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Apostila Simples Nacional CRC Atualizações para 2018

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Simples Nacional 
Alterações para 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Currículo da Instrutora 
 
Joyce Batista Neto Scoto 
Formação Acadêmica e Qualificações: Advogada inscrita na OAB/PR, formada pela 
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, e Pós-Graduada pelo MBA EM DIREITO 
TRIBUTÁRIO EMPRESARIAL no Estação Business School. Atuante nas áreas 
contábil, tributária e fiscal prestando consultoria para empresas de grande, médio e 
pequeno porte, sócia da SEVEN TREINAMENTOS & CONSULTORIA. Instrutora de 
cursos in company e professora na pós Graduação Unicesumar/PR. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Sumário 
1. TRATAMENTO JURÍDICO E TRIBUTÁRIO DIFERENCIADO DAS DEMAIS 
PESSOAS JURÍDICAS ................................................................................................... 4 
1.1. Principais modificações para o SIMPLES NACIONAL ........................................ 8 
1.2. Do Conceito de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) e a 
alteração do limite estabelecido para EPP (Art.3º, inciso II da LC 123/06) ............... 9 
1.3. Como fica a questão dos Sublimites com a alteração das alíquotas? ............ 11 
1.4. Alterações do Sublimite para o Estado do Paraná ............................................ 14 
1.5. Novos Anexos do Simples Nacional ................................................................... 17 
1.6. Conceito de Receita Bruta no Simples Nacional ............................................... 18 
1.7. Impedimentos e vedações a atividade do SIMPLES ......................................... 20 
1.8. Inclusão de Novas atividades .............................................................................. 24 
1.9. Base de Cálculo Simples Nacional ..................................................................... 25 
1.9.1. Base de Cálculo a ser aplicada até 31/12/2017 ............................................... 25 
1.9.2. Base de Cálculo a ser aplicada a partir de 01/01/2018 ................................... 27 
1.10. Retenção ISS ....................................................................................................... 30 
1.11. Dos Créditos ....................................................................................................... 33 
1.12. Folha de Pagamento – Empresas prestadoras de serviço ............................. 34 
1.13. Do Micro Empresário Individual – MEI - Novas regras para o MEI ................. 37 
1.14. Do Investidor Anjo .............................................................................................. 39 
1.15. Exclusão do Simples Nacional - Solicitação e Efeito ...................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1. TRATAMENTO JURÍDICO E TRIBUTÁRIO DIFERENCIADO DAS DEMAIS 
PESSOAS JURÍDICAS 
Para iniciarmos nosso curso é importante entendermos em qual contexto legislativo 
está inserido o Simples Nacional, isto porque, em nosso país, existe um arcabouço de 
regras e disposições normativas que disciplinam a matéria, porém não muito raro 
ouvimos falar a respeito da inconstitucionalidade das normas, o que acaba gerando 
muitas dúvidas para o contribuinte. 
Dentro deste cenário, segue abaixo as principais normas que dão corpo a este sistema 
hibrido denominado Simples Nacional. 
 
Analisando o que dispõe a Constituição Federal nos artigos supra citados, temos que 
no artigo 146, caberá a Lei Complementar dispor a respeito das regras e definições a 
respeito da criação de um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Vejamos: 
Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente 
sobre: 
Constituição Federal
Artigo 146, III, "d"
Artigo 170, IX
Artigo 179
Lei Complementar
LC nº 123/06
Lei Ordinária
11.598/07
 
 
 
5 
 
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do 
imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e 
da contribuição a que se refere o art. 239. 
 
 Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá 
instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: 
I - será opcional para o contribuinte; 
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado; 
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos 
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção 
ou condicionamento; 
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes 
federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 
 
Ainda neste sentido, observando-se aos princípios da ordem econômica e financeira 
disciplinados no artigo 170, inciso IX da Constituição Federal, é conferido um 
tratamento favorecido as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno 
porte, com vistas a valorização da ordem econômica, conforme observamos da leitura 
abaixo: 
 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da 
justiça social, observados os seguintes princípios: 
IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno 
porte. 
 
Por fim, no artigo 179 da nossa Carta Magna, temos como um dos princípios gerais da 
atividade econômica, um tratamento jurídico diferenciado as empresas de pequeno 
porte, visando principalmente, tirar estas empresas da informalidade. Vejamos: 
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às 
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, 
 
 
 
6 
 
tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação 
de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e 
creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 
 
Por fim, pode-se concluir que para a criação do Sistema do Simples Nacional seria 
necessário a edição de uma Lei Complementar, a qual dispõe a respeito das normas 
que constituíram este novo sistema de apuração de tributos, tudo isto para que se 
cumpra a regra da hierarquia das leis, conforme a figura abaixo demonstrada: 
 
 
 
 
 
 
Alguns anos mais tarde, em cumprimento aos princípios constitucionais acima 
destacados, foi publicada a Lei Complementar nº 123/06, que disciplinou as regras a 
respeito do tratamento tributário diferenciado e favorecido que seria dispensado as 
empresas de médio e pequeno porte. 
Diante disto, temos que o Simples Nacional é um regime compartilhado de 
arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e 
Empresas de Pequeno Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de 
dezembro de 2006. 
Abrange a participação de todos os entes federados, quais sejam União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
 
 
 
7 
 
É administrado por um Comitê Gestor (CGSN) composto por oito integrantes: quatro da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e 
dois dos Municípios. 
Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes 
condições: 
 
❖ Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte;❖ Cumprir os requisitos previstos na legislação; e 
❖ Formalizar a opção pelo Simples Nacional. 
Características principais do Regime do Simples Nacional: 
❖ Ser facultativo; 
❖ Ser irretratável para todo o ano-calendário; 
❖ Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de 
arrecadação - DAS; 
❖ Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo 
do valor mensal devido, geração do DAS; 
❖ Apresentação de declaração única e simplificada de informações 
socioeconômicas e fiscais (DEFIS); 
❖ Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente àquele em 
que houver sido auferida a receita bruta; 
❖ Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da 
respectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses estados 
cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS 
e o ISS diretamente ao estado ou ao município. 
A partir das regras acima esclarecidas e ainda com base nas regras da legislação, se 
pode perguntar: “QUEM PODE OPTAR PELO SIMPLES NACIONAL? 
 
Vendedor Cachorro Quente Vendedor Ambulante 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importante aqui analisarmos sempre, qual a atividade pretendida pelo empresário, qual 
a previsão de faturamento, e tudo isso sempre em conjunto com os dispositivos das 
normas legais. 
Dentro deste contexto também é importante analisar as recentes alterações produzidas 
pela legislação tributária quando falamos de Simples Nacional e que trouxeram 
mudanças significativas para o ano calendário de 2018, as quais passaremos a abordar 
no próximo capítulo. 
 
1.1. Principais modificações para o SIMPLES NACIONAL 
 
Para melhor compreensão, segue abaixo um quadro resumo com as principais 
legislações editadas nos anos calendários de 2016 e 2017 que impactam a forma de 
disciplinar o sistema do Simples Nacional. Vejamos: 
 
 
Empresa de Vigilância Manicure 
2016
• Lei Complementar nº 155/2016
2017
• Resolução CGSN nº 133/2017
• Resolução CGSN nº 134/2017
• Resolução CGSN nº 135/2017
 
 
 
9 
 
 
 
 
A Lei Complementar, trouxe grandes alterações tais como limite da Receita Bruta, 
Investidor Anjo, inclusão de novas atividades, parcelamento especial, dentre outras. Já 
as resoluções CGSN editadas no ano calendário de 2017, vieram complementar as 
disposições contidas na LC nº 155/2017. 
Passaremos agora a tratar dos principais aspectos de cada alteração e a sua aplicação 
no dia a dia das empresas. 
1.2. Do Conceito de Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) e a 
alteração do limite estabelecido para EPP (Art.3º, inciso II da LC 123/06) 
 
De acordo com o artigo 3º da Lei Complementar 123/2006, considera-se ME, a 
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade 
limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou 
inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). 
Já com relação a Empresa de Pequeno Porte EPP, pode ser assim chamada a 
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade 
limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-calendário, receita bruta superior a 
R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 
(quatro milhões e oitocentos mil reais). 
De acordo com a Lei Complementar nº 155/2016, a empresa de pequeno porte optante 
pelo Simples Nacional, que durante o ano calendário de 2017 auferir receita bruta total 
de até R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) continuará 
automaticamente incluída no Simples Nacional com efeitos a partir de 1º de janeiro 
de 2018, ressalvado o direito de exclusão por comunicação da optante. Vejamos: 
 
 
 
 
10 
 
LC 123/06 – “Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou 
empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual 
de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 
de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis 
ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e 
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior 
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro 
milhões e oitocentos mil reais). 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito. 
 
