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916v RECURSOS CIVIS exame NP2

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936V - RECURSOS CIVIS NP 2
Questões 
1 - Acerca do instituto da reclamação, leia as proposições abaixo e assinale a opção correta:
B - o procedimento da reclamação prevê a concessão de medida preventiva pelo relator, que, para evitar dano irreparável, determinará a suspensão do processo ou do ato impugnado.
Justificativa: No âmbito do Direito, tanto o pedir quanto o reclamar possuem previsão constitucional, quando se trata de reclamação ou pedido que devam ser dirigidos ao Poder Judiciário. No artigo de hoje e no da próxima semana, vamos cuidar somente de Reclamação, haja vista que de pedido já falamos muito. Esse instituto, de lenta construção jurisprudencial (baseada na teoria dos poderes implícitos) e que não era tratado na Carta Política de 1969, ganhou estatura constitucional na Lex Mater de 1988, como indispensável instrumento posto à disposição do Supremo Tribunal Federal, nestes termos: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. A mesma competência foi deferida ao Superior Tribunal de Justiça, sendo desnecessário repetir o texto o texto do art. 105 que cuida da matéria. No âmbito infraconstitucional, a lei 8.038/90, que dispôs sobre o processo no âmbito do STF e do STJ, deu contornos normativos mais precisos ao instituto, nestes termos: Art. 13 - Para preservar a competência do Tribunal ou garantir a autoridade das suas decisões, caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público. Parágrafo único - A reclamação, dirigida ao Presidente do Tribunal, instruída com prova documental, será autuada e distribuída ao relator da causa principal, sempre que possível.
2 - Com relação ao incidente de resolução de demandas repetitivas (IRDR), leias as proposituras abaixo e assinale a resposta correta.
(I) o objetivo do incidente é uniformizar entendimento sobre questões da vida prática que se repetem nos tribunais.
(II) É escolhido um caso representativo daqueles que existem em repetição, utiliza-se ele como paradigma, processa-se o seu julgamento e a decisão proferida será aplicada apenas aos processos que estejam em andamento no tribunal.
(III) O incidente pode ser instauração através de pedido que será dirigido ao presidente de tribunal, podendo ser provado pelo juiz ou relator, através de ofício ou pelas partes, Ministério Público ou Defensoria Pública, através de petição
D - Somente (I) e (III) estão corretas.
Justificativa: O novo código de processo civil cria novo instituto jurídico intitulado “incidente de resolução de demandas repetitivas” previsto no capítulo VIII, art. 976 e seguintes do código. Trata-se de uma técnica que estabelece uma espécie de cisão na cognição do processo, estabelecendo o julgamento das questões comuns em demandas repetitivas para os juízes de segundo grau, originando uma espécie de “procedimento-modelo”. A ideologia do novo CPC visa ultrapassar a mera eficácia das normas instrumentais e atingir a efetividade do processo, nessa esteira o incidente de resolução de demandas repetitivas traz como escopo uniformizar entendimentos e possibilitar a agilidade no julgamento dos processos, uma vez estabelecido o “processo-modelo” pelo segundo grau. O juízo de primeiro grau, após instalado e julgado o incidente, deverá aplicar o padrão decisório estabelecido, mas com competência e legitimidade para atender as peculiaridades de cada caso concreto.
