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quantificação da secreção de C-serotonina, testes de agregação plaquetária e citometria de fluxo; � Testes imunológicos: demonstram a ligação de anticorpos a complexos FP4-heparina imo- bilizados. Tratamentos parenterais alternativos para pacientes com plaquetopenia induzida pela heparina Agente Dose Controle Excreção Meia-vida Lepiru- dina 0,4 mg/kg bolus TTPA Renal 1,5 hora 0,1-0,15 mg/kg/h Argatro- ban 2 μg/kg/h TTPA Hepática 40 minutos Clínica cirúrgica | Vascular SJT Residência Médica - 201594 Tratamentos parenterais alternativos para pacientes com plaquetopenia induzida pela heparina (cont.) Danapa- roide 2.250 U bolus Anti-Xa Renal 19 horas 400 U/h x 4 h 300 U/h x 4 h 200 U/h após Bivaliru- dina 1 mg/kg bolus TTPA Renal 25 minutos 2,5 mg/kg/h x 4 h 0,2 mg/kg/h até 20 h Tabela 7.5 Outras complicações: a osteoporose, que pode ocorrer em tratamentos prolongados, sendo uma pre- ocupação principalmente em pacientes grávidas com TVP, em que as heparinas são o tratamento de esco- lha; alopecia transitória, febre, dor em queimação nos pés e aumento dos níveis séricos de transaminase. As causas dessas alterações são obscuras e sua ocorrência também é rara. Antagonistas da vitamina K (AVK) Os anticoagulantes orais, também denomi- nados agentes antivitamina K (AVK), em especial a varfarina sódica, produzem seu efeito anticoagulan- te pela interferência na interconversão cíclica da vi- tamina K e da epoxivitamina K. A vitamina K é um cofator para a carboxilação dos resíduos glutamato das proteínas vitamina K dependentes. Os fatores de coagulação II, VII, IX e X são proteínas vitamina K dependentes e necessitam dessa carboxilação hepáti- ca para obter sua atividade pró-coagulante. As prote- ínas C e S (anticoagulantes endógenos) são, também, vitamina K dependente. A varfarina sódica, um derivado cumarínico, é rapidamente absorvida no trato gastrointestinal, atingindo concentração máxima no sangue em 90 minutos após a sua administração oral. Apesar da absorção rápida dos agentes AVK, a anticoagulação eficaz somente será atingida, em média, em um pe- ríodo de dois a sete dias após o início da sua admi- nistração. A meia-vida de eliminação da varfarina varia de 36 a 42 horas, sua metabolização e elimi- nação são hepáticas e o seu efeito anticoagulante se mantém por um período de dois a cinco dias após a sua suspensão. Os anticoagulantes orais estão principalmente indicados para prevenção primária do tromboembo- lismo venoso (trombose venosa profunda e/ou trom- boembolismo pulmonar), tratamento por mais de três meses após trombose venosa profunda, tratamento por mais de seis meses após tromboembolismo pul- monar ou recorrência de trombose venosa profunda e prevenção de embolia sistêmica em pacientes com prótese cardíaca mecânica ou fibrilação atrial (FA) com alto risco para acidente vascular cerebral isquê- mico (AVCI). A intensidade da ação anticoagulante dos AVK sofre grande influência de fatores genéticos e de fa- tores ambientais, conferindo aos AVK uma relativa imprevisibilidade de ação anticoagulante. Em decor- rência dessa imprevisibilidade, os consensos recomen- dam um controle sistemático e periódico da sua efi- cácia pela realização de exames laboratoriais. Assim, a dose de AVK adequada para atingir anticoagulação eficaz e segura deverá ser individualizada, podendo, ainda, variar em diferentes momentos da vida de um mesmo paciente. O exame mais utilizado, na prática clínica, para controle da anticoagulação oral é o tempo de protrom- bina (TP) com a razão de normatização internacional (RNI ou INR). O nível adequado de RNI para obter uma anticoagulação eficaz e segura, para a maioria das indicações, está no intervalo de 2,0 a 3,0. Acredita-se que nesse intervalo seja possível alcançar, simultane- amente, o mínimo de risco hemorrágico e trombótico. A dose do anticoagulante oral poderá ser aumentada ou diminuída em 20 a 40% pelo fato de os valores de INR estarem