Limites para transição de 2017 para 2018 
Importante também aqui destacar os limites para o período de transição de 2017 para 
2018. Exemplo: 
Empresa que fatura até o mês de outubro de 2017 o valor de R$ 3.600.000,00, de 
acordo com a regra aplicada para o ano calendário de 2017, esta empresa ainda teria o 
limite de 20% para não ultrapassar o limite do simples nacional, o que gera uma receita 
bruta acumulada de R$ 4.320.000,00. 
Se esta empresa em Novembro de 2017, atingir este limite de R$ 4.320.000,00, ela 
estaria desenquadrada para o Simples a partir de dezembro, com efeito a partir de 
janeiro de 2018, porém como para janeiro de 2018 será observado um novo limite de 
enquadramento esta empresa continuaria no Simples, porém desde que esse valor não 
ultrapasse o limite de R$ 4.800.000,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
Isto é o que dispõe o artigo 130 F da Resolução CGSN nº 94/11. Vejamos: 
“Art. 130-F. A EPP optante pelo Simples Nacional em 31 de dezembro de 2017 
que durante o ano-calendário de 2017 auferir receita bruta total anual entre 
R$ 3.600.000,01 (três milhões, seiscentos mil reais e um centavo) e R$ 
4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), continuará 
automaticamente incluída no Simples Nacional com efeitos a partir de 1º de 
janeiro de 2018, com impedimento de recolher o ICMS e o ISS no Simples 
Nacional nos termos do art. 12, e ressalvado o direito de exclusão por 
comunicação da optante. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 79-E) Links 
para os atos mencionados 
§ 1º Na hipótese de a receita bruta anual acumulada em 2017 ultrapassar em 
mais de 20% (vinte por cento) o limite de R$ 3.600.000,00 (três milhões e 
seiscentos mil reais), o contribuinte deverá comunicar sua exclusão de forma 
tempestiva e, desde que não ultrapasse o valor de R$ 4.800.000,00 (quatro 
milhões e oitocentos mil reais), poderá apresentar novo pedido de opção em 
janeiro de 2018. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 16, caput; art. 79-E) 
 
1.3. Como fica a questão dos Sublimites com a alteração das alíquotas? 
 
Importante também destacar outra alteração relevante foi disciplinada no artigo 20, §1º 
da LC nº 123/06, a qual determina que a empresa de pequeno porte que ultrapassar os 
limites a que se referem o caput e o § 4o do art. 19 (R$ 3.600.000,00) estará 
automaticamente impedida de recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples 
Nacional, a partir do mês subsequente àquele em que tiver ocorrido o excesso, 
relativamente aos seus estabelecimentos localizados na unidade da Federação que os 
houver adotado. 
Art. 20. A opção feita na forma do art. 19 desta Lei Complementar pelos Estados 
importará adoção do mesmo limite de receita bruta anual para efeito de 
Janeiro a 
Outubro 
Receita Bruta Acumulada 
R$ 3.600.000,00 
Novembro 
Receita Bruta Acumulada 
R$ 4.320.000,00 
Dezembro 
Receita Bruta Acumulada 
R$ 4.560.000,00 
Simples 
2018 OK 
 
 
 
12 
 
recolhimento na formado ISS dos Municípios nele localizados, bem como para o 
do ISS devido no Distrito Federal. 
§ 1o A empresa de pequeno porte que ultrapassar os limites a que se 
referem o caput e o § 4o do art. 19 estará automaticamente impedida de 
recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional, a partir do mês 
subsequente àquele em que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos 
seus estabelecimentos localizados na unidade da Federação que os houver 
adotado, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 13 do art. 3o. (Redação dada pela 
Lei Complementar nº 155, de 2016) 
 
Ou seja, o contribuinte do Simples Nacional deverá observar os limites previstos na 
legislação para verificar se continuará tributando o ICMS e o ISS na forma do Simples. 
Ainda neste sentido, é importante analisarmos algumas questões, com relação a este 
limite estabelecido pela legislação. Vejamos o artigo 13-A da LC nº 123/06: 
 
Art. 13-A. Para efeito de recolhimento do ICMS e do ISS no Simples Nacional, o 
limite máximo de que trata o inciso II do caput do art. 3o será de R$ 
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), observado o disposto nos §§ 
11, 13, 14 e 15 do mesmo artigo, nos §§ 17 e 17-A do art. 18 e no § 4o do art. 
19. 
 
Quando efetuamos a análise do caput do artigo 3º, inciso II da mesma legislação temos 
a seguinte redação: 
Art. 3º (...) 
II - no caso de empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, 
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e 
igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos milreais). 
 
Surge a dúvida: Este limite de R$ 3.600.000,00 deve ser observado dentro do ano 
calendário? Devo levar em consideração a receita bruta acumulada? 
 
 
 
13 
 
A Resolução CGSN nº 94/2011, em seu artigo 12 determina que a EPP que ultrapassar 
o sublimite da receita bruta acumulada de R$ 3.600.000,00 estará automaticamente 
impedida de recolher na forma do Simples o ICMS e o ISS. Vejamos: 
Art. 12. A EPP que ultrapassar qualquer sublimite de receita bruta acumulada, seja 
no mercado interno ou em decorrência de exportação para o exterior, estabelecido na 
forma prevista no art. 9º, estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e o 
ISS na forma prevista no Simples Nacional, a partir do mês subsequente àquele 
em que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos 
localizados na unidade da federação de vigência do sublimite, ressalvado o 
disposto nos §§ 1º a 3º. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 15, e art. 20, § 1º) 
(Redação dada pelo(a) Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) (Vide 
Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) 
 
E o §1º do mesmo dispositivo legal, determina que se o excesso durante o ano 
calendário respeitar a regra dos 20% do excesso, a empresa ainda continua dentro do 
Simples Nacional, caso contrário será desenquadrada durante aquele ano calendário, 
conforme abaixo transcrevemos: 
 
§ 1º Os efeitos do impedimento previsto no caput ocorrerão no ano-calendário 
subsequente se o excesso verificado não for superior a 20% (vinte por cento) dos 
sublimites referidos. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 20, § 1º-A) 
EMPRESAS EM INÍCIO DE ATIVIDADE 
§ 5º Na hipótese de início de atividade no ano-calendário imediatamente anterior ao da 
opção, caso a receita bruta acumulada pela empresa no ano-calendário de início de 
atividade ultrapasse quaisquer dos sublimites previstos no § 1º-A, o estabelecimento da 
EPP localizado na unidade da federação cujo sublimite for ultrapassado estará impedido 
de recolher o ICMS e o ISS na forma prevista no Simples Nacional, já no ano de 
ingresso nesse regime. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 11) (Redação 
dada pelo(a) Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) (Vide Resolução 
CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) 
 
Diante disto, temos que a LC dispõe o termo “ano calendário”, para fins de 
enquadramento do Simples Nacional, porém para fins de tributação deverá ser 
observada a Receita Bruta Acumulada. Isto pode gerar algum tipo de questionamento 
por parte do contribuinte? 
 
 
 
14 
 
Para esclarecer melhor o tema, protocolamos uma consulta informal no Portal do 
Simples Nacional a respeito do tema, e segue abaixo a resposta da RFB, sobre o tema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.4. Alterações do Sublimite para o Estado do Paraná 
 
Recentemente foi publicado o Projeto de Lei nº 557/2017, que em seu artigo 30, altera 
o artigo 3º da Lei nº 15.562/07, que trata de limites reduzidos para as empresas do 
Simples Nacional estabelecidas no Estado do Paraná. Vejamos: 
 
 
 
Com este projeto de lei o Estado do Paraná revoga os percentuais reduzidos aplicados 
as empresas do Simples Nacional, e determina que o valor devido seja aquele 
estabelecido de acordo com a Lei Complementar nº 123/06, o que implicará 
automaticamente em um aumento da carga tributária. Vejamos: 
 
 
 
15 
 
Como era a carga tributária no Estado do Paraná para as empresas do Simples, 
vigente até 31/12/2017: 
 
 
 
