Cap 4 Planejamento da Capacidade

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Prof. Julio Nichioka
1º Semestre de 2015
Curso de Engenharia de Produção
Disciplina: Planejamento e Controle da Produção I
Capítulo 4: Planejamento da 
Capacidade
Capítulo 4: Planejamento da Capacidade 
4.1. A Função Planejamento e Controle de Capacidade 
Produtiva
4.2. Capacidade
4.3. Planejamento e Controle de Capacidade
4.4. Objetivos do Planejamento e Controle de 
Capacidade
4.5. Políticas Alternativas de Capacidade
4.6. Teoria de Filas
4.7. A Dinâmica de Planejamento e Controle de 
Capacidade
4.1. A Função Planejamento e Controle 
de Capacidade Produtiva
Fornecimento 
de produtos 
e serviços
Recursos 
de produção
Demanda 
por produtos 
e serviços
Consumidores 
da operação 
produtiva
“Planejamento e Controle Agregados”: os cálculos de demanda e 
capacidade normalmente são realizados de forma agregada, que não 
discrimina entre os diferentes produtos e serviços que uma operação 
produtiva pode fazer
Planejamento e 
Controle de
Capacidade 
Produtiva 
Conciliação de 
capacidade 
agregada da 
produção com sua 
demanda agregada
4.2. Capacidade 
“É o máximo nível de atividade do valor adicionado 
em determinado período de tempo, que o processo 
pode realizar sob condições normais de operações.”
 estacionamento com capacidade de 5000 
carros ao dia
 abastecimento de 200 litros por hora
 50 quartos ocupados por mês
Quando um setor de uma 
organização estiver trabalhando na 
sua capacidade “máxima”, ele pode 
estar estabelecendo as restrições
de capacidade de toda operação.
“É a tarefa de determinar a capacidade efetiva da 
operação produtiva, de forma que ela possa 
responder à demanda.”
Isto normalmente significa decidir como a 
operação deve reagir a flutuações da demanda.
Os gerentes de produção devem tomar decisões 
de capacidade de curto, médio e longo prazos.
O nível de capacidade da organização deve 
ser ajustado dentro dos limites fixos que são 
estabelecidos pelas decisões de capacidade 
de longo prazo.
Definida a capacidade de longo prazo, os gestores 
devem decidir como ajustar a capacidade da 
operação no médio prazo.
4.3. Planejamento e Controle de Capacidade
Capacidade de Médio e Curto Prazo
 envolve uma avaliação da demanda 
futura em um período de 2 a 18 meses
 na prática poucas previsões são exatas
 apresentam variações de demanda 
inesperadas e aleatórias
 os gerentes devem fazer ajustes de 
capacidade de curto prazo
A característica importante do planejamento e controle de 
capacidade é que visa definir os níveis de capacidade no 
médio e curto prazos em termos agregados.
Deve-se tomar decisões de capacidade amplas e 
gerais, mas não se preocupar com todos os detalhes 
dos produtos e serviços individuais oferecidos.
Agregação da Medição de Capacidade e 
Demanda
Hotel Fábrica de malhas
Loja Varejista
Receita Mensal
Produtor de 
Alumínio
Quartos ocupados por 
mês
Ignora o nº de hóspedes 
em cada quarto e suas 
necessidades individuais 
Unidades por mês
Ignora tamanhos, cores 
e variações de estilo
Toneladas por 
mês
Ignora os tipos de liga, as 
variações de espessura e 
tamanho de lotes
Ignora as variações de 
gastos, nº de itens e 
margem bruta dos itens 
por transação de cliente
4.4. Objetivos do Planejamento e Controle 
de Capacidade
As decisões tomadas na tarefa de planejamento e 
controle de capacidade afetam os desempenhos de :
 custos - equilíbrio entre capacidade e demanda
 receitas - equilíbrio entre capacidade e demanda
 capital de giro - estoque de bens acabados 
antecipando-se à demanda
 qualidade - grandes flutuações nos níveis de 
capacidade 
 velocidade - melhorar a resposta à demanda
 confiabilidade - proximidade dos níveis de demanda e 
a capacidade
 flexibilidade - especialmente a de volume, que pode 
ser melhorada pela capacidade excedente
Etapas de Planejamento e Controle 
de Capacidade
A gerência de produção depara-se com uma previsão 
de demanda que tem pouca probabilidade de ser 
correta e constante. 
A sequência das decisões de planejamento e 
controle de capacidade que precisam ser 
tomadas pelos gerentes:
 medir a demanda e a capacidade agregadas
 identificar as políticas alternativas de 
capacidade
 escolher as políticas de capacidade mais 
adequadas
Medir a Demanda e a Capacidade 
Agregadas
O primeiro passo é entender e medir as flutuações 
prováveis na demanda e o grau de capacidade disponível 
na organização.
