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Apostila Uniasselvi Empreendedorismo

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Prévia do material em texto

EMPREENDEDORISMO
Prof.ª Anna Beatriz Cautela T. Gouvêa
UNIASSELVI
2012
Caderno de Estudos
NEAD
Educação a Distância
GRUPO
Copyright  UNIASSELVI 2012
Elaboração:
Profa. Anna Beatriz Cautela T. Gouvêa
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
UNIASSELVI – Indaial.
 
658.42
G719e Gouvêa, Anna Beatriz Cautela T.
 Empreendedorismo / Anna Beatriz Cautela T. Indaial : 
 Uniasselvi, 2012.
 210 p. : il.
 
 
 ISBN 978-85-7830-533-8
1. Administração; 2. Empreendedorismo.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br
EMPREENDEDORISMO
APRESENTAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a), bem-vindo(a) à disciplina de Empreendedorismo!
O tema empreendedorismo, embora pareça recente, vem sendo estudado há muitos 
anos, não apenas para aqueles que pensam em abrir um negócio próprio, mas também por 
aqueles que sentem que poderiam e gostariam de colaborar mais nas organizações em que 
atuam. E por que não falar daqueles profissionais liberais que sempre saem na frente, buscando 
formas inovadoras para realizar o seu trabalho?
Neste Caderno de Estudos estudaremos desde o surgimento do termo empreendedorismo, 
passando pela evolução do seu conceito na linha do tempo, entendendo os diferentes tipos de 
empreendedor e aprendendo que o empreendedorismo pode ser aplicado em todas as áreas 
de atuação. Você aprenderá também a importância de utilizar um Plano de Negócios e como 
ele pode ser útil para evitar que o nosso negócio entre na estatística dos estabelecimentos que 
fecharam antes de completar dois anos de existência. Você entenderá o porquê.
O conteúdo do caderno foi elaborado em três unidades. Na primeira unidade 
estudaremos sobre o histórico e conceito de empreendedorismo no Brasil e no mundo, a 
definição e as características do empreendedor e intraempreendedor. Além de conceituar 
ideia e oportunidade e, principalmente, saber identificá-las e diferenciá-las. Na segunda 
unidade estudaremos a importância do planejamento para o sucesso do negócio, e para isso 
aprenderemos que existem algumas ferramentas que, sabendo utilizá-las de modo eficiente, 
fazem toda a diferença, como o Plano de Negócios, como elaborá-lo e, principalmente, como 
colocá-lo em prática. Na terceira e última unidade estudaremos o mercado empreendedor para 
as Pequenas e Médias Empresas (PMEs). Nesse caderno trataremos também das perspectivas 
e tendências em empreendedorismo. 
Bons estudos!
Prof.ª Anna Beatriz Cautela T. Gouvêa
iii
EMPREENDEDORISMO iv
UNI
Oi!! Eu sou o UNI, você já me conhece das outras disciplinas. 
Estarei com você ao longo deste caderno. Acompanharei os seus 
estudos e, sempre que precisar, farei algumas observações. 
Desejo a você excelentes estudos! 
 UNI
EMPREENDEDORISMO v
SUMÁRIO
UNIDADE 1 - HISTÓRICO E CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO .......................... 1
TÓPICO 1: HISTÓRICO E CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO NO BRASIL E NO 
MUNDO .......................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3
2 A REVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO .............................................................. 4
3 ANÁLISE HISTÓRICA DO SURGIMENTO DO EMPREENDEDORISMO .................... 6
4 CONCEITUANDO O EMPREENDEDORISMO ............................................................. 6
5 O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL ..................................................................... 12
6 O PROCESSO EMPREENDEDOR .............................................................................. 14
RESUMO DO TÓPICO 1 ................................................................................................. 18
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 19
TÓPICO 2: CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR E INTRAEMPREENDEDOR .... 20
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 20
2 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR ............................................................. 20
2.1 TIPOS DE EMPREENDEDORES ............................................................................. 24
3 INTRAEMPREENDEDORISMO ................................................................................... 29
3.1 CARACTERÍSTICAS DOS INTRAEMPREENDEDORES ......................................... 30
4 MITOS SOBRE O EMPREENDEDOR ......................................................................... 36
5 TESTE: VOCÊ É EMPREENDEDOR? ........................................................................ 39
LEITURA COMPLEMENTAR 1 ....................................................................................... 41
LEITURA COMPLEMENTAR 2 ....................................................................................... 44
RESUMO DO TÓPICO 2 ................................................................................................. 46
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 47
TÓPICO 3: CONCEITUANDO IDEIA E OPORTUNIDADE ............................................ 49
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 49
2 DIFERENCIANDO IDEIA DE OPORTUNIDADE ......................................................... 49
3 CRIATIVIDADE ............................................................................................................ 52
4 FONTE DE NOVAS IDEIAS ......................................................................................... 53
5 IDENTIFICANDO E AVALIANDO UMA OPORTUNIDADE ......................................... 55
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................... 57
RESUMO DO TÓPICO 3 ................................................................................................. 63
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 64
AVALIAÇÃO .................................................................................................................... 65
UNIDADE 2 - PLANEJAMENTO DO NEGÓCIO ............................................................ 67
TÓPICO 1: PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................... 69
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 69
2 PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................................... 69
EMPREENDEDORISMO vi
3 A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO .................................................................... 70
4 A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................... 71
5 ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIOS (PN) ......................................................... 72
6 O TAMANHO DO PLANO DE NEGÓCIOS E O USO DE SOFTWARE PARA SUA 
ELABORAÇÃO ............................................................................................................ 73
6.1 CUIDADOS NA ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS .................................. 75
7 O PLANO DE NEGÓCIOSCOMO FERRAMENTA DE VENDA ................................. 75
8 O PLANO DE NEGÓCIOS COMO FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO .............. 77
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................... 77
RESUMO DO TÓPICO 1 ................................................................................................. 80
AUTOATIVIDADE ........................................................................................................... 81
TÓPICO 2: CRIANDO UM PLANO DE NEGÓCIOS EFICIENTE .................................. 83
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 83
2 ESTRUTURA GERAL DE UM PLANO DE NEGÓCIOS – BASEADO EM DORNELAS, 
(2008) e CASTRO (2009) ............................................................................................ 83
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 109
RESUMO DO TÓPICO 2 ................................................................................................ 114
AUTOATIVIDADE .......................................................................................................... 115
TÓPICO 3: COLOCANDO O PLANO DE NEGÓCIOS EM PRÁTICA .......................... 119
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 119
2 A BUSCA DE FINANCIAMENTO ............................................................................... 119
2.1 ECONOMIA PESSOAL, FAMÍLIA, AMIGOS ........................................................... 120
2.2 INVESTIDORES ANJOS ......................................................................................... 121
2.3 OUTRAS FONTES DE INVESTIMENTOS .............................................................. 122
2.4 CAPITAL DE RISCO ................................................................................................ 122
3 PROGRAMAS DO GOVERNO BRASILEIRO ........................................................... 123
3.1 FINEP (FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS) ....................................... 124
3.2 BNDES (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL) .. 124
3.3 MICROCRÉDITO .................................................................................................... 125
3.4 SEBRAE .................................................................................................................. 125
4 BUSCANDO ASSESSORIA PARA O NEGÓCIO ...................................................... 126