 
Como ficará a partir de 2018 o percentual para as empresas enquadradas no 
Anexo I (Comércio)? 
 Receita
 Mensal 
Alíquota Valor ICMS
Anexo I e II
Alíquota
Valor ICMS
LC 123/06
% R$
360.000,01 540.000,00 100.000,00 0,67% 670,00 2,33% 2.330,00 1,66% 1.660,00 
540.000,01 720.000,00 200.000,00 1,07% 2.140,00 2,56% 5.120,00 1,49% 2.980,00 
720.000,01 900.000,00 300.000,00 1,33% 3.990,00 2,58% 7.740,00 1,25% 3.750,00 
900.000,01 1.080.000,00 130.000,00 1,52% 1.976,00 2,82% 3.666,00 1,30% 1.690,00 
1.080.000,01 1.260.000,00 150.000,00 1,83% 2.745,00 2,84% 4.260,00 1,01% 1.515,00 
1.260.000,01 1.440.000,00 320.000,00 2,07% 6.624,00 2,87% 9.184,00 0,80% 2.560,00 
1.440.000,01 1.620.000,00 400.000,00 2,27% 9.080,00 3,07% 12.280,00 0,80% 3.200,00 
1.620.000,01 1.800.000,00 190.000,00 2,42% 4.598,00 3,10% 5.890,00 0,68% 1.292,00 
1.800.000,01 1.980.000,00 230.000,00 2,56% 5.888,00 3,38% 7.774,00 0,82% 1.886,00 
1.980.000,01 2.160.000,00 380.000,00 2,67% 10.146,00 3,41% 12.958,00 0,74% 2.812,00 
2.160.000,01 2.340.000,00 400.000,00 2,76% 11.040,00 3,45% 13.800,00 0,69% 2.760,00 
2.340.000,01 2.520.000,00 320.000,00 2,84% 9.088,00 3,48% 11.136,00 0,64% 2.048,00 
2.520.000,01 2.700.000,00 210.000,00 2,92% 6.132,00 3,51% 7.371,00 0,59% 1.239,00 
2.720.000,01 2.880.000,00 152.000,00 3,06% 4.651,20 3,82% 5.806,40 0,76% 1.155,20 
2.880.000,01 3.060.000,00 80.000,00 3,19% 2.552,00 3,85% 3.080,00 0,66% 528,00 
3.060.000,01 3.240.000,00 105.000,00 3,30% 3.465,00 3,88% 4.074,00 0,58% 609,00 
3.240.000,01 3.420.000,00 354.000,00 3,40% 12.036,00 3,91% 13.841,40 0,51% 1.805,40 
3.420.000,01 3.600.000,00 205.000,00 3,50% 7.175,00 3,95% 8.097,50 0,45% 922,50 
 Faixa
Receita Bruta Acumulada 
Cálculo de Acordo com a Lei nº 15.562/07 Anexo LC 123/06 Economia
 
 
 
16 
 
 
Ainda neste sentido, é importante destacar que esta movimentação do Estado se dá 
em razão do que está disposto na Resolução CGSN nº 94/2011, no artigo 11, que 
determina que os Estado precisam manifestar-se mediante Decreto do respectivo 
Poder Executivo, até o último dia útil do mês de outubro, para as alterações em seus 
sublimites. Vejamos: 
Art. 11. Os Estados e o Distrito Federal, na hipótese de adoção de sublimite de 
receita bruta acumulada para efeitos de recolhimento do ICMS em seusterritórios, na forma prevista no caput do art. 9º, deverão manifestar-se 
mediante Decreto do respectivo Poder Executivo, até o último dia útil do 
mês de outubro. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 20, § 4º) (Redação 
Faixa
Receita 
Acumulada
Alíquota 
Nominal
Percentual
 ICMS
Alíquota
ICMS
Receita
 Mensal
R$ % R$
%
Alíq. 18 - 
Alíq. 17
R$
(18-17)
3ª Faixa 400.000,00 6,04% 33,50% 2,02% 100.000,00 2.021,73 0,67% 670,00 1,35% 1.351,73 
3ª Faixa 500.000,00 6,73% 33,50% 2,25% 100.000,00 2.253,88 0,67% 670,00 1,58% 1.583,88 
3ª Faixa 600.000,00 7,19% 33,50% 2,41% 100.000,00 2.408,65 1,07% 1.070,00 1,34% 1.338,65 
3ª Faixa 720.000,00 7,58% 33,50% 2,54% 100.000,00 2.537,63 1,07% 1.070,00 1,47% 1.467,63 
4ª Faixa 800.000,00 7,89% 33,50% 2,64% 100.000,00 2.642,31 1,33% 1.330,00 1,31% 1.312,31 
4ª Faixa 900.000,00 8,20% 33,50% 2,75% 100.000,00 2.747,00 1,33% 1.330,00 1,42% 1.417,00 
4ª Faixa 1.000.000,00 8,45% 33,50% 2,83% 100.000,00 2.830,75 1,52% 1.520,00 1,31% 1.310,75 
4ª Faixa 1.200.000,00 8,83% 33,50% 2,96% 100.000,00 2.956,38 1,83% 1.830,00 1,13% 1.126,38 
4ª Faixa 1.300.000,00 8,97% 33,50% 3,00% 100.000,00 3.004,69 2,07% 2.070,00 0,93% 934,69 
4ª Faixa 1.400.000,00 9,09% 33,50% 3,05% 100.000,00 3.046,11 2,07% 2.070,00 0,98% 976,11 
4ª Faixa 1.500.000,00 9,20% 33,50% 3,08% 100.000,00 3.082,00 2,27% 2.270,00 0,81% 812,00 
4ª Faixa 1.600.000,00 9,29% 33,50% 3,11% 100.000,00 3.113,41 2,27% 2.270,00 0,84% 843,41 
4ª Faixa 1.700.000,00 9,38% 33,50% 3,14% 100.000,00 3.141,12 2,42% 2.420,00 0,72% 721,12 
4ª Faixa 1.800.000,00 9,45% 33,50% 3,17% 100.000,00 3.165,75 2,42% 2.420,00 0,75% 745,75 
5ª Faixa 1.900.000,00 9,71% 33,50% 3,25% 100.000,00 3.251,26 2,67% 2.670,00 0,58% 581,26 
5ª Faixa 2.000.000,00 9,94% 33,50% 3,33% 100.000,00 3.328,23 2,67% 2.670,00 0,66% 658,23 
5ª Faixa 2.100.000,00 10,14% 33,50% 3,40% 100.000,00 3.397,86 2,67% 2.670,00 0,73% 727,86 
5ª Faixa 2.200.000,00 10,33% 33,50% 3,46% 100.000,00 3.461,16 2,76% 2.760,00 0,70% 701,16 
5ª Faixa 2.300.000,00 10,50% 33,50% 3,52% 100.000,00 3.518,96 2,76% 2.760,00 0,76% 758,96 
5ª Faixa 2.400.000,00 10,66% 33,50% 3,57% 100.000,00 3.571,94 2,84% 2.840,00 0,73% 731,94 
5ª Faixa 2.500.000,00 10,81% 33,50% 3,62% 100.000,00 3.620,68 2,84% 2.840,00 0,78% 780,68 
5ª Faixa 2.700.000,00 11,07% 33,50% 3,71% 100.000,00 3.707,33 2,92% 2.920,00 0,79% 787,33 
5ª Faixa 2.800.000,00 11,18% 33,50% 3,75% 100.000,00 3.746,02 3,06% 3.060,00 0,69% 686,02 
5ª Faixa 2.900.000,00 11,29% 33,50% 3,78% 100.000,00 3.782,03 3,19% 3.190,00 0,59% 592,03 
5ª Faixa 3.000.000,00 11,39% 33,50% 3,82% 100.000,00 3.815,65 3,19% 3.190,00 0,63% 625,65 
5ª Faixa 3.100.000,00 11,48% 33,50% 3,85% 100.000,00 3.847,10 3,30% 3.300,00 0,55% 547,10 
5ª Faixa 3.200.000,00 11,57% 33,50% 3,88% 100.000,00 3.876,58 3,30% 3.300,00 0,58% 576,58 
5ª Faixa 3.300.000,00 11,65% 33,50% 3,90% 100.000,00 3.904,27 3,40% 3.400,00 0,50% 504,27 
5ª Faixa 3.400.000,00 11,73% 33,50% 3,93% 100.000,00 3.930,34 3,40% 3.400,00 0,53% 530,34 
5ª Faixa 3.500.000,00 11,81% 33,50% 3,95% 100.000,00 3.954,91 3,50% 3.500,00 0,45% 454,91 
5ª Faixa 3.600.000,00 11,88% 33,50% 3,98% 100.000,00 3.978,13 3,50% 3.500,00 0,48% 478,12 
Diferença
1º e 2º Faixa até 360.000,00 - Temos a isenção do ICMS
Lei 15.562/07Novo Cálculo - 2018
 
 
 