abaixo ou acima do nível desejado. Durante a anticoagulação oral, o exame de RNI poderá ser feito a cada quatro a cinco semanas, con- tanto que não ocorra nenhuma das seguintes situa- ções: hemorragia, mudança da dose de AVK, adição ou suspensão de medicamentos, mudança nas condições clínicas do paciente ou grandes mudanças no hábito alimentar. Em pacientes idosos, a realização de exa- mes com intervalo inferior a quatro semanas pode re- duzir o risco de complicações hemorrágicas. A Tabela 7.6 apresenta alguns medicamentos que potencializam ou inibem a ação anticoagulante da varfarina. A simples informação de introdução ou suspensão de qualquer medicamento não permite que seja aumentada ou diminuída a dose do anticoa- gulante oral. Os parâmetros que permitem alterar a dose do anticoagulante são: valor do RNI e presença de sangramento. Na prática clínica, sempre que hou- ver adição ou suspensão de algum medicamento, que sabidamente pode interferir na ação da varfarina, re- comenda-se que seja realizado novo controle do RNI após uma semana. A hemorragia continua sendo a complicação mais temida da anticoagulação oral e é muito mais frequente em pacientes excessivamente anticoagula- dos. Nestes casos, a simples correção da dose pode reverter esse risco. Para os pacientes adequadamente anticoagulados que vierem a apresentar sangramen- to, deve-se pesquisar a presença de neoplasias ou úl- ceras locais. 7 Trombose venosa 95 Medicamentos que interagem com a varfarina Medicamentos que potencializam a ação: Acetaminofen, metronidazol, ácido acetilsalicílico, anti-in- flamatórios não hormonais, antibióticos em geral (principal- mente eritromicina, ciprofloxacina, amoxacilina, cefalospo- rinas e tetraciclina), amiodarona, asteroides anabolizantes, cimetidine, clofibrato, fluconazol, isoniazida, miconazol, omeprazol, fenilbutazona, piroxican, propranolol, quinidine, tamoxifeno, indometacina, rofecoxib, anti-inflamatórios ini- bidores da COX-2 e álcool (se doença hepática concomitante) Medicamentos que inibem a ação: Barbitúricos, carbamazepina, colestiramina, griseofulvina, rifampicina, ciclosporina, ginseng americano e nutrientes ri- cos em vitamina K Tabela 7.6 Nas hemorragias graves, além da suspensão do AVK, doses maiores de vitamina K de até 20 mg, por via intramuscular, podem ser usadas. A via intrave- nosa tem sido contraindicada, devendo ser usada apenas em último caso, diluindo-se o preparado e injetando-se muito lentamente, pois é uma subs- tância oleosa, podendo causar embolia. Têm sido também relatados casos fatais de pacientes trata- dos por via IV, que foram atribuídos à reação ana- filática. Com doses altas de vitamina K, frequen- temente não se consegue alcançar novos níveis terapêuticos com o uso de AVK antes de um certo intervalo de tempo, que pode durar até várias se- manas. Se a hemorragia for intensa, necessitando- -se de recuperação hemostática imediata, deve ser ministrado, além da vitamina K, plasma fresco con- gelado na dose de 10 a 20 mL/kg. Nos casos de hemorragia, se o RNI estiver dentro ou próximo da faixa terapêutica, é importante que se suspeite da presença de lesões (por exemplo, de ori- gem neoplásica) responsáveis pelo sangramento, ape- nas aumentado pela anticoagulação. É então necessá- rio diagnosticá-las, não sendo suficiente satisfazer-se com a simples responsabilização das AVK. Outras complicações, mais raras, dizem respei- to principalmente a reações de hipersensibilidade: in- cluem alterações da pele, diarreia, hepatite, neutrope- nia e plaquetopenia. Lesões necróticas da pele e do subcutâneo, que atingem membros e eventualmente mamas, às vezes de maneira bastante extensa, podem surgir durante o tratamento, sendo indicada sua suspensão imedia- ta. Essa complicação tem sido associada à deficiên- cia de proteína C ou proteína S (efeito pró-trombó- tico precoce). Contraindicações ao uso de anticoagulante Nos casos em que existe contraindicação para o tratamento anticoagulante, a conduta