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SEMIOLOGIA 15 - PEDIATRIA - Semiologia pediátrica pdf

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Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
1
MED RESUMOS 2011
NETTO, Arlindo Ugulino; ELOY, Yuri Leite.
SEMIOLOGIA 
SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA
(Professora Alexandrina Lopes)
A pediatria pode ser conceituada como a especialidade da medicina que cuida do ser humano durante seu 
período de desenvolvimento: da fecundação à puberdade. Desta forma, a semiologia pediátrica é definida como a 
ciência que estuda os sinais e sintomas que vão constituir as síndromes na infância, com finalidade diagnóstica.
Portanto, a semiologia pediátrica é a ferramenta que médico pediatra lança mão para guiá-lo na consulta 
pediátrica. Ela é, basicamente, composta por três partes:
 Anamnese
 Exame Físico
 Exames Complementares
ANAMNESE
A anmanese do paciente pediátrico deve ser o mais completa e detalhada possível, representando a evolução da 
criança até o momento da consulta. Para isso, é necessário ao pediatra utilizar uma linguagem acessível e demonstrar 
respeito e interesse na história contada pelo paciente.
Os seguintes passos caracterizam a anamnese:
a) Identificação;
b) Queixa Principal (QP)
c) História da Moléstia Atual (HMA)
d) Antecedentes Gineco-obstétricos (AGO)
e) História Mórbida Pregressa (HMP)
f) Antecedentes Alimentares (AA)
g) Desenvolvimento Psico-motor (DPM)
h) Antecedentes Imunológicos (AI)
i) História Mórbida Familiar (HMF)
j) Revisão de sistemas (RS)
k) Condições e Hábitos de Vida (CHV)
Durante a anamnese, o médico deve coletar uma história clínica adequada, preferencialmente com a ajuda do 
responsável legal pela criança. Dessa forma, o médico deve estabelecer os fatos relevantes da anamnese, levantar 
todos os achados clínicos relevantes, confrontar os achados da anamnese para a realização do exame físico,
identificando os fatos veríditos e dessa forma exclindo excessos e percebendo alterações não relatadas pela mãe ou 
criança. 
Depois disso, o médico deve formular um diagnóstico hipotético, baseado nos sinais e sintomas coletados e 
comprovados através dp exame físico e, da mesma forma, estabelecer o diagnóstico diferencial com outra entidades 
nosológicas. Com essas medidas, pode-se estabelecer com segurança o plano terapêutico daquele paciente. Caso 
seja necessário, pode-se fazer uma investigação complementar, para tornar o diagnóstico mais claro.
Identificação.
A identificação possui múltiplos interesses. O primeiro deles é de iniciar o relacionamento com o paciente. Saber 
o nome de uma paciente é indispensável para que se comece um processo de comunicação em nível afetivo.
São obrigatórios os seguintes interesses:
Nome; Data de nascimento; Sexo; Cor; Naturalidade;
Procedncia; Tipo de residncia; Ocupa‚ƒo (estudante?).
Deve-se escrever o nome completo do paciente, por extenso (no entanto, para fins de apresentação de casos 
clínicos com ilustração visual ou em publicação, o nome do paciente deve ser registrado apenas pelas iniciais). Os 
dados introdutórios devem ser anotados de modo telegráfico e de forma dissertativa, de preferência. Anote também data 
de internação, número da enfermaria, do leito e o hospital.
Queixa principal.
Em poucas palavras, registra-se a queixa principal que levou o paciente a procurar o médico, além do tempo de 
duração do sinal deste sinal. Portanto, a queixa principal registra o motivo pelo qual a família levou a criança ao médico
e deve ser escrito com as próprias palavras do informante.
A QP é, em outras palavras, a resposta da seguinte pergunta: “Qual o problema que o (a) trouxe … consulta?
H† quanto tempo o(a) senhor(a) sente isso?”. A resposta deve ser reescrita pelo médico buscando seguir os 
seguintes pontos:
 Repetir as expressões utilizadas pelo paciente;
 Incluir sempre a duração da queixa.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
2
História Mórbida Atual.
