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modelo mandado de segurança

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��	FACULDADE MINAS GERAIS
Curso de Direito – Prática Simulada I – 7º Período �
Aula����
21/11/2012��
	Atenção: Cronograma das Atividades Finais da Prática Simulada I
	05/12/2012
	12/12/2012
	19/12/2012
	Avaliação Final - 1ª Chamada
	Avaliação Final - 2ª Chamada
	Avaliação Suplementar
Qualquer que seja a pretensão ou o ramo do direito: Petição é petição
Mandado de Segurança
Excelentíssimo Juiz de Direito em exercício na ______ Vara de Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte, Minas Gerais.
Mandado de Segurança - URGÊNCIA
Centro de Formação de Condutores Maria Macarrão Ltda., empreendimento inscrito no cadastro nacional de pessoas jurídicas sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, estabelecido na Rua XXX nº XYZ, bairro XXXXXX, CEP XXXXX-XXX, em Belo Horizonte, Minas Gerais, neste ato representado por seu Diretor, vem perante Vossa Excelência, através dos advogados nomeados no instrumento de procuração, com fundamento nos incisos XXXV, LV e LXIX da Constituição Federal e na Lei nº 12.160/2009, impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA 
COM PEDIDO LIMINAR,
em face da ilegalidade verificada na conduta do Chefe do Departamento de Trânsito de Minas Gerais, órgão sediado na Avenida João Pinheiro nº 417, bairro Funcionários, CEP 30130-180, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e diante dos fatos que passa a narrar.
O Fato Gerador.
A segurança pleiteada tem como fato gerador uma notificação promovida pela autoridade ora impetrada, anunciando que através de decisão liminar (inaudita altera parte), determinou o bloqueio técnico do acesso da impetrante ao Sistema Informatizado do DETRAN/MG, ao fundamento da constatação, em tese, de irregularidades ocorridas. No mesmo ato, a autoridade declarou que a medida adotada vigorará pelo tempo necessário para a conclusão da sindicância instaurada para apurar as alegadas irregularidades.
A supressão do acesso ao sistema informatizado também determina paralisação das atividades do empreendimento, restringindo direitos fundamentais de empreendedores, empregados e clientes, e promovendo a imediata ocorrência de danos de difícil e/ou impossível reparação, a repetirem-se enquanto a situação assim se mantiver.
Na busca por uma solução conciliatória, o empreendimento impetrante notificou a autoridade impetrada, propondo um ajustamento de conduta que viabilizasse o reinício das operações, implementando o controle alternativo através do existente sistema de registro das atividades em formulários pré-impressos.
Diante da inércia do Chefe do Departamento de Trânsito de Minas Gerais, restou ao impetrante a alternativa de busca da segurança pela via judicial, com a irremediável pretensão de obtenção da tutela jurisdicional em sede de liminar. 
A Contextualização dos Fatos.
No dia 15/09/2012, a autoridade impetrada notificou o empreendimento impetrante, comunicando o bloqueio técnico de acesso ao sistema informatizado, o que significa a determinação da paralisação das atividades do empreendimento.
Segundo a autoridade impetrada, o ato resulta de uma recomendação do Ministério Público de Minas Gerais, através de atuação da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, registrada no “Termo de Audiência” relativa ao processo nº 0024 10 000 148 6, ao fundamento da ocorrência, em teses, de irregularidades nos empreendimentos autorizados para o exercício da atividade.
A decisão foi adotada na forma inaudita altera parte, e a autoridade impetrada não apontou a irregularidade que, em tese, teria sido praticada, nem tampouco apresentou a indispensável fundamentação do ato que impôs a constrição ao exercício das atividades.
Com a falta de fundamentação do ato, o empreendimento impetrante não teve como aferir a veracidade de tudo o que foi relatado na notificação pela autoridade impetrada, e nem mesmo eventualmente contestar a indispensável subsunção dos fatos concretos à norma, o que estaria conferindo transparência à atividade administrativa.
Lado outro, a arbitrariedade assim concretizada desencadeou a ocorrência de danos que vem se repetindo desde que tornou-se publica, eis que, diante da impossibilidade de fornecimento do serviço contratado, diversos alunos do empreendimento solicitaram o cancelamento de suas matriculas e a devolução dos valores pagos.
A interrupção do faturamento retira a capacidade de pagamento de funcionarios e credores, impede a satisfação do empreendedor, e cria riscos não imanente aos negócios.
