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AD1 DE ALFABETIZAÇÃO2

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Curso de Licenciatura em Pedagogia Avaliação à Distância 1 – AD1/ 2018-1 Disciplina: Alfabetização 2
Coordenadora: Stella Maris Moura de Macedo
Nome: Elizângela Alves Silva dos Santos
Matrícula: 17212080089 
Polo: Itaguaí
Questão 1
Fichamento
Ambiente alfabetizador: novas perspectivas para a prática alfabetizadora?
 Inspiradas pelo enfoque ferreiriano, professoras das classes de Alfabetização e de Educação Infantil, em inúmeras escolas, foram desafiadas a pensar o processo da alfabetização partindo não mais da escolha do melhor método, ou da melhor cartilha para alfabetizar, mas sim da criança que aprendia. Sem dúvida, naquele momento, as contribuições da autora permitiram um avanço significativo tanto na compreensão do processo de alfabetização, quanto a respeito das estratégias pedagógicas que reconhecem no aluno o sujeito do conhecimento.
Ambiente alfabetizador: o que é? De onde vem essa ideia?
 O pressuposto básico do qual partiam esses trabalhos é de que as crianças, todas as crianças, são sujeitos de conhecimento e, como tal, quando crescem em comunidades letradas, não permanecem indiferentes ao código escrito e constroem conhecimentos sobre a leitura e a escrita, antes mesmo que algum adulto decida ensinar-lhes sistematicamente. 
 O uso cotidiano e sistemático de situações de leitura e de escrita em seu universo cultural marca, desde o primeiro momento, as explorações das crianças com relação à escrita e à leitura. Neste processo, elas se tornam “naturalmente” usuárias da linguagem escrita.
 É de suma importância experiências domésticas das crianças com a leitura e a escrita para a facilitação desse aprendizado na escola, confirmando igualmente que o processo de alfabetização da criança começa muito antes de ela entrar para a escola.
 A constatação de que a vivência cotidiana em um ambiente letrado estimularia as crianças a tornarem-se “naturalmente” usuárias da linguagem escrita levou Ferreiro a propor o que passou a denominar “ambiente alfabetizador”, que visava a levar para a sala de aula um ambiente semelhante ao que as crianças viviam em seu cotidiano quando expostas a situações de leitura e de escrita. Defendia Ferreiro que, assim fazendo, a professora estaria contribuindo para o processo de alfabetização das crianças.
 Nas palavras de Ferreiro, criar um ambiente alfabetizador significa organizar a sala de aula de maneira que: em cada classe de alfabetização deve haver um “canto ou área de leitura” onde se encontrem não só livros bem editados e ilustrados, como qualquer tipo de material que contenha a escrita (jornais, revistas, dicionários, folhetos, embalagens e rótulos comerciais, receitas, embalagens de medicamentos etc.) Quanto mais variado esse material, mais adequado para realizar diversas atividades de exploração, classificação, busca de semelhanças e diferenças e para que o professor, ao lê-los em voz alta, dê informações sobre “o que se pode esperar de um texto” em função da categorização do objeto que veicula. Insisto: a variedade de materiais não é só recomendável (melhor dizendo, indispensável) no meio rural, mas em qualquer lugar onde se realize uma ação alfabetizadora (1993, p. 33).
 Porém, como diz o ditado, nem tudo eram flores, e as professoras continuaram com suas dúvidas e dificuldades em relação ao processo de alfabetização, como nos mostra o depoimento abaixo:
 Quando o construtivismo chegou foi como se estivéssemos numa ilha isolada com fome e nos tivessem jogado de avião inúmeras latas de conserva, mas não nos mandassem junto os abridores de lata.
 Entretanto, o termo “ambiente alfabetizador” produziu muitos mal-entendidos, segundo os quais a professora, inúmeras vezes, abre mão do seu papel de orientadora desse processo. Incorporar apenas a idéia de um ambiente alfabetizador sem uma compreensão mais profunda do que isso significa, tem feito com que algumas professoras tragam para a sala de aula toda sorte de textos – rótulos, revistas, embalagens, jornais, bulas, receitas – sem saber bem o que poderiam fazer com estes materiais. 
Tendo como referência que o papel do ambiente alfabetizador deveria ser aproximar as crianças do uso da escrita em sua função social. 
Resumo
Ambiente alfabetizador: novas perspectivas para a prática alfabetizadora?
Introdução:
	Para entender essa questão, precisa-se pensar nas contribuições de Emília Ferreiro na década de 1980, como influência da perspectiva construtivista na prática alfabetizadora. Partindo dessa proposta, professoras em várias escolas das classes de alfabetização e educação infantil, começaram a pensar o processo de alfabetização partindo da criança que aprende. Este novo conceito de ambiente alfabetizador contribuiu para o surgimento de novas práticas alfabetizadoras na escola. Professoras se preocupavam em como introduzir esse ambiente nas práticas do processo ensino-aprendizagem.
