que o CTN adota. Essa impugnação é a forma que o contribuinte se opõe ao lançamento tributário.
	Essa impugnação será julgada pela 1ª instância administrativa. 
	E uma vez protocolada a impugnação a exigibilidade do tributo fica suspensa. Suspende o prazo prescricional até o momento em foi julgada.
	Ex: notificação julgada em 12.17: duas possibilidades: 1. Estado diz que o contribuinte tem razão e, com isso, é feito novo lançamento e começa novo prazo de 5 anos; 2. Estado diz que o contribuinte não tem razão, contribuinte apresente RECURSO VOLUNTÁRIO, é a 2ª instância administrativa.
	
b) Recurso de ofício ou voluntário
c) Iniciativas por ofício da autoridade administrativa
Pela autotutela: faz novo lançamento tributário
	
29/10/14
Continuação lançamento e crédito tributário
	Há 3 tipos de lançamento
1. Lançamento tributário de ofício ou direito
	O contribuinte não participa, só participa se for impugnar o lançamento – lançamento de ofício 99% da carga de trabalho é do fisco – 1% do contribuinte.	
Pode ser originário ou não originário
- O originário
	Acontece com o IPTU, IPVA, taxas em geral, contribuições de melhoria, COSIP.
	Art. 149, O CTN;
	O lançamento deve ser feito obrigatoriamente pela ADM, porque a adm tem todas as informações para poder realizar o lançamento – a princípio é irretratável, mas o contribuinte tem 30 dias paraimpugnar.
	Aplica artigo 173, I, do CTN: dispõe que o prazo de decadência para lançar o tributo é de 5 anos contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do fato gerador. Ex: se o fato gerador ocorreu em 01.01.14, o termo inicial de decadência começa em 01.01.15. E aí o Estado tem 5 anos para fazer o lançamento. Até o final de 2019. Se o Estado não age, há extinção do crédito tributário, pela decadência.
- Não originário
Demais hipóteses do artigo 149 do CTN.
2. Lançamento tributário misto ou por declaração
	É dividida a carga de trabalho: 50% trabalho do contribuinte, 50% do trabalho pelo fisco.
	O contribuinte irá prestar informações ao fisco e quando ele faz isso, o contribuinte fornece ao fisco a MATÉRIA DE FATO. Essas informações são contempladas em uma declaração formal e essa declaração formal é chamada de obrigação tributária acessória.
	Ex: Imposto de importação bagagem acompanhada: dependendo dos bens que trouxer do exterior incide esse imposto, no importe de 50% no valor das mercadorias que tiverem sido importadas além do limite de 500 dólares – só paga imposto dei importação daquilo que ultrapassar 500 dólares. Ao entrar no Brasil tem que fazer declaração chamada DBA (declaração de bagagem acompanhada) que contém informações sobre o que está dentro da mala (aquilo que foi importado).
	OBS: nesse procedimento feito pelo contribuinte não há pagamento antecipado, ele só leva a informação. Se o fisco entender que o tributo é devido daí terá que fazer pagamento.
	Este modelo está em desuso. Vale para dois outros tributos além do II: o ITBI e ITCMD.
	Ex: ITCMD (imposto de transição causa mortis e doações): no final do processo do inventário tem que declarar ao fisco o valor dos bens e como será feita a partilha. Essa declaração ao fisco é, justamente, a entrega da matéria de fato. SE não pagar, o juiz não pode homologar a partilha.
	No Imposto de Renda de Pessoa Física: não é pelo fato de entregar declaração que o lançamento tributário será por declaração. No lançamento tributário também há entrega de declaração.
	O termo inicial de decadência: 5 anos a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao fato gerador. Até 31.12.19.
3. Lançamento por homologação
	O contribuinte faz todo o trabalho a fiscalização, se aparecer, é só depois.
	99% da carga é do contribuinte: 1% do fisco.
	Hoje quase todos os tributos são por homologação: IR, ICMS, ISS, contribuição previdência, contrib sobre lucro, cont. para PIS/COFINS	
	O contribuinte irá primeiro: 
a) declarar a ocorrência do fato gerador.
Essa declaração é feita por via de uma declaração formal chamada DCIF (declaração de crédito de impostos federais). A lei de cada tributo diz o prazo de carência para fazer a declaração.
	Ex: IPI tem até o dia 25 do mês subsequente para o contribuinte fazer a declaração.	
b) Calcular o montante do tributo devido.
c) Antecipar o pagamento do tributo
	Sem qualquer prévia verificação por parte da autorização fiscal.
	
	A fiscalização aparece na sequência do pagamento. Após o pagamento, é aberto prazo decadencial de 5 anos que tem inicio NA DATA DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR. Ex: se o fato gerador ocorreu eu 29.10.14 tem até 28. 10.18 o fisco tem que fiscalizar a empresa para dizer se homologa ou não o pagamento feito pelo contribuinte.
	Após o pagamento, o fisco tem prazo para fiscalizar se homologa ou não o pagamento feito pelo contribuinte. Há duas possibilidades:
a) Homologação expressa
	O contribuinte pagou antecipado e a fiscalização aconteceu, revisou o procedimento feito pelo contribuinte e atestou que tudo foi feito corretamente.
b) Homologação tácita
	Prazo de fiscalização passar e a fiscalização não ocorrer há a homologação tácita.
	
	Art. 150, parágrafo 4º CTN dispõe: o fisco dispõe de prazo de 5 anos para faze homologação, a contar do fato gerador.
- E se o contribuinte não declara e não paga?
	Só vai ter lançamento tributário por homologação por pagamento antecipadamente. 
	Se o pagamento não for feito, não tem o que ser homologado.
	Então, se o contribuinte não pagou antecipadamente, será aplicado as regras do lançamento tributário de ofício.
	E qual o prazo do fisco para fazer esse lançamento? 5 anos a partir do ano seguinte ao do fato gerador – aplica a regra do artigo 173, I para contar o prazo de decadência.
- Se o contribuinte declara mas não paga?
	O STJ diz que ele confessa a dívida. Então não há mais que se falar de prazo decadencial, porque o tributo está lançado. Ela constitui o crédito tributário. E abre o prazo prescricional para o Estado cobrar.

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