O ato é arbitrário, viola o contraditório e a ampla defesa, não observa os princípios constitucionalmente exigidos, constitui uma afronta ao artigo 170 da Constituição Federal, e em face das restrições que impõe, resulta graves repercussões sociaia e empresariais.
O direito.
Necessitando da concessão de liminar em caráter de urgência, a impetrante passa a demonstrar a presença dos requisitos exigidos no mandado de segurança: 
- a relevância do fundamento do pedido, e 
- a ineficácia da medida, caso a segurança seja deferida somente na sentença de mérito. 
Relevância do fundamento do pedido.
A relevância da fundamentação faz-se presente, uma vez que afigura-se como ilegal a decisão de liminarmente restringir os direitos da impetrante, vez que a legalidade do desenvolvimento do ato exige devido processo legal, o que asseguraria uma decisão condenatória proferida através de um procedimento onde certamente se revelariam a ampla defesa e a participação do empreendimento impetrante, em contraditório.
Nesse sentido, sobressaem as garantias constitucionais não respeitadas pela autoridade impetrada, valendo ressaltar:
- a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito, e tem como um de seus fundamentos os valores sociais do trabalho;
- a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna;
- aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, o contraditorio e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
- a administração pública obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Também sobressai a falta de motivação do ato, obrigação que, quando cumprida, traz à evidência os motivos de fato e os fundamentos jurídicos em que se apoiou o administrador para justificar sua decisão, e que é concebida como corolário do Estado Democrático de Direito, estando inserida entre os postulados constitucionais sobre o qual deve estar pautada toda a atividade administrativa.
Ausente a motivação que permitiria a avaliação da razoabilidade do ato, possibilitando ao empreendimento impetrante compreender a medida adotada, entendendo-a como instrumento de alcance das finalidades consignadas na lei. Seria a visualização da subsunção do fato à norma, o que não aconteceu neste caso.
A autoridade impetrada não indicou o dispositivo legal que autorizou a decisão liminar restritiva de direitos, muito especialmente considerando a gravidade das consequencias imanentes a atos desta natureza.
Por fim, e em qualquer hipótese, sobressai a presunção da inocência que não pode ser superada pela instauração de uma “Sindicância Administrativa”, princípio que garante que ninguem pode ser considerado culpado sem prévia condenação judicial, na qual tenha sido assegurado o contraditório e a ampla defesa, e que já contenha a força do trânsito em julgado.
Ineficácia da medida, caso a segurança seja deferida somente na sentença de mérito.
Repetidas vênias, ressalte-se que a supressão do acesso ao sistema informatizado também determina paralisação das atividades do empreendimento, restringindo direitos fundamentais de empreendedores, empregados e clientes, e promovendo a imediata ocorrência de danos de difícil e/ou impossível reparação, a repetirem-se enquanto a situação assim se mantiver.
Inúmeros são os candidatosà obtenção de habilitação que contrataram os serviços da empresa ora impetrante, matriculando-se nos cursos de capacitação teórica e prática para a condução de veículos automotores, pagando pelos serviços contratados.
Constatada a impossibilidade de prestação dos serviços, e muito especialmente a publicidade da medida extrema adotada, diversos alunos do empreendimento solicitaram o cancelamento de suas matriculas e a devolução dos valores pagos.
A falta do faturamento por motivos alheios à vontade do empreendedor, retira-lhe a subsistência, impede o pagamento de salários aos funcionarios, a liquidação de obrigações com os credores, e cria risco estranhos à natureza do negócio.
Face ao exposto, a impetrante pede:
– a concessão, "in limine", a segurança pleireada, ordenando a imediata suspensão do ato coator, assegurando ao empreendimento impetrante o gozo de todas as suas prerrogativas, notadamente o acesso ao sistema informatizado do DETRAN/MG; 
– em consequência, a ordem de notificação ao Chefe do Departamento de Trânsito de Minas Gerais para, querendo, prestar as informações que julgar necessárias;
– após ouvido o Ministério Público, a concessão da segurança na forma definitiva através de sentença de mérito, tornando sem efeito a notificação objeto desta demanda. . 
Dá-se à presente causa, para efeitos fiscais e de alçada, o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Termos em que pede deferimento
Belo Horizonte, 21 de novembro de 2012
Nome do Advogado
OAB/MG – XX.XXX
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