5 INCUBADORAS DE EMPRESAS ............................................................................. 126
6 SEBRAE ..................................................................................................................... 127
7 ASSESSORIA JURÍDICA E CONTÁBIL ................................................................... 127
8 UNIVERSIDADES E INSTITUTOS DE PESQUISA ................................................... 127
9 INSTITUTO EMPREENDER ENDEAVOR ................................................................. 128
10 FRANCHISING ......................................................................................................... 129
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 130
RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 135
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 136
AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 137
EMPREENDEDORISMO vii
UNIDADE 3 - MERCADO EMPREENDEDOR .............................................................. 139
TÓPICO 1: PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (PMES) .......................................... 141
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 141
2 CONCEITO DE PME NO BRASIL ............................................................................. 141
3 QUESTÕES LEGAIS DE CONSTITUIÇÃO DA EMPRESA ...................................... 144
4 CRIANDO A EMPRESA ............................................................................................. 145
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 147
5 MARCAS E PATENTES ............................................................................................. 150
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 152
RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................................... 156
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 157
TÓPICO 2: PERSPECTIVAS PARA O EMPREENDEDORISMO ................................ 159
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 159
2 INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO .................................................................... 159
3 TIPOS DE INOVAÇÃO ............................................................................................... 160
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 161
4 ADEQUANDO AS POSSIBILIDADES DE INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ...... 163
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 164
RESUMO DO TÓPICO 2 ............................................................................................... 167
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 168
TÓPICO 3: TENDÊNCIAS EM EMPREENDEDORISMO ............................................. 169
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 169
2 O EMPREENDEDORISMO NAS ORGANIZAÇÕES ................................................. 169
2.1 EMPREENDEDORISMO COMO CARREIRA ......................................................... 171
3 ORGANIZAÇÕES EMPREENDEDORAS ................................................................. 172
3.1 EMPREENDEDORISMO NA PEQUENA EMPRESA .............................................. 174
LEITURA COMPLEMENTAR ........................................................................................ 175
3.2 SUCESSO E FRACASSO NO EMPREENDEDORISMO ....................................... 181
4 MERCADO EMPREENDEDOR ................................................................................. 189
4.1 EMPREENDEDORISMO SOCIAL .......................................................................... 190
4.2 ENSINO DO EMPREENDEDORISMO ................................................................... 191
4.3 EMPREENDEDORISMO FEMININO ...................................................................... 193
RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................................... 203
AUTOATIVIDADE ......................................................................................................... 204
AVALIAÇÃO .................................................................................................................. 205
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 207
EMPREENDEDORISMO viii
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UNIDADE 1
HISTÓRICO E CONCEITODE 
EMPREENDEDORISMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 A partir desta unidade você estará apto(a) a:
	conhecer a origem do empreendedorismo e sua evolução;
	entender o processo empreendedor;
	contextualizar o empreendedorismo no Brasil;
	conhecer as características empreendedoras;
	testar o seu perfil empreendedor;
	diferenciar ideia e oportunidade;
	identificar e aproveitar uma oportunidade.
TÓPICO 1 – HISTÓRICO E CONCEITO DE 
EMPREENDEDORISMO NO 
BRASIL E NO MUNDO
TÓPICO 2 – CARACTERÍSTICAS 
DO EMPREENDEDOR E 
INTRAEMPREENDEDOR
TÓPICO 3 – CONCEITUANDO IDEIA E 
OPORTUNIDADE
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos e ao final de cada 
um deles você encontrará atividades que o(a) ajudarão a refletir sobre 
o conteúdo estudado.
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HISTÓRICO E CONCEITO DE 
EMPREENDEDORISMO NO 
BRASIL E NO MUNDO
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 1
UNIDADE 1
O empreendedorismo é um tema que pode ser considerado novo nos meios acadêmicos, 
porém, veremos que sua história vem de muito tempo, ou melhor, de séculos. Importante também 
começar esclarecendo que empreendedorismo não está relacionado apenas às pessoas que 
abrem um negócio novo, como muitos acreditam ser o seu significado. 
Veremos nesse tópico que o empreendedorismo vai muito além de criar um negócio 
próprio. Ele está relacionado ao comportamento e às atitudes, ao pensamento e às ações das 
pessoas, sejam estas proprietárias ou funcionários de uma empresa, na área dos negócios, 
da educação, social ou qualquer outra.
Enfim, o empreendedorismo está no interior de cada um e pode ser aprendido ou 
desenvolvido, basta querer.
Desta forma, nosso objetivo é apresentar o histórico do empreendedorismo, no Brasil 
e no mundo e sua importância no desenvolvimento da economia e da sociedade. Além disso, 
pretende-se: 
● apresentar o processo empreendedor e a importância de cada uma das etapas;
● conceituar o empreendedor e suas características;
● testar o seu perfil empreendedor;
● identificar as diferenças entre ideia e oportunidade e como aproveitá-las.
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UNI
O texto a seguir mostra exatamente a diferença de visão do 
empreendedor. Aproveite!
UMA HISTÓRIA DE EMPREENDEDORISMO...
Uma vez uma companhia enviou um vendedor de sapatos a uma cidade na África 
aonde ele nunca tinha vendido. 
Ele era um dos vendedores mais antigos e experientes e esperavam grandes 
resultados. 
Logo após sua chegada à África, o vendedor escreveu para a companhia dizendo:
— É melhor vocês me chamarem de volta. Aqui ninguém usa sapatos. 
Foi chamado de volta. 
A companhia decidiu então enviar outro vendedor, que não possuía muita experiência, 
mas era dotado de grande entusiasmo. 
A companhia achava que ele seria capaz de vender alguns pares de sapatos. 
Pouco depois de sua chegada, ele enviou um telegrama urgente para a firma, dizendo:
— Por favor, enviem todos os sapatos disponíveis. Aqui ninguém usa sapatos! 
FONTE: Disponível em: <http://www.contandohistorias.com.br/historias/2006118.php>. Acesso em: 2 
fev. 2011.
2 A REVOLUÇÃO DO EMPREENDEDORISMO
Vocês sabem por que o empreendedorismo é considerado uma revolução? Pois é isso 
o que vamos descobrir a partir de agora.
Para Jeffry Timmons (1985), o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será 
para o século XXI mais que a Revolução Industrial foi para o século XX.
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O século XX foi marcado por diversas invenções que revolucionaram nosso estilo de vida. 
Algumas delas, frutos de anos de pesquisas e novas tecnologias. Outras invenções surgiram 
apenas de um novo olhar, um novo uso para o mesmo produto. Todas elas foram resultado do 
trabalho de pessoas visionárias, empreendedoras, que na maioria das vezes buscavam uma 
solução para uma situação. 
 Veja a seguir algumas das invenções do século XX:
1903: Avião motorizado
1923: Aparelho televisor
1928: Penicilina
1943: Computador
1947: Descoberta da Estrutura do DNA abre caminho para a engenharia genética
1967: Transplante de coração
1969: Homem chega à Lua
1969: Início da internet
1989: World Wide Web
1997: Primeiro animal clonado: ovelha Dolly
QUADRO 1 – ALGUMAS INVENÇÕES/CONQUISTAS DO SÉCULO XX
FONTE: Dornelas (2008, p. 6)
E por que a revolução do empreendedorismo? Pois, em função da velocidade da 
informação e do desenvolvimento da tecnologia, será preciso cada vez mais empreendedores 
para colocar em prática as novas ideias. Afinal, os empreendedores são pessoas diferenciadas, 
com motivação singular e apaixonadas pelo que fazem. Não se contentam em ser mais um na 
multidão, querem ser reconhecidos pelos seus feitos.
Um exemplo de empreendedor revolucionário é Bill Gates, que revolucionou o mundo com 
o sistema operacional Windows ©, ou ainda, Steve Jobs, que revolucionou o mercado, a tecnologia, 
com os produtos da Apple. Ou seja, pessoas que criaram novas oportunidades de mercado ou 
atuação, algo único em sua área, ou ainda criaram oportunidades em mercados já existentes.
Por isso, vamos estudar tanto o comportamento quanto o processo empreendedor e 
fazer parte dessa revolução.
