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Penal: Introdução Básica + Princípios Penais

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Matéria Primeira Prova de Direito Penal Geral I
O conceito de Direito Penal:
Direito Penal é conjunto de leis e princípios a fim de combater o crime e a contravenção penal (menos ofensivo que o crime) por intermédio da imposição de pena.
A finalidade do Direito Penal:
Direto Penal tem como finalidade a proteção dos bem jurídicos essenciais para a sobrevivência da sociedade, previstos do artigo 5º da CF. O sistema penal tem como missão a proteção desses bens mediante a comissão, aplicação e execução da pena. Logo, pena é um dos objetos legais de proteção aos bens jurídicos. 
Os Bens são: A vida, o patrimônio, a liberdade, a saúde, a honra e a integridade física e psíquica.
A espécies de Pena:
As espécies de pena estão previstas no artigo 32 do CP, sendo elas:
- Privativa de liberdade
- Restritiva de Direito
- De multa
A finalidade da Pena:
A finalidade da pena é retirar os criminosos da sociedade, a fim de retribuir o mal praticado, reeducando-os e só assim os reinserindo-os no mesmo.
A Missão do Direito Penal:
A missão do Direito penal é o controle social e tentativa de limitação do poder punitivo do estado, protegendo bens jurídicos.
Conceito de Política Criminal:
A política criminal de ocupa do estudo do crime enquanto fato; buscando as melhores formas de controle da criminalidade e de controle social. A Política Criminal estuda inúmeras maneiras de controlar esse fenômeno criminal que ocorre em nossa sociedade, o que faz dela uma disciplina independente, que difere da Criminologia e da Sociologia Criminal, pois a Política Criminal é sim uma pesquisa principalmente jurídica, voltada para encontrar a fórmula de erradicação do crime na sociedade, porém ela não se limita apenas do Direito Penal, e seus estudos abrangem muitas outras formas de controle social.
Conceito de Criminologia:
Ocupa-se do estudo do crime enquanto fato; uma vez que estuda o crime, o criminoso, a vítima e a sociedade. A criminologia é o conjunto de conhecimentos que se ocupa do crime, da criminalidade e suas causas, da vítima, do controle social, do ato do criminoso, bem como na personalidade do criminoso e da maneira de ressocializá-lo. Se baseia na experiência da observação, nos fatos e na prática (empírica).
Norma Penal e Lei Penal:
A norma penal é uma regra proibitiva, não escrita, que se extrai do senso comum dos membros da sociedade, isto é, do sendo de justiça do povo. É impositiva de um comportamento e valorativa.
A lei penal é descritiva, é regra escrita feita pelo legislador com a finalidade de expor quais comportamentos são considerados indesejáveis e perigosos. A lei por imperativo do princípio da reserva legal descritiva e não proibitiva. A norma sim é proibitiva.
Características da Lei Penal:
- Imperativa (possui autoridade)
- Intimidadora (para evitar seu descumprimento)
- Exclusiva (só ela pode descrever conduta criminosa e aplicar a pena)
- Genérica (trata de fatos genéricos)
- Impessoal (imposta à todos sem distinção. Erga omnes)
OBS.: Erga Omnes: é uma expressão latina, usada principalmente no meio jurídico, para indicar que os efeitos de algum ato ou lei atingem todos os indivíduos de uma determinada população ou membros de uma organização, para o direito nacional.
Preceitos da Lei:
-Preceito Primário: O legislador vai descrever a conduta criminosa. Ex.: Art. 121 CP- Matar alguém
-Preceito Secundário: O legislador vai descrever a sanção penal (pena) caso tenha a ocorrência do preceito primário (Alguém fazer conduta criminosa estipulada pelo primeiro preceito da lei). Ex.: pena para crime de homicídio - “de seis a vinte anos” - do Art. 121 CP.
Fontes do Direito Penal:
-Fonte Material do D.P.: A União. (Uma vez que é o legislador quem cria as normas penais; essas normas, por sua vez, são dadas a conhecimento por meio de leis, denominadas fontes formais imediatas do direito penal).
-Fonte Formal do D.P.: 
*Imediata: A Lei.
*Mediata: os costumes; a analogia; a equidade; os princípios gerais do Direito; e os tratados e convenções internacionais.
Os Princípios
Princípio da Legalidade – Art. 5º, XXXIX, CF
Não existe crime que antes não esteja previsto em lei afirmando ser crime. Não terá pena caso a antes a lei não tenha citado ela.
“XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.”
Fundamentos do Princípio da Legalidade:
Político: O princípio é um grande exemplo de limitação do poder punitivo estatal baseado no livre arbítrio.
Democrático: Grande exemplo da divisão de poderes; onde o legislativo, representante do povo, é o responsável pelas criações das leis, e regulamentação de crimes e penas.