17 
 
dada pelo(a) Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) (Vide 
Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) 
E as empresas em início de atividade? 
Para as empresas em início de atividade, serão estabelecidos limites para seu 
enquadramento de acordo com a proporcionalidade do número de meses em que a ME 
ou a EPP houver exercido atividade e os limites definidos no artigo 3º da LC nº 123/06, 
conforme vimos acima. 
Ainda neste sentido, o artigo 3º da Resolução da CGSN também dispõe da mesma 
forma. Vejamos: 
Art. 3º No ano-calendário de início de atividade, cada um dos limites previstos no 
§ 1º do art. 2º será de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), multiplicados pelo 
número de meses compreendidos entre o início de atividade e o final do 
respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês 
inteiro. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 2º) (Redação dada pelo(a) 
Resolução CGSN nº 135, de 22 de agosto de 2017) (Vide Resolução CGSN nº 
135, de 22 de agosto de 2017) 
Diante disto temos que: 
 
 
 
1.5. Novos Anexos do Simples Nacional 
 
2017
R$ 300.000,00 x 
número de meses 
+20%
2018
R$ 400.000,00 x 
número de meses
+20%
 
 
 
18 
 
Vejamos o quadro comparativo dos novos anexos do Simples Nacional para o ano 
calendário de 2017 para 2018: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6. Conceito de Receita Bruta no Simples Nacional 
 
De acordo com o artigo 3º, §1º da LC nº 123/06, considera-se receita bruta: 
 
 
 
 
 
O produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço 
dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não 
incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
Para efeito de enquadramento, serão consideradas as receitas auferidas no ano-
calendário anterior, exceto no ano de início de atividades. 
+ + 
Anexo Tipo de Atividade Anexo Tipo de Atividade
Anexo I Comércio Anexo I Comércio
Anexo II Indústria Anexo II Indústria
Anexo III
Receitas de Locação de Bens Móveis e de Prestação 
de Serviços não relacionados nos §§ 5º-C e 5º-D do 
art. 18 desta Lei Complementar
Anexo III
Receitas de locação de bens móveis e de 
prestação de serviços não relacionados no § 
5o-C do art. 18 desta Lei Complementar 
Anexo IV
Receitas decorrentes da prestação de serviços 
relacionados no § 5º-C do art. 18 desta Lei 
Complementar. 
Anexo IV
Receitas decorrentes da prestação de 
serviços relacionados no § 5o-C do art. 18 
desta Lei Complementar 
Anexo V
Receitas decorrentes da prestação de serviços 
relacionados no § 5º-D do art. 18 desta Lei 
Complementar. 
Anexo V
Receitas decorrentes da prestação de 
serviços relacionados no § 5o-I do art. 18 
desta Lei Complementar
Anexo VI
Receitas decorrentes da prestação de serviços 
relacionados no § 5o-I do art. 18 desta Lei 
Complementar.
2017 2018
 
 
 
19 
 
Importante também destacar que para fins de enquadramento como microempresa ou 
empresa de pequeno porte, poderão ser auferidas receitas no mercado interno até o 
limite de R$ 4.800.000,00 a partir de 2018 ou ainda os limites estabelecidos para início 
de atividade, e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias 
ou serviços, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da 
sociedade de propósito específico prevista no art. 56 da LC 123/06, desde que as 
receitas de exportação também não excedam os referidos limites de receita bruta 
anual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Continuando a tratar da Receita Bruta, temos que de acordo com a Resolução CGSN 
nº 94/2011, em seu artigo 2º, §4º, já com as alterações da Resolução CGSN nº 
129/2016, compõe a Receita Bruta da ME ou da EPP: 
❖ O custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou 
serviços ou destacado no documento fiscal; 
❖ As gorjetas, sejam elas compulsórias ou não; 
❖ Os Royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de 
uso ou gozo; e 
❖ As verbas de patrocínio 
R$ 4.800.000,00 R$ 4.800.000,00 
 
 
 
20 
 
Ainda com relação ao tema, o §4ºB, do artigo 2º da referida resolução, determina que 
não irão compor a Receita Bruta os seguintesitens: 
❖ A venda de bens do ativo imobilizado (cuja desincorporação ocorra a partir do décimo 
terceiro mês contado da respectiva entrada); 
❖ Os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em 
decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações; 
❖ Remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que 
seja incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário; 
❖ Remessa de amostra grátis; 
❖ Os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, 
desde que não corresponda à parte executora do contrato 
 
E quando o pagamento das obrigações (DAR ou RECEBER) se der por meio de 
troca de mercadorias ou de prestações de serviços, será tributado? 
 
De acordo com o artigo 2º, §10º da Resolução CGSN nº 94/2011, o adimplemento das 
obrigações comerciais por meio de troca de mercadorias, prestação de serviços, 
compensação de créditos ou qualquer outra forma de contraprestação não 
desnatura, para as partes envolvidas, a configuração de receita bruta devendo, 
portanto, ser tributada normalmente. 
 
1.7. Impedimentos e vedações a atividade do SIMPLES 
 
O artigo 3º, §4º, bem como o artigo 17 da LC nº 123/06, elenca as pessoas jurídicas 
que por algum motivo, não poderão se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado 
para o SIMPLES. 
Referidas pessoas jurídicas poderão ser identificadas conforme abaixo transcrevemos: 
 
 
 
21 
 
❖ De cujo capital participe outra pessoa jurídica (PJ X PJ); 
❖ Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica 
com sede no exterior; 
❖ De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou 
seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado 
nos termos desta lei complementar, desde que a receita bruta global 
ultrapasse o limite (R$ 360.000,00 ou R$ 3.600.000,00); 
❖ Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de 
outra empresa não beneficiada por esta lei complementar, desde que a 
receita bruta global ultrapasse o limite (R$ 360.000,00 ou R$ 
3.600.000,00/R$4.800.000,00 – para 2018); 
❖ Cujo sócio ou titular seja, administrador ou equiparado de outra pessoa 
jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite 
(R$ 360.000,00 ou R$ 3.600.000,00/ R$4.800.000,00 – para 2018); 
❖ Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
❖ Que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
❖ Que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e 
investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de 
seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar (atividades 
obrigadas ao Lucro Real); 
❖ Resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 
(cinco) anos-calendário anteriores (vedação a determinados planejamentos 
tributários com vistas somente a economia tributária); 
❖ Constituída sob a forma de sociedade por ações. 
❖ Cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do 
serviço, relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade 
 
 
 
22 
 
Com relação ao último ponto, que trata da relação entre os sócios da ME ou EPP com 
o contratante dos serviços, temos que a referida relação pode ser definida da seguinte 
forma: (art. 3º da CLT) 
• Pessoalidade: diz respeito ao fato de que somente a pessoa física pode ser 
empregada e, que deve estar legalmente constituído na relação empregatícia 
quem realizará o trabalho. 
• Subordinação: refere-se à situação objetiva direcionada à forma de prestação 
do trabalho e não uma sujeição pessoal do empregado é a possibilidade, que 
assiste ao empregador, de intervir na atividade do empregado. 
• Habitualidade: é aquilo que se transformou em hábito, em usual, é costumeiro, 
é rotineiro, que é constante ou muito frequente, comum. 
 
 
 
 
Outro ponto relevante é a questão da contratação de autônomo disciplinado na Lei nº 
13.467/17, que trata da reforma trabalhista, que entrará em vigor a partir de novembro 
de 2017. 
E agora pode então contrata autônomo para trabalhar nas empresas?? 
Onde isto seria viável para as empresas do Simples? Analisando a legislação do 
Simples, esta operação seria viável para as atividades estabelecidas no artigo 18, 
§5ºC, quais sejam: i) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive 
sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem 
como decoração de interiores; ii) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; iii) 
serviços advocatícios. 
Isto porque, para estas atividades a CPP será paga separadamente do recolhimento 
pelo Simples Nacional. 
Quais seriam as observações a se fazer com relação a este tema!!!! 
OBS: Com relação a este ponto deve-se tomar bastante cuidado, pois a 
partir do eSocial, bem como da EFD Reinf, será muito fácil para a RFB 
identificar a empresa constituída na forma do Simples que presta serviço 
com subordinação e habitualidade. 
 
