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História e Conceitos da Farmacologia

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20.000 anos a.C.: início (curandeiros)
Séculos II-I a.C.: Dioscórides descreveu 600 plantas medicinais
Séculos XV e XVI: Paracelso (uso de poucas substâncias)
Século XIX: grandes avanços
Século XX: suspeita do efeito placebo, da ocorrência de problemas, influência econômica e necessidade de vigilância
1980: torna-se evidente a ineficácia da vigilância
FARMACOLOGIA - HISTÓRICO
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Farmacocinética: absorção, distribuição, metabolismo e excreção dos fármacos
Farmacodinâmica: processo de atuação dos fármacos
Farmacognosia: matéria-prima dos fármacos
Farmacotécnica: preparação dos medicamentos 
Farmacoterapia: aplicação dos medicamentos 
Toxicologia: efeitos tóxicos, etc.
FARMACOLOGIA
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Fármaco: substância de estrutura química definida que modifica estados fisiológicos ou patológicos, com objetivo de beneficiar o organismo.
Medicamento: substância ou conjunto de substâncias que modificam estados fisiológicos ou patológicos, com objetivo de beneficiar o organismo.
	Princípio ativo
	Coadjuvante (terapêutico ou técnico)
	Veículo ou excipiente
Remédio: todo recurso utilizado com intenção de combater a dor ou a doença.
CONCEITOS IMPORTANTES
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Droga: toda substância que modifica sistemas fisiológicos ou patológicos, utilizada com ou sem intenção de benefício ou como instrumento de investigação científica.
Tóxico (veneno): toda substância capaz de lesar o organismo.
Forma Farmacêutica: forma de 
apresentação do medicamento 
cuja finalidade é liberar dentro 
do organismo o princípio ativo 
nela contido.
Disponível em: <http://www.logosdictionary.org/pls/dictionary/new_dictionary.kdic.main?phrase_code=5997222 > Acesso em 22 nov. 2011
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Efeitos: resultado do mecanismo de ação.
Efeito Colateral: efeitos indesejados (frequentes ou incomuns – idiossincrasia).
Contra-Indicações: situações em que torna-se inviável a administração da droga.
Dose: quantidade do fármaco administrado em relação ao peso ou ao volume.
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PROCESSO DE AÇÃO DOS FÁRMACOS
Sangue
Local de administração
Fígado
Rins
Local de ação
Outros tecidos
Absorção
Biotransformação
Excreção
Fármaco 
livre
Fármaco ligado
Fármaco
 livre
Fármaco ligado
Metabólitos
Distribuição
Distribuição
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ABSORÇÃO
Passagem do fármaco do local de administração para a circulação
Depende da capacidade do fármaco de atravessar as membranas biológicas através de:
Difusão simples através dos lipídios ou dos poros, 
Transporte ativo, Pinocitose
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Gradiente 
de concentração
energia
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1. TAMANHO
Substâncias pequenas são absorvidas mais facilmente
2. VIA DE ADMINISTRAÇÃO
VIA ORAL
Solução  Suspensão  Pós  Cápsula*  Comprimidos*  Drágeas*
* Sofrem desintegração, desagregação e dissolução. 
OBS: formulações de liberação lenta: menor velocidade de desintegração e dissolução.
FATORES QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO
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VIA ORAL
Vantagens: baixo custo, indolor, maior segurança, esquema terapêutico independe de profissionais, fácil absorção
Desvantagens: irritação de mucosas, necessidade de cooperação do paciente. Algumas drogas sofrem intenso metabolismo de primeira passagem.
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METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM
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VIAS PARENTERAIS 
Intramuscular (IM)
Vantagens: rápida absorção, possível administração
em pacientes inconscientes
Desvantagens: dor, lesão muscular, resposta inflamatória, depende de um profissional
Intravenosa (IV)
Vantagens: não há fase de absorção, efeitos rápidos, controle da dose
Desvantagens: possibilidade de superdosagem, risco de embolia, inadequada para substâncias insolúveis
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Subcutânea (SC)
Vantagens: absorção lenta e constante, 
Desvantagens: irritação e dor local
Intraperitonial (IP)
Vantagens: rápida absorção
Desvantagens: risco de infecção
Outras: intra-arterial, intracardíaca, intratecal (espaço subaracnóide espinal)
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ADMINISTRAÇÃO PELAS MUCOSAS
Via pulmonar
Administração de substâncias voláteis
Vias sublingual e retal
Evita o metabolismo de primeira passagem
Uso tópico
Ação local, mas podem alcançar a circulação
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3. VASCULARIZAÇÃO LOCAL
Quanto maior a vascularização, maior a absorção dos medicamentos.
4. LIPOSSOLUBILIDADE DA DROGA
Depende do pH da meio e do pka da droga
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No caso de um ácido fraco:
pKa = pH – log 
No caso de uma base fraca:
pKa = pH – log 
Portanto: ácidos fracos são absorvidos no estômago (pH 1-3) e no duodeno (pH 4-6); enquanto bases fracas são absorvidas no jejuno (pH 6-7)e no íleo (pH 7-8).
EQUAÇÃO DE HENDERSON-HASSELBACH
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LIGAÇÃO DAS DROGAS ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
Reservatório de droga
Depende de:
concentração da droga no plasma; 
afinidade pelos locais de ligação;
concentração das proteínas;
número de locais de ação;
caráter ácido ou base do fármaco.
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Principais proteínas
Fármacos ácidos: albumina 
Fármacos básicos: glicoproteína 1-ácida. 
Características 
 Processo reversível;
 Não obrigatório; 
 Responde à lei da ação das massas
[M] + [P]  [MP]
 Processo pouco seletivo  risco de interações medicamentosas. 
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Consequências
diminuição da concentração da droga nos tecidos e locais de ação; 
diminuição da filtração glomerular; 
diminuição da biotransformação. 
aumento da meia-vida do fármaco (tempo necessário para que a concentração da droga se reduza à metade).
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DISTRIBUIÇÃO
Passagem da droga do compartimento vascular para os tecidos e órgãos. 
Depende da natureza do medicamento e da vascularização local
Obstáculos: barreiras hematoencefálica, hematoliquórica e hematoplacentária
REDISTRIBUIÇÃO: Passagem do medicamento de um local para outros
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Volume de distribuição (Vd)
Volume da substância que se distribui no organismo:
Vd (l/kg) = 
Onde DA é a quantidade da droga administrada e Cp, sua concentração plasmática. 
Quanto maior a concentração plasmática, menor o volume de distribuição  fármacos de elevado PM ou grande capacidade de ligação às proteínas plasmáticas têm menor Vd.
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BIOTRANSFORMAÇÃO OU METABOLISMO
		 Biotransformação
 Droga ativa				 Droga inativa	 apolar polar
 					 Excreção
	 			 	