Jurídico: Uma lei deve ser clara e certa, só assim alcançará os objetivos intimidadores.
O cálculo de pena é feito segundo o:
Art. 61 – CIRCUNTÂNCIAS AGRAVANTES
Art 65- CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES
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Princípio da Presunção de Inocência- Art. 5º, LVII, CF
Ninguém será considerado culpado sem que o processo tenha terminado e a sentença já tenha sido dada. Somente após o término de todo o processo, que se pode considerar a culpabilidade do réu (sé é culpado ou não). A constituição não diz claramente que o réu é inocente, mas que tem um estado de inocência.
“LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;”
Vertentes do Princípio:
O acusado deve ser tratado como inocente durante todo o processo, até que seja dada a sentença;
O ônus de prova cabe à acusação;
A condenação deve derivar da certeza do juiz;
É possível uma prisão cautelar, mas apenas com fundamento pertinente.
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Princípio da Liberdade Provisória – Art. 5º, LXVI, CF
É um direito subjetivo do preso, onde ele tem o direito de liberdade provisória, mas caso seja preenchido os requisitos. Ele não podendo ser preso, após a lei admitida a sua liberdade provisória.
“LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”
Os requisitos são:
Renda fixa;
Trabalho lícito;
Réu primário;
Bons antecedentes.
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Princípio da Personalidade- Art. 5º, XLV, CF
Nenhuma pena de ato ilícito penal pode ser transferida de pessoa para pessoa, sendo que cada um tem a sua pena de acordo com os crimes e antecedentes penais que tem. Caso um condenado desapareça, não se pode transferir a pena para o CADI do acusado.
Caso o condenado seja menor penalmente e civilmente, aplica-se medida diferente.
CADI: cônjuge, ascendente, descendente e irmão.
“XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.”
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Princípio da Individualização da Pena – Art. 5º, XLVI, CF
A pena é individual, cada um tem a sua segundo o crime e antecedente que tem. Caso duas pessoas façam o mesmo crime em conjunto, a pena de cada um pode ser diferente. 
A pena vai variar com os antecedentes criminais que o acusado e com a sua situação com o estado ( se é réu primário, se tem renda fixa, trabalho lícito, inquéritos passados, etc.) O acusado 1 pode ter pena maior que a do acusado 2, que preenche todos os requisitos para a diminuição de pena. Logo, cada pena se aplica a cada pessoa, lembrando que ela não pode ser transferida.
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Princípio da Humanidade- Art. 5º, XLVII e XLIX e Art. 60 §4º, CF
Princípio novo que assegura a integridade física e moral dos presos, eles não podendo ser punidos com agressividade nem trabalho escravo. Houve a proibição de penas corporais em condenados, estes não podendo também ser punidos com prisão perpétua ou morte (cláusula pétrea, art. 60). 
O princípio da humanidade procura preservar o bem estar social de todos, inclusive dos presos.
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Princípio “In Dubio Pro Reo” – Princípio Doutrinário
Na dúvida se decide a favor do réu. É um princípio que não está presente em artigos ou leis, trata-se de um princípiodoutrinário, porém é o art. 93, XX CF, que vai dizer que o juiz só pode decidir a favor do réu caso tenha fundamento pertinente. Este princípio surgiu com o objetivo de obstaculizar as injustiças, já que o réu é a parte mais desvalida do triangulo processual.
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Princípio da Verdade Real ou Material
O juiz deve usar de todos os métodos, diligências e providências para se chegar à verdade dos fatos e provas que elucidam o momento do crime. Pode-se dizer que o juiz é o historiador do processo. Não se pode impedir que o Juiz tenha o direito de procura da verdade real. ----\\----
Princípio da Não Auto Incriminação 
Ninguém é obrigado à se auto incriminar ou a produzir provas contra si mesmo. Ninguém é obrigado a fornecer involuntariamente qualquer tipo de elemento que o envolva direta ou indiretamente na prática de um crime. 
Gera reflexos, como o direito ao silêncio:  Lei nº 10.792, de 1º.12.2003
“Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder perguntas que lhe forem formuladas.”
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Princípio da Intervenção Mínima
O Direito Penal só poderá ser acionado em caso de extrema necessidade, sendo um instrumento subsidiário (ultima ratio) e fragmentário. A intervenção do Direito Penal só deve atuar quando as barreiras do demais ramos do Direito forem ineficazes.
Subsidiariedade: o Direito Penal deve aguarda a “ineficiência” dos demais ramos do direito, caso eles sejam incapazes de aplicar a sanção, entra a atuação da ultima ratio. 
Fragmentariedade: para o Direito penal intervir, deve haver lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado. 
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