É a parte principal da anamnese e costuma ser a chave-mestra para se chegar ao diagnóstico. Tudo que foi dito, 
quando analisamos o método clínico e a anamnese, encontra sua melhor aplicação na feitura da história da doença 
atual (HDA). Esta HDA deve conter as seguintes informações:
 Início e evolução da doença;
 Sintomas associados;
 Medicamentos utilizados (se houve melhora ou não);
 Escrever em ordem cronológica e linguagem técnica;
 Intervir e investigar - quando necessário;
História Mórbida Pregressa.
Neste momento, devemos coletar dados sobre as doenças e internações ocorridas anteriormente: infecções;
doenças próprias da infância; procedimentos cirúrgicos; alergias; uso de medicamentos; etc.
Antecedentes Gineco-obstétricos.
Os seguintes pontos devem ser abordados:
 Estado de saúde da mãe durante a gestação;
 Idade da mãe;
 Grupo sanguíneo e Rh;
 Intercorrências no parto;
 Se fez pré-natal (número de consultas);
 Tipo de parto e local;
 Condições de nascimento.
Antecedentes Alimentares.
É necessário levantar os seguintes questionamentos:
 Se foi amamentado exclusivo ao seio materno e 
quanto tempo;
 Idade do desmame e condições;
 Qualidade e quantidade dos alimentos ofertados;
 Número de refeições;
 Pesquisar intolerância ou alergia alimentar.
Desenvolvimento Psico-motor.
 Assinalar c/ que idade:-sorriu ,sustentou a cabeça,
sentou, engatinhou, andou;
 Quantidade e qualidade do sono;
 Controle esfíncteres;
 Sociabilidade;
 Escolaridade e aproveitamento escolar.
Antecedentes imunológicos.
 Verificar carteira de vacinas;
 Verificar sinal de BCG;
 Obter informações sobre reações vacinais.
História mórbida familiar.
 Pesquisar doenças na família;
 Idade,sexo e estado de saúde dos irmãos;
 Idade e estado de saúde dos pais.
Revisão dos sistemas.
 Diurese e aspecto da urina;
 Hábito intestinal.
Condições de hábito de vida.
 Condições da habitação:número de cômodos ,banheiro,água encanada,rede de esgoto,luz elétrica;
 Escolaridade dos pais;
 Quem mora na casa;
 Uso de cigarros, álcool e drogas pela criança ou parente.
EXAME F‡SICO
Neste ponto, é pertinente fazer a seguinte observação: o exame físico na criança não segue as regras
estabelecidas para o exame físico sistemático dos adulto. Geralmente, o médico pediatra deve iniciar o exame pela 
região que esteja mais acessível e/ou que seja menos estressante ou dolorosa para criança, de modo que o paciente 
aceite, com uma maior facilidade, o exame. 
No próprio colo da mãe, por exemplo, o médico pediatra já é capaz de avaliar o padrão respiratório do paciente, 
a presença de deformidades ou abaulamentos, coloração da pele, batimentos de aletas nasais, sinais evidentes de 
síndromes, etc. Só então devemos iniciar alguns procedimentos e técnicas que são desagradáveis (o que inclui: 
oroscopia, otoscopia, exame ocular e inspeção da região inguinal).
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
3
OBS1: Durante o exame físico, a cooperação da criança é indispensável para que o exame tenha algum valor 
diagnóstico. Crianças estressadas inquietas tornam a avaliação médica dificultosa e incômoda (principalmente para 
mães e acompanhantes). Com isso, algumas medidas simples podem acalmar a criança, tais como: 
 Conquistar amizade da criança: item indispensável para avaliação dessa criança, isso é importante não só para 
a a consulta, mas também porque o vínculo pediátrico com aquela estará presente até os 21 anos.
 Falar com voz suave;
 Explicar antes o que vai fazer: 
 Evite dominar a criança; 
 Iniciar por áreas menos ameaçadoras ou incômodas para a criança;
 Procedimentos desagradáveis no fim (avisar a criança sobre a realização de exames de sangue e ainda exames 
de imagem)
 Aquecer mãos e equipamentos;
 Usar objetos para distração.