3 - É certo dizer que o prazo para interposição dos embargos de declaração é:
E - em 5 dias, contados da intimação da decisão a qual se pretende embargar
Justificativa: O novo Código de Processo Civil, Lei 13.105/2015, que entrou em vigor em 18 de março de 2016, teve início no Senado Federal com o projeto nº. 166/2010, sendo a comissão presidida pelo Ministro Luiz Fux. O novo projeto trouxe relevantes mudanças, sendo tratado neste quanto as modificações dos prazos processuais. O artigo 4º do novo Código de Processo Civil dispõe de um artigo que já consta na Constituição Federal, no artigo 5º, LXXVIII, acrescentado da Emenda Constitucional nº. 45/2004, que legisla sobre a duração razoável do processo. Segundo a nova legislação “As partes têm direito de obter em prazo razoável a solução integral do mérito, incluída a atividade satisfativa”. Versando também os artigos 6º e 139, II, sobre o dever do juiz e demais sujeitos de zelar pela celeridade.Um dos principais objetivos da nova codificação é imprimir celeridade ao processo e, para tanto, o legislador conferiu especial atenção aos prazos. (ALVES, Vinicius, REZENDE, Rachel, 2016). Com a nova sistemática uma relevante modificação, está contida no artigo 219 do NCPC, a qual legisla sobre a contagem dos prazos, que são contados em dias úteis e não mais de forma corrida, além de que exclui-se o primeiro dia e inclui-se o dia final. Para ANDRE VASCONCELOS ROQUE, no novo CPC, portanto, nem sempre 30 (trinta) dias corresponderão a um mês. A forma de contagem do prazo processual, aqui, assume contornos muito significativos. Ou seja, se um juiz aplica a dilação de prazo processual (artigo 139, VI), ampliando o prazo para que as partes se manifestem, em 60 (sessenta) dias, serão contados somente os dias úteis, obedecendo ao artigo 219, portanto, se o juiz deferir dilação de prazo por 02 (dois) meses, a existência de feriados e fins de semana são irrelevantes, pois o dispositivo aplica-se somente aos prazos contados em dias. Os prazos para realização dos atos são: Artigo 98, § 8º - 15 dias - prazo para manifestação acerca da revogação total ou parcial da gratuidade Artigo 98, § 3º - 05 anos - condição suspensiva de exigibilidade para que o credor demonstre a suficiência de recursos que justificou a concessão da gratuidade Artigo 100 - 05 dias – prazo para impugnação da justiça gratuita Artigo 101, § 2º - 05 dias - recolhimento das custas após denegação ou revogação da gratuidade Artigo 104, § 1º - 15 dias - exibição de procuração pelo advogado (prorrogável) Artigo 106 - 05 dias - suprir omissão quanto ao endereço do advogado Artigo 107 - 05 dias - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo Artigo 111 - 15 dias - constituir novo advogado Artigo 112, § 1º - 10 dias - o advogado continuará representando o mandante após renúncia Artigo 120 - 15 dias - impugnação à assistência (terceiro juridicamente interessado) Artigo 130 - 30 dias - promoção da citação daqueles que devem figurar em litisconsórcio passivo Artigo 135 - 15 dias - manifestação e indicação de provas em incidente de desconsideração da personalidade jurídica Artigo 138 - 15 dias - solicitação admissão de amicus curiae Artigo 143, § único - 10 dias - apreciação de providência ou requerimento pelo juiz Artigo 146 - 15 dias - alegação de impedimento ou suspeição Artigo 146, § 1º - 15 dias - apresentação dos razões do juiz quanto ao impedimento ou suspeição Artigo 148, § 2º - 15 dias - oitiva do arguido no incidente de impedimento ou suspeição Artigo 153, § 4º - 02 dias - informações do servidor em preterimento na ordem cronológica Artigo 154 - 05 dias - manifestação da parte na proposta de auto composição Artigo 157 - 15 dias - escusar-se (o perito) do encargo alegando motivo legítimo Artigo 172 - 01 ano - conciliador e mediador ficam impedidos de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes, a contar da ultima audiência Artigo 173, II, § 2º - 180 dias - afastamento do conciliador/mediador por atuação inadequada.
4 - Com relação aos embargos de declaração, é correto afirmar:
C - será julgado pelo próprio prolator da decisão embargada
Justificativa: Os embargos de declaração são uma espécie de recurso, sendo julgados pelo próprio órgão que prolatou a decisão. Ex.: os embargos de declaração opostos em face de uma sentença são julgados pelo próprio juiz que proferiu a decisão. O prazo dos embargos de declaração é de 5 dias.
5 - Os embargos de declaração é o recurso cabível contraas decisões de primeira ou segunda instância quando houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade ou contradição; ou ainda, quando for omitido ponto sobre o qual deveria pronunciar-se o juiz ou tribunal. Considerando essa premissa, assinale a alternativa correta:
(I) Serão opostos dentro do prazo de cinco dias, em petição dirigida ao juiz, quando sentença, ou ao relator, quando acórdão, com a indicação do ponto obscuro, contraditório ou omisso.
(II) As interposições dos embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de qualquer outro recurso, perdurando a interrupção até que o órgão judiciário venha a se manifestar decidindo a matéria constante do declaratório.
(III) Em respeito ao princípio constitucional do contraditório e da ampla defesa, deverá sempre ser oportunizada à parte contrária o mesmo prazo de cinco dias para falar em contra-razões e, somente após, o juízo verificará da admissibilidade do recurso.