 
 
 
23 
 
Para que possamos responder ao questionamento, com relação a possibilidade da 
contratação de pessoas físicas como autônomos, sem que estes tenham relação de 
trabalho com a empresa, é necessário efetuarmos a análise do conceito da relação de 
trabalho disposta no artigo 3º do Decreto Lei nº 5.452/43 (CLT). 
Ao analisar o mencionado artigo temos que se considera empregado a pessoa física, 
que prestar serviços de forma não eventual a empregador, sob a dependência 
deste mediante o recebimento de salário, não havendo distinção entre as espécies de 
emprego, nem quanto as condições, nem com relação ao tipo de trabalho. Vejamos: 
 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição 
de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 
 
Ao lermos o artigo 3º da CLT, temos alguns requisitos os quais podem caracterizar a 
relação de emprego, quais sejam, Habitualidade, isto é, a prestação de serviços de 
forma continua e habitual. Outro requisito diz respeito a subordinação, e de acordo 
com Sergio Pinto Martins, se caracteriza a subordinação quando o empregado tem 
que cumprir as ordens determinadas pelo empregador em decorrência do 
contato de trabalho, ou seja, é o estado de sujeição em que se coloca o empregado 
em relação ao empregador, aguardando ou executando ordens. 
Por fim, pode-se também observar mais um requisito do artigo 3º, qual seja, a 
pessoalidade, no sentindo que somente a pessoa física é que pode estar presente na 
relação jurídica de trabalho. Quando analisamos estes requisitos, temos formada a 
relação de trabalho disposto no referido artigo 3º da CLT. 
Passaremos agora a analisar as recentes alterações da legislação trabalhista, 
introduzidas pela Lei nº 13.467/17. De acordo com a Lei nº 13.467/17, foi introduzido 
no ordenamento jurídico o artigo 442-B, o qual prevê a contratação de autônomos. 
Vejamos o que dispõe o mencionado artigo: 
 
 
 
24 
 
“Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades 
legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de 
empregado prevista no art. 3o desta Consolidação.” 
Ao analisarmos o artigo supra, temos que a contratação de autônomos, secumpridas 
as formalidades legais, com ou sem exclusividade, e ainda de forma contínua ou não, 
poderão afastar a qualidade de empregado do artigo 3º. 
Agora o que seriam estas formalidades legais que o legislador está se referindo 
no artigo 442-B? 
Ao que nos parece esta norma ainda irá passar por regulamentação através da 
publicação de decretos, que disciplinem a matéria, para que a questão não fique a 
margem de interpretações distintas. 
Ao verificarmos os dispositivos legais da CLT, temos que a mesma não se aplica ao 
trabalhador autônomo, pois disciplina as relações de emprego/trabalho. Já a legislação 
previdenciária ocupa-se de tratar o trabalhador autônomo, pois este é segurado da 
mesma. De acordo com a Lei nº 8.212/91, em seu artigo 12, inciso V, alínea “h”, é 
autônomo a pessoa física que presta serviços habitualmente por conta própria a uma 
ou mais de uma pessoa, assumindo os riscos da atividade econômica. Vejamos: 
“Art. 12. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: 
V - como contribuinte individual: 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza 
urbana, com fins lucrativos ou não”; 
Diante disto, temos que a diferença fundamental entre o trabalhador autônomo e o 
empregado é a existência de subordinação entre as partes, comprovado este requisito, 
na relação existente entre o empregador e o autônomo, poderá a a empresa em 
eventual reclamatória trabalhista ser condenada a pagar os direitos e deveres de uma 
relação de trabalho. 
1.8. Inclusão de Novas atividades 
 
 
 
 
25 
 
Importante aqui destacar que a LC nº 155/2016, acrescentou novas atividades ao rol do 
SIMPLES NACIONAL, as quais vamos abaixo elencar: 
❖ Indústria ou comércio de bebidas alcoólicas como: micro e pequenas 
cervejarias; micro e pequenas vinícolas; produtores de licores e micro e 
pequenas destilarias desde que não produzam ou comercializem no atacado; 
 
❖ Serviços médicos como a própria atividade de medicina, inclusive laboratorial e 
enfermagem; medicina veterinária; odontologia; psicologia, psicanálise, terapia 
ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de 
vacinação e bancos de leite; 
 
❖ Representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e 
serviços de terceiros; 
 
❖ Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; 
 
❖ Outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de 
serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, 
científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada 
ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V da 
Lei Complementar 123/2006. 
 
1.9. Base de Cálculo Simples Nacional 
 
1.9.1. Base de Cálculo a ser aplicada até 31/12/2017 
 
De acordo com o artigo 18 da LC nº 123/06, o valor devido mensalmente pela 
microempresa ou empresa de pequeno porte, optante pelo Simples Nacional, será 
determinado mediante aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos Anexos 
I a VI sobre a base de cálculo estabelecida no §3º do mencionado artigo 18. 
 
 
 
26 
 
Ainda neste sentido, para determinar a alíquota a ser aplicada, o sujeito passivo 
utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de 
apuração, após isto sobre a receita bruta auferida no mês incidirá a referida alíquota. 
Vamos verificar o exemplo abaixo: 
Tabela do Simples nacional 2017 para a atividade de Comércio – Anexo I 
Receita Bruta em 
 12 meses (em R$) 
ALÍQUOTA IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ICMS 
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 
 
Cálculo de acordo com as regras em 2017 
Receita Bruta em 
 12 meses (em R$) 
Receita Mensal Valor a pagar 
 100.000,00 220.000,00 8.800,00 
 320.000,00 210.000,00 11.487,00 
 530.000,00 120.000,00 8.208,00 
 650.000,00 170.000,00 12.818,00 
 820.000,00 160.000,00 12.160,00 
 980.000,00 150.000,00 12.420,00 
 1.130.000,00 210.000,00 17.556,00 
 1.340.000,00 180.000,00 15.210,00 
 1.520.000,00 170.000,00 15.351,00 
 1.690.000,00 240.000,00 21.888,00 
 1.930.000,00 200.000,00 19.900,00 
 2.130.000,00 90.000,00 9.036,00 
 2.220.000,00 210.000,00 21.273,00 
 2.430.000,00 220.000,00 22.506,00 
 
 
 
27 
 
 2.650.000,00 60.000,00 6.192,00 
 2.710.000,00 340.000,00 38.182,00 
 3.050.000,00 150.000,00 16.980,00 
 3.200.000,00 200.000,00 22.840,00 
 3.400.000,00 200.000,00 23.020,00 
 3.600.000,00 230.000,00 26.703,00 
 
1.9.2. Base de Cálculo a ser aplicada a partir de 01/01/2018 
 
A LC nº 155/06 em seu artigo 1º, alterou a forma do cálculo do SIMPLES NACIONAL, 
determinando que a partir de janeiro de 2018, o valor devido mensalmente pela 
microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será 
determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das 
alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar, 
sobre a base de cálculo de que trata o § 3º do artigo 18. 
E como ficou o cálculo? Vejamos o exemplo abaixo: 
Utilizando o mesmo exemplo da atividade de comércio, conforme colocamos acima, o 
que teremos para 2018? 
 
 
 
 
 
 
 
Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00
Receita Bruta em 12 Meses (em R$)
IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS
1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -
Percentual de Repartição dos Tributos
Faixas
 
 
 
28 
 
Para 2018 o contribuinte deverá calcular o Simples Nacional da seguinte forma: 
 
 
Onde cada sigla significa: 
❖ RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de 
apuração; 
❖ Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; 
❖ PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V desta Lei Complementar; 
 
Receita Bruta em 
 12 meses (em R$) 
Receita Mensal Faixa 
Alíquota 
Nominal 
Parcela a 
deduzir 
Alíquota 
Efetiva 
 
Valor a 
pagar 
 100.000,00 220.000,00 1º Faixa 4% - 4% 
 
 8.800,00 
 320.000,00 210.000,00 2ª Faixa 7,30% 5.940,00 5% 
 
 11.431,88 
 530.000,00 120.000,00 3º Faixa 9,50% 13.860,00 7% 
 
 8.261,89 
 650.000,00 170.000,00 3º Faixa 9,50% 13.860,00 7% 
 
 12.525,08 
 820.000,00 160.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 8% 
 
 12.729,76 
 980.000,00 150.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 8% 
 
 12.606,12 
 1.130.000,00 210.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 9% 
 
 18.288,58 
 1.340.000,00 180.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 9% 
 
 16.237,61 
 1.520.000,00 170.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 9% 
 
 15.673,55 
 1.690.000,00 240.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 9% 
 
 22.484,73 
 1.930.000,00 200.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 10% 
 
 19.553,37 
 2.130.000,00 90.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 10% 
 
 9.181,27 
 2.220.000,00 210.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 10% 
 
 21.771,89 
 2.430.000,00 220.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11% 
 
 23.556,30 
 2.650.000,00 60.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11% 
 
 6.603,40 
 2.710.000,00 340.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11% 
 
 37.667,23 
 3.050.000,00 150.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11% 
 
 17.156,56 
 3.200.000,00 200.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 12% 
 
 23.143,75 
 3.400.000,00 200.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 12% 
 
 23.464,71 
 3.600.000,00 230.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 12% 
 
 27.312,50 
 4.800.000,00 320.000,00 6ª Faixa 19% 378.000,00 11% 
 
 35.600,00 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Comparativo 2017 x 2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos mais alguns exemplos de como era e como ficará o cálculo para o 
Simples Nacional em 2018: 
Anexo I - Comércio 
Cálculo em 2017 Cálculo em 2018 
 
