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RESUMO Processo de Conhecimento do Trabalho UNIP

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Direito Processual do Trabalho
INTRODUÇÃO:
“É um instrumento de técnica jurídica, cujo escopo principal é a aplicação da lei a um caso controvertido, não solucionado extraprocessualmente e cuja solução é desejada pelo autor”. Ministro Arruda Alvim.
“É o ramo do Direito Processual destinado à solução judicial dos conflitos trabalhistas”. Amauri Mascaro. 
Portanto: O fim do Direito Processual do Trabalho é o de atuar o Direito do Trabalho.
DA AÇÃO:
Elementos da Ação: Identificam e individualizam a ação, tendo imensa importância na constituição da lide.
1) Partes: São o sujeito ativo (AUTOR) e o sujeito passivo (RÉU), que compõe a lide. Tanto o sujeito passivo como o ativo podem ser compostos por mais de um indivíduo, ensejando o litisconsórcio, mas o processo continuará tendo apenas duas partes. O Juiz é, na realidade, supra-parte. 
 Em Processo do Trabalho denominamos normalmente RECLAMANTE e RECLAMADO.
2) Objeto da Ação: É a solicitação que o Autor faz ao Estado-Juiz.
3) Causa de Pedir: É o motivo, a causa da solicitação, sem a qual o Autor não pediria.
OBS: Na questão da Parte, é importante salientar o quesito CAPACIDADE, que em D. do Trabalho funciona igual a capacidade civil (CC/2002): CF/88, Art. 7º , XXXIII, de acordo com a Emenda Constitucional no. 20 de 15/12/98. 
TUTELA DO OBREIRO E SIMPLIFICAÇÃO DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO.
 Processo Civil: Ação: Início (Formulação do pedido em juízo / Citação válida do réu).
Processo do Trabalho: Ação: Início (A simples entrega da petição na Distribuição já implica ajuizamento da ação, dispensando o despacho inicial de citação do juiz).
OBS: No Processo Civil a ação tem início com a formulação do pedido em juízo, mas, juridicamente, só se considera proposta com a citação válida do réu.
No Processo do Trabalho, a simples entrega da petição inicial na Distribuição e consequentemente na Secretaria da Vara, implica ajuizamento da ação, porquanto dispensa o despacho de citação do Juiz, consubstanciando ato de ofício da Secretaria da Vara. Essa simplificação resulta da tentativa de facilitar o acesso do trabalhador leigo à Justiça do Trabalho.
FONTES FORMAIS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO.
Constituição Federal (mais importante fonte)
Art. 22, I (competência p/ legislar sobre o direito processual)
Disposições constitucionais gerais sobre o Poder Judiciário Art. 93 da CF
Art. 111 Regras sobre os tribunais e juizes do trabalho e seus órgão, etc...
CLT, Leis Esparsas e CPC (subsidiariamente)
Decretos
 TRIBUNAIS (Jurisprudências / enunciados / súmulas / regimentos / instruções normativas / portarias)
O Costume
Direito Internacional. (tratados internacionais)
PRINCÍPIOS SINGULARES DO PROCESSO DO TRABALHO.
ESQUEMA: 1) Da Oralidade
 2) Da Concentração
 3) Da Eventualidade
 4) Da Irrecorribilidade das decisões interlocutórias
 5) Da Conciliação
 6) Do Reduzido número de testemunhas
 7) Do Efeito não Suspensivo dos recursos
 8) Do Arquivamento da ação pelo não comparecimento do Reclamante à Primeira Audiência
 9) Da Inversão do ônus da prova
 10) Do Jus Postulandi das Partes
DA ORALIDADE: Quando em cotejo com o Processo Civil, é notória a manifestação de atos verbais no Processo Trabalhista. Com efeito, tanto a Reclamação Trabalhista como a Contestação podem ser Orais. Aliás, a prova oral ou testemunhal tem relevante pedestal neste ramo processual; mesmo as razoes finais podem ser apresentadas oralmente em Audiência.
DA CONCENTRAÇÃO: Colimando maior celeridade, esta particularidade procura simplificar os Atos Processuais.
DA EVENTUALIDADE: Reclamante e Reclamado devem exaurir, na primeira oportunidade (na Inicial, na Contestação), tudo a respeito da Reclamação, pedindo, respondendo, provando.
DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: Ao contrário do Processo Civil, no Trabalhista não há o Agravo de Instrumento como recurso para impugnar as decisões interlocutórias, pois estas somente podem ser combatidas quando da decisão final, na ocasião pelo recurso pertinente (Art. 893, parágrafo primeiro CLT).
DA CONCILIAÇÂO: É obrigatória a tentativa de conciliação entre as partes na primeira audiência (antes de formulada a defesa) e nas alegações finais (Arts. 764 parágrafo 1º, 831 e 850 da CLT).
DO REDUZIDO NÚMERO DE TESTEMUNHAS: O número máximo de testemunhas permitido é de três, salvo no inquérito p/ apuração de falta grave, quando este número sobe para seis.
DO EFEITO NÃO SUSPENSIVO DOS RECURSOS: Geralmente, os recursos trabalhistas só tem efeito devolutivo, permitindo-se a execução provisória até a fase de penhora (Art. 899 da CLT). OBS: Exceções Art. 799 CLT 
DO ARQUIVAMENTO DA AÇÃO PELO NÃO COMPARECIMENTO DO RECLAMANTE A PRIMEIRA AUDIÊNCIA: O não comparecimento do Reclamante a primeira audiência ocasiona mero arquivamento da Reclamação, a qual pode, portanto ser renovada.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: Nem sempre o ônus de provar incumbe a quem alega, mas sim a quem tem condições de propor a prova.
DO “JUS POSTULANDI”: A parte pode, pessoalmente, postular em juízo, independentemente de Advogado.
OBS: Nos casos omissos, o Direito Processual Civil será fonte subsidiária do Direito Processual do Trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as formas deste (Art. 769 CLT).
	De qualquer modo, sempre que se forem aplicar os institutos do Processo Civil ao Processo do Trabalho, deve-se adaptá-los às necessidades e rituais próprios do ramo processual específico, a fim de não desvirtuar a natureza e os objetivos do ramo adjetivo trabalhista.
5 - ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
5.1 - CARACTERÍSTICAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO
a) É uma justiça especializada, atuando exclusivamente em matéria trabalhista;
b) Seus órgãos são colegiados na segunda e terceira instância, nas Varas do Trabalho juízo monocrático;
c) No 2º grau inexistem os tribunais de alçada;
 d) Não possui órgãos especializados para determinada matéria trabalhista, opondo-se ao exemplo das varas cíveis, onde há competência, questões e assuntos de família ou comerciais, etc.
 5.2 – COMPETÊNCIA MATERIAL
Emenda Constitucional no. 45 / Art. 114 CF
 a) Dissídios individuais e coletivos entre empregados e empregadores;
 b) Servidor público civil celetista (art. 114, CF).
 Quando a administração pública, qualquer que seja a esfera, contrata alguém sob o regime da CLT, perde as regalias do seu “Jus Imperii”;
 c) Trabalhadores temporários versus empresa:
 Os trabalhadores são contratados por empresas prestadoras de serviços, que os lota onde se fizer necessário.
 d) Entes de direito público externo:
 - As questões trabalhistas envolvendo embaixadas, provocam sérias discrepâncias, abrangendo competência. Devido ao princípio de territorialidade, a atual CF deferiu à Justiça Obreira mais este ônus;
 e) Dissídio entre empregado doméstico e empregador:
 - É resolvido na Justiça do Trabalho;
 f) Ações executivas e de cumprimento:
 - Incumbe à Justiça do Trabalho, ainda, executar suas próprias decisões (art. 114, CF), conhecer e julgar as ações de cumprimento das sentenças normativas, bem como os dissídios que tenham origem no cumprimento de convenções coletivas.
 g) Danos Morais;
 h) Contribuições previdenciárias.
RELAÇÃO DE TRABALHO
5.3 - COMPETÊNCIA TERRITORIAL
* Local da prestação de serviços (art. 651, CLT):
 - Não importa tenha o contrato sido avençado em outro lugar; a Vara competente será a do local do trabalho. Onde houver mais de uma Vara,far-se-á a distribuição;
* Empregados viajantes (art. 651, § 1º,CLT):
 - A princípio a Vara competente é a do domicílio do empregador; porém, se o empregado estiver vinculado a uma filial ou agência, a competência será da Vara em cuja jurisdição estiver localizada a filial ou agência;
* Brasileiros em outro país (art. 651, § 2º, CLT):
 - A reclamação poderá ser promovida no Brasil ou, se houver algum tratado internacional, nos termos por este indicado;
* Empresas que promovem atividades em várias localidades (art. 651, § 3º, CLT):
 - Compete à Vara do foro da celebração do contrato ou da prestação dos respectivos serviços.