		 Biotransformação
 Pró-droga				 Droga ativa	inativa 
Exemplo: azatropina mercaptopurina 
			fenacetina  paracetamol 
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BIOTRANSFORMAÇÃO OU METABOLISMO
Consequências
Facilita a eliminação das drogas
Controla os níveis plasmáticos da substância; 
Locais
Pulmão, pele, rins, TGI, fígado
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VIAS DE METABOLISMO
FASE I: REL  reações de oxidação, redução e hidrólise (inserem grupos reativos)
		
			
FASE II: Citoplasma  reações de acetilação, metilação, sulfatação (inserem grupos que diminuem a lipossolubilidade)
	
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FATORES QUE INTERFEREM NO METABOLISMO
Espécie e variação individual  Genética: responsável pelas respostas idiossincrásicas
Idade  variações na produção enzimática
Estados patológicos
Deficiências nutricionais
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FATORES QUE INTERFEREM NO METABOLISMO
Indutores enzimáticos: são substâncias que aumentam o metabolismo dos fármacos e diminuem sua meia-vida.
Processo lento, de intensidade variável, saturável e reversível
	Exemplo: fenobarbital e fenitoína
	Pode levar à tolerância: necessidade de doses maiores
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FATORES QUE INTERFEREM NO METABOLISMO
Inibidores enzimáticos: são substâncias que diminuem o metabolismo dos fármacos e aumentam sua meia-vida.
Mecanismo: destruição de enzimas, inibição da síntese de enzimas e inativação do complexo dorga-enzima
	Exemplo: CCl4, anticolinesterásicos e dissulfiram
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BIODISPONIBILIDADE
Fração do medicamento que atinge a circulação
Determina:
a quantidade de medicamento que se liga ao local de ação, a intensidade, o tempo de latência e a duração dos efeitos
Atenção: BIODISPONIBILIDADE  BIOEQUIVALÊNCIA
Bioequivalência: quando duas drogas apresentam os mesmos parâmetros de biodisponibilidade.
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BIODISPONIBILIDADE
Curva de nível sérico, sanguíneo ou plasmático: elaborada após a administração do medicamento. 
Parâmetros: 
Pico de concentração máxima: concentração mais elevada 
Tempo de concentração máxima: tempo em que ocorre a concentração máxima na circulação
Área sob a curva: quantidade ativa da droga durante um intervalo de tempo.
Nível plasmático efetivo (NPE): concentração mínima suficiente para promover os efeitos
Concentração máxima tolerada (CMT): início dos efeitos tóxicos.
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CMT: concentração máxima tolerada 
NPE: nível plasmático efetivo
Curva de concentração plasmática
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Curva de concentração plasmática da tetraciclina em diferentes condições
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Curva de concentração plasmática da lincomicina em diferentes condições
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EXCREÇÃO
Eliminação do fármaco do organismo, pelo suor, lágrima, pulmões e rins. 
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Os fármacos, no néfron, passam pelos processos de FG, RT e ST 
Filtração glomerular: passagem de todo medicamento livre do plasma para o néfron. Depende apenas do PM.
Reabsorção tubular: passagem do medicamento do néfron para o plasma. Depende do PM e de características físico-químicas (lipossolubilidade).
Secreção tubular: processo ativo e pouco seletivo. Tem transportadores para ácidos e bases fracas.
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Graças à reabsorção, a meia-vida do fármaco depende também do pH urinário:
Fármaco ácido: reabsorvido em urina ácida e eliminado em urina básica
Fármaco básico: reabsorvido em urina básica e eliminado em urina ácida

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