OBS2: O local do exame físico também é um fator relevante. Como foi dito anteriormente,os consultórios pediátricos 
são salas decoradas de modo que a criança se sinta mais agradável. Para o médico, deve ser um ambiente bem 
iluminado, com temperatura ambiente, tendo espaço e aparelhos adequados para a realização dos exames. Geralmente 
consultórios médicos muito frios podem mascarar algumas patologias e simular outras. Salas muito frias podem 
predispor as crianças a hiportemia e cianose. Por isso, deve-se sempre tentar manter o consultório em uma temperatura 
ambiente.
OBS3: Com relação a faixa etária, as consultas podem ser conduzidas de maneiras diferentes:
 1os meses: nos primeiros meses de vida, a consulta não é tão dificultosa, e geralmente é feito 
acompanhamentos mensais até o 3º mês, avaliando o diâmetro torácico, perímetro cefálico, peso, avaliação e 
confirmação de vacinas, exame físico do tórax, abdome e genitália externa.
 6 - 8 meses  2 - 3 anos: Geralmente nessa época a consulta passa a se tornar mais dificil. A partir dos 6 
meses a criança já é capaz de reconhecer os pais, daí a importância de frequentar sempre o mesmo pediatra, 
pois com a criança identificando aquela pessoa, a consulta se tornará mais tranquila.
 Pré-escolar: nessa fase as consultas já são direcionadas para a queixa principal do paciente, entretanto deve-
se sempre lembrar de alguns itens que são indispensáveis durante a realização do exame.
 Escolares / Adolescentes: nos adolescentes normalmente na primeira consulta não é necessária uma 
avaliação completa, embora adolescente, sabendo das diversas alterações que ocorrem nessa idade, deve-se 
primeiro conquistar sua confiança para realizar um exame mais específico, ou seja, que seja necessário retirar a 
roupa.
De um modo geral, durante o exame físico de uma criança, o médico vai comprovar todos os achados que foram 
relevantes coletados durante a anamnese. Dessa forma, os sinais (dados que podem ser verificados de maneira 
objetiva) e os sintomas (dados subjetivos, que o médico só terá conhecimento com o relato do paciente) poderão ser 
evidenciados e, desta forma, caracterizar síndromes (conjunto de sinais e sintomas que estão ligados alguma mesma 
entidade nosológica) e, portanto, todos estes dados devem ser cuidadosamente investigados pelo médico, para que 
possa ser estabelecido uma hipótese diagnóstica concreta.
Em resumo, o exame físico caracteriza-se por:
 Avaliação dos aspecto gerais e dados vitais
 Medidas antropometricas 
 Avaliação de órgãos e sistemas
AVALIAÇAO DOS ASPECTOS GERAIS (ECTOSCOPIA)
Neste momento inicial do exame físico, devemos observar o aspecto geral da criança logo ao chegar, dando 
ênfase ao seguintes dados:
 Nível de consciência
 Atitude e posição: posição que o paciente adota com a finalidade de se sentir confortável.
o Atípica (normal): não há preferências.
o Típica: Sugere um desconforto.
 Genupeitoral: geralmente a criança adota essa posição, pois ela permite uma melhor 
oxigenação e ventilação, por isso, nesses casos deve-se suspeitar de alguma cardiopatia 
congênita.
 Ortopnêica: em crianças a ortopnéia deve-se sempre pensar em edema agudo de pulmão. 
Nesses casos o exame do aparelho respiratório é de extrema importância, podendo nesses 
casos auscultar ruídos adventícios (estertores finos), mostrando na radiografia congestão 
bilateral. Diferentemente em adultos ocorre devido a enfisema pulmonar, cardiopatias, 
insufiência cardíaca congestiva.
 Cócoras: Também sugere doenças cardíacas.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
4
 Antálgica: pode se manifestar de v€rias formas: (1) Coloca‚o da m‚o sobre o local, (2) 
decƒbito lateral sobre o local, (3) decƒbito lateral oposto ao local, (4) decƒbito ventral, (5) 
decƒbito dorsal / flex‚o MMII. 
