Trabalho de Estágio sobre Psicólogo Organizacional

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Maria Luísa Torres de Moura
Patrícia Bezerra da Silva de Andrade
Rafaella Martins de Melo
Sávio Chardson Xavier Bruno
ENTREVISTA COM PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL QUE ATUA EM ARACAJU, SERGIPE
Professora: Ana Paula da Silva Chaves
Aracaju
Out. 2018
MARIA LUÍSA TORRES DE MOURA
PATRÍCIA BEZERRA DA SILVA DE ANDRADE
RAFAELLA MARTINS DE MELO
SÁVIO CHARDSON XAVIER BRUNO
ENTREVISTA COM PSICÓLOGO ORGANIZACIONAL QUE ATUA EM ARACAJU, SERGIPE
Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação na disciplina Estágio Supervisionado Básico I, do Curso de Psicologia, da Faculdade Estácio de Sergipe. 
Orientadora: professora Ana Paula da Silva Chaves.
 
Aracaju
Out. 2018
SUMÁRIO
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE A ÁREA PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL
1.1 Princípios Fundamentais
I. O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
III. O psicólogo atuará com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural. 
1.2 Bosquejo Histórico
A Psicologia Organizacional é uma área voltada para o desenvolvimento e a aplicação de princípios científicos buscando estudar o comportamento humano relacionado ao ambiente de trabalho, possibilitando alcançar níveis excelentes de qualidade por toda a organização, atuando sobre os problemas organizacionais da gestão, diretamente ligados ao bem-estar dos colaboradores, já que passamos maior parte do nosso tempo trabalhando.
Inicialmente, a psicologia neste âmbito era denominada Psicologia Industrial, pois surgiu justamente no contexto das indústrias, logo após a Revolução Industrial, isto é, quando as formas de trabalho sofreram várias mudanças. A psicologia industrial se difere muito da atual psicologia organizacional, pois a primeira era voltada para o recrutamento e seleção, no entanto, esta área passou por evoluções científicas, mudando o foco para a saúde e bem-estar humano.
1.3 O Psicólogo Organizacional
O psicólogo organizacional é um profissional que exerce atividades no campo da psicologia aplicada ao trabalho, como recrutamento, seleção, orientação, aconselhamento e treinamento profissional. Este ramo da Psicologia não se restringe somente a gestão de pessoas, mas, também dá atenção à saúde do trabalhador e da organização. “As organizações são sistemas que incluem variados níveis, procedimentos e tecnologias, mas são sistemas sociais, acima de tudo. Compreendê-las requer analisar as complexas interações que ocorrem nos múltiplos níveis interligados aos seus subsistemas e os sistemas de seu entorno” (Zanelli, p.18, 2008). 
O uso da Psicologia como ferramenta indispensável na área de Recursos Humanos é inconteste para aqueles que lidam com questões como liderança, motivação, formação de equipes, seleção e desenvolvimento de pessoas entre outras. (FIORELLI, 2000).
São funções do psicólogo organizacional:
Analisar a relação entre o trabalho e as pessoas;
Orientar o processo de seleção e formação dos trabalhadores;
Promover a otimização do trabalho;
Analisar os processos de liderança e de gestão dos recursos humanos;
Explicar e procurar prever o comportamento das pessoas no contexto de trabalho;
Avaliar a motivação e o grau de satisfação dos trabalhadores;
Compreender as relações formais e informais no interior da organização;
Procurar compreender e resolver conflitos;
Apoiar no controle e avaliação dos resultados;
2 ENTREVISTA NA ÍNTEGRA
Transcrição da entrevista com Psicólogo Organizacional que atua em Aracaju/Sergipe.
 1) Seu nome completo? CRP?
Adriano Ferreira Barros. 
19/631.
 2) Em qual instituição você se formou?
Universidade Tiradentes.
 3) Há quanto tempo você é formado?
16 anos.
 4) Porque escolheu a Psicologia Organizacional?
Na verdade, eu comecei fazendo Psicologia Organizacional através do estágio, e esse estágio foi proporcionando pela Universidade Tiradentes na época na construtora Celi. Desde então comecei minha carreira na área organizacional.