 
 
 
 
Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 
Receita Bruta Mensal: 350.000,00 Receita Bruta Mensal: 350.000,00 
Faixa 10 - Alíquota - 9,12% 
 
 Faixa 4 - Alíquota Nominal - 10,70% 
 
 
 Parcela a Deduzir: 22.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Valor a pagar: RB(mensal) x Alíquota Alíquota Efetiva: RBT12 x Aliq – PD / RBT12 
Valor a pagar = 350.000,00 x 9,12% 
Alíquota Efetiva: (1.700.000,00x10,70%-
22.500,00)/1.700.000,00 
 Alíquota Efetiva: 9,38% 
Valor a pagar = 31.920,00 Valor a pagar: 
 
32.817,65 
Diferença do Valor em 2017 para 2018 897,65 
 
 
 
 
 
 
Receita Bruta em
 12 meses (em R$)
Receita 
Mensal
Faixa 
Alíquota 
Nominal
Parcela a 
Deduzir
Alíquota 
Efetiva
Valor a 
Pagar
ALÍQUOTA
Valor a 
pagar
Alíquota Pagamento
 100.000,00 220.000,00 1º Faixa 4% - 4,00% 8.800,00 4,00% 8.800,00 0,00% - 
 320.000,00 210.000,00 2ª Faixa 7,30% 5.940,00 5,44% 11.431,88 5,47% 11.487,00 -0,03% 55,13- 
530.000,00 120.000,00 3º Faixa 9,50% 13.860,00 6,88% 8.261,89 6,84% 8.208,00 0,04% 53,89 
650.000,00 170.000,00 3º Faixa 9,50% 13.860,00 7,37% 12.525,08 7,54% 12.818,00 -0,17% 292,92- 
820.000,00 160.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 7,96% 12.729,76 7,60% 12.160,00 0,36% 569,76 
980.000,00 150.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 8,40% 12.606,12 8,28% 12.420,00 0,12% 186,12 
1.130.000,00 210.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 8,71% 18.288,58 8,36% 17.556,00 0,35% 732,58 
1.340.000,00 180.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 9,02% 16.237,61 8,45% 15.210,00 0,57% 1.027,61 
1.520.000,00 170.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 9,22% 15.673,55 9,03% 15.351,00 0,19% 322,55 
1.690.000,00 240.000,00 4º Faixa 10,70% 22.500,00 9,37% 22.484,73 9,12% 21.888,00 0,25% 596,73 
1.930.000,00 200.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 9,78% 19.553,37 9,95% 19.900,00 -0,17% 346,63- 
2.130.000,00 90.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 10,20% 9.181,27 10,04% 9.036,00 0,16% 145,27 
2.220.000,00 210.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 10,37% 21.771,89 10,13% 21.273,00 0,24% 498,89 
2.430.000,00 220.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 10,71% 23.556,30 10,23% 22.506,00 0,48% 1.050,30 
2.650.000,00 60.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11,01% 6.603,40 10,32% 6.192,00 0,69% 411,40 
2.710.000,00 340.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11,08% 37.667,23 11,23% 38.182,00 -0,15% 514,77- 
3.050.000,00 150.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11,44% 17.156,56 11,32% 16.980,00 0,12% 176,56 
3.200.000,00 200.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11,57% 23.143,75 11,42% 22.840,00 0,15% 303,75 
3.400.000,00 200.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11,73% 23.464,71 11,51% 23.020,00 0,22% 444,71 
3.600.000,00 230.000,00 5º Faixa 14,30% 87.300,00 11,88% 27.312,50 11,61% 26.703,00 0,26% 609,50 
4.800.000,00 320.000,00 6ª Faixa 19% 378.000,00 11,13% 35.600,00 
2018 2017 Diferença
 
 
 
30 
 
Anexo II - Indústria 
Cálculo em 2017 Cálculo em 2018 
 
 
 
 
 
Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 
Receita Bruta Mensal: 350.000,00 Receita Bruta Mensal: 350.000,00 
Faixa 10 - Alíquota - 9,62% 
 
 Faixa 4 - Alíquota Nominal - 11,20% 
 
 
 Parcela a Deduzir: 22.500,00 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Valor a pagar: RB(mensal) x Alíquota Alíquota Efetiva: RBT12 x Aliq – PD / RBT12 
Valor a pagar = 350.000,00 x 9,62% 
Alíquota Efetiva:1.700.000,00x11,20%-
22.500,00/1.700.000,00 
 Alíquota Efetiva: 9,88% 
Valor a 
pagar: 33.670,00 Valor a pagar: 
 
34.567,65 
Diferença do Valor em 2017 para 2018 897,65 
 Anexo III - Serviço 
Cálculo em 2017 Cálculo em 2018 
 
 
 
 
 
Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 Receita Bruta Acumulada: 1.700.000,00 
Receita Bruta Mensal: 350.000,00 Receita Bruta Mensal: 350.000,00 
Faixa 10 - Alíquota - 13,68%Faixa 4 - Alíquota Nominal - 16% 
 
 
 Parcela a Deduzir: 35.640,00 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo Valor a pagar: RB(mensal) x Alíquota Alíquota Efetiva: RBT12 x Aliq – PD / RBT12 
Valor a pagar = 350.000,00 x 13,68% Alíquota Efetiva:1.700.000,00x16%/1.700.000,00 
 Alíquota Efetiva: 13,90% 
Valor a 
pagar: 47.880,00 Valor a pagar: 
 
48.662,35 
Diferença do Valor em 2017 para 2018 782,35 
 
1.10. Retenção ISS 
 
O artigo 21 da LC 123/06, já com as alterações da LC 155/16, determina em seu §4º, 
inciso I, que a alíquota aplicável na retenção do ISS corresponderá a alíquota efetiva 
do ISS estiver sujeita no mês anterior ao da prestação. In Verbis: 
 
Art. 21. Os tributos devidos, apurados na forma dos arts. 18 a 20 desta Lei 
Complementar, deverão ser pagos: 
 § 4º A retenção na fonte de ISS das microempresas ou das empresas de pequeno 
porte optantes pelo Simples Nacional somente será permitida se observado o 
 
 
 
31 
 
disposto no art. 3o da Lei Complementar no 116, de 31 de julho de 2003, e deverá 
observar as seguintes normas: 
 I - a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal e 
corresponderá à alíquota efetiva de ISS a que a microempresa ou a empresa de 
pequeno porte estiver sujeita no mês anterior ao da prestação; 
 
Por fim, o artigo 1º da LC 155/16, que altera o artigo 18 da LC nº 123/06, inclui o §1ºB, 
o qual determina que os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados a partir 
da alíquota efetiva, multiplicada pelo percentual de repartição constante dos anexos I a 
V. Vejamos: 
§ 1o-B. Os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados a partir da alíquota 
efetiva, multiplicada pelo percentual de repartição constante dos Anexos I a V desta Lei 
Complementar, observando-se que: 
 I - o percentual efetivo máximo destinado ao ISS será de 5% (cinco por cento), 
transferindo-se eventual diferença, de forma proporcional, aos tributos federais da 
mesma faixa de receita bruta anual; 
 II - eventual diferença centesimal entre o total dos percentuais e a alíquota efetiva será 
transferida para o tributo com maior percentual de repartição na respectiva faixa de 
receita bruta. 
 
Diante disto, pode-se ter uma alteração nas alíquotas aplicadas. 
Vejamos um exemplo abaixo do cálculo da alíquota do ISS. 
 
❖ Pessoa jurídica Atividade: Prestação de Serviços de advocatícios (Art. 18, §5ºC, 
inciso IV) 
❖ Receita Bruta Acumulada 12 meses: R$ 1.350.000,00 
❖ Receita auferida no mês: R$ 650.000,00 
❖ Qual a faixa do Anexo IV – Faixa 4 – Alíquota de 14% 
De acordo com os dados do exercício a alíquota efetiva é calculada da seguinte forma: 
 R$ 1.350.000 x 14% – R$ 39.780,00 / R$ 1.350.000 = 11% 
 
 
 
 
32 
 
Passaremos agora a calcular a alíquota de retenção do ISS: 
Alíquota Efetiva: 11% 
Percentual de repartição constante no anexo IV: 40% 
11% x 40% = 4,40% 
 
De acordo com a regra antiga, seria utilizada uma alíquota de 10,76% sobre a RB 
mensal e a alíquota do ISS a destacar na NF seria 4,31%. Para este exemplo temos 
uma mudança desfavorável nas alíquotas, mas tudo vai da análise do caso em 
concreto. 
 