 Posições contraturais: (1) Opist„tono: contratura muscular intensa em que a criana 
permanea apoiada sobre os calcanhares e regi‚o nuncal. Pode ocorrer devido a irrita‚o 
men…ngea infecciosa (meningite) ou ainda, nos casos avanados de t†tano; (2) Ort„tono, (3) 
Pleurot„tono, (4) Gatilho.
 Condições de higiene
 Ativo ou hipoativo
 Estado psíquico
 Biotipo:
 Longil…neo;
 Brevil…neo;
 Normol…neo;
 Fala:
 Disfonia;
 Afonia;
 Disfasia;
 Dislalia;
 Dislexia.
 Marcha: forma de andar da criana.
o At€xica: les‡es do SNC 
 Tab†tica: les‡es posteriores da medula 
 Cerebelar: les‡es cerebelares
o Escarvante / Par†tica. 
 Les‚o de nervos perif†ricos
 Les‡es Esquistossom„ticas da medula
o “Em Foice”: Hemiplegias
o Anserina ou “de pato”: Miopatias 
o “De passos miƒdos”: Doena de Parkinson
o Claudicante: Dor ao andar
 Coloração da pele: um sinal cl…nico importante nesses pacientes † a palidez cutâneo-mucosa. Este sinal pode 
ser simplesmente devido a uma m€-alimenta‚o, ou ainda, predizer condi‡es graves, como ocorre por 
exemplo, nos casos de hipoxemia, que mesmo a criana com hemograma normal, apresenta-se p€lida, nesses 
casos † necess€ria a utiliza‚o de O2. Quando a palidez est€ acompanhada de sudorese, extremidade frias, 
oligƒria, pode ser devido a hipotens‚o, sinais importantes de choque (inclusive, diferentemente do adulto, a 
hipotensão é um sinal tardio de choque na criança). 
 Dados vitais:
 Temperatura em graus Celsius: axilar, auricular e retal.
 FrequŠncia card…aca;
 Pulso;
 FrequŠncia respirat„ria.
 Peso:
o Desnutrição: ocorre naqueles casos em que h€ um deficit alimentar, nesses casos s‚o chamadas de 
desnutri‚o prim€ria. J€ nos casos de desnutri‚o secund€ria, ocorre devido a patologias espec…ficas.
o Obesidade: † o resultado de um desequil…brio energ†tico, em que, a oferta † maior que a gasto de 
energia. Com isso, o alimento † armazenado na forma de tecido adiposo.
OBS4: ‹ importante estabelecer o diagn„stico diferencial de edema com obesidade. Geralmente crianas desnutridas 
apresentam um quadro de hipoproteinemia e, devido a um desequil…brio osm„tico, podem apresentar edema 
generalizado, o que erroneamente pode ser interpretado pelas m‚es como obesidade. Al†m disso, ainda † necess€rio 
fazer diagn„stico diferencial com doenas renais.
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
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MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Os dados aqui obtidos devem ser colocados em gr€ficos espec…ficos, e incluem:
 Peso
 Estatura
 Per…metro cef€lico
 Per…metro tor€cico
 Per…metro abdominal
Peso.
A pesagem de rec†m-nascidos (com at† 16kg) deve ser feita em balanas pr„prias para esta faixa et€ria; 
quando acima de 16kg, utilizar balana para adultos.
IDADE PESO (kg)
03 a 12 meses Idade (meses) + 92
01ano a 6 anos Idade (anos) x 2 + 8
07anos a 12 anos Idade (anos) x 7 - 52 
Quanto ao ganho de peso, devemos considerar o seguinte padr‚o:
 Primeiros 4 ou 5 dias –ocorre perda fisiol„gica de 3 a 10% do peso;
 O peso se recupera em torno do d†cimo dia de vida;
 Primeiro trimestre-em m†dia-30g/dia;
 Segundo trimestre-20g/dia;
 Terceiro trimestre-10g/dia;
 Dobra o peso de nasc. entre 5 e 6 meses;
 Triplica o peso de nasc. em torno os 12 meses;
 Aos 5 anos-dobra o peso em rela‚o aos 12 meses;
 Aos 10 anos -triplica o peso em rela‚o aos 12 meses;
 Aos 14 anos -quadruplica o peso em rela‚o aos 12 meses;
Estatura.