 5) Há quanto tempo você trabalha na área organizacional?
Há 16 anos. Também sou Psicólogo Clínico e trabalho com a Psicologia do Trânsito. 
6) Trabalhar com Psicologia Organizacional foi uma opção? Durante sua graduação você já demonstrava interesse pela área em particular?
Durante a minha graduação mostrei interesse na área. Apesar do pouco, na época né, do pouco conhecimento que era propagado na universidade, porque dentro da universidade era muito mais aquela questão clínica, pelos grupos, pelas vontades do pessoal. Mais aí surgiu a oportunidade de estagiar na Celi, e eu sempre tive essa vocação para administração e aí voltei mais minha formação de Psicologia para área organizacional.
7) Poderia nos falar um pouco sobre as características do trabalho de um Psicólogo organizacional, como é o dia a dia na relação com a empresa e com os colaboradores?
Trabalhei muito tempo como funcionário, hoje trabalho muito mais como consultor e assessor. Então, hoje eu tenho uma empresa de assessoria e consultoria que presta serviço para algumas empresas, que diz respeito a recrutamento e seleção de pessoal e analise de clima, analisando pessoas para determinadas funções e cargos dentro das empresas. Então, esse é mais ou menos o meu trabalho hoje. Quando eu trabalhava na Celi, isso tinha uma função estratégica, a Psicologia Organizacional trabalhava diretamente na área de recursos humanos, apesar que isso há 18 anos atrás, você não tinha um campo nas empresas tão muito difundido da Psicologia Organizacional. Creio que até hoje não é muito isso tá. Mas o profissional de Psicologia, ele entra justamente na área estratégica da empresa. Ele vai tá discutindo planejamento, resultados, tudo que envolve e permeia o serviço do humano, do ser humano dentro da organização, a gente está apto a desenvolver. 
8) Você utiliza de alguma abordagem psicologia especifica? Se sim, poderia nos falar sobre como ela lhe auxilia e atende as demandas do seu trabalho?
A minha formação principal é Psicanalise, de orientação psicanalítica, não ortodoxia. Mas da orientação psicanalítica. Hoje eu trabalho um pouco com TCC, é meio confuso isso, mais por conta das avaliações psicológicas. Mas eu sempre trabalhei com a vertente muito mais psicanalítica na atuação. Essa linha me auxilia nas demandas, ela não é preponderante nas atividades, mas ela me dar um norte naquilo que eu tenho de criação e elaboração de estratégias para o meu trabalho.
9) Quais são as principais dificuldades que um psicólogo organizacional hoje encontra na sua atuação?
Então, assim, hoje na minha ótica, falta um pouco da psicologia ainda se fazer perceber diante das empresas. Um dos grandes problemas hoje do psicólogo organizacional é ficar no mundinho da psicologia organizacional. Então, eu percebendo desde que me formei, sempre procurei especializações voltadas para área da administração. Então eu tenho MBA em gestão empresarial, MBA em gestão de qualidade. Eu fui entender como os processos das empresas funcionavam, por isso eu fui procurar outros conhecimentos. E aí você vê Psicólogo aprendendo matemática financeira, porque? porque você vai falar com o contador, você vai falar com o cara das finanças. Então se você não conhece a linguagem dessas áreas, você acaba que, como você é uma posição estratégica, você fica alheio a esses determinados assuntos. Então você tem que permear e ter um conhecimento abrangente de toda administração, para você criar algumas estratégias voltadas para aquele objetivo especifico do seutrabalho. Que no caso é o desenvolvimento das pessoas dentro da empresa, aumento da produtividade e dentre outros.
10) Qual a importância de um psicólogo para uma organização?