NO
TA! �
O empreendedorismo não é sinônimo de abrir uma empresa ou 
um negócio próprio. Está relacionado a uma nova visão para um 
processo já existente. Um exemplo de empreendedorismo na 
área social é o projeto Doutores da Alegria, que identificou uma 
oportunidade de melhorar a recuperação dos enfermos internados, 
levando alegria e entusiasmo através de suas visitas.
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3 ANÁLISE HISTÓRICA DO SURGIMENTO DO EMPREENDEDORISMO
Uma das primeiras alusões ao termo empreendedor foi feita pelo economista francês 
Richard Cantillon (1755), para explicar a receptividade ao risco de comprar algo por um 
determinado preço e vendê-lo sob uma perspectiva de incerteza e, assim, associar o termo 
empreendedor ao fato de assumir riscos nas atividades econômicas.
Primeiro uso do termo: Marco Polo, que tentou estabelecer uma rota comercial para 
o Oriente, por volta dos anos 1270 a 1290. Marco Polo assinou um contrato com um homem 
que possuía dinheiro para vender as mercadorias dele. O capitalista assumia riscos e o 
empreendedor assumia papel ativo, correndo os riscos físicos e emocionais.
•	 Idade Média: definia aquele que gerenciava grandes projetos de produção com recursos 
provenientes do governo do país.
•	 Século XVII: relação entre assumir riscos e empreendedorismo. O empreendedor estabelecia 
um acordo contratual com o governo (capitalista) para realizar algum serviço. Preços 
prefixados, qualquer lucro ou prejuízo era exclusivo do empreendedor.
•	 Século XVIII: capitalista e empreendedor foram diferenciados. Industrialização.
•	 Séculos XIX e XX: empreendedores confundidos com gerentes ou administradores, sendo 
analisados somente como aqueles que organizam a empresa sempre a serviço do capitalista.
4 CONCEITUANDO O EMPREENDEDORISMO
A raiz da palavra empreendedor vem do verbo francês “entreprendre” e significa – fazer 
algo. Desde o seu uso inicial, até os dias atuais, vários autores deram sua contribuição com 
um enfoque diferente.
Existem três causas principais que movem o empreendedorismo, são elas: 
1 A natureza humana: alguns estudos mostram que os empreendedores têm necessidade de 
autorrealização.
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2 O papel do empreendedor na economia, uma vez que ele provoca grandes mudanças e 
gera empregos.
3 A estrutura econômica mundial, em função da participação e do papel que a pequena e 
média empresa representam.
DIC
AS!
Assista ao filme“Patch Adams: o amor é contagioso” e veja um 
grande exemplo de empreendedorismo social.
Veremos algumas das definições de empreendedorismo de alguns dos principais 
autores da área:
De acordo com Schumpeter (1988), o empreendedorismo pode ser compreendido como 
um agente de inovação e mudança capaz de influenciar o crescimento econômico.
Shapero (1981) considera o empreendedorismo como a propositada atividade para iniciar, 
manter e desenvolver um negócio de lucro orientado, particularmente em seus primeiros anos.
Kuratko e Hodgetts (1998) acreditam que o empreendedorismo não é apenas a criação 
de negócios. É a arte de criar oportunidades e assumir riscos calculados.
Já para Pinchot (1989), o conceito de empreendedorismo encontra-se na necessidade 
de realizar, que não é necessariamente estabelecida na infância e pode ser desenvolvida em 
qualquer ponto da vida, dados o desejo e a oportunidade.
Enquanto Paiva e Cordeiro (2002) conceituam empreendedorismo como a criação de 
uma organização econômica inovadora com o propósito de obter lucratividade ou crescimento 
sob condições de risco e incerteza.
O empreendedorismo é ainda entendido como um processo que ocorre em diferentes 
ambientes e situações empresariais, provocando mudanças através da inovação realizada por 
indivíduos que geram ou aproveitam oportunidades, que criam e realizam atividades de valor 
tanto para si próprios quanto para a sociedade. (FIALHO et al., 2006).
No quadro a seguir é possível verificar a evolução das definições do termo 
empreendedorismo.
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Autores Abordagem conceitual
Nota sobre as tendências 
de cada autor
Knight (1921)
Analisou os fatores subjacentes ao lucro do 
empreendedor.
Lucro.
Schumpeter 
(1936)
Enfatizou o papel do empreendedor como 
impulsionador da inovação e, por conseguin-
te, do crescimento econômico.
Inovação.
McClelland 
(1961)
Estudou as motivações dos empreendedo-
res quando começam um novo negócio ou 
desenvolvem negócios existentes. Conclui 
que os empreendedores se caracterizam por 
ter altos níveis de realização (achievement).
Motivação e perfil psico-
lógico.
Pesquisa baseada nas 
características.
Mayer e Golds-
tein (1961)
Analisaram a performance de 81 empresas 
durante os primeiros dois anos de vida.
Performance/ambiente 
externo.
Collins e Moore 
(1964)
Estudaram histórias pessoais e o perfil psi-
cológico dos empreendedores que criaram 
pequenas empresas na região de Detroit. 
Nem todos os estudos provaram que os 
empreendedores tinham características 
distintivas.
Podem não nascer em-
preendedores, pode haver 
um objetivo a perseguir 
que os torne empreende-
dores.
Pesquisa baseada nas 
características.
Kirzner (1973)
Alerta para um conjunto de pessoas que con-
seguem identificar oportunidades, persegui-
-las e obter lucros.
Identificação de oportuni-
dades.
Fast (1978)
Como novos empreendimentos podem ser 
desenvolvidos em empresas já existentes, 
ou de forma mais ampla, como essas em-
presas podem se tornar mais inovadoras.
Empreendedorismo em-
presarial.
Brockhaus 
(1980)
A propensão para a “tomada de risco” é igual 
entre empreendedores, gestores e popula-
ção em geral.
Não se nasce empreen-
dedor...
Pesquisa baseada nas 
características.
Gartner (1988)
Deve-se colocar o foco no comportamento 
e não nas características.
Comportamento.
Kanter (1983)
Estudos que analisam as estruturas orga-
nizacionais e administrativas, como essas 
geram empreendedorismo interno.
Intraempreendedorismo.
Empreendedorismo em-
presarial.
Burgelman 
(1973)
Processo como as novas ideias são desen-
volvidas e sua experimentação e desenvol-
vimento dentro das grandes empresas.
Intraempreendedorismo.
Empreendedorismo em-
presarial.
QUADRO 2 – A EVOLUÇÃO DO TERMO EMPREENDEDORISMO
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Covin e Slevin 
(1989)
Encontraram uma postura empresarial que 
relaciona a alta performance de pequenas 
empresas que operam em ambientes hostis.
Empreendedorismo em-
presarial.
Birch (1987)
Empresas orientadas para o crescimento 
dão grande contribuição para a criação de 
emprego nos Estados Unidos.
Empreendedorismo/cria-
ção de emprego.
Hannan e Fre-
eman (1984); 
Aldrich (1999)
Algumas organizações estão mais prepara-
das para competir.
Sociólogos organizacio-
nais. 
Nascimento e morte de 
empresas/competição.
Acs e Audretsch 
(1990)
As pequenas empresas contribuem com 
percentagem substancial para inovação.
Inovações tecnológicas e 
pequenas empresas.
MacMillanet et al. 
(1987);
 Sahlman (1992)
Analisaram a estrutura e os investimentos 
das empresas.
Recursos/estrutura.
Larson (1992)
Como empreendedores desenvolvem e 
utilizam as networks para acessarem a in-
formação, para aumentarem o capital e para 
aumentarem sua credibilidade.
Redes e capital social.
Bruderlet et al. 
(1992)
Estudaram 1.984 start-ups, recorrendo a 
uma análise multivariada, e verificaram que 
a probabilidade de sobrevivência era maior 
se tivessem mais empregados, mais capital 
inicial, mais capital humano e estratégias 
dirigidas ao mercado nacional.