A medi‚o da estatura deve ser feita mensalmente, pelo menos, e devidamente registrada nas curvas de 
crescimento. Para crianas menores de 2 anos, devemos med…-la deitada, com antropmetro de Harpender; para 
crianas maiores de 2 anos, a medi‚o deve ser feita em p†, com escala m†trica ou em balana antropom†trica.
Desta forma, temos os seguintes padr‡es para aumento da estatura:
 Primeiro ano de vida- 25 cm;
 Segundo ano de vida- 12,5 cm;
 Terceiro ano de vida- 9 cm;
 Cerca de 6cm/ano at† a puberdade;
 Entre 4 e 5 anos - duplica a estatura em rela‚o ao nascimento;
 Entre12 e 13 anos - triplica a estatura em rela‚o ao nascimento;
Perímetro cefálico.
A medi‚o do per…metro cef€lico deve ser feito com aux…lio de fita m†trica, passando pela glabela e pelo 
occip…cio, sem abranger as orelhas. 
O padr‚o normal † o que segue:
 Primeiro ano de vida em torno de 12 cm;
 Primeiro semestre 1cm /mŠs;
 Segundo semestre Ž cm /mŠs.
AVALIAÇÃO DOS ÓRGÃOS E SISTEMAS
Os seguintes parmetros devem ser avaliados:
 Cadeias ganglionares
 Cabea e pescoo
 Exame do t„rax
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
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 Aparelho cardiovascular
 Exame do abdome
 Exame da regi‚o inguinal
 Exame da genit€lia
 Exame do aparelho osteoarticular
 Otoscopia
 Exame da boca.
Exame das cadeias ganglioares.
 Localiza‚o
 Tamanho
 ConsistŠncia
 Mobilidade
 CoalescŠncia 
 Sensibilidade dolorosa
Exame da cabeça e pescoço.
a) Observa‚o de f€cies;
b) Inspe‚o de crnio: simetria; formato; propor‚o craniofacial; presena de abaulamentos; implanta‚o de cabelos.
c) Palpa‚o de crnio: consistŠncia „ssea; jun‚o das suturas; abaulamentos; palpam-se fontanelas: anterior-bregm€tica (18m) 
e posterior-lambd„ide(1m).
d) Orelhas: implanta‚o(normal-borda sup.do pavilh‚o se encontra na mesma altura dos cantos internos dos olhos); formato; 
presena de conduto auditivo; altera‡es peri auriculares.
f) Nariz: forma; permeabilidade das narinas; presena de secre‡es; crianas maiores: rinoscopia anterior-cor e brilho da mucosa 
e presena e aspecto das secre‡es.
h) Pescoo: inspe‚o; palpa‚o; -mobilidade (ativa/passiva); palpa‚o da tire„ide.
Exame de Tórax e Aparelho Respiratório.
a) Inspe‚o: Padr‚o respirat„rio (freqŠncia, ritmo, amplitude)
FR
 0 a 2 meses - at† 60mpm
 2meses a 11 meses - at† 50mpm
 1ano a 4 anos - at† 40mpm
 Adolescente-20mpm
b) Palpa‚o: aquecer as m‚os e pesquisar: pontos dolorosos, tumora‡es, n„dulos, frŠmito t„raco vocal –
choro/gemido, expansibilidade – simetria.
c) Ausculta: toda a regi‚o tor€cica; pesquisa de murmurio vesicular; presena de ru…dos advent…cios; pode ser um 
dos primeiros passos do exame f…sico,dependendo do psiquismo da criana.
a) Percuss‚o: toda a regi‚o tor€cica (anterior e posterior) e maneira suave.
Exame do Aparelho Cardiovascular.
a) Palpa‚o: com dedo indicador-pesquisa-se o Ictus cordis (extens‚o,intensidade,ritmo dos batimentos card…acos);
m‚o espalmada-verificar presena de frŠmitos.
