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Economia e Negócios Wanderley Gonçalves Economia e Negócios E co n o m ia e N eg óc io s Fundação Biblioteca Nacional ISBN 978-85-387-2972-3 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Wanderley Gonçalves Economia e Negócios IESDE Brasil S.A. Curitiba 2012 Edição revisada Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br © 2008 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autori zação por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ G624e Gonçalves, Wanderley Economia e negócios / Wanderley Gonçalves. - 1.ed., rev. - Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012. 190p. : 24 cm Inclui bibliografia ISBN 978-85-387-2972-3 1. Economia. 2. Demanda (Teoria econômica) I. Título. 12-5021. CDD: 330 CDU: 330 12.07.12 30.07.12 037451 Capa: IESDE Brasil S.A. Imagem da capa: IESDE Brasil S.A. IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br Todos os direitos reservados. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Wanderley Gonçalves Pós-graduado em Administração de Empresas pela Universidade São Judas Tadeu (USJT/SP). Bacharel em Ciências Econômicas pela Facul- dade de Economia, Administração e Contabili- dade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). Professor emérito dos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid/SP). Diretor do curso de Ciências Contábeis e coordenador dos cursos tecnológicos da área de comércio e gestão da Unicid/SP. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io Preferências individuais e restrição orçamentária 11 12 | Curva de indiferença 14 | Restrição orçamentária 17 | O equilíbrio do consumidor O estudo da demanda de mercado 23 23 | Introdução: o mercado 25 | A demanda 30 | O excedente do consumidor O estudo da oferta de mercado 39 39 | Introdução 41 | A oferta 47 | O excedente do produtor O equilíbrio do mercado 53 53 | Introdução 54 | A demanda e a oferta: determinação do equilíbrio 58 | Características fundamentais do preço de equilíbrio 59 | Alterações no ponto de equilíbrio em razão de mudanças (deslocamentos) da oferta e da demanda 64 | O equilíbrio de mercado demonstrado algebricamente O estudo da elasticidade-preço da demanda 71 71 | Introdução 72 | Observações sobre o coeficiente da elasticidade-preço da demanda 75 | Tipos de demanda 77 | Os casos extremos 78 | A elasticidade-preço da demanda e a receita total Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br A produção 89 89 | Introdução 89 | O que é produção? 95 | Produção Total 96 | Produção Marginal 96 | Produção Média 102 | Análise do comportamento da Produção Marginal e da Produção Média: Lei dos Rendimentos Decrescentes 103 | Renda marginal e custo marginal Os custos da produção 109 109 | Introdução 109 | O curto prazo e os custos de produção 111 | Custo total e produção total 116 | Os custos médios (unitários) 120 | O custo marginal por unidade e o rendimento marginal por unidade 125 | O ponto de máximo lucro da firma no curto prazo O estudo da margem de contribuição 133 133 | Introdução 135 | Fórmula para cálculo 142 | O uso da margem de contribuição para a tomada de decisões Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io Análise do ponto de equilíbrio 151 151 | Caracterização do ponto de equilíbrio 163 | O ponto de equilíbrio para vários produtos 166 | Custo total para mix de produção 167 | A Margem de Segurança Operacional (MSO) As diferentes estruturas de mercado 173 173 | Introdução 173 | Mercado de concorrência perfeita – caracterização 177 | Monopólio – caracterização 179 | Concorrência monopolista – caracterização 181 | Oligopólio – caracterização Referências 189 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Apresentação Vivemos em um mundo no qual a multiplici- dade das mudanças é uma constância. Mudar é imperioso para se manter vivo e competitivo no mercado. Dentro dessa lógica desenvolvemos o conteúdo do presente livro, buscando enfatizar a essen- cialidade do conhecimento microeconômico, especificando e exemplificando as principais ferramentas que nos são fornecidas pela Ciência Econômica, principalmente no que tange a sua utilização na tomada de decisões. Buscamos, adicionalmente, ter compromisso com o aprendizado do aluno, valendo-nos de uma linguagem simples e objetiva cuja finalida- de foi tornar o tecnicismo da linguagem econô- mica em algo fluido e agradável. Para tanto, o livro possui uma sequência de assuntos que se integram em um todo harmônico. No Capítulo I abordaremos as preferências do consumidor e as limitações impostas por sua restrição orçamentária. O Capítulo II é dedicado ao estudo do mercado e, dentro deste, o comportamento do consumi- dor, evidenciando-se a demanda de mercado. No Capítulo III estudaremos a oferta de merca- do e suas principais determinantes. Dedicamos o Capítulo IV ao estudo do equilí- brio de mercado por meio da interação entre demanda e oferta. E conom ia e N egócios Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br No Capítulo V estudaremos um importante ins- trumento para tomada de decisões, qual seja a elasticidade-preço da demanda. O Capítulo VI é reservado ao estudo do primeiro fenômeno da vida econômica; a produção, seus elementos e o papel desempenhado pela firma nesse processo. No Capítulo VII abordaremos os custos da pro- dução, sua composição e as correlações dessas com a produção. Já no Capítulo VIII estudaremos outra impor- tante ferramenta para tomada de decisões, qual seja a margem de contribuição. No Capítulo IX efetuaremos a análise do ponto de equilíbrio, partindo do seu cálculo e da sua importância para a tomada de decisão por parte das empresas. Finalmente, no Capítulo X estudaremos as di- ferentes estruturas de mercado e o comporta- mento dos demandantes e dos ofertantes em cada uma dessas estruturas. Boa leitura E conom ia e N egócios Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Preferências individuais e restrição orçamentária Após estudar este capítulo você deverá estar apto(a) a: identificar as formas pelas quais o consumidor procede para maximi- zar sua utilidade; entender como a limitação de renda e os preços interferem na maximi- zação da utilidade e da satisfação do consumidor; desenvolver as competências e habilidades necessárias para identificar e analisar a situação de equilíbrio do consumidor, bem comoos fatores que determinam esse equilíbrio. Introdução A Ciência Econômica debate-se com a essência do problema econômico, consubstanciado na dicotomia existente entre recursos de produção e neces- sidades humanas. Em outras palavras, sabemos que enquanto os recursos de produção são escassos, as necessidades humanas são ilimitadas, insaciáveis (o ser humano jamais se contenta plenamente com o nível de bem-estar material atingido, ele quer mais). Essa máxima aplica-se também ao consumidor, principalmente pelo cer- ceamento provocado pelo seu poder limitado de compra. As pessoas, na maior parte das vezes, desejam adquirir bens e/ou serviços que não podem adquirir, devido, principalmente, a sua restrição orçamentária (renda). Assim, o que se pretende a partir desse ponto é estudar como o consu- midor procede para, limitado pelo seu nível de renda e pelos preços dos bens e/ou serviços que pretende adquirir no mercado, maximizar sua utili- dade ou satisfação. Para tanto estudaremos o comportamento do consumidor perante dois instrumentos fundamentais, quais sejam: a curva de indiferença e a restrição orçamentária. 11Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 12 Preferências individuais e restrição orçamentária Curva de indiferença A curva de indiferença mostra as combinações de dois produtos X e Y que provocarão a mesma satisfação e utilidade total a um consumidor. É, portanto, um instrumental gráfico que ilustra as preferências do consumidor. Representa as diferentes combinações de bens que fornecem ao consu- midor o mesmo nível de utilidade. Vamos a um exemplo numérico que nos fará compreender melhor o que foi afirmado. Suponha que os dados abaixo representem as combinações entre dois bens: carne bovina e carne de frango, que proporcionam a mesma satisfação e utilidade total a um consumidor. Combinações Carne bovina (kg) Carne de frango (kg) A 2 8 B 3 5 C 5 3 Se transferirmos os dados da tabela acima para um plano cartesiano no qual registraremos no eixo horizontal carne bovina e no vertical carne de frango, estaremos construindo a curva da indiferença para esse consumidor. Assim: Gráfico 1 – Curva de indiferença curva de indiferença carne bovina (kg) ca rn e de fr an go (k g) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 13 Preferências individuais e restrição orçamentária Algumas características To do ponto localizado sobre a curva de indiferença representa uma combinação dos produtos carne bovina e carne de frango, sendo que todas essas possíveis combinações são igualmente satisfatórias e pro- movem a mesma utilidade ao