Performance.
Bygrave e Tim-
mons (1992)
Analisaram, em detalhes, as operações de 
aplicação e retorno de capital de risco.
Análise de fatores de cria-
ção de empresas, identifi-
cação das oportunidades, 
procura de informação, 
formação de equipe, aces-
so aos recursos e formula-
ção de estratégias.
Nesse caso, o principal 
enfoque é no acesso aos 
recursos.
Palich e Bagby 
(1995)
Comparam os empreendedores aos gesto-
res, atendendo à forma como ambos reagem 
a situações ambíguas de negócio, e con-
cluem que os empreendedores percebem 
mais as oportunidades do que problemas.
Empreendedor diferente 
de gestor na percepção 
de oportunidades.
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Gimeno, Folta, 
Cooper e Woo 
(1997)
O nível de threshold (começo) é função 
dos custos de oportunidade, switchingcosts 
(custos de encerramento) e dos valores 
pessoais.
Performance/permanên-
cia nos negócios.
Shane e Venka-
taramann (2000)
Exploração de oportunidades. Explorar oportunidades.
Stauart (2000)
As redes de ligações com entidades repu-
tadas podem aumentar a legitimidade e 
conduzir a um aumento das vendas.
Redes e capital social.
FONTE: Sarkar (2008, p. 43-45)
Percebe-se que o empreendedorismo envolve a identificação de novas oportunidades, 
a paixão, a vontade de transformar o meio social, e todas as funções, atividades e ações 
associadas à criação de novas organizações.
NO
TA! �
Os principais conceitos do Empreendedorismo: 
 CORRER RISCO CALCULADO.
 INOVAÇÃO X LUCRO ELEVADO. 
 APROVEITAR AS OPORTUNIDADES.
 AUTORREALIZAÇÃO.
 CRIAÇÃO DE VALOR.
Ma e Tan (2006) definem empreendedorismo como sendo o processo pelo qual pioneiros 
e inovadores, imersos e guiados pela perspectiva orientada para a criatividade, seguem nas 
atividades direcionadas para a prática da concepção e inovação, o que conduz a um determinado 
nível de performance. Pode-se delimitar, nesta acepção, que a interação entre os 4P’s determina 
a performance empreendedora. É importante ressaltar que, quando o ambiente de negócios é 
mencionado, empreender também significa assumir riscos (VESPER, 1990; STEARNS; HILLS, 
1996) e, principalmente, desafiar o status quo e o modus operandi. 
Sendo assim, apresentam-se os 4 Ps do empreendedorismo, a partir das concepções 
de Ma e Tan (2006):
a) Perspectiva: o modo de ver empreendedor
A expressão que melhor define a perspectiva é: “deve haver uma maneira melhor”. Esse 
modo de pensar permeia toda a atividade empreendedora, tanto sob aótica do risco interno 
(BURGELMAN, 1983) quanto para criar e assumir novos riscos (VESPER, 1990). 
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b) Pioneirismo: campeão da inovação
Muitas pessoas podem identificar uma oportunidade, mas apenas os empreendedores 
conseguem capitalizar e tirar proveito dela. A expressão que melhor define o pioneirismo 
é: “Nós podemos fazer a diferença”. O empreendedor alia paixão em criar e desenvolver 
soluções para situações identificadas, envolvendo oportunidade de inovação e persistência 
até que se encontre a resposta.
FONTE: Disponível em: <http://dc339.4shared.com/doc/2-HXu1wn/preview.html>. Acesso em: 11 fev. 
2012.
c) Prática: partir para a ação
A ação é a tônica do empreendedor. As atividades do empreendedor são direcionadas 
para a ação, criação e realização. Por isso, marketing e empreendedorismo são áreas tão afins, 
pois ambas têm como finalidade buscar e identificar oportunidade, criando, atraindo e combinando 
recursos da melhor maneira para explorar a oportunidade. (STEARNS; HILLS, 1996).
d) Performance: busca de resultados
A busca por resultados é a busca constante dos empreendedores. A expressão que 
melhor define a performance é: “Fiz do meu jeito”! Por conseguinte, a lucratividade é a 
recompensa da inovação empreendedora que indica o uso eficiente dos recursos, constituindo 
a confirmação da realização pessoal e profissional do empreendedor.
FONTE: Disponível em: <http://dc339.4shared.com/doc/2-HXu1wn/preview.html>. Acesso em: 11 fev. 
2012.
FIGURA 1 – UMA DEFINIÇÃO DOS 4 PS DO EMPREENDEDORISMO
FONTE: Ma e Tan (2006, p. 718)
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Empreendedorismo não é arte nem ciência, mas uma prática que requer disciplina e 
planejamento.
5 O EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
O empreendedorismo ganhou força no Brasil somente a partir da década de 1990, 
com a abertura da economia, que propiciou a criação de entidades como o Sebrae (Serviço 
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e Softex (Sociedade Brasileira para 
Exportação de Software). Antes desse momento o termo empreendedor era praticamente 
desconhecido e a criação de pequenas empresas era limitada, em função do ambiente 
político e econômico nada propício do país. 
FONTE: Disponível em: <www.seplag.rs.gov.br/download.asp?nomeArq=Painel_57...pdf>. Acesso 
em: 11 fev. 2012.
Porém, não significa que não existiram empreendedores, deve-se salientar que 
muitos visionários atuaram em um cenário obscuro, deram tudo de si, mesmo sem conhecer 
formalmente finanças, marketing, organização e outros conteúdos da área empresarial, a 
exemplo do célebre industrial Francisco Matarazzo, e tantos outros que contribuíram para 
o desenvolvimento da economia do país. 
FONTE: Disponível em: <paraiso.etfto.gov.br/docente/admin/.../material_5fc4f0cd2e.doc>. Acesso em: 
11 fev. 2012.
O Sebrae é amplamente difundido entre os pequenos empresários brasileiros, com a 
finalidade de informar e dar suporte necessário para a abertura de uma empresa, bem como 
acompanhar através de consultorias seu andamento, solucionando pequenos problemas 
do negócio. Este órgão está de certa forma implantando a cultura empreendedora nas 
universidades brasileiras, ao promover, em parceria com outros países, o Desafio Sebrae, 
uma competição entre acadêmicos de várias nacionalidades, que têm como tarefa administrar 
uma empresa virtual. 
A Softex, por sua vez, foi criada para ampliar o mercado das empresas de software 
através da exportação e incentivar a produção nacional. Para isso, foram desenvolvidos 
projetos para a capacitação em gestão e tecnologia dos empresários de informática. Além 
de alavancar o desenvolvimento de tecnologias nacionais, essa entidade conseguiu, através 
de seus programas, popularizar no país termos, como plano de negócios (business plan), 
que até então eram ignorados pelos empresários. 
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Apesar do pouco tempo, o Brasil apresenta ações que visam desenvolver um dos 
maiores programas de ensino de empreendedorismo e potencializa o país perante o mundo 
nesse milênio. Dornelas (2001, p. 25-26) cita alguns exemplos: 
1 Os programas Softex e GENESIS (Geração de Novas Empresas de Software, Informação e 
Serviço), que apoiam atividades de empreendedorismo em software, estimulando o ensino 
da disciplina em universidades e a geração de novas empresas de software (start-ups). 
2 Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas Empretec e Jovem 
Empreendedor do Sebrae. E ainda o programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, 
dirigido à capacitação de mais de 1 milhão de empreendedores em todo o país e destinando 
recursos financeiros a esses empreendedores, totalizando um investimento de oito bilhões 
de reais. 
3 Diversos cursos e programas estão sendo criados nas universidades brasileiras para o 
ensino do empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com o programa Engenheiro 
Empreendedor, que capacita alunos de graduação em engenharia de todo o país. Destaca-
se também o programa REUNE, da CNI (Confederação Nacional das Indústrias), de difusão 
do empreendedorismo nas escolas de Ensino Superior do país, presente em mais de 200 
instituições brasileiras. 