D - Somente (I) e (II) estão corretos
Justificativa: De saída, cumpre observar que a redação do novo código é mais completa que a do anterior. O caput do art. 1.022 deixa claro que os embargos são cabíveis contra qualquer decisão judicial.A redação do art. 535 do CPC/73 suscitava dúvidas quanto ao cabimento de decisões interlocutórias, o que foi esclarecido pela jurisprudência: PROCESSUAL CIVIL – VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC – INEXISTÊNCIA – ART. 1º, § 3º, I, DA LEI N. 9.703/98 – FALTA DE PREQUESTIONAMENTO – SÚMULA 211/STJ – DECISÃO INTERLOCUTÓRIA – CABIMENTO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – INTERRUPÇÃO DO PRAZO RECURSAL – PRECEDENTES. 1. Inexiste violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida. 2. Descumprido o necessário e indispensável exame do dispositivo de lei invocado pelo acórdão recorrido, apto a viabilizar a pretensão recursal da recorrente, a despeito da oposição dos embargos de declaração. Incidência da Súmula 211/STJ. 3. É pacifica a jurisprudência desta Corte Superior no sentido de que os embargos de declaração são cabíveis contra quaisquer decisões judiciais, ainda que interlocutórias, suspendendo o prazo recursal para a interposição de outros recursos, exceto se aviados intempestivamente. Precedentes. Recurso especial conhecido em parte e provido. (STJ - resp.: 1196859 RJ 2010/0100746-2, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento: 17/08/2010, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: dje 03/09/2010) O inciso II do art. 1.022 do NCPC indica que também constitui omissão passível de suprimento por embargos declaratórios as questões cognoscíveis de ofício, tais quais, as parcelas acessórias de correção monetária e juros de mora. Assim, mesmo que a parte não tenha arguida determinada questão, a decisão será omissa se deixar de enfrentar matéria de ordem público como, v.g., a decadência e a prescrição.Por sua vez, o inciso III do mesmo dispositivo legal estabelece o cabimento de embargos de declaração para correção de erro material, o que se inferia do art. 463 do código revogado: Art. 463. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: I - para ilhe corrigir, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais, ou ilhe retificar erros de cálculo; II - por meio de embargos de declaração. O inciso I do parágrafo único do art. 1.022 do NCPC é uma das normas que visam conferir efetividade às técnicas de julgamento de recursos repetitivos. Vale dizer, será considerada omissa a decisão que deixar de se manifestar sobre tese firmada no julgamento de casos repetitivos ou no incidente de assunção de competência.Em outras palavras, o novo código impõe aos juízes o dever de examinar as referidas teses ao julgar os casos pertinentes a mesma questão jurídica ou questão assemelhada, ainda que para indicar o distinguis Hing, ou seja, o ponto de diferenciação entre os casos.
6 - Cabe recurso ordinário constitucional diante de:
C - Acórdão do Tribunal Regional Federal que houver denegado mandado de segurança
Justificativa: Os mandados de segurança, em regra, são impetrados no juízo de primeiro grau. Contudo, em alguns casos, deve o writ ser ajuizado diretamente perante os Tribunais, em virtude da prerrogativa de foro outorgada ao cargo ocupado pela autoridade coatora. Essas hipóteses constituem a chamada competência originária.As competências originárias do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça e demais Tribunais Superiores, são determinadas pela Constituição da República. Já as competências originárias dos Tribunais de Justiça locais são fixadas pelas respectivas Constituições Estaduais, conforme previsto no Art. 125, §1º da CF/1988. O Art. 18 da Lei nº 12.016/2009 disciplina quais os recursos cabíveis contra decisão proferida em mandado de segurança de competência originária dos Tribunais. De acordo com o referido dispositivo legal, existem duas espécies de Recursos possíveis dependendo do resultado do julgamento do writ. A decisão que concede a ordem de segurança desafia Recurso Especial ou Extraordinário, a depender da espécie da matéria enfrentada (constitucional ou infraconstitucional). A decisão que denega a segurança possibilita a interposição do Recurso Ordinário Constitucional. Nesse trabalho, pretende-se analisar as características e os aspectos controversos acerca do cabimento e dos efeitos relativos ao Recurso Ordinário Constitucional.
7 - Os embargos de divergência, tanto no âmbito do Superior Tribunal de Justiça quanto do Supremo Tribunal Federal, obedecem, dentre outros, aos seguintes procedimentos:
E - Todas estão corretas.