Desenvolvimento
	Ambiente alfabetizador: o que é? De onde vem essa idéia?
	Dentre as pesquisas realizadas na década de 70, destaca-se a de Emília Ferreiro, que influenciou de norte a sul do Brasil com a implantação de políticas públicas de alfabetização. Essas pesquisas mudaram o foco da análise: da professora que ensina para a criança que se alfabetiza e seus processos de construção de conhecimento. A ideia geral era que todas as crianças são sujeitos do conhecimento, pois quando crescem em ambientes letrados, passam a obter conhecimento sobre o código escrito, sem que haja alguém que lhe explique metodicamente, tornando-se assim usuárias da linguagem escrita. Essa confirmação levou Ferreiro a nomear “ambiente alfabetizador”, o que pretendia levar para a sala de aula, algo que fosse parecido ao que as crianças vivenciavam quando submetidas ao cenário de leitura e escrita. Para Ferreiro esse ambiente alfabetizador era uma oportunidade de levar o letramento a todas as crianças, principalmente as que não têm essa vivência com a leitura e escrita em seu cotidiano. Esse modelo passou a fazer parte dos cursos de formação de professores e aos poucos substituindo os métodos tradicionais da cartilha. Porém as professoras tinham dificuldades em introduzir nas práticas de alfabetização todo esse material construtivista. As professoras não sabiam como organizar esse ambiente dentro da sala de aula, e passaram a assimilar esta proposta como “canto da leitura”, não tendo assim uma compreensão mais profunda sobre a introdução de um ambiente alfabetizador na sala, ficando as crianças sem apropriação da linguagem escrita, como era a intenção de Ferreiro. Elas usavam o “canto da leitura” apenas como um momento da aula, e não para introduzir o conhecimento da escrita. 
Conclusão
	A idéia de um ambiente alfabetizador sem uma compreensão aprofundada do assunto, faz com que a sala de aula fique repleta de materiais, mas sem efeito, sem prática, sem uso. Entretanto as práticas metodológicas antigas tomaram esse modelo como um novo método, o “método da propaganda” e foram introduzindo métodos antigos de alfabetização aos novos materiais de leitura e escrita chamados propaganda. As professoras ainda ficam sem saber o que fazer pedagogicamente, com esses materiais. Contudo, Ferreiro continua afirmando que é imprescindível que os professores provoquem a interação cognitiva e lingüística, a partir da introdução dos materiais deste ambiente alfabetizador às crianças para que sejam aprimoradas no contexto de letramento e aprendizagem contribuindo para a construção de seu universo cultural. 
Questão 2
	 O trecho “a leitura de mundo precede a leitura da palavra” em seu livro “A importância do ato de ler“, deixa claro o pensamento de Paulo Freiresobre letramento, que para ele acontece antes da alfabetização. Para ele toda criança possui conhecimentos adquiridos da comunidade e do meio em que vive, antes mesmo de estudar. A utilização desses conhecimentos como um ponto de partida para a alfabetização dos educandos, seria de melhor forma compreendida por eles por se tratar de assuntos concernentes ao seu cotidiano. Sendo assim se obteria melhores resultados no processo de alfabetização, trazendo a realidade dessas crianças para dentro da escola, construindo sentido e significado ao aprender a ler e a escrever. 
	A visão de Emília Ferreiro está em conformidade com a de Freire, pois para ela as pessoas não alfabetizadas já possuem conhecimento sobre a língua, e que para se obter bons resultados no aprendizado, precisa-se de uma integração entre língua e realidade.
Ferreiro, em suas pesquisas sobre alfabetização constata a importância de se levar para a sala de aula um ambiente alfabetizador, parecido ao que as crianças de classe média, vivenciavam em seu dia a dia quando submetidas a um cenário de escrita e linguagem. A intenção de Ferreiro era criar a oportunidade para crianças que não conviviam com este cenário de linguagem escrita e visual, de construir conhecimentos reais e culturais para então se alfabetizarem. 
Entretanto essa ideia na prática, para as professoras revelava que as crianças de classes populares não sabiam como contextualizar esse ambiente em sua leitura de mundo, por isso não se alfabetizavam. Afirmando assim que as crianças de classe média se alfabetizam por já conviverem nesse ambiente. 
	Freire trouxe uma reflexão sobre este aspecto, ao invés de “ambiente alfabetizador”, seriam criados “ambientes alfabetizadores” para que todas as crianças pudessem se identificar com sua leitura de mundo em sala de aula, construídos a partir das diferenças culturais, garantindo então que haja aprendizagem. Esse método de Freire utiliza o cotidiano como fonte de conhecimento no processo de alfabetização, esperando que o educando vença as dificuldades da escrita levando em conta as considerações sobre a língua e esse cotidiano. 
	Nota-se que o pensamento de Freire complementa o de Ferreiro, pois há interação, levando os educandos a buscarem na vida social auxílio para aprender a ler e escrever, adquirindo conhecimento de onde partiram.

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