Há três requisitos para uma previsão de 
demanda:
 ser expressa em expectativa realista da 
demanda - ex: horas-máquina por ano, 
pessoal operacional necessário
 ser tão exata quanto possível - a previsão de 
demanda é caracterizada pelo altos níveis de 
incerteza
 dar uma indicação da incerteza relativa -
mesmo sabendo que nenhum dia será igual ao 
outro
Causas da Sazonalidade da Demanda
Produtos e serviços sazonais
 Materiais de 
construção
 Bebidas
 Alimentos
 Vestuário
 Fogos de artifício
 Serviços de viagens
 Férias
 Processamento de 
impostos
 Serviços de educação
 Médico
Climáticas Financeiras
Comportamentais
Sociais
Políticas
Festas
Flutuações agregadas da demanda
Hotel Fábrica de malhas
Loja VarejistaProdutor de 
Alumínio
0
200
400
600
800
1000
J F M A M J J A S O N D
mês
Un
id
ad
es
 p
or
 m
ês
0
50
100
150
J F M A M J J A S O N D
 mês
m
il t
on
 p
or
 m
ês
0
10
20
30
40
J F M A M J J A S O N D
mês
R
ec
ei
ta
 (m
il 
R
$)
Medir a Capacidade
A maior parte das organizações adota uma medida de 
capacidade baseada em entradas para a operação. 
Ex: Leitos disponíveis em um hospital 
 maior problema para a medição é sua complexidade
 facilidade na medição da capacidade quando a 
produção é padronizada e repetitiva
 é possível converter de uma medida para a outra
 a capacidade dos recursos transformadores 
normalmente definida por uma medida relacionada ao 
tempo 
Medidas Mais Usadas: 
 volume de produção - preferidas para 
operações de alto volume, repetitivas, de 
baixa variedade
 insumos - para operações complexas, 
ampla variedade com diferentes insumos
Flutuações da demanda
Algumas operações apresentam flutuações de 
demanda do tipo sazonal de ciclo mais curto:
 mês
 semana 
 dia
 horas
“O grau em que uma operação terá que lidar com 
flutuações da demanda de prazo muito curto é 
determinado, em parte, pelo tempo que seus clientes 
estão dispostos a esperar por seus produtos ou 
serviços.”
Uma operação cujos clientes são incapazes ou não 
querem esperar deve planejar-se para flutuações de 
demanda de prazo muito curto.
Medidas de Capacidade de Insumos e 
Produtos
Medida de Capacidade
Operação
Insumos Volume de produção
Fábrica de ar
condicionado
Horas de máquina
disponível
Nº de unidades por
semana
Hospital Leitos Disponíveis Nº de pacientes
tratados por semana
Teatro Nº de assentos Nº de pagantes por
semana
Universidade Nº de estudantes Estudantes
graduados por ano
Cia de
Eletricidade
Tamanho do
gerador
Megawatts de
eletricidade gerada
Cervejaria Volume dos tanques
de fermentação
Litros por semana
4.5. Políticas Alternativas de Capacidade
 Política de capacidade constante
 Política de acompanhamento da demanda
 Gestão da demanda
 Políticas Mistas
 Gestão do Rendimento
Métodos para Lidar com as Flutuações da 
Demanda
Política de Capacidade Constante
U
n
id
a
d
e
s
Tempo
Demanda
Produção
-I
+I
13-10
Ignora as flutuações e mantémos níveis de atividade 
constantes. Criam estoques, pois assumem que as 
vendas futuras sejam certas e improvavelmente afetadas 
por mudanças
Política de Acompanhamento da Demanda
É normalmente adotada por operações que não podem 
estocar sua produção, evitando a provisão desnecessária 
de pessoal em excesso.
Métodos mais usuais: 
 horas extras e tempo ocioso - há um limite para 
a quantidade de tempo extra que a força de 
trabalho pode trabalhar sem que os níveis de 
produtividade caiam
 variar o tamanho da força de trabalho -
contratando e dispensando pessoal em função 
da variação da demanda
 usar pessoal em tempo parcial - muito usado 
em serviços como supermercado e restaurantes
 subcontratação - pode ser muito dispendiosa e 
risco de capacitar os subcontratantes
U
n
id
a
d
e
s
Tempo
Demanda
Produção
13-9
Ajustar a capacidade de produção para refletir as 
flutuações da demanda
Política de Acompanhamento da Demanda
Tentar alterar a demanda para ajustá-la à capacidade 
disponível
O objetivo é transferir a demanda dos períodos de 
pico para períodos tranquilos. Podem tentar 
aumentar sua demanda através de propaganda 
adequada.