Localiza‚o do ictus
 at† 3 meses - entre 3 e 4 espao intercostal E para fora da linha hemiclavicular E;
 -3 meses- 4 EICE para fora da linha hemiclavicular E;
 -9 meses- 5 EICE para fora de linha hemiclavicular E;
 -7 anos- 5 EICE na linha hemiclavicular E;
b) Ausculta: inicia-se pelo ictus-que corresponde a €rea mitral (AM); ainda no 4 EICE mais pr„ximo ao esterno-€rea 
tricƒspide (AT); no 2 EICE ,pr„ximo ao esterno-€rea pulmonar (AP); no 2 EICD,pr„ximo ao esterno-€rea 
a„rtica(AA). Deve-se determinar: freqŠncia card…aca; ritmo das bulhas card…acas; intensidade das bulhas 
card…acas; presena de outros ru…dos (atrito ou sopros(sist„lico,diast„lico e cont…nuos).
FC
 0 a 1 mŠs –70 a 190 bpm 
 1m a 11 meses-80 a 160 bpm 
 2 anos-80 a 130 bpm 
 6 anos-75 a 115 bpm 
 10 anos-70 a 110 bpm 
 14 anos-60 a 105 bpm 
 18 anos-50 a 95 bpm
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
7
c) Palpa‚o de pulsos: com 2 e 3 dedos, devemos avaliar, de forma comparativa (lados sim†tricos), a intensidade, 
ritmo e simetria dos pulsos. Devemos verificar os pulsos radiais, femorais e pediosos.
d) Aferi‚o de Press‚o arterial: o manguito deve ser adequado ao tamanho da criana; s„ tem valor quando 
medido com a criana tranquila.
Exame do abdome.
a) Inspe‚o: forma; simetria; cicatriz umbilical(h†rnias/secre‡es); presena de movimentos perist€lticos; 
abaulamentos; circula‚o colateral.
b) Ausculta: deve preceder a palpa‚o e a percuss‚o; inicia-se pela fossa il…aca esquerda; pesquisar ru…dos hidro 
a†reos: aumentados (diarr†ia,fase inicial da peritonite) / redu‚o ou abolidos (…leo paral…tico e peritonite
avanada).
c) Palpa‚o: evitar manobras bruscas; m‚os devem estar aquecidas e a m‚o espalmada sobre o abdome (utiliza 
as popas digitais); aproveitar a inspira‚o (maior relaxamento muscular).
 Inicia-se com palpa‚o superficial -deslizando a m‚o sobre o abdome,observando se h€ dor.
 Pesquisa-se presena de massas ou visceromegalias;
 No lactente –f…gado † palpado a 2/3 cm abaixo do RCD;
 Em 14 % dos lactentes palpa-se ponta de bao e em 7% das crianas entre 2 e 7 anos;
 Palpa‚o de loja renal-c/ a m‚o esquerda apoiada sob o ngulo costovertebral e palpa-se c/ a m‚o 
direita,normalmente os rins n‚o s‚o palp€veis;
d) Percuss‚o: todo abdome deve ser percutido. O som † timpnico na maior parte do abdome devido a presena 
de v…scera ocas (intensidade vari€vel). Por meio da percuss‚o, podemos realizar hepatimetria e pesquisa de 
esplenomegalia.
Exame da Região Inguinal e da Genitália.
De uma forma geral, na regi‚o inguinal, devemos pesquisar a presena de linfonomegalias, h†rnias e pulso 
femoral. O exame da genit€lia, por sua vez, deve ser direcionado da seguinte forma:
 Meninos:
 Aspecto e tamanho de pŠnis e bolsa escrotal;
 Exposi‚o da glande: localiza‚o do orif…cio uretral (normal, episp€dia, hiposp€dia), presena de 
aderŠncias
 Palpa‚o do test…culos: t„picos, retr€teis, presena de tumora‡es ou l…quidos.
 Meninas:
 Simetria de grandes l€bios;
 Presena de pilifica‚o ou tumoraao;
 Colora‚o de mucosa da vulva e intr„ito vaginal;
 Caracter…sticas de clit„ris,pequenos l€bios e h…mem;
 Presena de secre‡es.
No que diz respeito ‘ regi‚o anal, devemos, inicialmente, procurar a perfura‚o anal (alguns rec†m-nascidos 
podem nascer com nus imperfurado) e avaliar o pregueamento de esf…ncter. Neste momento, devemos observar a 
presena de mal forma‡es, fissuras e outras les‡es.