E as empresas em início de atividade qual o percentual a ser aplicado?? 
 
De acordo com a Resolução CGSN nº 94/2011, em seu artigo 27, inciso III, na 
hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividade 
da ME ou EPP deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota de 2% (dois por 
cento).; 
E ainda nesta hipótese, caso seja constatada diferença entre a alíquota utilizada e a 
efetivamente apurada, caberá à ME ou à EPP prestadora dos serviços efetuar o 
recolhimento dessa diferença no mês subsequente ao do início de atividade em 
guia própria do Município. 
 
Como ficam as empresas que pagam o ISS de forma fixa – de acordo com a 
legislação de cada Munícipio?? 
 
 
 
 
33 
 
Na hipótese de a ME ou EPP estar sujeita à tributação do ISS no Simples Nacional por 
valores fixos mensais, não caberá a retenção a que se refere o caput, salvo quando o 
ISS for devido a outro Município. (Artigo 27, inciso V, da resolução CGSN nº 94/11). 
E se o PRESTADOR do serviço não informar na nota fiscal o valor da 
retenção??? 
Na hipótese de a ME ou EPP não informar no documento fiscal a alíquota de retenção 
do ISS, aplicar-se-á a alíquota de 5% (cinco por cento). (Artigo 27, inciso VI, da 
resolução CGSN nº 94/11). 
 
1.11. Dos Créditos 
 
As microempresas e as empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional 
não farão jus à apropriação nem transferirão créditos relativos a impostos ou 
contribuições abrangidos pelo Simples Nacional. VEDADO O APROVEITAMENTO 
DE CRÉDITO BEM COMO SUA TRANSFERÊNCIA. 
Contudo, as pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela legislação tributária 
não optantes pelo Simples Nacional terão direito a crédito correspondente ao 
ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercadorias de microempresa ou 
empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, desde que destinadas à 
comercialização ou industrialização e observado, como limite, o ICMS efetivamente 
devido pelas optantes pelo Simples Nacional em relação a essas aquisições. 
Para isso, A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional que emitir nota fiscal com 
direito ao crédito estabelecido no § 1º do art. 23 da Lei Complementar nº 123, de 2006, 
consignará no campo destinado às informações complementares ou, em sua falta, no 
corpo da nota fiscal, a expressão: "PERMITE O APROVEITAMENTO DO CRÉDITO 
DE ICMS NO VALOR DE R$...; CORRESPONDENTE À ALÍQUOTA DE ...%, NOS 
TERMOS DO ART. 23 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006". 
Qual é o percentual de acordo com as novas regras do Simples? 
 
 
 
34 
 
A alíquota aplicável ao cálculo do crédito corresponderá ao percentual efetivo calculado 
com base na faixa de receita bruta no mercado interno a que a ME ou EPP estiver 
sujeita no mês anterior ao da operação, a partir das alíquotas nominais constantes dos 
Anexos I ou II desta Resolução, da seguinte forma: {[(RBT12 x alíquota nominal) - 
Parcela a Deduzir]/RBT12} x Percentual de Distribuição do ICMS. 
E as empresas em início de atividade? 
O percentual de crédito de ICMS corresponderá a 1,36% (um inteiro e trinta e seis 
centésimos) para revenda de mercadorias e 1,44% (um inteiro e quarenta e quatro 
centésimos) para venda de produtos industrializados pelo contribuinte, na hipótese de a 
operação ocorrer nos 2 (dois) primeiros meses de início de atividade da ME ou 
EPP optante pelo Simples Nacional. 
1.12. Folha de Pagamento – Empresas prestadoras de serviço 
 
Para as empresas prestadoras de serviço, quanto maior for a folha de pagamento da 
empresa, menor a alíquota. Isso quer dizer que mesmo as atividades que em teoria 
pagam mais impostos podem ser enquadradas ainda no anexo III. Para isso, a razão 
entre o valor da folha salarial e a receita bruta deve ser igual ou maior que 28%. 
Se o contrário ocorrer e empresas que em um primeiro momento figuram nos anexos III 
e IV tiverem uma relação entre folha e receita menor que 28%, serão tributadas de 
acordo com as alíquotas do anexo V, que são maiores. 
Segue abaixo a legislação comentada a respeito do tema: 
 
LC nº 123/06 – “Art. 18. O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa 
de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação 
das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das 
tabelas dos Anexos I a V desta Lei Complementar, sobre a base de cálculo de que trata 
o § 3o deste artigo, observado o dispostono § 15 do art. 3o. 
(...) 
§ 5º-J. As atividades de prestação de serviços a que se refere o § 5o-I - (medicina, 
inclusive laboratorial e enfermagem, medicina veterinária, odontologia, psicologia, 
 
 
 
35 
 
psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de 
nutrição e de vacinação e bancos de leite, serviços de comissária, de despachantes, de 
tradução e de interpretação, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, 
Geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho 
e agronomia, representação comercial e demais atividades de intermediação de 
negócios e serviços de terceiros, perícia, leilão e avaliação, auditoria, economia, 
consultoria, gestão, organização, controle e administração, jornalismo e publicidade, 
agenciamento, exceto de mão de obra) - serão tributadas na forma do Anexo III desta 
Lei Complementar caso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa 
jurídica seja igual ou superior a 28% (vinte e oito por cento). 
§ 5o-M. Quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da microempresa 
ou da empresa de pequeno porte for inferior a 28% (vinte e oito por cento), serão 
tributadas na forma do Anexo V desta Lei Complementar as atividades previstas: 
I - nos incisos XVI (fisioterapia), XVIII (arquitetura e urbanismo), XIX (medicina, inclusive 
laboratorial, e enfermagem), XX (odontologia e prótese dentária) e XXI (psicologia, 
psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de 
nutrição e de vacinação e bancos de leite) do § 5o-B deste artigo; 
II - no § 5o-D deste artigo – (administração e locação de imóveis de terceiros, 
academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais, academias de atividades 
físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes, elaboração de programas de 
computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em 
estabelecimento do optante, licenciamento ou cessão de direito de uso de programas 
de computação, planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas 
eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante, empresas 
montadoras de estandes para feiras, laboratórios de análises clínicas ou de patologia 
clínica, serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e 
métodos óticos, bem como ressonância magnética, serviços de prótese em geral). 
§ 5o-K. Para o cálculo da razão a que se referem os §§ 5o-J e 5o-M, serão 
considerados, respectivamente, os montantes pagos e auferidos nos doze meses 
anteriores ao período de apuração para fins de enquadramento no regime tributário do 
Simples Nacional. (Destacamos e incluímos as atividades mencionadas em cada artigo) 
 
 
 
Como calcular o fator “r”, para se chegar nestes percentuais definidos pela 
legislação? 
 
De acordo com o artigo 26 da Resolução CGSN nº 94/2011, o fator ‘r’ deve ser 
calculado observando-se os seguintes dados: 
 
❖ folha de salários, incluídos encargos, nos 12 (doze) meses anteriores ao período 
de apuração; e 
 
 
 
 
36 
 
❖ receita bruta total acumulada auferida nos mercados interno e externo nos 12 
(doze) meses anteriores ao período de apuração. 
 
Para o cálculo da folha de salários, a empresa do Simples deve incluir no cálculo: 
 
❖ o montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a 
título de salários, retiradas de pró-labore, acrescidos do montante efetivamente 
recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social destinada à 
Previdência Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (Artigo 26, 
§1º da Resolução CGSN 94/11) 
 
Ainda neste sentido, o salário a ser considerado neste cálculo é aquele informado na 
GFIP, conforme determina o inciso I, do §2º da Resolução CGSN 94/2011. 
 
Por fim a resolução ainda esclarece que, consideram-se salários o valor da base de 
cálculo da contribuição prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/91 (Cota 
Patronal e RAT), agregando-se o valor do décimo-terceiro salário na competência da 
incidência da referida contribuição, na forma do caput e dos §§ 1º e 2º do art. 7º da Lei 
nº 8.620/93. 
 
Para fins deste cálculo não serão considerados valores pagos a título de aluguéis e de 
distribuição de lucros. (§3º, artigo 26, Resolução CGSN nº 94/11) 
 
 
E as empresas em início de atividade??? Como fazer este cálculo 
 
De acordo com o §4º, do artigo 26 da Resolução CGSN nº 94/11, na hipótese de a ME 
ou EPP ter menos de 13 (treze) meses de atividade, adotar-se-ão, para a 
determinação da folha de salários anualizada, incluídos encargos, os mesmos critérios 
para a determinação da receita bruta total acumulada, estabelecidos no art. 21 da 
referida resolução, conforme veremos a seguir: 
 
 
 
 
 
37 
 
Art. 21. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional 
será determinado mediante a aplicação das alíquotas efetivas calculadas na forma 
prevista no art. 20, sobre a receita bruta total mensal, observado o disposto nos arts. 16 
a 19, 24 a 26, 33 a 35 e 133. (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3º, § 15, art. 18, 
caput e §§ 1º e 4º a 5º-I) 
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo 
Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no 1º (primeiro) mês 
de atividade, o sujeito passivo utilizará, como receita bruta total acumulada, 
a receita auferida no próprio mês de apuração multiplicada por 12 (doze). 
 