consumidor. Por isso, para o consumidor é indiferente estar no ponto A, B ou C, ou ainda em qualquer outro ponto que represente qualquer outra possível com- binação desde que esse ponto localize-se sobre a curva. A sua utilidade total e satisfação serão as mesmas. As curvas de indiferença têm inclinação decrescente. No momento em que a utilidade total permanece inalterada, o consumidor só estará dis- posto a reduzir, no nosso exemplo, o consumo de carne de frango se puder aumentar o consumo de carne bovina. Logo, carne de frango e carne bovina são variáveis que se correlacionam inversamente em uma curva que representa variáveis inversamente relacio- nadas com inclinação decrescente. Cada curva de indiferença representa determinado nível de utilidade: quanto mais alta a curva de indiferença, maior a satisfação que o con- sumidor pode obter no consumo dos dois bens, no caso, carne bovina e carne de frango. Mapa de indiferença De posse da definição de curva de indiferença, é possível construirmos o mapa de indiferença, ou seja, o conjunto de curvas de indiferença, represen- tando cada uma um dado nível de bem-estar, satisfação e utilidade total do consumidor. Assim, graficamente representamos: Gráfico 2 – Mapa de indiferença ca rn e de fr an go (k g) carne bovina (kg) 0 1 2 3 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 14 Preferências individuais e restrição orçamentária O mapa de indiferença traz dentro de si inúmeras infinitas curvas de indiferença. Importante salientar alguns aspectos fundamentais do mapa de indife- rença e das curvas a ele associadas: Qualquer curva situada à direita de quaisquer outras, portanto, mais alta, proporciona ao consumidor um nível de bem-estar maior. Exem- plo: o nível de bem-estar do consumidor em U3 é maior do que em U2. Analogamente, qualquer curva situada à esquerda de qualquer outra, portanto, mais baixa, proporciona ao consumidor um nível de bem- -estar menor. Dessa maneira, o nível de bem-estar do consumidor em U2 é menor do que em U3. Indiferença significa deslocar-se ao longo da curva de indiferença. Exemplo: é indiferente para o consumidor, no nosso exemplo, consu- mir uma combinação de 8kg de carne de frango e 2kg de carne bovina constante na combinação A, ou 5kg de carne de frango e 3kg de carne bovina, conforme constante na combinação B. O seu grau de utilidade e de satisfação será o mesmo. Preferência significa deslocar-se para curvas cada vez mais altas, ou cada vez mais à direita da origem dos eixos cartesianos. No exemplo, seria pas- sar de U0 para U1, deste para U2, U3, e assim sucessivamente. Restrição orçamentária Como vimos, a curva de indiferença demonstra o conjunto de bens e serviços que o consumidor deseja adquirir, considerando apenas as suas preferências subjetivas, com a finalidade de atender e maximizar sua utili- dade ou satisfação. Já a restrição orçamentária é o montante de renda disponível do consumi- dor, em dado período de tempo, que limita as possibilidades de consumo, condicionando o que ele pode gastar. Assim: Curva da indiferença Conjunto de bens e serviços que o consumidor deseja adquirir e Restrição orçamentária Conjunto de bens e serviços que o consumidor pode adquirir Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 15 Preferências individuais e restrição orçamentária Essa constatação permite-nos definir a reta orçamentária ou linha de preços como as combinações máximas possíveis de bens e serviços a serem adquiridos, dados a renda do consumidor e os preços dos bens. De forma análoga à Curva de Indiferença, é possível também demonstrar graficamente o Perfil da Reta Orçamentária. Valendo-nos do mesmo exemplo da carne bovina e da carne de frango e supomos que o nosso consumidor possua uma renda de R$70,00 para gastar em carne de frango e carne bovina, e que o preço do quilo da carne bovina seja R$10,00, e o da carne de frango seja R$8,00. Dessa maneira, serão pos- síveis ao nosso consumidor as seguintes combinações entre carne bovina e carne de frango: Caso opte por adquirir somente carne bovina será possível ao nosso con- sumidor comprar 7kg, ou seja, R$70,00 que é sua Renda Total dividido por R$10,00 que é o preço de cada kg de carne bovina. Ato contínuo, caso opte por adquirir somente carne de frango ser-lhe-á possível adquirir 8,75kg, ou seja, R$70,00 que é sua Renda Total dividida por R$8,00 que é o preço do kg da carne de frango. Outras combinações também são possíveis; vamos a elas: O nosso consumidor poderá optar por adquirir 2kg de carne bovina; nesse caso, consumirá R$20,00 de sua renda já que cada quilo de carne bovina tem um preço de R$10,00. Como sua renda é de R$70,00 sobram-lhe R$50,00 que permitem ao nosso consumidor adquirir 6,25kg de carne de frango, ou seja, R$50,00 dividido por R$8,00, que é o preço do kg da carne de frango. Se a opção do nosso consumidor for a de adquirir 3kgde carne bovina ele consumirá R$30,00 de sua renda, ou seja, R$10,00 x 3 = R$30,00. Da mesma forma com uma renda de R$70,00 sobram-lhe R$40,00 que permite ao nosso consumidor adquirir 5kg de carne de frango, ou seja, R$40,00 divididos por R$8,00, que é o preço do kg de carne de frango. Sequencialmente, caso opte por adquirir 5kg de carne bovina consumirá R$50,00 de sua renda, ou seja, R$10,00 x 5 = R$50,00. Nessa situação com uma renda de R$70,00 sobram-lhe R$20,00, que permitem ao nosso consumidor adquirir 2,5kg de carne de frango, ou seja, R$20,00 divididos por R$8,00 que é o preço do kg da carne de frango. Transportando esses dados para uma tabela e, posteriormente, para um plano cartesiano é possível obter-se o gráfico da Restrição Orçamentária (Reta Orçamentária). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 16 Preferências individuais e restrição orçamentária Assim: Combinações Carne bovina (kg) Carne de frango (kg) A 7 0 B 0 8,75 C 2 6,25 D 3 5 E 5 2,5 Gráfico 3 – Restrição orçamentária A C D E B 2,50 5 0 2 3 5 7 6,25 8,75 Restrição Orçamentária (Reta Orçamentária) carne bovina (kg) ca rn e de fr an go (k g) Examinando esse gráfico constatamos que a reta orçamentária (RO) re- presenta os pontos nos quais o consumidor dispende toda a sua renda. Ato contínuo, os pontos localizados abaixo da reta demonstram um con- sumidor que está gastando abaixo do que poderia. Da mesma forma, pontos acima, ou além da reta orçamentária, denotam uma situação em que o con- sumidor não tem condições de adquirir os bens com a renda de que dispõe, dados os preços de mercado. Em síntese: restrição orçamentária é uma curva que mostra as várias com- binações de dois produtos que um consumidor pode comprar com determi- nada renda monetária, dados os preços dos bens. Características da restrição orçamentária Com essa definição evidenciamos que renda e preços dos bens são deter- minantes fundamentais para a configuração da restrição (reta) orçamentária, abstraindo-se desse fato duas características importantes: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 17 Preferências individuais e restrição orçamentária Variações na renda – posição da reta da restrição orçamentária varia com a renda monetária, ou seja: Renda monetária Restrição orçamentária expande-se para a direita Renda monetária Restrição orçamentária retrai-se para a esquerda Variações nos preços – uma variação nos preços dos produtos tam- bém provoca variações na curva de restrição orçamentária, ou seja: Preço dos 2 produtos Renda real Curva de restrição orçamentária expande-se (desloca-se para a direita) Preço dos 2 produtos Renda real Curva de restrição orçamentá- ria retrai-se (desloca-se para a esquerda) O equilíbrio do consumidor Já evidenciamos que a curva de indiferença representa o conjunto de bens e serviços que o consumidor deseja adquirir considerando apenas suas pre- ferências subjetivas, com a finalidade de atender e maximizar sua utilidade total. Da mesma forma, a restrição orçamentária é representada pelo conjun- to de bens e serviços que o consumidor pode adquirir. Portanto, o equilíbrio do consumidor processar-se-á no ponto de tangência entre a restrição orçamentária, que representa a capacidade e o poder aquisi- tivo do consumidor; e a mais elevada curva de indiferença, que representa o desejo. Nesse ponto, que compatibiliza poder e desejo, o consumidor estará maximizando sua utilidade. Graficamente: Gráfico 4 – Curva de indiferença curva de indiferença reta de restrição orçamentária carne bovina (kg) ca rn e de fr an go (k g) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 18 Preferências individuais e restrição orçamentária Assim, o ponto de tangência (E) entre a restrição orçamentária e a mais elevada curva de indiferença representa o consumidor em equilíbrio. Nesse ponto, o consumidor estará maximizando o seu bem-estar e sua utilidade, dentro das limitações de seu orçamento. Compatibiliza-se, nesse ponto, o poder e o desejo. Finalizando, o consumidor estará maximizando a utilidade e o seu bem- -estar no ponto em que a restrição orçamentária atinge a mais elevada curva de indiferença possível. Ampliando seus conhecimentos A revolução dos compact discs (CDs) (McCONNEL; BRUE, 1999) Os compact discs (CDs) surgiram nos Estados Unidos em 1983. Eles revolucionaram a indústria musical de venda de varejo, fazendo com que os discos de vinil praticamente desaparecessem. Em 1983, menos de 1 milhão de CDs e quase 210 milhões de discos de vinil foram vendidos nos Estados Unidos. Entretanto, em 1997, mais de 500 milhões de CDs foram vendidos, e as vendas de discos de vinil despencaram para menos de 2 milhões de unidades. Duas razões explicam essa mudança: 1. Mudança na preferência. A qualidade superior dos CDs provocou uma maciça mudança nas preferências dos consumidores de LPs para CDs. Os CDs são tocados com um feixe de raio laser, e não com agulha fonográfica, e desse modo são quase insensíveis aos arranhões e ao desgaste que danificam os LPs. Os CDs também pos- sibilitam um maior alcance de som e maior nitidez. Eles também podem conter muito mais músicas do que os LPs. Todas essas ca- racterísticas fizeram os CDs preferíveis aos discos de vinil. 