Pra mim é de fundamental importância. As grandes empresas hoje já perceberam isso, é tanto que hoje aqui no estado você ver uma crescente, assim, nas grandes redes varejistas, a exemplo do Gbarbosa, essas outras empresas de atacados que temos aqui. Praticamente todas tem o Profissional de Psicologia dentro do seu quadro. As construtoras que foram as precursoras aqui no estado dessa inclusão dos profissionais da área da psicologia no seu trabalho. Você tinha aí um trabalho muito significativo do Gbarbosa, que os psicólogos por questões especificamente na área de recrutamento e seleção que faziam e fazem. Então, assim, é de fundamental importância, porque? Porque são questões estratégicas, você não consegue desenvolver a empresa apenas por cumprir a lei, fazer com que simplesmente seu funcionário cumpra a carga horaria, ou o trabalho em si. Você tem que dá motivação ao funcionário, dá significado. O trabalhador tem que ressignificar tudo que gira em torno daquela empresa. E talvez seja a grande problemática, “voltando aquela outra pergunta” traduzir isso em resultado, a grande problemática hoje é traduzir o nosso trabalho em resultado. Trazer a questão subjetiva e mostrar para o dono da empresa a produtividade. Materializar o nosso trabalho em resultados. O nosso grande problema é esse, traduzir o mundo subjetivo para o mundo objetivo. E, um outro problema seria mostrar para as empresas a real necessidade do nosso trabalho. Os grandes corpos das empresas, sempre as áreas mais afetadas principalmente são essas áreas que são vistas como supérfluas. E aí, talvez seja onde está o grande erro das empresas.
11) Quais são os materiais psicológicos que você aplica com os colaboradores? 
Você tem pesquisas de clima organizacional. Você tem a questão da avaliação quando você está fazendo recrutamento, seleção, recrutamento de seleção com os funcionários você pode fazer uma avalição psicológica pra poder tá dirimindo algum tipo de duvida que você tenha na escolha de um ou outro candidato. O Psicólogo Organizacional ele não escolhe, ele apenas indica a aquela pessoa que vai escolher, quais são os candidatos que tenham aquelas habilidades necessárias para desenvolver o cargo. E aí essa é a nossa função no que diz respeito ao tocante de recrutamento e seleção. Mas você tem várias ferramentas que você pode está utilizando em relação a isso no seu dia a dia. Vai muito também das técnicas de quanto psicólogo, da escuta, da observação, vai tudo depender do trabalho que é realizado, daquilo que lhe é colocado para ser realizado. Se você for fazer uma entrevista de desligamento, você tem que ser um bom ouvinte, bom aconselhador. Se você faz uma entrevista de recrutamento e seleção, você tem que ser um cara que tem que ter uma observação muito acusada. Hoje você tem que pegar informações das mais variáveis possíveis do candidato. Que você realmente tem que diminuir qualquer risco para empresa de qualquer problemática futura. Não só isso, como você tem que analisar aspectos voltados as habilidades necessárias para o desenvolvimento daquela determinada função. Você tem que saber se a pessoa, se vai extrair dela a produtividade que o cargo lhe compete. E ai tudo né, você tem que fazer esse mapeamento.
12) A partir do momento que você entra em uma empresa, e faz o seu trabalho, demora quanto tempo para o resultado esperado? E o que você acha que o empresário e paciente esperam? 
O que eu falei pra você, quantificar não é fácil, não é um trabalho fácil. Mas isso vai muito também da forma como você lida, e da forma como você mostra o seu trabalho. 
(Historinha).
13) Você saberia dizer por que normalmente nas empresas, quando se tem, só trabalha um profissional de psicologia, sendo que as empresas têm muitos funcionários? 