§ 3º Na hipótese prevista no § 2º, nos 11 (onze) meses posteriores ao do 
início de atividade, para efeito de determinação da alíquota, o sujeito 
passivo utilizará a média aritmética da receita bruta total auferida nos 
meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12 (doze). 
(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 18, § 2º) 
 
 
 
1.13. Do Micro Empresário Individual – MEI - Novas regras para o MEI 
 
Com o objetivo de tornar possível o fim da informalidade e a legalização daquele que 
trabalha por conta própria, o Governo Federal instituiu a figura do microempreendor 
individual (MEI), por meio de alterações na LC nº 123/06 através da LC nº 128/08. 
De acordo com a legislação para se enquadrar na condição de MEI, é necessário se 
encaixar nas condições do artigo 18A, §1º, já com as alterações da LC nº 155/2016, o 
qual determina que considera-se MEI o empresário individual, ou o empreendedor que 
exerça as atividades de industrialização, comercialização e prestação de serviços no 
âmbito rural, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 
81.000,00 (oitenta e um mil reais), que seja optante pelo Simples Nacional e que não 
esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
Para as empresas em início de atividade o limite será de R$ 6.750,00 (seis mil, 
setecentos e cinquenta reais) multiplicados pelo número de meses compreendido entre 
o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de 
meses como um mês inteiro. 
 
 
 
38 
 
Segue abaixo um quadro resumo com as principais alterações advindas com a LC nº 
155/2016: 
 
 
Antes da LC nº 155 
Validade até 31/12/2017 
Após a LC nº 155 
 
Empresário individual conforme art. 966 
do código civil 
Empresário individual conforme art. 966 
do código civil ou empreendedor que 
exerça atividades de industrialização, 
comercialização e prestação de serviços 
no âmbito rural. (Art. 18-A, §1º) 
Receita Bruta no ano-calendário de R$ 
60.000 (sessenta mil) 
Receita Bruta no ano-calendário de R$ 
81.000 (oitenta e um mil). (Art. 18-A, §1º) 
Baixa no Portal eletrônico, informação na 
Junta Comercial, baixa naReceita 
Estadual e na Prefeitura (alvará) e outros 
cadastros com a administração pública. 
Baixa exclusivamente no Portal 
eletrônico, com dispensa de 
comunicação a demais orgãos. (Art. 18-
A, §16A) 
Obrigatório a inscrição e pagamento de 
anuidade em orgão de Conselho de 
classe profissional. 
Dispensa do cadastro e recolhimento em 
órgãos de conselho profissional quando 
já o for na qualidade de pessoa física. 
(Art. 18-A, §19A) 
Contribuinte Individual do INSS Empresário individual - contribuinte 
individual Trabalhador rural - contribuinte 
especial. (Art. 18-A, §18C) 
Pode contratar até um (01) funcionário 
por no máximo um salário mínimo ou piso 
da categoria. 
Não mudou, ainda pode contratar até um 
(01) funcionário por no máximo um 
salário mínimo ou piso da categoria. (Art. 
 
 
 
39 
 
18-E, §4º) 
 
1.14. Do Investidor Anjo 
 
A LC nº 155/16, criou a figura do investidor anjo, que traz para pequenas empresas em 
geral, mas principalmente para as “Startups”, o benefício de receberem investimentos 
de pessoas físicas ou jurídicas em troca de participação das mesmas nos lucros 
auferidos sem a necessidade do ingresso no contrato social como sócias 
administradoras isentando as mesmas dos riscos em relação a dívidas do 
empreendimento que caberá somente aos sócios. – Artigo 61 A da LC 155/16. 
Produção de efeitos a partir de janeiro de 2017 
Obrigatoriedade de entrega de ECD 
A microempresa (ME) ou a empresa de pequeno porte (EPP) que receber aporte 
de capital de investidor-anjo está obrigada a manter a Escrituração Contábil 
Digital (ECD)? 
A microempresa (ME) ou a empresa de pequeno porte (EPP) que receber aporte de 
capital de investidor-anjo, na forma prevista nos artigos 61-A a 61-D da Lei 
Complementar nº 123/2006, deverá manter a Escrituração Contábil Digital (ECD) e 
ficará desobrigada da escrituração do Livro Caixa. 
Registra-se que a falta de entrega da ECD, pela ME ou EPP, acarretará a exclusão de 
ofício do Simples Nacional. (Artigo 61, §§ 3º e 3º-A da Resolução CGSN nº 94/2011) 
Principais pontos de atenção para o Investidor Anjo: 
❖ O aporte de capital não integrará o capital social da empresa; 
 
Base Legal: “Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos 
produtivos, a sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos 
termos desta Lei Complementar, poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital 
social da empresa”. 
 
 
 
 
40 
 
❖ O aporte pode ser feito por pessoa física ou jurídica (fundos de 
investimento, por exemplo); 
 
Base Legal: “§ 2o O aporte de capital poderá ser realizado por pessoa física ou por pessoa 
jurídica, denominadas investidor-anjo”. 
 
❖ As atividades da empresa serão exercidas unicamente pelos sócios 
regulares (quotistas) - ou seja: investidor não pode sair trabalhando em 
nome da empresa investida; 
 
Base Legal: “§ 3º. A atividade constitutiva do objeto social é exercida unicamente por sócios 
regulares, em seu nome individual e sob sua exclusiva responsabilidade”. 
 
❖ Não será considerado sócio nem terá qualquer direito a gerência ou voto 
na administração da empresa; 
 
Base Legal: “§ 4o O investidor-anjo: I - não será considerado sócio nem terá qualquer direito 
a gerência ou voto na administração da empresa”; 
 
❖ Não responderá por qualquer dívida da empresa (mesmo em caso de 
falência) - a dívida é dos sócios quotistas e administradores; 
 
Base Legal:” § 4o O investidor-anjo: II - não responderá por qualquer dívida da empresa, 
inclusive em recuperação judicial, não se aplicando a ele o art. 50 da Lei no 10.406, de 10 de 
janeiro de 2002 - Código Civil”; 
❖ Será remunerado por seus aportes, nos termos do Contrato de 
Participação, pelo prazo máximo de cinco (05) anos; 
 
Base Legal: “§ 4o O investidor-anjo: III - será remunerado por seus aportes, nos termos do 
contrato de participação, pelo prazo máximo de cinco anos”. 
 
 
 
41 
 
❖ Os valores de capital aportados não são considerados receita da 
sociedade e não desenquadram a empresa do Simples Nacional; 
 
Base Legal: Ҥ 5o Para fins de enquadramento da sociedade como microempresa ou 
empresa de pequeno porte, os valores de capital aportado não são considerados receitas da 
sociedade”. 
 
❖ Ao final de cada período (ano fiscal) o investidor anjo terá direito a 
distribuição de lucros, conforme Contrato de Participação, não superior a 
50% dos lucros da empresa; 
 
Base Legal: “§ 6o Ao final de cada período, o investidor-anjo fará jus à remuneração 
correspondente aos resultados distribuídos, conforme contrato de participação, não superior a 
50% (cinquenta por cento) dos lucros da sociedade enquadrada como microempresa ou 
empresa de pequeno porte”. 
 
❖ O direito ao resgate do valor investido só existirá após dois (02) anos do 
aporte de capital, não podendo ultrapassar o valor de investimento mais 
correção (conforme o Contrato de Participação); 
 
Base Legal: “§ 7º. O investidor-anjo somente poderá exercer o direito de resgate depois de 
decorridos, no mínimo, dois anos do aporte de capital, ou prazo superior estabelecido no 
contrato de participação, e seus haveres serão pagos na forma do art. 1.031 da Lei no 10.406, 
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, não podendo ultrapassar o valor investido devidamente 
corrigido”. 
 
Perguntas Frequentes a respeito do Tema: 
 
1) Existe limite de valor para ser investidor anjo? 
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2) O Investidor Anjo pode entrar como sócio (alteração contratual) no decorrer do ano? 
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3) Uma empresa do Simples Nacional pode optar por investir como investidor anjo? Ela 
pode correr o risco de ser desenquadrada? 
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