2. Reduções nos preços dos CD players. Embora os preços dos CDs não tenham diminuído de forma significativa, os preços dos apa- relhos de CD diminuíram bastante. Na década passada, eles custa- vam, nos Estados Unidos, $1.000 ou mais, mas agora a maioria dos CD players é vendida por $200. Enquanto os CDs e os LPs são bens Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 19 Preferências individuais e restrição orçamentária substitutos, os CDs e os CD players são bens complementares. Assim, a diminuição dos preços dos aparelhos de CD tem aumentado a demanda por CDs. Em suma, uma variação nas preferências dos consumidores baseada em mudanças tecnológicas associada a uma ampla redução nos preços dos aparelhos de CD revolucionaram o mercado de varejo de música. Atividades de aplicação 1. Os pontos localizados sobre a curva de indiferença representam: a) possíveis combinações entre dois produtos que promovem a mesma utilidade ao consumidor. b) as possibilidades de consumo de uma pessoa dada a sua restrição orçamentária. c) possíveis combinações entre dois produtos que promovem dife- rentes graus de utilidade e satisfação ao consumidor. d) possíveis combinações entre dois produtos que o consumidor não deseja adquirir. 2. Com relação à restrição orçamentária, podemos afirmar: a) representa o conjunto de bens que o consumidor deseja adquirir em razão de suas preferências subjetivas. b) representa as preferências individuais do consumidor. c) é o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de tempo, que limita as possibilidades de consumo, condicionando o que ele pode gastar. d) renda e preços dos bens não interferem na configuração da restrição orçamentária nem no que o consumidor pode ou não adquirir. 3. O ponto em que o consumidor estará maximizando a utilidade e o seu bem-estar encontra-se: a) na tangência entre a restrição orçamentária e qualquer curva de indiferença. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 20 Preferências individuais e restrição orçamentária b) na tangência entre a restrição orçamentária e a mais elevada curva de indiferença possível. c) na tangência entre arestrição orçamentária e a mais baixa curva de indiferença. d) em qualquer ponto localizado sobre a reta orçamentária. 4. Abaixo são colocadas algumas afirmações. Atribua V às afirmações ver- dadeiras e F às falsas: variações nos preços dos produtos não interferem na restrição )( orçamentária do consumidor. a restrição orçamentária representa o conjunto de bens e serviços )( que o consumidor pode adquirir. a curva de indiferença representa o conjunto de bens e serviços )( que o consumidor deseja adquirir. o mapa de indiferença representa o conjunto de curvas de indi- )( ferença do consumidor. Gabarito 1. A 2. C 3. B 4. a) Falso (F) b) Verdadeiro (V) c) Verdadeiro (V) d) Verdadeiro (V) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 21 Preferências individuais e restrição orçamentária Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado Após estudar este capítulo você deverá estar apto(a) a: estudar o mercado como uma entidade abstrata e sem fronteiras visíveis; compreender o comportamento do consumidor no mercado; desenvolver competências e habilidades que lhe permitam entender um dos lados do mercado, representado pelos demandantes (compra- dores); identificar e compreender a relação inversa entre preço e quantidade demandada; compreender o que representa o excedente do consumidor e como se forma. Introdução: o mercado Antes de entrarmos no estudo específico da demanda de mercado, faz-se necessário tecer comentários e conceituar o que vem a ser mercado. Mercado é uma entidade abstrata, sem fronteiras visíveis, em que se pro- cessam as transações entre demandantes e ofertantes. As transações aqui retratadas dizem respeito à compra e à venda de bens, serviços, fatores de produção etc. Assim, podemos entender mercado como um local, o “ponto de encontro” entre compradores e vendedores que ali comparecem para realizar transações. Segundo Mankiw (2005, p. 64) [...] um mercado é um grupo de compradores e vendedores de um determinado bem ou serviço. Os compradores, como grupo, determinam a demanda pelo produto; e os vendedores, como grupo, determinam a oferta pelo produto. Sabemos de antemão que existem diversos tipos de mercado, desde os que comportam muitos ofertantes com muitos demandantes, até os que possuem a totalidade da oferta concentrada em uma única empresa. No presente trabalho, ocupar-nos-emos em estudar uma estrutura de mercado 23Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 24 conhecida por mercado competitivo; qual seja, uma estrutura de mercado onde existe um grande número de compradores e de vendedores, que não possuem, individualmente, condições de alterar o estado geral do mercado. Trata-se de uma estrutura de mercado no qual é o próprio mercado, por meio das forças de oferta e demanda, que determina o preço. Em outras palavras, o mercado, por meio das forças de oferta e de deman- da, compatibiliza o impasse existente entre o comportamento racional do consumidor e o comportamento racional do produtor. Logo: Comportamento racional do ofertante (produtor) = Maximizar lucro Busca vender pelo maior preço possível X Comportamento racional do deman- dante (comprador) = Maximizar renda Busca comprar pelo me-nor preço possível Mercado Oferta X demanda Compatibiliza interesses conflitantes A compatibilização dos interesses conflitantes de ofertantes e demandantes promovida pelo mercado processa-se da seguinte forma: somente permane- cerão e participarão de um determinado mercado os ofertantes que conse- guirem oferecer um determinado bem ou serviço a um preço igual ou infe- rior ao preço estabelecido pelo mercado; bem como somente permanecerão e participarão desse mesmo mercado os demandantes (consumidores) que conseguirem pagar um preço igual ou superior ao preço estabelecido pelo mercado. Trata-se, portanto, de uma situação de mercado de concorrência perfeita, ou seja, existe um grande número de ofertantes e de demandantes, transa- cionando um produto homogêneo, isto é, sem diferenciação. Um mercado no qual tanto consumidores (demandantes), como produto- res (ofertantes) guiam-se por meio de um comportamento racional; subme- tendo-se às forças de mercado (oferta e demanda). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 25 A demanda Após essa breve introdução relativa ao contexto de mercado, cabe-nos explicitar o estudo de um dos lados desse mercado, qual seja, o lado dos consumidores (demandantes) do mercado. Definição Entendemos por demanda as várias quantidades de um determinado bem ou serviço que os consumidores podem e querem adquirir; a diversos preços alternativos, em um determinado período de tempo, permanecendo tudo o mais constante; qual seja, respeitando-se a condição ceteris paribus. A condição ceteris paribus Ceteris paribus trata-se de uma expressão latina que significa “permane- cendo tudo o mais constante”. Em outras palavras, estamos limitando as variações das quantidades de- mandadas de um determinado bem ou serviço unicamente a modificações em seu preço, fazendo com que todos os demais determinantes da demanda como renda do consumidor, preços dos bens relacionados, os gostos, prefe- rências e expectativas permaneçam inalteradas. Assim procedendo, estaremos evidenciando que mudanças nas quanti- dades demandadas de um determinado bem serão resultantes de mudanças em seu preço. Além disso, devemos ter em mente, em razão da definição de demanda, que dois outros ingredientes devem estar presentes: o que os consumidores querem e o que podem adquirir. Esse fato representa que deveremos conjugar, simultaneamente, o querer e o poder; não bastando apenas querer, pois podemos desejar; todavia, se não pudermos pagar o preço estabelecido pelo mercado, não estaremos aptos a demandar. Ato contínuo, se tivermos poder, mas não desejarmos, a demanda não se efetiva também. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 26 Pela definição acima, fica-nos claro que a demanda reflete preços, pois ela se constitui de várias quantidades de um determinado bem ou serviço que os consumidores podem e querem adquirir, a diversos preços alternativos. Quais preços seriam esses? A resposta é clara. Como consumidores preferimos, dada nossa restrição orçamentária (renda), pagar sempre o menor preço possível, a fim de maxi- mizarmos nossa renda; afinal, espera-se dos consumidores um comporta- mento racional. Logo: Consumidores Comportamento racional Busca por pagar o me-nor preço possível Essa situação ilustra, para os bens normais, a configuração da Lei Geral da Demanda, que é a de que preços e quantidades demandadas variam inversamente. Portanto: Preço Quantidade demandada Preço Quantidade demandada Em resumo: Quando assumimos a condição ceteris paribus, as quantidades demanda- das de um determinado bem ou serviço dependem exclusivamente de seu preço, em uma relação inversa. Caso aumentemos o preço do bem ou serviço, a quantidade demandada diminui. Contrariamente, se reduzirmos o preço do bem ou serviço, a quanti- dade demandada aumenta. O perfil da demanda: ilustração gráfica Passaremos, a partir desse ponto, a examinar o comportamento dos con- sumidores perante as alterações de preço. Mostraremos uma escalade de- manda por meio de uma tabela e, em seguida, por meio de um gráfico, expli- citaremos o perfil da demanda. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 27 Vamos a um exemplo: Suponha que a tabela abaixo represente uma possível escala de demanda por sapatos que os consumidores podem e querem adquirir aos diversos preços alternativos, em um dado mês, respeitando-se a condição ceteris pari- bus, ou seja, permanecendo tudo o mais constante. Tabela 1 – Escala de demanda de sapatos Ponto Preço (R$) (par de sapatos) Quantidade (pares de sapatos por mês) A 80,00 60 B 90,00 50 C 100,00 40 D 110,00 30 E 120,00 20 F 130,00 10 A leitura da tabela acima obedece à Lei Geral da Demanda, que diz que quanto maior o preço, menor a quantidade demandada, ou seja: no ponto A, a um preço de R$80,00 o par de sapatos, os consumidores mostram-se dispostos e podem adquirir 60 pares de sapatos no mês. No ponto B, com elevação do preço para R$90,00 o par, os consumidores mostram-se dispostos e podem adquirir 50 pares de sapatos; uma quantidade menor do que no ponto A em razão da elevação do preço; e assim sucessivamente até o ponto F. Portanto, temos que quando o preço se eleva, a quantidade demandada diminui e quando o preço diminui, a quantidade demandada aumenta. Essa mesma situação pode ser ilustrada por meio de um gráfico. Cons- truímos um plano cartesiano em que no eixo das abscissas colocaremos as quantidades e no das ordenadas os preços. Formamos os pares orde- nados do ponto A até o F; unimos esses pontos e obtemos o perfil da curva de demanda que como veremos mostra-se descendente em relação a preços, uma vez que existe uma relação inversa entre preços e quanti- dades demandadas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 28 Assim: Gráfico 1 – Curva de demanda 130,00 80,00 120,00 110,00 100,00 90,00 preço Quantidades demandadas m en or p re ço maior quantidade quantidade demandadas Variações nas quantidades demandadas e variações da demanda É importante para a sequência de nosso trabalho distinguirmos variações nas quantidades demandadas de variações na demanda. Dessa forma: Variações nas quantidades demandadas – são variações que ocor- rem ao longo da curva de demanda provocadas unicamente por alte- rações de preço, não ocorrendo mudanças na curva de demanda. Logo, podemos exemplificar e demonstrar essa situação por meio do se- guinte gráfico: Gráfico 2 – Variações nas quantidades demandadas p2 p0 p1 q0q2 q1 preço quantidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 29 Si tuação inicial – ponto A: a um preço p0 corresponde uma quanti- dade q0. Situação final 1 – ponto B: a um preço p1, menor que p0, corresponde uma quantidade q1 maior que q0. Situação final 2 – ponto C: a um preço p2, maior que p0, corresponde uma quantidade q2 menor que q0. Conclusão: uma variação no preço, e somente no preço do bem ou do serviço, provoca movimentos ao longo da curva de demanda, não afetando e nem provocando deslocamento da mesma. Em outras palavras, variações no preço de um bem ou serviço modificam apenas as quantidades demandadas. Caso ocorra aumento de preço haverá redução na quantidade demandada; se houver redução de preço, haverá aumento na quantidade demandada; tudo em conformidade com a Lei Geral da Demanda. Variações da demanda São variações que modificam a estrutura de demanda fazendo com que ocorram deslocamentos para mais ou para menos da curva de demanda. Essas alterações são provocadas por mudanças nos desejos (gostos) e na renda (capacidade) dos consumidores. De forma análoga às variações nas quantidades demandadas, também podemos visualizar graficamente as variações da demanda em razão das al- terações nos desejos (gostos) e na renda (capacidade) dos consumidores. Assim: Gráfico 3 – Variações da demanda DD2 D1 q1q2 q0 P0 preço quantidade Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 30 Situação inicial – ponto A: a um preço p0 corresponde a uma quanti- dade q0, dentro de uma estrutura (curva) de demanda (D). Situação final 1 – ocorre um aumento no desejo (gosto) e na renda (capacidade) dos consumidores. A curva de demanda desloca-se para a direita; vai de D para D1, onde encon- tramos o ponto B, que nos retrata que, ao mesmo preço p0, os consumidores estarão aptos e dispostos a adquirir uma quantidade q1 maior do que q0. Situação final 2 – ocorre uma diminuição no desejo (gosto) e na renda (capacidade) dos consumidores. Nesse caso, a curva de demanda desloca-se para a esquerda; vai de D para D2, onde encontramos o ponto C que nos retrata que, ao mesmo preço p0, os consumidores estarão aptos e dispostos a adquirir uma quantidade q2 menor do que q0. Conclusão: quando alteramos desejo (gosto) e renda (capacidade) dos consumidores, ocorrem mudanças na estrutura de demanda fazendo com que ao mesmo preço os consumidores estejam dispostos e aptos a adquirir quantidades diferentes de um determinado bem ou serviço. Tais alterações provocam deslocamentos para mais ou para menos da curva de demanda. O excedente do consumidor Conforme constatamos em nossos estudos até agora, os consumidores buscam satisfazer as suas necessidades e maximizar suas rendas e satisfação buscando pagar por um bem ou um serviço o menor valor possível. Dessa constatação surge a figura do excedente do consumidor que nada mais é do que a diferença entre o preço que esse consumidor está disposto a pagar por um bem ou um serviço e o preço que efetivamente paga pelo mesmo. O excedente do consumidor é o benefício líquido que o consumidor ganha por ser capaz de comprar um bem ou serviço. É a diferença entre quanto o consumidor estaria disposto a pagar e o que ele efetivamente paga. (VASCONCELOS, 2002, p. 62) Ainda sobre o assunto Robert S. Pindyck (1994, p. 144) esclarece que “ex- cedente do consumidor é a diferença entre o preço que um consumidor Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 31 estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço que realmente paga ao adquirir tal mercadoria.” A essa altura acreditamos que um exemplo hipotético seja de grande valia, vamos a ele. Suponha que os dados abaixo representam a estrutura e a escala de demanda de um bem qualquer para um consumidor qualquer: Preços (R$) Quantidades demandadas 10,00 1 9,00 2 8,00 3 7,00 4 6,00 5 Suponha adicionalmente que o preço de mercado seja R$6,00. Nessa situação, como nosso consumidor está disposto a pagar R$10,00 pela primeira unidade, e pagará somente R$6,00, pois trata-se do preço de mercado, estará auferindo um benefício ou um excedente de R$4,00 (R$10,00 – R$6,00) por essa primeira unidade. Pela segunda unidade estará auferindo um ganho de R$3,00 (R$9,00 – R$6,00) e assim sucessivamente, a tal ponto que conseguiremos ao final determinar o seu excedente total, qual seja: Excendente da 1.ª unidade R$10,00 – R$6,00 = R$4,00 Excendente da 2.ª unidade R$9,00 – R$6,00 = R$3,00 Excendente da 3.ª unidade R$8,00 – R$6,00 = R$2,00 Excendente da 4.ª unidade R$7,00 – R$6,00 = R$1,00 Excendente da 5.ª unidade R$6,00 – R$6,00 = R$0,00 Excedente total do consumidor R$4,00 + R$3,00 + R$2,00 + R$1,00 + R$0,00 = R$10,00 Podemos também demonstrar o excedente do consumidor por meio do gráficoda demanda: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 32 Logo: Gráfico 4 – Excedente do consumidor pelo gráfico da demanda Preços Quantidades Excedente do consumidor Preço de mercado 10,00 5,00 9,00 4,00 8,00 3,00 7,00 2,00 6,00 0 1 2 3 4 5 D 1,00 Nesse caso, o excedente do consumidor é demonstrado pela área hachu- rada do gráfico 4. A fim de provarmos o acima evidenciado e de deixarmos claro que o exce- dente do consumidor é realmente a diferença entre o preço que o consu- midor estaria disposto a pagar e o preço efetivamente pago pelo mesmo, vamos comparar aquilo que o consumidor estaria disposto a despender com o que realmente foi despendido. Logo: Para a 1.