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ANNE SEMINÁRIO ilio e necrose avascular

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Quadril – Síndrome do trato íliotibial,Necrose avascular da cabeça do fêmur 
 (Fisiopatologia e Tratamento Fisioterápico)
Aluna: Necyane Ribeiro Gois
Matricula: 201407219553
E-mail: annegois89@gmail.com
Telefone: (85)987439716
Síndrome do trato ílio tibial:
 A banda iliotibial(TIT)ou trato iliotibial é um espessamento lateral do músculo tensor da fáscia lata,na coxa,sendo geralmente vista como uma banda de tecido conjuntivo fibroso denso que passa através do epicôndilo femoral lateral e se insere no tubérculo de Gerdy no aspecto ântero-lateral da tíbia.
 Ela se divide em camadas superficiais e profundas,que abrangem o tensor da fáscia lata e estão ancoradas na crista ilíaca,também recebe a maior parte do tendão do glúteo máximo(FAIRCLOUGH et al.2006).
 A BIT devido sua anatomia está sujeita a forças compressivas e friccionais,que podem gerar uma sobrecarga em determinadas estruturas.Tal sobrecarga pode ter relação com o sugimento da da síndrome da BIT,que é caracterizada por uma lesão por excesso de uso(tendinite ou bursite) causada pela frição excessiva entre a banda íliotibial e a eminência do epicôndilo femoral lateral (FARIA,2006;HESPANHOL;2013.
 A síndrome do trato ílio tibial(TIT)consiste em uma lesão inflamatória aguda que acomete principalmente,atletas que praticam esportes envolvendo flexões repetidas dos joelhos,Essa síndrome pode ocorrer em virtude da sobrecarga no TIT durante atividades como corridas,caminhadas ,etc. A síndrome do trato íliotial(também conhecida como joelho do corredor) é uma das lesões mais comuns que acometem principalmente os esportistas(atletas) e é uma das causas mais comuns de dores no joelho e no quadril.
 
Causas:
 A síndrome da banda iliotibial é normalmente causada pela inflamação do trato iliotibial,Geralmente durante atividades esportivas pode ocorrer uma fricção excessiva do tecido fibroso sobre o epicôndilo lateral do fêmur,principalmente quando há desarranjos biomecânicos e encurtamento muscular,causando dor e inflamação na região lateral do joelho.Umas das maiores características dessa síndrome é sua causa por ‘’ excesso de atividades’’ e o problema surge mais quando os joelhos são arqueados para fora,quando o tênis do atletaestão mais gastos do lado externo ou quando a atividade física é praticada em terreno angulado. Á má postura durante a prática de alguma atividade física também favorece a STIT, é o caso do mau posicionamento na bicicleta enquanto pedala,por exemplo,
 O trato atua principalmente como um estabilizador durante a corrida e pode ficar irritada(inflamada)com o uso excessivo, A dor é normalmente sentida no lado de fora(lateral) do joelho ou inferior da coxa,mas pode ser sentida perto do quadril,e muitas vezes é mais intensa ao descer escadas ou ao levantar de uma posição sentada.Pode ocorrer também por sobecarga da musculatura, por aumentar o treino rápido demais, por síndrome do supertreinamento(overtraining),por retornar de uma lesão muito cedo,sem deixar a musculatura cicatrizar apropriadamente,por defeitos biomecânicos e por outros erros de treinamento. 
Sintomas:
 O ínicio da Síndrome do trato íliotibial é manifestado com dor na face lateral do joelho,Quando a pessoa realiza algum esforço físico repetitivo,a dor tende a aumentar. Outros sintomas incluem hipersensibilidade na região lateral do fêmur,próximo ao joelho e dor em queimação quando a região é palpada associando flexão e extensão do joelho.Essa dor pode ter início após o atleta percorrer longas distâncias e se intensificar,até que seja impedido de correr .Em estado mais avançado,a dor também pode irradiar para a face lateral da perna.
Diagnóstico e exames:
 O diagnóstico pode ser feito através da consulta médica e exames como RM,ecografia e ultrasonografia,Uma boa avaliação incluindo uma história clínica e exame atento da banda íliotibial são suficirntes para detectar a síndrome da banda íliotibial.O teste de Thomas e o teste de Ober são duas manobras que podem ser realizadas,O diagnóstico pode ser comprovado com dor ao movimentar o joelho em flexo-extensão sem ou com apoio de um dos membros no chão(unipodal).
 Tratamento: 
 O tratamento é baseado no controle da dor e melhora da sobrecarga,abordando condutas fisioterapêuticas analgésicas como gelo(crioterapia),o repouso relativo(descanso da musculatura,diminuição de quantidades de exercícios),medicamentoso ( anti-inflamátórios),técnicas de alongamentos para trato ílio tibial,quadríceps,tensor da fáscia lata,ísquios tibiais(para aumentar a flexibilidade e prmover relaxamento), liberação miofascial(com rolos de espuma por exemplo liberar os tecidos),pode-se utilizar o ultrassom terapêutico(aumento da permeabilidade capilar,e fluxo sanguíneo),e o calor(iv para ajudar na maleabilidade tecidual), No decorrer da melhoria dos sintomas e do quadro clínico deve ser iniciado um programa de fortalecimento e reeducação da musculatura,dando ênfase nas contrações excentricas,pois são apontadas como eficientes nessa patologia. Com a melhora do paciente são importantes as orientações no retorno as atividades funcionais conforme a causa que levou a síndorme da do trato íliotibial para prevenção de recidiva da lesão.
 