É custo! Bom que vocês estão na faculdade e aprendam isso, hoje a gente vive um momento impar no Brasil, e não falando de política, mais voltado para o mundo organizacional né, o custo. Hoje, vamos fazer uma retorica aqui no que diz respeito a nossa vida pessoal. Se ficamos doentes nós fazemos o que? Vamos ao médico. E se nós temos uma doença significativa nos vamos arcar com tudo aquilo que a gente tem pra poder prover da gente isso. Quando nós temos um problema de saúde mental, não necessariamente a gente faz isso. A gente as vezes recorre a outro tipo de paliativos e não arcamos com isso. O que é que eu quero dizer com você; o custo em uma empresa ele significado de um profissional, então o que é que a gente vê hoje, profissionais mal remunerados, principalmente da área de psicologia, e não estou falando só especificamente das organizações privadas tá, falo principalmente da questão governamental, você vê hoje tem concursos públicos para psicólogos pagando míseros 1.200 reais. Hoje é um alento e uma grande preocupação de vocês enquanto acadêmicos tem que ter em relação a isso. E o que é que vai dar possibilidade de você enfrentar isso? Apenas o conhecimento e a capacitação. Quanto mais você se capacita, mas você consegue mostrar para as outras pessoas aquilo que você tem. A mesma coisa da empresa, você vai fazer parte da área de treinamento de desenvolvimento de pessoas, você na empresa é a pessoa que cuida do desenvolvimento das pessoas dentro da empresa, aí você vai cria um programa de educação continuada dentro daquela empresa. Você tem que ter recursos necessários para desenvolver aquelas pessoas. Recursos humanos seus e a empresa tem que arcar com os recursos financeiros se não ninguém sai do lugar, até seu papel fica sem significado se isso não existir. Então hoje, como a empresa não tem dinheiro pra fazer investimento, como é que ela vai investir no humano, se não é a causa real, pelo menos do olho do empresário, sobre a questão da produtividade dele e lucratividade baixa que ele está tendo. Então isso é supérfluo. Então hoje o grande problema é o custo mesmo. 
14) Qual é a diferença da Psicologia Organizacional em relação a outras áreas da Psicologia? 
Vai muito do gosto né?! Acho que pra mim a linguagem coorporativa é muito mais fascinante do que a uma linguagem da psicologia escolar. A linguagem da psicologia do trânsito pra mim também é muito interessante. Então isso vai muito do gosto das pessoas, daquilo que o psicólogo procura na sua formação. Acho que você não pode dizer assim: essa área é melhor que aquela. Não! Você pode ser bem-sucedido em todas as áreas da psicologia. E tem uma coisa muito interessante, o psicólogo é transformador, o psicólogo aonde ele está ele transforma. O serviço bem feito de um psicólogo em qualquer instituição, em qualquer organização, ele sendo bem feito, ele é bem elogiado, é bem visto, é bem visualizado. Então a partir do momento que todo mundo compreende isso, todo que falo os psicólogos compreendem isso, qualquer que seja, o psicólogo que trabalho em um hospital, na escola, na psicologia jurídica, se eles fizeram um trabalho daquilo que é esperado dele ou além das respectivas que é esperada dele. Ele tenha certeza absoluta, é dada a ele uma visibilidade grande. Porque mexe com estratégias. 
15) Qual é o recado que você deixa para os acadêmicos interessados em trabalhar com Psicologia Organizacional?
Estudar, se capacitar. Acho que é um mercado muito promissor, espero que a economia volte a aquecer porque é um setor muito sensível. O profissional da psicologia, ele não deixa de estudar, se você pensa em deixar de estudar, procure outra área, menos a psicologia. 
3 DISCUSSÃO CRÍTICA
O entrevistado declara que é atuante na área há 16 anos conseguindo trabalhar em várias vertentes que envolvem o contexto empresarial, o que demonstra a multiplicidade dessa área. O mesmo trabalha como consultor no recrutamento de pessoal, embora tenha domínio de tudo que envolve o mundo empresarial, desde o planejamento estratégico a organização, o que nos mostra como a psicologiaorganizacional está presente em todas as áreas da organização. 
No que diz respeito a atuação do psicólogo organizacional observamos que se dá por meio da execução de atividades de recrutamento e seleção de funcionários; acompanhamento de colaboradores que estão enfrentando algum problema; intermediação de conflitos; e elaboração de estratégias que visam a integração da equipe, bem como de realização de pesquisas sobre clima organizacional o que conduz com o levantamento bibliográfico feito. (SPECTOR, 2010). 
Um dos fatores que foi inicialmente colocado em questão foi a escassez de recursos, que a universidade proporcionou, para que tivesse uma formação satisfatória em psicologia organizacional. Com ajuda da fala do psicólogo conseguimos traçar um esboço do panorama dentro da própria universidade há 16 anos atrás, e enquanto a única universidade particular que oferecesse o curso de psicologia na época. 