ª unidade: Consumidor disposto a pagar R$10,00 Para a 2.ª unidade: Consumidor disposto a pagar R$9,00 Para a 3.ª unidade: Consumidor disposto a pagar R$8,00 Para a 4.ª unidade: Consumidor disposto a pagar R$7,00 Para a 5.ª unidade: Consumidor disposto a pagar R$6,00 Consumidor disposto a um dispêndio total de: R$10,00 + R$9,00 + R$8,00 + R$7,00 + R$6,00 = R$40,00 Porém, como o preço de mercado é igual a R$6,00, essa situação pro- porciona ao consumidor adquirir as 5 unidades pagando somente R$30,00 (5 x R$6,00); gerando, portanto, para si um excedente de R$10,00 (R$40,00 – R$30,00), que é a diferença entre o que o consumidor estaria disposto a despender e o que realmente foi despendido. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 33 Ampliando seus conhecimentos Duas maneiras de reduzir a quantidade demandada de tabaco (MANKIW, 2005) Os formuladores de políticas públicas muitas vezes desejam reduzir a quantidade de cigarros consumida pelo povo. A política pode tentar atingir esse objetivo de duas maneiras. Uma maneira de reduzir o tabagismo é deslocar a curva de demanda por cigarros e outros produtos de tabaco. Os comunicados públicos, os alertas obrigatórios nas embalagens de cigarros e a proibição da publicidade de cigarros na TV são políticas que têm por objetivo reduzir a quantidade de- mandada de cigarros a cada preço. Se bem-sucedidas, essas políticas deslo- cam a curva de demanda por cigarros para a esquerda, como no painel (a) da Figura 1. Alternativamente, os formuladores de políticas podem tentar aumentar o preço dos cigarros. Se o governo taxar os fabricantes de cigarros, por exem- plo, eles repassarão grande parte da taxação para os consumidores sob a forma de preços mais elevados. Um preço maior incentivará os fumantes a reduzir o número de cigarros consumidos. Nesse caso, a redução de consu- mo não representa deslocamento da curva de demanda, mas sim um mo- vimento ao longo da curva de demanda para um ponto com preço maior e quantidade menor, como mostra o painel (b) da Figura 1. Em que medida a quantidade demandada de cigarros reage a mudanças no seu preço? Os economistas tentaram responder a essa pergunta estudan- do o que acontece quando o imposto sobre os cigarros muda. Eles descobri- ram que um aumento de 10% do preço provoca uma redução de 4% na quan- tidade demandada. Os adolescentes se mostraram especialmente sensíveis ao preço dos cigarros: um aumento de 10% do preço resulta numa queda de 12% na quantidade demandada de cigarros entre os adolescentes. Uma questão relacionada a esta é como o preço dos cigarros afeta a de- manda por drogas ilegais como a maconha. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 34 Figura 1 Deslocamentos da curva de demanda e movimen- tos ao longo da curva de demanda Se os alertas impressos nas embalagens de cigarros convencerem os fu- mantes a fumar menos, a curva de demanda por cigarros se deslocará para a esquerda. No painel (a), a curva de demanda desloca-se de D1 para D2. Ao preço de $2 por maço, a quantidade demandada cai de 20 para 10 cigarros por dia, como se vê no deslocamento do ponto A para o ponto B. Por outro lado, se um imposto aumenta o preço dos cigarros, a curva de demanda não se desloca. Em vez disso, observamos um movimento para um outro ponto da curva de demanda. No painel (b), quando o preço aumenta de $2 para $4 a quantidade demandada cai de 20 para 12 cigarros por dia, o que se reflete em um movimento do ponto A para o ponto C. (a) Deslocamento da curva de demanda (b) Movimento ao longo da curva de demanda 0 12 20 $2,00 A B Números de cigarros fumados por dia. Preço do maço de cigarros Uma política que de- sencoraje o tabagismo desloca a curva de de- manda para a esquerda 10 20 D1 D2 0 12 20 $2,00 C A Números de cigarros fumados por dia. Preço do maço de cigarros $4,00 Um imposto que au- mente o preço dos cigarros resulta em um movimento ao longo da curva de demanda 10 20 D2 Os opositores da taxação sobre cigarros argumentam que tabaco e maconha são bens substitutos, de modo que preços elevados dos cigarros encorajam o uso da maconha. Por outro lado, especialistas em dependência química veem o cigarro como uma “droga de entrada” que leva os jovens a experimentar outras substâncias nocivas à saúde. A maioria dos estudos com dados é consistente com essa última visão: constataram que menores preços dos cigarros estão as- sociados a um maior uso de maconha. Em outras palavras, tabaco e maconha parecem mais ser bens complementares do que propriamente substitutos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 35 Atividades de aplicação 1. Por mercado, entendemos: a) o ponto de encontro entre demandantes e ofertantes que ali com- parecem para realizar transações. b) um local preestabelecido em que produtores e ofertantes realizam transações. c) o ponto de encontro entre os demandantes. d) o ponto de encontro entre os ofertantes. 2. O comportamento racional do consumidor (demandante) associa-se à: a) busca por pagar o maior preço possível. b) busca por pagar o menor preço possível. c) busca da maximização do lucro dos ofertantes. d) busca da satisfação do ofertante. 3. Preços e quantidades demandadas são variáveis: a) que não se correlacionam. b) correlacionam-se diretamente. c) variam no mesmo sentido. d) correlacionam-se inversamente. 4. Alterações nos preços e somente nos preços dos bens e/ou serviços provocam: a) alterações na curva de demanda, provocando deslocamentos da mesma para mais ou para menos. b) não provocam quaisquer impactos sejam nas curvas de demanda ou nas quantidades demandadas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 36 c) provocam alterações nas quantidades demandadas, não provo- cando deslocamentos na curva de demanda. d) provocam deslocamentos das curvas de demanda e alterações nas quantidades demandadas. 5. A diferença entre o preço que o consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço que realmente paga pela mesma quan- do a adquire conceitua o: a) excedente do produtor. b) curva de demanda. c) curva de oferta. d) excedente do consumidor. Gabarito 1. A 2. B 3. D 4. C 5. D Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da demanda de mercado 37Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudoda oferta de mercado Após estudar este capítulo você deverá estar apto(a) a: entender o mercado como uma entidade abstrata e sem fronteiras visíveis; compreender o comportamento do produtor no mercado; desenvolver competências e habilidades que lhe permitam entender um dos lados do mercado, representado pelos ofertantes (vendedores); identificar e entender a relação direta entre preço e quantidade ofertada; compreender o que representa o excedente do produtor e como se forma. Introdução Trataremos de estudar neste capítulo a oferta de mercado. Nunca é demais lembrarmos que o mercado é o local, o ponto de encontro entre compradores e vendedores que alí comparecem para realizar transa- ções. Cabe lembrar que, muito embora estejamos estabelecendo o mercado como um local, trata-se de uma entidade abstrata, sem fronteiras visíveis em que se processam as transações entre demandantes (compradores) e ofertantes (vendedores). A essa altura cabe citar o entendimento de Mankiw (2005, p. 64) a respeito de mercado: Um mercado é um grupo de compradores e vendedores de um determinado bem ou serviço. Os compradores, como grupo, determinam a demanda pelo produto e os vendedores, como grupo, determinam a oferta pelo produto. Essa máxima de demandantes (compradores) e ofertantes (vendedores) está presente nos diversos tipos de mercado, desde os que comportam muitos ofertantes com muitos demandantes até os que possuem a totalidade da oferta concentrada em uma única empresa. 39Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 40 No presente capítulo estudaremos uma estrutura de mercado conhecida por mercado competitivo, uma estrutura de mercado onde existe um grande número de demandantes (compradores) e de ofertantes (vendedores), que não possuem, individualmente, condições de alterar o estado geral do mercado. Referimo-nos a uma estrutura de mercado na qual é o próprio mercado, por meio das forças de oferta e de demanda, que determina o preço. Em outras palavras, o mercado, por meio das forças de oferta e de demanda, compatibiliza o impasse existente entre o comportamento racional do con- sumidor e o comportamento racional do produtor. Logo: Comportamento racional do ofertante (produtor) = Maximizar lucro Busca vender pelo maior preço possível X Comportamento racional do demandante (comprador) = Maximizar renda Busca comprar pelo menor preço possível Mercado Oferta X demanda Compatibiliza interesses conflitantes A compatibilização dos interesses conflitantes entre ofertantes e deman- dantes, promovida pelo mercado, processa-se da seguinte forma: somente permanecerão e participarão de um determinado mercado os ofertantes que conseguirem oferecer um determinado bem ou serviço a um preço igual ou inferior ao preço estabelecido pelo mercado, assim como somente permanecerão e participarão do mercado os demandantes (consumidores) que conseguirem pagar um preço igual ou superior ao preço estabelecido pelo mercado. Trata-se, pois, de uma situação de mercado de concorrência perfeita, isto é, existe um grande número de ofertantes e de demandantes, transacio- nando um produto homogêneo, ou seja, sem diferenciação. Ao consumidor tanto faz adquirir o produto da empresa A, B ou C, dada a homogeneidade do mesmo; o que fará com que ele se decida é única e tão somente o seu comportamento racional (busca do menor preço possível). Enfim, trata-se de uma estrutura de mercado no qual tanto demandan- tes (consumidores) quanto ofertantes (produtores) guiam-se pelo comporta- mento racional, submetendo-se às forças de mercado (oferta e demanda). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 41 A oferta Após contextualizarmos o mercado que iremos explorar, cabe-nos explici- tar o estudo de um de seus lados, o dos produtores (ofertantes) do mercado. Definição Segundo Vasconcellos (2002, p. 66): “Oferta é a quantidade de determi- nado bem ou serviço que os produtores e vendedores desejam vender em determinado período.” Vamos alargar essa definição. Entenderemos oferta como as várias quan- tidades de um determinado bem ou serviço que os produtores podem e querem colocar no mercado, a diversos preços alternativos, em um determi- nado período de tempo, permanecendo tudo o mais constante, respeitando-se a condição ceteris paribus. A condição ceteris paribus Trata-se de uma expressão latina que significa permanecendo tudo o mais constante. Em outras palavras, estamos limitando as variações das quantidades ofer- tadas de um determinado bem ou serviço unicamente às modificações em seu preço, fazendo com que todas as demais determinantes da oferta, como preço dos fatores e insumos de produção (mão de obra, matéria-prima etc.), preços de outros bens substitutos na produção e os objetivos e metas do empresário permaneçam inalterados. Assim procedendo, evidenciaremos que mudanças nas quantidades oferta- das de um determinado bem serão resultantes somente de mudanças em seu preço. Além disso, devemos ter em mente, em razão da definição de oferta, que dois outros ingredientes devem estar presentes: o que os produtores podem e querem colocar no mercado. Isso representa que a oferta conjuga, simultaneamente, o poder e o querer. Não basta apenas o produtor querer oferecer um determinado bem ou ser- viço, deve também poder, ou seja, deve ter condições de oferecer o bem ou serviço a um preço que seja igual ou inferior ao preço estabelecido pelo mer- cado; caso contrário, não poderá permanecer ou participar do mesmo. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 42 Ato contínuo, se o produtor tiver o poder, mas não desejar participar do mercado, a oferta também não se efetiva. Outra característica presente em nossa definição é que a oferta reflete preços, se não vejamos: as várias quantidades de um determinado bem ou serviço que os produtores podem e querem colocar no mercado, a diversos preços alternativos. Quais preços seriam esses? A resposta é clara. Como produtores (ofertantes) desejamos maximizar lucros, buscando, obviamente, vender sempre ao maior preço possível, em conformidade ao comportamento racional do produtor (ofertante). Logo: Produtores Comportamento racional Busca por vender pelo maior preço possível Essa situação ilustra, para os bens normais, a configuração da Lei Geral da Oferta; que é a de que preços e quantidades ofertadas variam diretamente, ou seja, no mesmo sentido. Portanto: Preço Quantidade ofertada Preço Quantidade ofertada Em resumo: Quando assumimos a condição ceteris paribus, as quantidades oferta- das de um determinado bem ou serviço dependem exclusivamente de seu preço, em uma relação direta. Caso aumentemos o preço do bem ou do serviço, a quantidade ofertada aumenta. Contrariamente, se reduzirmos o preço do bem ou do serviço, a quantidade ofertada diminui. O perfil da oferta: ilustração gráfica Passaremos, a partir desse ponto, a examinar o comportamento dos pro- dutores (ofertantes) perante as alterações de preços. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 43 Manteremos uma escala de oferta por meio de uma tabela e, em seguida, por meio de um gráfico, mostraremos o perfil da oferta. Vamos ao exemplo: Suponha que a tabela abaixo representa uma possível escala de oferta de sapatos que os produtores podem e querem colocar no mercado, a diversos preços alternativos, em um dado mês, respeitando-se a condição ceteris paribus, ouseja, permanecendo tudo o mais constante: Tabela 1 – Escala de oferta de sapatos Ponto Preços (R$) (par de sapatos) Quantidade (pares de sapatos por mês) A 80,00 5 B 90,00 15 C 100,00 20 D 110,00 30 E 120,00 40 F 130,00 50 A leitura da tabela 1 obedece à Lei Geral da Oferta, qual seja, quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada, por exemplo: no ponto A, a um preço de R$80,00 o par de sapatos, os produtores mostram-se dispostos e podem oferecer 5 pares de sapatos ao mercado. No ponto B, com elevação de preço para R$90,00 o par, os ofertantes mostram-se dispostos e podem oferecer 15 pares de sapatos, uma quantidade maior do que no ponto A, em razão da elevação de preço, e assim sucessivamente até o ponto F. Portanto, temos que quando o preço se eleva, a quantidade ofertada aumenta, e quando o preço diminui, a quantidade ofertada diminui. Essa mesma situação pode ser ilustrada por meio de um gráfico. Construímos um plano cartesiano no qual, no eixo das abscissas, colo- camos as quantidades e no das ordenadas, os preços. Formamos os pares ordenados do ponto A até o ponto F, unimos esses pontos e obtemos o perfil da curva de oferta que, como veremos, mostra-se ascendente em relação a preços, uma vez que existe uma relação direta entre preços e quantidades ofertadas. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 44 Assim: Gráfico 1 – Perfil da curva de oferta 80,00 90,00 100,00 110,00 120,00 130,00 A B C D E F S 0 5 15 20 30 40 50 m ai or p re ço quantidades ofertadas maior quantidade preços 80,00 90,00 100,00 110,00 120,00 130,00 A B C D E F S 0 5 15 20 30 40 50 m ai or p re ço quantidades ofertadas maior quantidade preços 80,00 90,00 100,00 110,00 120,00 130,00 A B C D E F S 0 5 15 20 30 40 50 m ai or p re ço quantidades ofertadas maior quantidade preços Variações nas quantidades ofertadas e variações da oferta A fim de dar sequência ao nosso trabalho, faz-se necessário distinguirmos variações nas quantidades ofertadas de variações na oferta. Variações nas quantidades ofertadas – são as variações que ocor- rem ao longo da curva de oferta provocadas unicamente por altera- ções de preço, não ocorrendo mudanças na curva de oferta. Logo, podemos exemplificar e demonstrar essa situação por meio do seguinte gráfico: Gráfico 2 – Variações nas quantidades ofertadas A B C S quantidades ofertadas preços p p p qq q 2 0 1 1 0 2 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 45 Situação inic ial – ponto A: a um preço p0 corresponde uma quantida- de ofertada q0. Situação final 1 – ponto B: a um preço p1, menor que p0, corresponde uma quantidade ofertada q1 menor que q0. Situação final 2 – ponto C: a um preço p2, maior que p0, corresponde uma quantidade ofertada q2 maior que q0. Conclusão: uma variação no preço e somente no preço do bem ou do serviço provoca movimentos ao longo da curva de oferta, não afetando nem provo- cando deslocamento da mesma. Em outras palavras, variações no preço de um bem ou de um serviço mo- dificam apenas quantidades ofertadas. Caso ocorra aumento do preço, haverá aumento na quantidade ofertada; se houver redução de preço, haverá redução da quantidade ofertada, tudo em conformidade com a Lei Geral da Oferta. Variações da oferta – são variações que modificam a estrutura de oferta fazendo com que ocorram deslocamentos para mais ou para menos da curva de oferta. Essas alterações são provocadas por mudanças no desejo e na capacidade dos produtores. De forma análoga às variações nas quantidades ofertadas, também pode- mos visualizar graficamente as variações da oferta em razão das alterações nos desejos e na capacidade dos produtores. Acreditamos que um exemplo ilustre melhor essa situação. Suponha que a descoberta de uma nova tecnologia possibilite a redução de custos para a fabricação de sapatos. Essa situação fará com que aumente a oferta de sapatos. De forma análoga, suponha que ocorra um aumento no preço do couro (insumo para a produção de sapatos). Essa situação fará com que os produto- res de sapatos diminuam a produção dos mesmos ou até pode ocorrer que alguns produtores saiam do mercado, ocasionando uma redução da oferta. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 46 Assim: Gráfico 3 – Variações da oferta quantidades ofertadas qq q2 0 1 preços p C A B S S S 2 1 Situação inicial – ponto A: a um preço p0 corresponde uma quantida- de ofertada q0, dentro de uma estrutura (curva) de oferta S. Situação final 1 – ocorre um aumento no desejo e na capacidade dos produtores. Exemplos: uma nova tecnologia, o ingresso de novos pro- dutores no mercado etc. Nesse caso a curva de oferta desloca-se para a direita, vai de S para S2, onde encontramos o ponto B, que nos retrata que, no mesmo preço p0, os produtores estarão aptos e dispostos a oferecer uma quantidade q1 maior que q0. Situação final 2 – no ponto C ocorre uma diminuição no desejo e na capacidade dos produtores. Exemplo: aumento nos preços dos insumos de produção, retirada de alguns produtores do mercado etc. Nesse caso a curva de oferta desloca-se para a esquerda, vai de S para S1, onde encontramos o ponto C que nos retrata que, ao mesmo preço p0, os produtores estarão aptos e dispostos a oferecer uma quantidade q2, menor que q0. Conclusão: quando alteramos desejo e capacidade dos produtores (ofer- tantes), ocorrem mudanças na estrutura de oferta fazendo com que ao mesmo preço os produtores estejam aptos e dispostos a oferecer quantida- des diferentes de um determinado bem ou serviço. Tais alterações provocam, como vimos, deslocamentos para mais ou para menos da curva de oferta. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 47 O excedente do produtor Conforme constatamos em nossos estudos até agora, verificamos que os produtores (ofertantes) buscam maximizar os lucros optando, sempre que possível, por vender o que produz ou comercializar pelo maior preço possível. Dessa constatação surge a figura do excedente do produtor que nada mais é do que a diferença entre o preço que esse produtor está disposto a cobrar por um bem ou serviço e o preço que efetivamente consegue receber pelo mesmo. Acreditamos que a colocação de um exemplo hipotético ser-nos-á de grande valia para o entendimento dessa situação. Vamos a ele. Suponha que os dados abaixo representem a estrutura e a escala de oferta de um bem qualquer, para um produtor (ofertante) qualquer: Pontos Preços (R$) Quantidades ofertadas A 10,00 5 B 9,00 4 C 8,00 3 D 7,00 2 E 6,00 1 Suponha adicionalmente que o preço de mercado seja R$10,00. Nessa situação, como nosso produtor estava disposto a oferecer essa pri- meira unidade a R$6,00, mas receberá pela mesma R$10,00, que é o preço de mercado, estará auferindo um benefício ou excedente de R$4,00 (R$10,00 – R$6,00) por essa primeira unidade. Pela segunda unidade, estará auferindo um ganho de R$3,00 (R$10,00 – R$7,00), e assim sucessivamente, a tal ponto que ao final conseguiremos determinar o seu excedente total, qual seja: Excedente da 1.ª unidade R$10,00 – R$6,00 = R$4,00 Excedente da 2.ª unidade R$9,00 – R$6,00 = R$3,00 Excedente da 3.ª unidade R$8,00 – R$6,00= R$2,00 Excedente da 4.ª unidade R$7,00 – R$6,00 = R$1,00 Excedente da 5.ª unidade R$6,00 – R$6,00 = R$0,00 Excedente total do produtor (ofertante) = R$4,00 + R$3,00 + R$2,00 + R$1,00 + R$0,00 = R$10,00 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 48 Podemos também demonstrar o excedente do produtor por meio do grá- fico da oferta. Logo: Gráfico 4 – Excedente do produtor Excedente do produtor Preço de mercado Preços Quantidades S 10,00 9,00 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0 1 2 3 4 5 Nesse caso, o excedente do produtor é demonstrado pela área hachurada no gráfico 4. A fim de provarmos o acima descrito e de deixarmos claro que o excedente do produtor é a diferença entre o preço que o produtor estaria disposto a vender e o preço que ele efetivamente recebe por vender, vamos comparar o que o produtor estava disposto a receber com o que realmente recebe. Logo: Para a 1.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$6,00 Para a 2.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$7,00 Para a 3.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$8,00 Para a 4.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$9,00 Para a 5.ª unidade: Produtor disposto a oferecer a R$10,00 Produtor disposto a receber um total de = R$6,00 + R$7,00 + R$8,00 + R$9,00 + R$10,00 = R$40,00 Todavia, como o preço de mercado é igual a R$10,00, essa situação pro- porciona ao produtor (ofertante) oferecer as 5 unidades ao preço de merca- do, ou seja, R$10,00 a unidade, recebendo portanto R$50,00 (5 x R$10,00), Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 49 gerando para si, portanto, um excedente de R$10,00 (R$50,00 – R$40,00), que é a diferença entre o que o produtor (ofertante) estaria disposto a receber e o que efetivamente ele recebeu. Ampliando seus conhecimentos A mãe natureza desloca a curva de oferta (MANKIW, 2005) Segundo nossa análise, um desastre natural que reduz a oferta reduz a quantidade vendida e aumenta o preço. Eis um exemplo recente. Quatro dias de frio assolam a Califórnia: safras devastadas; preço de frutas cítricas deve subir Por Todd S. Purdum Quatro dias de temperaturas abaixo de zero destruíram mais de um terço da safra anual de frutas cítricas da Califórnia, causando um prejuízo de mais de meio bilhão de dólares e indicando que o preço da laranja nos supermercados deve triplicar até a semana que vem. Desde segunda-feira, o ar frio e seco do Golfo do Alasca fez despencar a temperatura em todo o estado, ficando entre -8ºC e -12ºC na região agrícola do Central Valley – a pior frente fria desde a nevasca de dez dias de 1990. Os agricultores mantiveram ligadas suas máquinas de vento e irrigação por toda a noite para manter as árvores aquecidas, mas representantes do governo de- clararam que a perda foi quase total no vale e pode ter chegado a 50% no restante do estado. A Califórnia responde por cerca de 80% das laranjas e 90% dos limões consumidos in natura em todo o país e os atacadistas afirmaram que os preços da laranja no varejo podem triplicar nos próximos dias. O preço do limão também deverá aumentar, mas o do suco de laranja deve ser menos afetado porque a maior parte das laranjas para produção de suco é cultivada na Flórida. Em alguns mercados da Califórnia, os atacadistas relataram que o preço da laranja-bahia subiu de 35 centavos de libra na terça-feira para 90 centavos de libra na quarta-feira. (Jornal The New York Times, 25 dez. 1998. Reimpresso com permissão) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 50 Atividades de aplicação 1. Preços e quantidades ofertadas são variáveis: a) que se correlacionam inversamente. b) que se correlacionam em sentidos contrários. c) não se correlacionam. d) que se correlacionam diretamente. 2. Quanto ao comportamento racional dos ofertantes, podemos afirmar: a) não existe. b) buscam a maximização do lucro. c) é idêntico ao comportamento racional dos demandantes. d) buscam cobrar o menor preço possível. 3. Mantendo-se tudo o mais constante, uma alteração para mais no preço de uma mercadoria, levando-se em consideração que essa mercadoria seja um bem normal, provocará: a) uma diminuição na quantidade ofertada da mercadoria. b) uma situação em que a quantidade ofertada não sofrerá alteração. c) um aumento na quantidade ofertada da mercadoria. d) um aumento na quantidade demandada da mercadoria. 4. Coloque V ao lado das afirmações verdadeiras e F ao lado das falsas. variações da oferta e variações nas quantidades ofertadas )( representam a mesma coisa. quanto maior for o preço de uma mercadoria, menor será a sua )( quantidade ofertada. demanda é sinônimo de oferta. )( uma nova tecnologia implantada para a fabricação de uma )( dada mercadoria fará com que ocorra aumento na oferta dessa mercadoria, deslocando sua curva de oferta para a direita. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O estudo da oferta de mercado 51 Gabarito 1. D 2. B 3. C 4. a) Falso (F) b) Falso (F) c) Falso (F) d) Verdadeiro (V) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O equilíbrio do mercado Após estudar este capítulo você deverá estar apto(a) a: compreender a forma pela qual se processa o equilíbrio em uma estru- tura de mercado competitivo; identificar e entender as principais características de um mercado em equilíbrio; compreender que o equilíbrio sofre alterações em razão do dinamismo do mercado; desenvolver mecanismos algébricos para a determinação do equilíbrio de mercado. Introdução Este capítulo será dedicado ao estudo do equilíbrio de mercado. Algumas considerações iniciais são necessárias a fim de ser possível a sua efetivação: Trataremos o mercado como uma entidade abstrata, sem fronteiras visíveis, no qual processam-se transações entre compradores e vende- dores de bens e/ou serviços. É um local, um ponto de encontro, entre ofertantes (vendedores) e demandantes (compradores) que ali compa- recem para realizarem transações. Trataremos de estudar o mercado competitivo, qual seja uma estrutura de mercado onde existe um grande número de ofertantes (vendedores) e de demandantes (compradores), que não possuem, individualmente, condições de alterar o estado geral do mercado. Trata-se, pois, de uma estrutura de mercado na qual é o próprio mercado, por meio das forças de oferta e de demanda que determina o preço. É uma situação em que tanto ofertantes (vendedores) quanto demandantes (com- pradores) aceitam as condições estabelecidas pelo mercado. 53Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O equilíbrio do mercado 54 Tanto ofertantes (ve ndedores) como demandantes (compradores) irão atuar no mercado conforme um comportamento racional, qual seja: ofertantes (vendedores) buscam a maximização do lucro, portanto, vão querer vender o total de sua produção ao maior preço possível; os demandantes (compradores), por sua vez, vão buscar maximizar suas rendas, portanto, vão buscar pagar pelas mercadorias e serviços o menor preço possível. Dessa constatação nasce um impasse: de um lado do mercado temos agentes econômicos querendo cobrar o maior preço possível por aquilo que pretendem vender, e, do outro, agentes econômicosquerendo pagar o menor preço possível por aquilo que pretendem adquirir. A nossa tarefa, a partir desse ponto, é a de verificar como o mercado com- patibiliza esses interesses conflitantes advindos da dicotomia existente entre os principais atores do mercado: ofertantes e demandantes. Vamos verificar? A demanda e a oferta: determinação do equilíbrio A demanda de mercado é representada pelas várias quantidades de um determinado bem ou serviço que os consumidores querem e podem adquirir, a diversos preços alternativos, em um determinado período de tempo, per- manecendo tudo o mais constante (ceteris paribus). Mediante a existência de um comportamento racional por parte dos consumidores, que buscam sempre pagar o menor preço possível visando à maximização de suas rendas, constatamos existir uma relação inversa entre preço e quantidade demandada, qual seja: um aumento no preço de um de- terminado bem ou serviço fará com que os consumidores queiram e possam adquirir uma quantidade menor e vice-versa. Assim: Preço Quantidade demandada Preço Quantidade demandada Ato contínuo, a oferta de mercado é representada pelas várias quantidades de um determinado bem ou serviço que os produtores querem e podem colocar no mercado, a diversos preços alternativos, em um determinado período de tempo, permanecendo tudo o mais constante (ceteris paribus). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O equilíbrio do mercado 55 Analogamente à demanda, mediante a existência de um comportamento racional, por parte dos produtores, que buscam sempre cobrar o maior preço possível visando à maximização de seus lucros, constatamos existir uma re- lação direta entre preço e quantidade ofertada, qual seja: um aumento no preço de um determinado bem ou serviço fará com que os produtores quei- ram e possam vender/oferecer uma quantidade maior e vice-versa. Assim: Preço Quantidade ofertada Preço Quantidade ofertada A relação inversa entre preço e quantidade demandada e a relação direta entre preço e quantidade ofertada evidenciam o impasse e o conflito existentes entre as forças de oferta e de demanda. Esse impasse/conflito, em uma estrutura de mercado concorrencial, é re- solvido pelo mercado por meio das forças de oferta e de demanda. Para ilustrar essa situação, a do mercado solucionar o impasse existente entre consumidores e produtores, vamos nos valer do exemplo numérico sobre uma empresa produtora de sapatos. Suponha que a tabela 1 representa uma possível escala de demanda e de oferta de sapatos que os consumidores e os produtores podem e querem adquirir e oferecer, em um dado mês, a diversos preços alternativos, res- peitando-se a condição ceteris paribus, ou seja, permanecendo tudo o mais constante. Tabela 1 – Escala de demanda e de oferta de sapatos Ponto Preços (R$) Quantidade demandada (pares de sapatos) Quantidade ofertada (pares de sapatos) A 80,00 60 5 B 90,00 50 15 C 100,00 40 20 D 110,00 30 30 E 120,00 20 40 F 130,00 10 50 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O equilíbrio do mercado 56 Como podemos observar, a escala representada na tabela 1 obedece à Lei Geral da Demanda e da Oferta, qual seja: quanto menor for o preço maior a quantidade demandada e menor a quantidade ofertada, e vice-versa. Exemplo: no ponto A, temos que ao menor preço R$80,00 corresponde a maior quan- tidade demandada (60 pares de sapato) e a menor quantidade ofertada (5 pares de sapato). Uma pergunta faz-se necessária: como se determina o equilíbrio nessa situação? A resposta, dentro de uma estrutura concorrencial de mercado, é a de que o mecanismo de preços (as forças de oferta e de demanda) conduzirá o mer- cado ao equilíbrio; senão vejamos: Quando, por exemplo, existir excesso de oferta, no nosso caso, ao preço de R$130,00, os produtores estão aptos e dispostos a oferecer no mercado 50 pares de sapatos, mas os demandantes estão aptos e dispostos a adquirir somente 10 pares; os produtores (ofertantes) acumularão estoques não pla- nejados ou desejados (50 – 10 = 40 pares de sapatos), e terão que diminuir os seus preços a fim de ser possível vender esse estoque. No caso reverso, ou seja, quando existir um excesso de demanda, no nosso caso, ao preço de R$80,00, os demandantes estão aptos e dispostos a adquirir 60 pares de sapato, mas os ofertantes, a esse preço, estão aptos e dispos- tos a oferecer apenas 5 pares (60 – 5= 55 pares de sapato); os consumidores passam a estar dispostos a pagar um preço maior pelos pares de sapatos, no momento, escassos no mercado. Como observamos, os principais atores do mercado representados pelos consumidores e pelos produtores tendem a encontrar, sozinhos, o equilí- brio, visando compatibilizar interesses conflitantes, mediante a aplicação do mecanismo de preços, consubstanciado na Lei da Oferta e da Demanda de mercado. Isso posto, e verificando-se a escala de demanda e de oferta ilustrada em nossa tabela, constatamos que a situação de equilíbrio processar-se-á no ponto D quando a um preço de R$110,00 o par de sapatos; tanto deman- dantes quanto ofertantes estarão aptos e dispostos a adquirir e a colocar no mercado uma mesma quantidade, qual seja, 30 pares de sapatos. É a situação de compatibilização dos interesses conflitantes de demandantes (consumido- res) e ofertantes (produtores), cuja leitura nos conduz à seguinte afirmação: somente participam e permanecem no mercado os demandantes (consumido- res) que tiverem condições de pagar um preço igual ou superior ao preço de Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O equilíbrio do mercado 57 equilíbrio (no nosso caso, R$110,00 o par de sapatos), bem como participam e permanecem no mercado os ofertantes (produtores) que tiverem condições de oferecer a um preço igual ou inferior ao preço de equilíbrio (R$110,00 o par de sapatos). Ilustração gráfica Podemos também demonstrar essa mesma situação graficamente. Construímos um plano cartesiano, no qual no eixo das abscissas coloca- mos as quantidades demandadas e ofertadas, e no das ordenadas, os preços. Formamos os pares ordenados do ponto A até o F, unimos preços e quantida- des demandadas e preços e quantidades ofertadas, obtendo o perfil da curva de demanda e da curva de oferta. Assim: Gráfico 1 – Ponto de equilíbrio ponto de equilíbrio S (Oferta) Preços 130,00 120,00 110,00 100,00 90,00 80,00 0 5 10 15 20 30 35 40 45 50 55 6025 B B A A C C D EE FF D (Demanda) Quantidades Quadro 1 – Situação do ponto de equilíbrio Ponto de equilíbrio Ponto D Preço de equilíbrio: R$110,00 Quantidade de equilíbrio: 30 Compatibiliza os interesses conflitantes de consumidores (demandantes) e produtores (ofertantes). Tanto consumidores quanto produtores estão satisfeitos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O equilíbrio do mercado 58 Características fundamentais do preço de equilíbrio Uma vez demonstrada a forma pela qual se processa o equilíbrio em uma estrutura concorrencial competitiva de mercado, cumpre-nos traçar as carac- terísticas fundamentais do preço de equilíbrio. São elas: O preço de equilíbrio é formado pelo próprio mercado, por meio do livre jogo e interação ente as forças de oferta e de demanda. Uma vez estabelecido, permanecerá estável até que ocorram mudanças nas forças que o determinam, quais sejam as forças de oferta e de de- manda. O preço de equilíbrio é o preço que determina a igualdade entre quan- tidade ofertada e quantidade demandada. Em razão do acima descrito podemos
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