Necrose avascular da cabeça do fêmur:
 O quadril é uma articulação formada por um componente esférico e um encaixe correspondente em forma de soquete com três graus de liberdade..O soquete ou encaixe é formado pelo acetábulo,que é parte do osso da pelve. A esfera é a cabeça femoral ,que é aextremidade superior do fêmur.,A crtilagem articular vai cobrir a superfície da bola e seu encaixe correspondente,ajudando no deslizamento.A cintura pélvica é composta pela articulação sacro-ilíaca,pela sínfise púbica e pela articulação coxo-femoral.
 A osteonecrose de quadril(também chamada de necrose avascular ou necrose séptica),é uma condição dolorosa que ocorre quando o suprimento de sangue para o osso é interrompido,havendo um infarto ósseo,o que causa dor,colapso do osso e pode provocar uma artrose grave.Seria equivalente a um infarto no coração porém na cabeça femoral,Sem um suprimento de sangue as células morrem,levando a alterações do formato e funcionamento do quadril.Como consequência a osteonecrose pode levar a destruição da articulação do quadril e artrose.
 Embora possa ocorrer em qualquer osso,a osteonecrose afeta muito frequentemente o quadril,mas especificamente a cabeça do fêmur.Em muitos casos ambos os quadris são afetados pela doença.
 