4 A recente explosão do movimento de criação de empresas de internet no país, motivando 
o surgimento de entidades como o Instituto e-cobra, de apoio aos empreendedores das 
ponto.com (empresas baseadas em internet), com cursos, palestras e até prêmios aos 
melhores planos de negócios de empresas Start-ups de internet, desenvolvidos por jovens 
empreendedores. 
5 Finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do movimento de 
incubadoras de empresas no Brasil. Dados da Associação Nacional de Entidades 
Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec) mostram que em 
2000 havia mais de 135 incubadoras de empresas no país, sem considerar as incubadoras 
de empresas de internet, totalizando mais de 1.100 empresas incubadoras, que geram 
mais de 5.200 empregos diretos. 
FONTE: Disponível em: <www.novomilenio.br/foco/2/artigo/artigo_daniele.pdf>. Acesso em: 11 fev. 2012.
NO
TA! �
 “Essas iniciativas são de suma importância para os empreendedores 
brasileiros, que, apesar dos percalços, são fundamentais para a 
economia do país”. (SILVEIRA et al., 2010, p. 6).
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O GEM (Global Entrepreneurship Monitor) mede o nível de atividade empreendedora 
no mundo desde 1999 e, nesta edição, envolveu 54 países. No Brasil, a pesquisa é realizada 
desde 2000. Vejamos os resultados para o Brasil em 2009:
● Um dos destaques da Pesquisa GEM 2009 é o crescimento do empreendedorismo no 
Brasil. O número de negócios com até três meses de atividade cresceu 97% em relação 
a 2008, quando 2,93% da população adulta tocavam empreendimentos. Em 2009, esse 
número saltou para 5,78%. 
● Ao longo dos dez anos de Pesquisa GEM, o Brasil apresentou média de 13% de sua 
população economicamente ativa empreendendo, taxa que subiu para 15% em 2009.
● A maior parte dos negócios está nas mãos dos jovens: 52,5% dos empreendedores têm 
entre 18 e 34 anos.
● As mulheres estão empreendendo mais do que os homens: mulheres empreendedoras 
(53%) em relação aos homens (47%). É a primeira vez, no entanto, que a proporção do 
empreendedorismo feminino por oportunidade supera a do masculino na mesma condição. 
(GEM, 2009)
FONTE: Adaptado de: <http://portal.pr.sebrae.com.br/blogs/posts/empreendedorismo?c=1075>. 
Acesso em: 30 jun. 2011.
Portanto, percebe-se que o início da difusão do empreendedorismo no Brasil nasce por 
conveniência do governo e sobrevivência de muitos trabalhadores que saíram das grandes 
estatais, apóso processo de privatização. A partir disso, o governo se propõe a fornecer 
subsídios, acima citados, para que os trabalhadores tivessem a possibilidade de contribuir 
para o desenvolvimento e a geração de emprego no Brasil.
FONTE: Disponível em: <http://admkallangozen.blogspot.com/>. Acesso em: 14 fev. 2012.
DIC
AS!
No filme “Mauá, o imperador e o rei” é possível ver a história do 
empreendedorismo no Brasil.
6 O PROCESSO EMPREENDEDOR
O processo empreendedor abrange todas as funções, atividades e ações relacionadas 
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com a criação de novas empresas, novos mercados ou novas oportunidades. Num primeiro 
momento o empreendedorismo envolve o processo de criar algo novo, de valor (não 
necessariamente uma empresa). No momento seguinte, envolve paixão, comprometimento, 
doação do tempo e do esforço para fazer o negócio dar certo. Por último, saber assumir riscos 
calculados, seja nas decisões ou nas atitudes. Ter ousadia é fundamental. (DORNELAS, 2008).
Muitos fatores externos, pessoais, ambientais e sociais exercem influência sobre 
a pessoa que se torna empreendedora, mesmo que, na maioria das vezes, isso não seja 
percebido. Todo processo empreendedor tem início quando algum dos fatores acima possibilita 
o início de um novo negócio ou colocar uma ideia em prática.
Na figura a seguir é possível identificar quais são e como esses fatores influenciam o 
processo empreendedor:
FIGURA 2 – FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROCESSO EMPREENDEDOR
FONTE: Dornelas (2008, p. 25)
Esses fatores atuam diretamente no início do processo empreendedor, são eles que 
impulsionam o empreendedor a identificar a oportunidade. 
O fator pessoal influencia quando uma pessoa está insatisfeita no seu trabalho atual 
e procura uma nova área de atuação que possibilite aplicar suas ideias. Sabe que isso é um 
risco, mas está disposta a assumir em nome de sua realização pessoal e profissional.
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Para que a nova ideia ou o novo negócio seja bem-sucedido é necessário que haja 
talento empreendedor, ou seja, percepção, direção, dedicação e muito trabalho das pessoas 
envolvidas. Se existe talento, existe oportunidade de crescer e obter sucesso.
Existe ainda outro processo empreendedor, elaborado por Hisrich (2004), cujo foco é 
garantir que a empresa ou produto idealizado consiga ser colocado em prática, correndo menos 
riscos de não ser bem-sucedido. A figura a seguir apresenta esse processo e suas etapas de 
maneira clara.
FIGURA 3 – O PROCESSO EMPREENDEDOR (ADAPTADO DE HISRICH, 1998)
FONTE: Dornelas (2008, p. 25)
Timmons (1994 apud DORNELAS, 2008) propõe outra forma de analisar o processo 
empreendedor. O autor o contempla através de três fatores fundamentais: oportunidade, 
equipe empreendedora e recursos. O primeiro passo é avaliar a oportunidade, que deve 
ser analisada para decidir a continuidade ou não do projeto. No segundo passo, a equipe 
empreendedora deve atuar conjuntamente. Desta maneira, deve-se questionar se realmente 
são profissionais capacitados para auxiliar na continuação do processo. Finalmente, avalia-
se como e onde esta equipe irá conseguir os recursos necessários. (DORNELAS, 2008).
FONTE: VICK, Thais Elaine; NAGANO, Marcelo Seido; SEMENSATO, Bárbara Ilze. A essência 
do processo empreendedor e a complexidade do indivíduo: percepções sob a ótica das 
tipologias de conhecimento. Disponível em: < http://www.simpoi.fgvsp.br/arquivo/2009/
artigos/E2009_T00239_PCN72744.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2011.
A Figura 4 representa o modelo de processo empreendedor proposto por Timmons 
(1994):
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FIGURA 4 – MATRIZ OPORTUNIDADE TIMMONS
FONTE: Dornelas (2008, p. 29)
Pode-se perceber, então, que o empreendedorismo não acontece por acaso, existe um 
processo por trás dos acontecimentos. O empreendedor, muitas vezes, não tem conhecimento 
dos passos ou etapas do processo em si, por isso a importância de estudá-los.
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RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico vimos:
● A importância do tema empreendedorismo para o desenvolvimento econômico dos países. 
● O panorama do desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil e no mundo.
● A evolução do termo empreendedorismo, bem como suas principais definições. 
● O processo empreendedor, sua importância para o desenvolvimento e implementação das 
oportunidades identificadas por essas pessoas que fazem toda a diferença no desenvolvimento 
da sociedade: os empreendedores.
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AUT
OAT
IVID
ADE �
1 Coloque numa linha do tempo o desenvolvimento do empreendedorismo desde o 
seu surgimento até os dias atuais e atribua os respectivos conceitos.