Justificativa: Os embargos de divergência são previstos na nossa legislação desde o CPC de 1939 que dispunha, no art. 833, com a redação dada pela lei 623, de 1949, serem embargáveis, no STF, "as decisões das turmas, quando divirjam entre si, ou de decisão tomada pelo tribunal pleno".A inspiração dos embargos, sem dúvida, veio da legislação portuguesa, muito rica historicamente em recursos fundada em divergência jurisprudencial. A intenção do recurso é a de resolver o problema, interno do tribunal, de dissenso pretoriano. Da mesma forma que há recursos que objetivam levar a um tribunal hierarquicamente superior uma questão a ser pacificada (com relação à qual existe divergência de interpretação nas Cortes inferiores), os embargos de divergência servem para que o tribunal, internamente, uniformize a sua interpretação. Nada mais lógico que o tribunal a quem incumbe dar a última palavra sobre a legislação federal infraconstitucional tenha um mecanismo de resolver o seu problema interno de uniformidade interpretativa. Se órgãos colegiados fracionários do STJ interpretam determinada norma em sentido distinto, essencial haver a previsão de resolução do impasse interpretativo por um órgão colegiado interno que seja, para esse fim, hierarquicamente superior.Daí a existência atual dos embargos de divergência, que levam, no caso do Superior Tribunal de Justiça, para as Seções ou para a Corte Especial questões sobre as quais ainda divergem os órgãos fracionários dos Tribunais para serem definitivamente pacificadas. O uso dos embargos, todavia, já foi maior. Isso porque, hoje, com a preocupação de os tribunais definirem logo questões relevantes (seja afetando ao rito repetitivo ou não) tem sido comum a afetação de determinados recursos que deveriam ser julgados por órgãos fracionários inferiores para julgamento imediato pelos órgãos superiores. Dessa forma, havendo a decisão de plano pelo colegiado responsável por pacificar internamente a divergência, os órgãos fracionários inferiores ficam condicionados a obedecer a diretriz traçada no leading case. E essa tendência, com a adoção pelo novo CPC do incidente de assunção de competência (artigo 947) tende a se firmar e até a aumentar. Isso porque, pelo novo incidente, será possível a afetação de casos importantes a colegiados superiores, que os decidirão com eficácia erga omnes e efeito vinculante – a tese fixada vinculará casos futuros. De qualquer forma, os embargos de divergência continuam previstos na legislaçãoe continuam tendo grande e importante papel. O novo CPC cuida dos embargos de divergência nos artigos 1.043 e 1.044 e a regulamentação é muito mais detalhada do que a do CPC de 1973.
8 - No que diz respeito ao recurso extraordinário ou especial repetitivo, podemos afirmar:
E - Todas estão corretas. 
Justificativa: O Recurso Repetitivo não é um recurso propriamente direto por lhe faltar o requisito da tipicidade inerente dos recursos em geral. Ele é considerado um mecanismo para barrar ou diminuir o fluxo de demandas repetitivas junto aos tribunais superiores, que julgam as espécies de recursos estampados nos dispositivos legais, isto é, o STF ou STJ. Também, se pode olhar para esse mecanismo como um instrumento de direito difuso e coletivo. Para tratar desse tema, dividimos didaticamente o assunto em dois aspectos: um geral, pertinente a teoria geral do mecanismo, e um aspecto processual, que fala dos atos processuais propriamente ditos. Os recursos extraordinário e especial são sempre interpostos nos Tribunais a quo, cabendo ao seu presidente ou ao seu vice-presidente constatar a multiplicidade de causas sobre a mesma questão jurídica de direito. Assim, ele fará uma seleção de pelo menos dois RE ou Resp., os mais representativos da controvérsia, em que a questão jurídica repetida seja abordada de maneira mais detalhada de vários ângulos, posto que deverá ser abrangente a argumentação e a discussão a respeito da questão a ser decidida. O presidente ou vice do tribunal a quo determinará, ainda, a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, que que tramitem no Estado ou na região até que ocorra a afetação no tribunal superior, quando a suspensão ocorrerá em todo o território nacional. Quando a parte contrária interessada observar que o recurso sobrestado tenha sido interposto intempestivamente, poderá requerer ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário. A parte recorrente terá o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento, cabendo agravo interno da decisão que o indeferir. Vale assinalar por fim, que o relator do tribunal superior poderá tomar o procedimento acima, caso o presidente ou o vice do tribunal a quo não o fizer. Além disso, o relator poderá selecionar outros paradigmas para afetação, já que o relator não está vinculado ao tribunal de origem
9 - Quanto ao processamento dos recursos extraordinário ou especial repetitivo, leia as proposições abaixo e assinale a resposta correta:
(I) O presidente ou vice-presidente do tribunal de origem escolherá dois ou mais recursos representativos de controvérsia, os quais serão encaminhados ao STJ ou STF, e os demais permanecerão suspensos aguardando a decisão a respeito.