Exame do aparelho osteoarticular.
Devemos avaliar a posi‚o do paciente, a proporcionalidade entre os segmentos, o aspecto das articula‡es e a 
amplitude dos movimentos. Algumas estruturas devem ser especialmente avaliados, tais como:
 Palpa-se mƒsculo esternocleidomastoideo, clav…culas, gradil costal, coluna vertebral;
 Observa-se na regi‚o sacrococc…gea se h€ presena de fosseta ,seio pilonidal,tumora‡es;
 Aavalia-se mobilidade (ativa /passiva) das articula‡es.
Avaliação da pele.
A avalia‚o cutnea baseia-se pela pesquisa de discromias, tumora‡es, descama‡es, les‡es 
eritematovesiculares, sinais de infec‚o, altera‡es da colora‚o (cianose, icter…cia, anemia, etc.).
Oroscopia.
 Realizado com aux…lio de luz e esp€tula;
 Avaliar: aspecto e cor da mucosa; condi‚o dos dentes; exame da l…ngua (papilas, manchas, les‡es); 
visualiza‚o de palato mole,ƒvula e am…gdalas e presena de secre‡es;
Arlindo Ugulino Netto; Luiz Gustavo Barros; Yuri Leite Eloy – PEDIATRIA – MEDICINA P8 – 2011.1
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Otoscopia.
 Utiliza-se Otoscópio com espéculo de tamanho apropriado p/ cada idade;
 A criança deve estar imobilizada;
 Inicia-se por observação do conduto auditivo externo (secreções, cerúmen, traumatismos, corpo estranho);
 Visualização de membrana timpânica (deve-se tracionar o pavilhão orelha para retificar o conduto).
Exame neurológico.
Durante o exame físico do RN, é possível iniciar-se simultaneamente a avaliação neurológica, com base na 
observação da postura, da movimentação espontânea, da resposta ao manuseio, incluindo o choro. Um exame mais 
acurado deve ser realizado, após 24 horas de vida, a fim de minimizar a influência do estresse do parto sobre sua 
performance neurológica.
O exame neurológico pode ser feito com a pesquisa dos reflexos arcaicos que traduzem uma imaturidade, ou 
falta de mielinização do SNC. Alguns dessessinais desaparecem e alguns outros se modificam, entre os principais são:
 Reflexo de Moro (reflexo do abraço): é um movimento global do qual participam os membros superior e 
inferior; é facilmente provocado por um som ou soltando-se subitamente o RN que estava seguro nos braços. A 
coluna vertebral arqueia-se para trás, a face mostra surpresa, os braços e mãos se abrem, encurvam-se para 
frente num movimento que simula um abraço; as pernas se estendem e depois e depois se elevam; pode 
acompanhar-se de choro. A ausência ou redução deste reflexo indica grave lesão do SNC. Quando assimétrico 
pode significar paralisia braquial, sífilis congênita (pseudoparalisia de Parrot) ou fratura de clavícula ou úmero. 
Desaparece aos 3-4 meses de idade. Sua forma completa consta de 3 componentes: abdução dos braços e 
extensão dos antebraços sobre os braços, abertura das mãos, choro. Desaparece entre 4 e 6 meses.
 Sucção: o RN normal apresenta sucção reflexa como resposta a qualquer objeto que lhe toque os lábios.
 Preensão Palmo-Plantar: obtém-se por estimulação da palma das mãos ou planta dos pés com um objeto ou o 
próprio dedo. Entretanto quando o bebê está com a 6 a 8 meses, a preensão já é considerada voluntária e não 
reflexa.
 Marcha Reflexa: sustentando-se o RN sob as axilas em posição supina, encosta-se um dos pés do RN sobre o 
plano. Este contato vai desencadear uma flexão do outro membro inferior, que se adianta e vai tocar o plano à 
frente, desencadeando uma sucessão de movimentos que simula a deambulação. Desaparece aos 2 meses.
 Fuga ou Asfixia: colocando-se o RN em decúbito ventral, de modo que as narinas fiquem obstruídas pelo 
plano onde está deitado, o RN faz uma rotação da cabeça para respirar melhor.

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