2 Qual a influência do empreendedorismo na economia?
3 Assinale a alternativa CORRETA:
Com relação às causas fundamentais do empreendedorismo, é correto afirmar que 
elas são: 
a) ( ) A natureza de realização humana, a importância do empreendedor como força-
motriz da economia e o papel da pequena empresa no contexto mundial de altos 
e baixos no mercado financeiro.
b) ( ) A natureza de realização humana, a importância do empreendedor como 
economista e o papel da pequena empresa num contexto mundial de mudanças.
c) ( ) A natureza de realização humana, a importância do empreendedor como força-
motriz da economia e o papel da pequena empresa na estrutura econômica 
mundial.
d) ( ) A natureza de realização humana, a importância do empreendedor na economia 
e o papel da pequena empresa na estrutura social e econômica. 
4 Qual a importância da inovação no processo empreendedor?
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CARACTERÍSTICAS 
DO EMPREENDEDOR E 
INTRAEMPREENDEDOR
1 INTRODUÇÃO
TÓPICO 2
UNIDADE 1
No tópico anterior estudamos sobre o empreendedorismo, suas definições e como ele 
acontece. Nesse momento, estudaremos quais as características inerentes ao empreendedor, 
assim como as habilidades encontradas nesse profissional. Analisaremos também alguns mitos 
e verdades sobre o empreendedorismo e, ao final, vocês ainda terão a oportunidade de testar 
o seu perfil empreendedor. Prontos para continuar?
2 CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR
Antes de partirmos para as características empreendedoras, é importante estudarmos 
alguns conceitos sobre os empreendedores:
Para Filion (1999), o empreendedor é alguém que imagina, desenvolve e realiza visões. 
Hisrich e Peters (2004) definem de uma maneira resumida empreendedorismo como o 
processo de criar algo novo e assumir riscos e recompensas, dedicando o tempo e o esforço 
necessários.
Timmons (1985) sintetiza que os empreendedores são identificadores de oportunidades, 
capazes de criar e construir uma visão partindo do nada.
Para ser empreendedor é preciso ser perseverante, ter postura otimista, correr riscos 
calculados, não desistir facilmente. Empreender tem muitos significados, mas um deles 
certamente é reconhecer que há problemas e obstáculos e assumir a tarefa de superá-los.
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Quando falamos sobre empreendedorismo, algumas características citadas por Dornelas 
(2008):
 São visionários
Têm a visão de como será o futuro para o negócio e sua vida, e o mais importante, 
eles têm a habilidade de implementar seus sonhos. 
 Sabem tomar decisões
Não se sentem inseguros, sabem tomar as decisões corretas na hora certa, 
principalmente nos momentos de adversidade, sendo um fator-chave para o seu sucesso. 
E mais: além de tomar decisões, implementamsuas ações rapidamente.
 São indivíduos que fazem a diferença
Os empreendedores transformam algo de difícil definição, uma ideia abstrata, em 
algo concreto, que funciona, transformando o que é possível em realidade. Sabem agregar 
valor aos serviços e produtos que colocam no mercado.
 Sabem explorar ao máximo as oportunidades
Para a maioria das pessoas, as boas ideias são daqueles que as veem primeiro, por 
sorte ou acaso. 
Para os visionários (os empreendedores), as boas ideias são geradas daquilo 
que todos conseguem ver, mas não identificaram algo prático para transformá-las em 
oportunidade, através de dados e informação. 
O empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo 
curioso, criativo e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu 
conhecimento aumenta.
 São determinados e dinâmicos
Eles implementam suas ações com total comprometimento. Atropelam as adversidades, 
ultrapassando os obstáculos, com uma vontade ímpar de "fazer acontecer". Cultivam um 
inconformismo diante da rotina.
 São dedicados
Eles se dedicam 24h por dia, sete dias por semana, ao negócio. São trabalhadores 
exemplares, encontrando energia para continuar, mesmo quando encontram problemas 
pela frente. 
 São otimistas e apaixonados pelo que fazem
Eles adoram o seu trabalho, sendo esse amor o principal combustível que os mantêm 
cada vez mais animados e autodeterminados, tornando-os os melhores vendedores de seus 
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produtos e serviços, pois sabem, como ninguém, como fazê-lo. 
 São independentes e constroem seu próprio destino
Eles querem estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino. Querem 
criar algo novo e determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos...
 São líderes e formadores de equipes
Têm um senso de liderança incomum. São respeitados e adorados por seus pares, 
pois sabem valorizá-los, estimulá-los e recompensá-los, formando um time em torno de si. 
 São bem relacionados (networking)
Sabem construir uma rede de contatos que os auxiliam nos ambientes interno e 
externo da empresa, junto a clientes, fornecedores e entidades de classe. 
 São organizados
Os empreendedores sabem obter e alocar os recursos materiais, humanos, 
tecnológicos e financeiros, de forma racional, procurando o melhor desempenho para o 
negócio.
 Planejam, planejam, planejam
Os empreendedores de sucesso planejam cada passo, desde o primeiro rascunho do 
Plano de Negócios, até a apresentação do plano a investidores e superiores, sempre tendo 
como base a forte visão de negócio que possuem.
 Possuem conhecimento
São sedentos pelo saber e aprendem continuamente, pois sabem que quanto maior 
o domínio sobre um ramo de negócio, maior é sua chance de êxito.
 Assumem riscos calculados
Talvez essa seja a característica mais conhecida dos empreendedores. Mas o 
verdadeiro empreendedor é aquele que assume riscos calculados e sabe gerenciar o risco, 
avaliando as reais chances de sucesso. 
Assumir riscos tem relação com desafios. E para o empreendedor, quanto maior o 
desafio, mais estimulante será a jornada empreendedora. 
 Criam valor para a sociedade
Os empreendedores utilizam seu capital intelectual para criar valor para a sociedade, 
através da geração de emprego, dinamizando a economia e inovando, sempre usando sua 
criatividade em busca de soluções para melhorar a vida das pessoas. (DORNELAS, 2008)
FONTE: Disponível em: <http://www.etecdepiracicaba.com.br/curso/9/Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20
-%20Empreendedorismo%20Dornelas.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2011.
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Existem dois tipos de empreendedores: o empreendedor 
estrategista e o empreendedor por feeling, que usa sua intuição 
para tomar suas decisões.
Algumas habilidades necessárias aos empreendedores:
● Habilidades técnicas
• Saber escrever, ouvir e falar.
• Captar informações.
• Conhecimento técnico na área.
• Organizar.
• Saber trabalhar em equipe.
● Habilidades gerenciais
• Saber criar.
• Saber gerenciar nova empresa: marketing, finanças, produção, controle, entre outras 
habilidades.
● Características pessoais
• Ser ousado.
• Saber correr riscos calculados.
• Ser visionário.
2.1 TIPOS DE EMPREENDEDORES
Dentre os diversos estudos, podemos citar dois autores que estudaram os tipos de 
empreendedores.
Miner (1998) faz uma abordagem muito consistente sobre a personalidade 
empreendedora existente em pessoas voltadas ao meio empresarial. Para o autor, existem 
quatro tipos de empreendedores, distintos pelas características e pela maneira de se 
relacionarem com a empresa. (GOUVÊA, 2009).
FONTE: MESQUITA, Marcelo A. B.; MELO, Felipe D. M. Atitudes de empreendedores de sucesso: um 
estudo com participantes da 72ª Feira do Empreendedor do Sebrae. Disponível em: <http://
www.facef.br/facefpesquisa/2007/nr1/v10_nr01_artigo07.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2011.
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As características comportamentais do empreendedor ajudam a definir o sucesso ou 
fracasso nos negócios, dependendo do uso que cada indivíduo faz das suas habilidades. 
O empreendedor terá maior probabilidade de ser bem-sucedido se desempenhar dentro da 
organização atividades que venham de encontro ao seu perfil.
 
Miner (1998) mostra quatro tipos de empresários, segundo seu perfil e explica quais 
são os empecilhos para o alcance do sucesso em seus empreendimentos: o realizador, 
autêntico gerente, gerador de ideias e supervendedor. (GOUVÊA, 2009).