(II) no caso o Tribunal de origem não tomar a providência de encaminhar os casos repetitivos ao STJ ou STF, somente o STF tem prerrogativa de determinar que essa providência seja tomada.
(III) O Relator do recurso especial ou extraordinário no STJ ou STF, conforme o caso, poderá solicitar informações aos Tribunais a respeito da controvérsia, bem como poderá admitir a manifestação de terceiros a respeito da controvérsia. 
 
D - Somente (I) e (III) estão corretas
Justificativa: A finalidade do Recurso Repetitivo é a efetividade e celeridade do processo justo, baseado na dignidade da pessoa humana.Com isso, podemos afirmar que a aplicação desse mecanismo evita que os tribunais superiores fiquem ameaçados pela supre lotação de demandas repetitivas ferindo a celeridade do processo.Ademais, esse mecanismo garante que as decisões, em múltiplas demandas de mesma matéria de direito, tenham decisões distintas, que podem casar insegurança jurídica, violando a efetividade do processo justo.O legislador, a muito tempo, já tinha a atenção voltada para ameaça do bom funcionamento do STF ou do STJ em virtude da enxurrada de demandas repetitivas.O legislador, ainda na vigência do CPC/1973, a Lei n.º 11.672/2008 acrescentou o art. 543-C procurou resolver o problema da sobrecarga de recursos especiais repetitivos.O Superior Tribunal de Justiça editou a Resolução n. 8 de 7 de agosto de 2008, regulamentando o procedimento do processamento e julgamento de recursos especiais. O CPC/2015 (Lei n.º 13.105/2015) regulou o Recurso Repetitivo tanto no âmbito do STF como no STJ, estendendo o mecanismo também aos recursos extraordinários, criando o Recurso Extraordinário e Especial Repetitivo, como se observa na própria rubrica da subseção II, nos termos do art. 1.036 ao art. 1.041. A Lei n.º 13.256/2016 que alterou alguns dispositivos do CPC/2015, alterou também alguns dispositivos desse mecanismo, buscando corrigir eventuais distorções do texto original, e favor da efetividade e celeridade processual.
10 - Determinada a suspensão dos processos, diz o CPC que as partes deverão ser intimadas dessa decisão de suspensão de seu processo. O objetivo dessa intimação é:
(I) oportunizar às partes a possibilidade de peticionar e demonstrar para o juiz ou relator que o seu caso tem distinção com ao caso paradigma;
(II) permitir que as partes possam apresentar o recurso de agravo interno para que a questão decidida pelo relator possa ser apreciada pelo colegiado do qual ele faz parte.
(III) permitir que a parte possa peticionar requerendo o prosseguimento regular do seu processo, caso em que o seu processo será imediatamente submetido à julgamento monocrático.
A - Somente (I) está correto
Justificativa: O presidente ou vice-presidente do tribunal de origem (tribunal de justiça ou tribunal regional federal) escolherá dois ou mais recursos representativos de controvérsia, os quais serão encaminhados ao STJ ou STF, e os demais permanecerão suspensos aguardando a decisão a respeito. Caso o Tribunal de origem não tome essa providência, o STJ ou STF, poderá determiná-la, conforme preceitua o art. 1.036, § 5° do CPC. O Relator do recurso especial ou extraordinário no STJ ou STF, conforme o caso, poderá solicitar informações aos Tribunais a respeito da controvérsia e tais informações devem ser prestadas no prazo máximo de 15 (quinze) dias, podendo também admitir a manifestação de terceiros a respeito da controvérsia (art. 1.038, I, CPC). Recebidas as informações e eventuais manifestações de terceiros, será aberta vista dos autos ao Ministério Público que proferirá parecer, sendo em seguida a esse parecer, emitido relatório com cópias encaminhadas aos demais Ministros. O processo será colocado em pauta de julgamento, tendo preferência sobre os demais, exceto os que envolvam réu preso e os pedidos habeas corpus (art. 1.038, CPC).

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