ÓRGÃOS E COMPOSIÇÃO:
Varas do Trabalho (art. 116 CF):
 a.1 - Órgão de 1ª instância
Composição Antiga (Juntas de Conciliação e Julgamento)
- Compõe-se de 1 juiz togado, que preside, e de 2 juizes classistas, sendo um representante do empregador e outro dos empregados. OBS: Juizes Classistas Extintos (até final do mandato)
- Juizes Classistas - são indicados por organizações sindicais, em lista tríplice ao Presidente do TRT, a quem caberá a nomeação. Cumprem o mandato de 3 anos, reconduzíveis por uma vez. Compete-lhes aconselhar as partes à conciliação, votar
no julgamento, fazer perguntas aos litigantes, testemunhas e peritos, por intermédio do Juiz Presidente. Funcionam apenas no processo de conhecimento. Na execução e na liquidação de sentença, funciona apenas o Juiz Presidente;
Composição Atual: Apenas o Juiz Togado (Juízo monocrático) EC no. 24 CF.
 a.2 - Secretaria da Vara do Trabalho:
	 - É dirigida por um funcionário, o Diretor, nomeado também pelo Presidente do TRT, auxiliado por vários servidores.
 Nas audiências funciona o Auxiliar Judiciário, que redige a ata de tudo que ocorre em audiência.
	 A Secretaria funciona como o Cartório da Vara; o Diretor como Escrivão, sendo sua principal função cumprir as ordens e despachos do Juiz, lavrar atas e organizar os processos;
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO (art. Art. 115 CF):
 - É órgão de 2ª instância do Judiciário Trabalhista, cabendo a sua Presidência e a vice-presidência, bem como a Presidência das Turmas aos juizes togados, eleitos pelo TRT. 
 O número de membros do TRT varia conforme a região onde este esteja situado. 
 Todavia, a CF lhe assegura uma composição com quorum de 2/3 de juizes togados e vitalícios, 1/3 de juizes classistas temporários (Extintos) e 1/5 dentre os membros do Ministério Público do Trabalho e advogados.
 - Composição plenária mínima:
	 - Juiz Presidente e da metade mais um do número de seus juizes, com pelo menos de um representante classista (Extinto). 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO (art.111-A CF) - É o órgão de cúpula do Judiciário Trabalhista. 
 - Compõe-se de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 anos e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República com a aquiescência do Senado Federal, assim dispostos:
 - 17 togados e vitalícios, sendo 11 oriundos da magistratura de carreira, 3 dentre advogados e mais 3 dentre os membros do Ministério Público do Trabalho; 
 - 10 classistas temporários, indicados pelas diretorias das Confederações Nacionais, para o mandato de 3 anos.(Extinto)
PROCEDIMENTO NOS DISSÍDIOS INDIVIDUAIS
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
À luz do já sabido, o juiz não é parte, pois está acima dos litigantes, sendo suprapartes.
PARTES são Reclamante e Reclamada (D. Processual do Trabalho) = Autor e Réu.
CAPACIDADE DE ESTAR EM JUÍZO OU CAPACIDADE PROCESSUAL 
É a Capacidade da qual estão desprovidos o menor de 16 anos, o louco, etc..., que devem ser representados. No Processo Trabalhista o maior de 18 anos tem capacidade de ser parte e estar em juízo, sem ser representado ou sem assistência de representante legal.
REPRESENTAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
Processual
Legal
Convencional
Representação Processual: - Quando o causídico defende o seu constituinte em juízo, pelo qual e em nome da qual postula e age, ele o está representando; para isso carece de instrumento procuratório (PROCURAÇÃO) com cláusula Ad Judicia.
A isso chamamos de CAPACIDADE POSTULATÓRIA, de que só o profissional do direito é provido; é a REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL.
Outra hipótese de representação no processo é dos absolutamente incapazes, que deverão estar em juízo por seus representantes legais (pais, tutor, etc...), por estarem despidos de capacidade processual; é a REPRESENTAÇÃO LEGAL, imposta pela própria Lei.