FONTE: DEBASTIANI, Irio Roque. Empreendedorismo: relação entre motivação empreendedora, 
perfil do empreendedor e desempenho organizacional. 89f. 2003. Dissertação (Mestrado em 
Administração) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Regional de Blumenau, 
Blumenau, 2003. Disponível em: <http://proxy.furb.br/tede/tde_arquivos/2/TDE-2006-08-
22T170337Z-97/Publico/Diss%20Irio%20Roque%20Debastiani.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2011.
a) O realizador é aquele empreendedor clássico, que leva muita energia à empresa e 
dedica inúmeras horas ao trabalho. Eles gostam de planejar e estabelecer metas para 
realizações futuras. São dotados de muita iniciativa e de um forte compromisso com a 
empresa. Os realizadores acreditam que controlam suas vidas por meio de suas ações, e 
não que são controlados pelas circunstâncias ou pelas atitudes de terceiros. Eles devem 
ser orientados por metas próprias (e não pelos objetivos de terceiros). É mais provável 
que os realizadores tenham êxito se percorrerem o caminho da realização: resolvendo 
problemas constantemente e lidando com crises, adequando-se para enfrentar a crise do 
momento e tentando ser bons em tudo.
b) O supervendedor considera as vendas como um elemento essencial para o sucesso de 
suas empresas. Para ter sucesso, os supervendedores precisam seguir o caminho das 
vendas e contratar alguém para administrar os negócios. Como possuem uma grande 
sensibilidade em relação a outras pessoas, os relacionamentos são muito importantes 
para eles. Gostam de reuniões sociais e de participar de grupos.
c) O autêntico gerente é competitivo e possui uma atitude positiva em relação àqueles que 
têm autoridade; gosta do poder e de desempenhar uma função. Gostam de assumir 
responsabilidades e saem-se bem em cargos de liderança nas empresas. Decididos, muitos 
desses empreendedores saíram de grandes empresas para iniciar seu próprio negócio. 
Utilizam uma persuasão lógica e eficaz. Seu ponto forte está em levar os empreendimentos a 
um crescimento significativo. O caminho ideal para ser trilhado por eles é o de gerenciamento.
d) O gerador de ideias é aquele que inventa novos produtos, encontra novos nichos,desenvolve novos processos e, em geral, encontra uma forma de superar a concorrência. 
Com frequência, se envolve em empreendimentos de alta tecnologia. No entanto, o 
entusiasmo com suas ideias pode levá-lo a assumir riscos que não foram suficientemente 
calculados. (MINER, 1998 apud GOUVÊA, 2009).
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FONTE: MESQUITA, Marcelo A. B.; MELO, Felipe D. M. Atitudes de empreendedores de sucesso: um 
estudo com participantes da 72ª Feira do Empreendedor do Sebrae. Disponível em: <http://
www.facef.br/facefpesquisa/2007/nr1/v10_nr01_artigo07.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2011.
Segundo Miner (1998), há empreendedores que possuem os quatro perfis 
desenvolvidos, percebendo-se uma maior incidência de êxito nas atividades. Caso o 
empreendedor possua apenas um dos estilos desenvolvidos, a recomendação é de que ele 
se envolva nas situações nas quais se enquadram as práticas de suas ações, desta forma, 
não perde tempo em atividades fora de seu contexto. Quando o empreendedor possui mais de 
um estilo desenvolvido, o mesmo pode ser denominado como um empreendedor complexo. 
Este fator leva a uma vantagem competitiva considerável e, apesar de se considerar que o 
sucesso pode ser mais facilmente alcançado em empreendedores que possuem múltiplos 
estilos, percebe-se uma frequência cada vez menor de empreendedores complexos.
O perfil do empreendedor complexo geralmente é percebido em empresários já 
estabelecidos, que sofreram com as dificuldades na formação de um novo empreendimento, 
mas que conseguiram se manter. Miner (1998) aponta para algumas relações de perfis mais 
frequentes que outros. Em sua pesquisa, percebeu que quando a associação é de dois perfis, 
há uma predominância em realizador e autêntico gerente, seguido de autêntico gerente e 
gerador de ideias. (MINER, 1998 apud GOUVÊA, 2009).
FONTE: DALFOVO, Michael Samir et al. A relação entre as estratégias traçadas na criação e 
desenvolvimento do empreendimento e o perfil empreendedor do gerente-proprietário: o caso 
de uma empresa de confecção de Brusque, SC, Brasil. Revista Interdisciplinar Científica 
Aplicada, Blumenau, v. 1, n. 3, p. 01-20, Sem II. 2007. Disponível em: <http://unimestre.unibes.
com.br/rica/index.php/rica/article/viewFile/56/52>. Acesso em: 30 jun. 2011.
Para ser empreendedor é preciso ser perseverante, ter postura otimista, correr riscos 
calculados, não desistir facilmente. Empreender tem muitos significados, mas um deles, 
certamente, é reconhecer que há problemas e obstáculos e assumir a tarefa de superá-los. 
FONTE: MAIA, Maria Cristina Queiroz; ANDRADE, Emmanuel Paiva. Empreender por oportunidade x 
empreender por necessidade. Disponível em: <http://www.clee2008.ufsc.br/50.pdf>. Acesso 
em: 30 jun. 2011.
McClelland (1972) identificou três razões que movem o empreendedor:
1 Necessidade de realização: para o autor, os empreendedores possuem certa carência em 
realizar-se.
2 Necessidade de afiliação: com seus empreendimentos ou suas ideias, os empreendedores 
experimentam relações emocionais positivas.
3 Necessidade de poder: relação entre comando x poder x realizar seu próprio sonho.
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Nessa pesquisa, McClelland (1972) identificou 10 características comportamentais 
empreendedoras: 
1 busca de oportunidades e iniciativa;
2 persistência; 
3 comprometimento; 
4 exigência de qualidade e eficiência; 
5 correr riscos calculados;
6 estabelecimento de metas; 
7 busca de informações;
8 planejamento e monitoramento sistemático; 
9 persuasão e rede de contatos;
10 independência e autoconfiança.
Vejamos agora, detalhadamente, o que cada uma dessas características significa, de 
acordo com McClelland (1972):
1 Busca de oportunidades e iniciativa
- Faz coisas antes de solicitado ou antes de ser forçado pelas circunstâncias.
- Age para expandir o negócio a novas áreas, produtos ou serviços.
- Aproveita oportunidades fora do comum para começar um negócio, obter financiamentos, 
equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência. 
2 Persistência
- Age diante de um obstáculo.
- Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um 
obstáculo.
- Assume responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas 
e objetivos. 
3 Comprometimento
- Faz um sacrifício pessoal ou faz um esforço extraordinário para complementar uma tarefa.
- Colabora com os empregados ou se coloca no lugar deles, se necessário, para terminar 
um trabalho.
- Se esmera em manter os clientes satisfeitos, e coloca em primeiro lugar a boa vontade a 
longo prazo, acima do lucro a curto prazo. 
4 Exigência de qualidade e eficiência
- Encontra maneiras de fazer as coisas melhor, mais rápido, ou mais barato.
- Age de maneira a fazer coisas que satisfazem ou excedem padrões de excelência.
- Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a 
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tempo, ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados. 
5 Correr riscos calculados
- Avalia alternativas e calcula riscos deliberadamente.
- Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.
- Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados. 
6 Estabelecimento de metas
- Estabelece metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal.
- Define metas de longo prazo, claras e específicas.
- Estabelece metas de curto prazo, mensuráveis.
7 Busca de informações 
- Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e concorrentes.
- Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer um serviço.
- Consulta especialistas para obter assessoria técnica ou comercial. 
8 Planejamento e monitoramento sistemáticos
- Planeja dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos.