Poderíamos nos utilizar disso para pensar até mesmo as demandas do mercado em toda a cidade e como, segundo a fala do psicólogo, tudo estaria mais voltado para a psicologia clínica. Outro fator interessante é a ideia de vocação presente no discurso de Adriano, que surge se contrapondo a ideia de que a própria universidade não ofereceu muito conhecimento sobre o assunto, como se evocar o discurso de vocação fosse suprir lacunas.
Outro fator importante que foi extraído da entrevista foi o fato de que através da fala do psicólogo, pairou a ideia de uma psicologia organizacional com limites entre as abordagens muito mais fluídos do que na clínica. O entrevistado declarou ter formação em psicanálise, mas utilizar na sua prática para além dela a teoria cognitiva comportamental. Duas áreas que no ramo da psicologia muitas vezes são consideradas enquanto antagônicas. 
O psicólogo afirmou que para a realização de um trabalho de qualidade é preciso que haja muito comprometimento, por se tratar de uma área que envolve vários pontos importantes como a qualidade do serviço prestado, foi possível observar que na visão desse profissional, o maior dever do psicólogo organizacional está em satisfazer a empresa (seu cliente), principalmente quando recruta pessoal declarando que o psicólogo organizacional deve ter habilidades e observação aguçada para recrutar a pessoa ideal ao cargo com capacidade de executar as funções exigidas, pois dessa forma irá beneficiar a empresa. 
A colocação dele diverge de Chiavenato (2004), que defende os três aspectos fundamentais da moderna Gestão de Pessoas são: “as pessoas como seres humanos, as pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais e as pessoas como parceiros da organização.” Segundo o psicólogo, também, a maior problemática do profissional da área é traduzir a subjetividade psíquica para o materialismo que envolve as organizações empresariais. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em suma, durante a entrevista o psicólogo pareceu bastante à vontade em responder aos questionamentos, notou-se que mesmo sendo uma entrevista com questões estruturadas ele respondeu a todas e finaliza a entrevista com conselhos de um profissional que atua há mais de uma década para os acadêmicos que só saberão o que é verdadeiramente Psicologia Organizacional quando estiverem desempenhando suas funções no mercado de trabalho. A universidade é insuficiente para conhecer em sua totalidade o papel do psicólogo organizacional. Ao fazer uma análise geral da entrevista realizada com o psicólogo Adriano Ferreira Barros, foi possível observar diversos aspectos sobre a prática que envolve a Psicologia Organizacional, sendo de extrema importância para esclarecer o acadêmico sobre esse foco da psicologia que foi tão pouco propagado, mas que ao decorrer dos anos venha aos poucos conquistando seu espaço. Ao mesmo tempo, o entrevistado aponta que embora não haja um número expressivo de psicólogos atuando nas organizações, as perspectivas são positivas, uma vez que cada vez mais as empresas voltam os seus olhares sobre as pessoas. Como prova disso temos o fato de que a psicologia organizacional foi apontada como a segunda colocada numa pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Psicologia em 1988, a respeito do interesse nas áreas da psicologia. (CFP, 1988). 
REFERÊNCIAS 
ZANELLI, J.C. Formação e atuação em Psicologia Organizacional. Psicologia — ciência e profissão. Conselho Federal de Psicologia, ano 6, nº 1, 1986. 
MENDONÇA, J.R.A. Anotações para um possível papel possível do profissional de RH — uma volta atrás. In: Administração e Desenvolvimento de Recursos Humanos — teoria e prática. Salvador, UFBA, ISP, 1982. 
 GALLI, T.M. Recursos Humanos num contexto multidisciplinar: desafios e dilemas do psicólogo organizacional Psico, Porto Alegre, 1 (2): 34-39, jul/dez, 1980. 
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. O capital humano das organizações. São Paulo: Atlas, 2004.
SPECTOR, Paul E. Psicologia nas Organizações. São Paulo: Saraiva. 2010.
ZANELLI, José Carlos; SILVA, Narbal. Interação humana e gestão: a construção psicossocial das organizações de trabalho. – São Paulo: Casa do Psicólogo, 2008.