Na terceira hipótese temos a REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL, mediante a qual a parte embora tenha capacidade plena, exerce seus direitos e obrigações por mandatários. 
OBS: Nos três casos a parte continua sendo o representado, em nome do qual o representante, de posse do mandato ou da autorização legal, age e pratica os atos processuais. 
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL:
Ao Contrário, não carece de mandato, e embora o substituído seja a parte, o substituto pede em nome próprio o direito daquele, praticando em benefício do titular todos os atos processuais.
Ex. REPRESENTAÇÃO SINDICAL, o Sindicato entra com a Reclamatória em nome dos sindicalizados (Art. 8º, III, CF).
3) ARQUIVAMENTO E REVELIA:
Mesmo constituindo advogado, é indispensável a presença da parte pessoalmente a Audiência. A ausência injustificada do Reclamante implica arquivamento, e a do Reclamado, revelia e confissão quanto a matéria de fato (Art. 844 CLT, parágrafos e incisos).
OBS: No arquivamento há possibilidade de reajuizamento da ação. Se o Reclamante causar dois arquivamentos seguidos pertinentes a mesma reclamação, perde o direito de reclamar por seis meses (Art. 732/731, CLT).
4) PREPOSTO
Através da Carta de Preposição (ou credenciamento), o empregador pode indicar alguém que tenha ciência dos fatos para substituí-lo em juízo, este seria seu preposto.
5) RECLAMAÇÃO TRABALHISTA:
Pode ser verbal ou escrita. Se verbal, será reduzida a termo em duas vias, datadas e assinadas pelo Escrivão ou Diretor de Secretaria.
Se escrita (Petição Inicial), deverá ser distribuída de forma digital no site do TRT.
Em sua redação conterá:
Designação do Juiz Presidente da Vara a quem for dirigida;
Qualificação das partes;
Breve exposição dos fatos;
Pedido (demonstrativo de valores);
Provas a serem apresentadas em audiência;
Pedido de depoimento do Reclamado;
Pedido de Justiça Gratuita (Reclamante);
Valor da causa;
Data e assinatura.
DA NOTIFICAÇÃO:
A CLT chama de Notificação tanto a Citação como a intimação; somente na fase de Execução se reporta a Citação.
CITAÇÂO:
É o chamamento que o Juiz faz ao Réu para integrar a Lide, apresentando a defesa que tiver.
A Citação só ocorre uma vez no processo: No início.
A Citação é ato “ex officio” da Secretaria da Vara. O Juiz só participa dela ordenando-a por dependência e na Execução. É feita pelo Correio; na Execução é feita pelo Oficial de Justiça.
INTIMAÇÃO:
É a comunicação de ato praticado por uma das partes a outra, ou de ato que as mesmas devam realizar.
A Intimação faz-se várias vezes, tanto quanto for preciso.
DA CONTESTAÇÃO:
Instalada a audiência e malograda a tentativa de conciliação entre as partes, o Reclamado dispõe de 20 minutos para aduzir sua defesa, escrita ou verbalmente (reduzida a termo).
A prática, porém, é da Contestação escrita, que será juntada aos autos até a audiência (art. 847, parágrafo único, CLT).
Na Contestação deve-se combater fato por fato, pois os não contestados, presumir-se-ão aceitos pelo Reclamado como verdadeiros.
DA AUDIÊNCIA :
Às Audiências devem comparecer o Juiz Presidente, Os Classistas e o funcionário de audiência, além das partes (Reclamantee Reclamado) Art. 843 CLT. São públicas e realizar-se-ão na Vara do Trabalho em dias úteis, previamente fixados.
A Audiência é una e contínua, nela realizando-se todos os atos processuais:
Tentativa de acordo ou conciliação;
Contestação;
Provas;
Arrolamento de testemunhas;
Depoimento das partes e testemunhas;
Julgamento.
A praxe tem-na repartido em 03 seções:
Para proposta de conciliação e defesa (audiência inaugural);
Para instrução;
Para Julgamento.
A divisão decorre da impossibilidade fática, sobretudo nas grandes metrópoles, de concluir várias Reclamatórias num único dia.
PROCEDIMENTO:
Formalmente, o Juiz Presidente senta-se ao centro da mesa de audiência, a sua frente sentam-se as partes, acompanhadas de seus advogados; também próximo à mesa senta-se o funcionário de audiência, que lavrará a ata e redigirá tudo quanto o Juiz Presidente lhe ordenar.