 
Causas:
 As principais causas de osteonecrose são lesões nos ossos que ocorrem por um traumatismo,como em casos de fraturas ou luxações.No entanto,as causas não traumáticas incluem:
*uso de remédios corticoesteróides,quando em dose elevada e por olongos períodos de tempo;
*Alcoolismo;
*Doenças que causam alterações na coagulação do sangue,como anemia falciforme,insuficiência hepática,câncer ou doenças reumatológicas;
*Pessoas que fumam também podem ter mais chance de desencolver uma osteonecrose,pois o tabagismo provoca dificuldades no supprimento de sangue no corpo;
*Também podem ser Idiopáticos(sem casa existente)
Apesar da osteonecrose afetar pessoas de todas as idades,é mais comum entre os 40 e 65 anos.Homens desenvolvem osteonecrose com mais frequência do que mulheres.
Sintomas:
 A osteonecrose desenvolve-se em fases. Podendo ser assintomática(sendo detectada as vezes somente por achados radiológicos),A dor no quadril é normalmente,o primeiro sintoma(a intensidade da dor depende do estágio evolutivo da doença),Isso pode levar a uma dor intensa ou uma dor latejante na virilha ou região glútea.Conforme a doença progride,se tornará mais difícil ficar de pé e colocar peso sobre o quadril acometido,assim como movimenta-lo ,a deambulação pode demostrar claudicação,e a mobilidade do quadril pode estar limitada,as vezes tendo que se submeter ao uso de bengala(como recurso de auxílio para deambulação). O tempo de progressão da doença varia de alguns mêses a mais de um ano.É muito importante diagnosticar a doença precocemente,para um melhor resultado.
A osteonecrose progredir de um quadril normal e sadável(Fase I) para o colapso da cabeça femoral(Fase IV).
Diagnóstico e exames:
 O diagnóstico precoce é fundamental,pois o tratamento inicial oferece os melhores resultados,Através da consulta médica podem ser solicitados exames de imagem que podem ajudar na confirmação do diagnóstico como por exemplo: radiografia(RAIO X) e Ressonância nuclear magnética(RM) e tomografia computadoriza(TC).
Tratamento:
 O tratamento deve basear-se em um diagnóstico preoce,na tentativa de preservar ao máximo a cabeça femoral, dependendo do grau de evolução em que a doença se apresenta podendo realizar ou não o tratamento cirúrgico(artroplastia total ou parcial e do quadril,e descompressão do núcleo da osteonecrose)
 O tratamento conservador inicia-se com a prevenção ,afastamento ou diminuição de todos os fatores de risco.O controle dos sintomas incluem a proteção da descarga de peso,usos de anti-inflamatórios e analgésicos(medicamentoso),uso de muletas.
 O tratamento fisioterapêutico consiste em manter a adm e função do membro acometido,podem ser realizadas mobilização articulares passivas(para melhora a adm), pode-se utilizar a eletroterapia (com o uso do tens),liberação miofascial e pompagem de quadril(para alívio de dores e relaxamento),exercícios isométricos de glúteo(como a ponte por exemplo),quadríceps e poplíteo(bolinha no joelho),caso o paciente possua edemas(realizar drenagem),realizar liberação cicatricial(caso opaciente for operado),promover a conscientização corporal evitando as compensações corporais,treinar a marcha(com ou sem órteses caso o paciente necessite),a hidroterapia(alívio da dor,relaxamento ,aganho de adm),aplicar cinesioterapia através de alongamentos ativos dos principais grupamentos musculares de membros inferiores com auxílio de faixas elásticas,facilitação neuromuscular Proprioceptiva(inibição),uso de bicicleta estacionária,melhorar equilíbrio,força muscular e propriocepção (retirar as muletas para deambulação sem apoios) e retorno de avds.
 
 
 
Referências:
 DUTTON, M Fisioterapia Ortopédica: exame, avaliação e intervenção. Porto Alegre: Artmed,2007.   
FARIA, CDCM;LF; Estudo da relação entre o comprimento da banda iliotibial e o desalinhamento pélvico. Rev.bras.fisioter. São Carlos, v. 10,n.4,p.373-379,out./dez.2006.
GUADAGNINI,GUILHERME et al. Relato de caso Síndrome da banda iliotibial proximal: relato de caso.rev bras ortop.. v.48 n.4 p.374-376,2013.
KISNER C,COLBY LA .Exercícios Terapêuticos.5 ed.Barueri:Manole,2009.
Sizínio & Renato Xavier: Ortopedia e Traumatologia Princípios e Práticas.Artmed,pg 388-389,3ª ed.,2003.
Souza,I.; Filho, N.M.S,;Necrose avascular da cabeça femoral induzida por corticoide: estudo experimental.Rev.Bras.Ortop. 43:439-446,1999.

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