Gestão da Demanda
Mecanismos mais comuns:
 Alterar a demanda - normalmente 
através de preço, mais aplicável para 
serviços
 Produtos e serviços alternativos - uma 
abordagem mais radical para 
preencher períodos de baixa demanda. 
Ex. empresas de jardinagem produzem 
removedores de neve 
Políticas Mistas
 As três estratégias puras têm custos 
associados. A maior parte das organizações 
adota uma combinação das três para 
conseguir um equilíbrio adequado entre os 
custos e o serviço ao cliente 
 Cada uma dessas três políticas puras 
somente é aplicada quando suas vantagens 
compensam fortemente suas desvantagens
Combinação das três abordagens anteriores
Os objetivos de desempenho gerencial são geralmente 
conflitantes entre a competitividade e a operacionalidade. 
Deseja-se deduzir simultaneamente os custos e os 
estoques.
Gestão do Rendimento
É um conjunto de métodos que podem ser usados para 
assegurar que uma operação maximize seu potencial 
para gerar lucros.
Exemplos: capacidade de reservas em fila de espera, 
descontos de preços, variar os tipos de serviços
É especialmente útil quando:
 a capacidade é relativamente fixa
 o mercado pode ser segmentado de forma 
bastante clara
 o serviço não pode ser estocado de nenhuma 
forma
 os serviços são vendidos antecipadamente
 o custo marginal de realização de uma venda 
é relativamente baixo
Abordagens de Planejamento e 
Controle da Capacidade
São utilizadas duas técnicas para essa tarefa:
 representações acumuladas de demanda e capacidade 
- que permitem comparar a demanda e a capacidade 
quanto à viabilidade
 teoria das filas - que é capaz de 
avaliar as consequências das decisões 
de capacidade em muitas operações de 
serviço com fila
 capacidade produtiva variável
 capacidade de fornecer produtos depois que 
a demanda ocorreu
Quando se produz acima da demanda, 
ocorre uma necessidade de 
armazenamento do produto final, gerando 
um custo de mantê-lo estocado.
4.6. Teoria das Filas
Se a operação tiver falta de atendentes (i.é., a 
capacidade for estabelecida em um nível demasiado 
baixo), formam-se filas até um nível em que os clientes 
tornam-se insatisfeitos com o tempo que devem esperar, 
embora o nível de utilização dos atendentes seja alto
Se houver um nº demasiado alto de 
atendentes trabalhando, o tempo de 
espera dos clientes será pequeno e a 
utilização dos atendentes será baixa
O problema do planejamento e controle da capacidade 
é um compromisso entre o tempo de espera dos 
clientes e a utilização do sistema
Existem desenvolvidas fórmulas 
diversas em software para prever o 
comportamento em regime permanente 
de diferentes tipos de sistemas de filas
4.7. Dinâmica do Planejamento e Controle 
da Capacidade
Perspectiva de curto prazo
P
e
rs
p
e
c
ti
v
a
 d
e
 l
o
n
g
o
 p
ra
z
o
Perspectiva = Pers =
Demanda Prevista
Capacidade Prevista
Ruim
Pers< 1
Ruim
Pers< 1
Normal
Pers = 1
Normal
Pers = 1
Boa
Pers > 1
Boa
Pers > 1
Pessoal
Despedido
Contratar e 
produzir 
para estoque
Iniciar o 
recrutament
o
Horas extras
Contratar 
pessoal 
temporário
Horas extras
Contratar 
pessoal 
temporário
Contratar 
pessoal 
Produzir para 
estoques
Curto prazo
Curto prazo 
Tempo ocioso
Adiar 
qualquer 
ação
Não fazer 
nada
Exercícios
1. O que é planejamento e controle de capacidade?
2. Como a capacidade é medida? Dê um exemplo.
3. Descreva 3 formas de lidar com a flutuações da demanda. 
Exemplifique.
4. Como as operações controlam seus níveis de capacidade?
5. Descreva e dê exemplos para duas políticas alternativas de 
capacidade.
Referências Bibliográficas
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. - Administração de produção e 
operações. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2012
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e 
operações. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2002.
KRAJEWSKI, L. , RITZMAN, L. , MALHOTRA, M, Administração de 
Produção e Operações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
SLACK, N.et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2009.
STEVENSON, W. J. Administração das Operações de Produção. 
Rio de Janeiro: LTC, 2001
TUBINO, D. F. – Manual de Planejamento da Produção – Editora 
Atlas – São Paulo, 2000