 Antes da defesa, obrigatoriamente, propõe-se a conciliação (Art. 846 CLT), a qual se dá em qualquer fase do processo, mesmo na execução (Art. 764, parágrafo 3º CLT). Fracassada a proposta de conciliação, parte-se para a instrução processual e depois para a Sentença (decisão).
 
 DAS PROVAS
	PROVAS são meios através dos quais as partes tentam formar o convencimento do juiz; de outra feita, são expressões do amplo direito de defesa, assegurado constitucionalmente. Constituem-se: DOCUMENTOS, PERÍCIAS, VISTORIAS, DEPOIMENTOS DAS PARTES, TESTEMUNHOS, etc.
	No Processo do Trabalho nem sempre o “ônus probandi” é de quem alega, mas de quem possui os meios para provar, resultando uma certa inversão da incumbência probatória.
			
			 MEIOS DE PROVA
	1 - PROVA DOCUMENTAL - O documento poderá ser juntado em cópias simples e atestado conferindo com o original pelo próprio Advogado. (art. 830, CLT).
	O documento pode ser anexado ao processo durante toda a fase instrutória. O documento apresentado por uma das partes, e não impugnado pela outra, presume-se como verdadeiro. 
	2 - PROVA TESTEMUNHAL - No Processo do Trabalho, ante o informalismo do pacto laboral e por ser este contrato-realidade, há, em comparação ao Processo Comum, uma super valorização da prova testemunhal. “A priori”, qualquer pessoa pode funcionar como testemunha, porém o NCPC excepciona os incapazes, os impedidos e os suspeitos (art. 447 NCPC).
OBS.: Sendo estritamente necessário, o juiz ouvirá testemunhas impedidas ou suspeitas, mas apenas como mero informantes (art. 829, CLT).
 3 - PROVA PERICIAL - A perícia é típica dos processos que envolvem adicionais de periculosidade e de insalubridade, oportunidade nas quais tem-se sustentado ser obrigatória. É realizada por um perito único, designado pelo juiz, mas é permitido a cada parte indicar um assistente técnico.
			
SENTENÇA E COISA JULGADA
SENTENÇA é o ato do juiz que põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. Nos Tribunais recebem o nome de acórdão. É terminativa ou definitiva.
SENTENÇA TERMINATIVA - quando não aprecia o mérito, como por exemplo, quando se acolhe exceção de incompetência, a falta de pressupostos processuais ou a ausência de condições da ação.
SENTENÇA DEFINITIVA - quando aprecia o mérito, acolhendo ou não o pedido do Reclamante.
Quanto à natureza a sentença pode ser:
DECLARATÓRIA;
CONSTITUTIVA;
CONDENATÓRIA ou MANDAMENTAL.
SENTEÇA DECLARATÓRIA - não altera a situação anterior à lide, apenas a reconhece declarando-a; limita-se a declarar a existência ou não de uma relação jurídica, assim como a autenticidade ou falsidade de um documento.
SENTENÇA CONSTITUTIVA - constitui o que não existia, ou desconstitui o substrato já existente; nem se limita a uma simples declaração de reconhecimento de um direito, nem impõe o cumprimento de uma obrigação, mas cria, modifica ou extingue uma relação jurídica, assim a sentença que dissolve o contrato de um empregado estável, dando pela procedência do inquérito proposto pelo empregador.
SENTENÇA CONDENATÓRIA ou MANDAMENTAL - traz uma declaração e uma sanção, ordenando ao devedor (parte) dar, fazer ou não fazer alguma coisa; é proferida no processo em que se pede o cumprimento de uma prestação: dá ao vencedor o direito de promover a respectiva execução, como no caso de uma reclamação visando ao pagamento de salários vencidos.
A ESTRUTURA FORMA da sentença deve obedecer a seguinte ordem:
RELATÓRIO;
FUNDAMENTAÇÃO;
CONCLUSÃO.
A sentença há de ser clara, precisa e noticiada às partes. Se apresentar dubiedade, obscuridade, contradição ou omissão em ponto sobre o qual deveria o juiz se pronunciar, cabível será o recurso embargos declaratórios para sanar a irregularidade. A sentença traz ínsita a eficácia da coisa julgada, quando dela não mais couber recurso.

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