- Constantemente revisa seus planos, levando em conta os resultados obtidos e mudanças 
circunstanciais.
- Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões. 
9 Persuasão e rede de contatos
- Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros.
- Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos.
- Age para desenvolver e manter relações comerciais. 
10 Independência e autoconfiança
- Busca autonomia em relação a normas e controles de outros.
- Mantém seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente 
desanimadores.
- Expressa confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de 
enfrentar um desafio. (MCCLELLAND, 1972).
FONTE: Disponível em: <http://www.ibb.unesp.br/eventos/ix_enejunesp/documentos/Palestra3_
Comportamento_Empreendedro_Empreendedorismo.pdf>. Acesso em: 30 jun. 2011.
Tanto Miner (1998) quanto McClelland (1972) elaboraram testes para avaliar o tipo de 
empreendedor que existe dentro de cada indivíduo, os quais veremos mais adiante.
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3 INTRAEMPREENDEDORISMO
O intraempreendedorismo é quando o processo empreendedor acontece internamente, 
ou seja, dentro da organização em que se trabalha. O intraempreendedor pode ter ideias e ser 
visionário, porém, não tem necessidade de criar um negócio próprio para isso.
Primeiro, estudaremos algumas definições sobre o intraempreendedorismo e depois 
veremos as características dos intraempreendedores. Termo originalmente traduzido por Pinchot 
III em 1978, representa aquele que, dentro da organização, assume a responsabilidade de 
promover a inovação de qualquer tipo, a qualquer momento, em qualquer lugar da empresa. 
Hashimoto (2006) apresenta o conceito de intraempreendedorismo de Wunderer (2001), 
segundo o qual o intraempreendedoré um colaborador da empresa que inova, identifica e cria 
oportunidades de negócio, monta e coordena novas combinações ou arranjos de recursos 
para agregar valor.
Segundo Ted Nicholas (1993 apud HASHIMOTO, 2006): em intrapreneur, “intra” significa 
dentro; “pré” significa antes e “neer” significa centro nervoso, ou alguém que pode formar ou 
mudar substancialmente o centro nervoso de dentro do negócio. 
Para Dantas (2010), o desafio da empresa é conseguir desenvolver seus colaboradores, 
dando-lhes a oportunidade de fazer com que suas ideias se realizem. O intraempreendedorismo 
surgiu como uma decorrência natural do empreendedorismo e se impôs como uma maneira 
saudável para se reagir aos desafios empresariais do novo milênio. Uma característica 
marcante no cenário dos negócios deste início de século tem sido a competitividade, que se 
mostra bem mais acentuada em relação ao século anterior. Novos concorrentes, que surgem 
a todo o momento no país e no exterior, estão rapidamente demonstrando que nossas grandes 
empresas devem se preparar para a renovação, ou estarão perdendo competitividade. 
O intraempreendedorismo ganha força nesse cenário, uma vez que, essencialmente, 
a empresa valoriza o espírito empreendedor, estimulando as pessoas a concretizarem suas 
ideias, através do patrocínio e liberdade de ação para agir. Trata-se de um método eficiente, 
porque libera o gênio criativo dos empregados, que são justamente as pessoas que melhor 
conhecem a organização.
FONTE: Disponível em: <http:/ /xa.yimg.com/kq/groups/27830597/1804047246/name/
EMPREENDEDORISMO+OK.ppt+1.pptx>. Acesso em: 14 fev. 2012.
Para Hashimoto (2006), o intraempreendedorismo também é interessante para empresas 
muito burocráticas, beirando a estagnação competitiva. Nessa situação, o intraempreendedor 
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tenta resgatar o foco no cliente e no produto. O que permite a redefinição clara da missão da 
empresa, o resgate da comunicação e a proximidade das pessoas aos focos, o desmantelamento 
das estruturas funcionais e a reorganização da empresa através dos fluxos reais de trabalho, 
ou seja, os processos.
3.1 CARACTERÍSTICAS DOS INTRAEMPREENDEDORES
O intraempreendedor é o indivíduo que, ao invés de tomar a iniciativa de abrir o seu 
próprio negócio, toma a iniciativa de criar, inovar e buscar novas oportunidades e negócios 
para a organização onde trabalha.
FONTE: Disponível em: <www.edmundobdantas.com/arquivos/empreendedorismo.doc>. Acesso em: 
11 fev. 2012.
•	 Quando inicia projetos, trata-os como se fossem seu próprio negócio, fazendo o mínimo de 
interferência de seus superiores.
•	 Usa toda a sua criatividade, seu poder de realização, rede de relacionamentos e liderança, 
para transformar projetos internos em empreendimentos de sucesso.
•	 É um sonhador que realiza. É aquele que arregaça as mangas e faz uma ideia acontecer.
•	 Para concretizar suas ideias ou dos outros, reúne recursos, enfrenta obstáculos e as 
dificuldades e não mede esforços para traduzir uma ideia em ação.
•	 Possui habilidade de integrar a conceituação tecnológica de um produto com sua viabilidade 
mercadológica. (HASHIMOTO, 2006).
É o empreendedor dentro da própria empresa, que tem a habilidade de manter 
naturalmente a inovação sistemática no negócio, diferenciando-o e mantendo-o competitivo 
no mercado.
A principal razão de as empresas buscarem desenvolver comportamentos 
empreendedores parece residir na dificuldade de se implementar projetos pessoais e 
profissionais.
Essa dificuldade é decorrente de grande número de variáveis, entre as quais podemos 
destacar:
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– Definição clara do que se quer fazer.
– Planejamento das ações.
– Dependência do apoio de outros.
– Condições ambientais favoráveis etc.
Por outro lado, percebe-se que muitas empresas conseguem efetivar seus objetivos 
mesmo com condições adversas, entretanto, não obtêm o mesmo êxito, ainda que em 
condições favoráveis.
FONTE: Disponível em: <www.edmundobdantas.com/arquivos/empreendedorismo.doc>. Acesso em: 
11 fev. 2012.
Algumas competências do intraempreendedor, segundo Lanny Herron (1993 apud 
HASHIMOTO, 2006):
Área Descrição
Conhecimento do produto 
Habilidade para entender o produto, o desenho, a concepção 
e o potencial. 
Negócio 
Habilidade para realizar as atividades funcionais de uma 
organização e entender o seu funcionamento como um todo. 
Setor 
Habilidade para compreender o setor e as implicações de suas 
tendências e mudanças. 
Liderança 
Habilidade para liderar e influenciar o comportamento dos 
subordinados. 
Rede de contatos 
Habilidade de criar uma rede de contatos com pessoas influentes 
e tomadores de decisão. 
Administrativa Habilidade de planejamento e organização de atividades. 
Empreendedor Habilidades relacionadas ao reconhecimento de oportunidades. 
FONTE: Hashimoto (2006, p. 23)
A conclusão disso, segundo Dantas (2010), é que, além do preparo técnico específico 
para a efetivação de um projeto e de ambiente que garanta condições mínimas, existem 
também aspectos pessoais que aumentam a probabilidade de se levar a cabo qualquer 
desafio, e que se referem à prática de um novo conjunto de competências, que foi amplamente 
pesquisado e estudado.
O que se espera, então, são pessoas ativas, que vivam profundamente suas metas, 
que assumam a responsabilidade pessoal de implementar novas ideias e transformá-las em 
sucesso comercial. Os intraempreendedores podem fazer toda a diferença entre o sucesso 
e o fracasso da empresa.
QUADRO 3 – COMPETÊNCIAS DO INTRAEMPREENDEDOR
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O custo de se perder talentos empreendedores, conforme alerta Pinchot (1985), 
costuma ser maior do que o da simples perda de um técnico qualificado, ou de um elemento 
eficaz de uma área administrativa específica.
Para estimular ou resgatar o espírito empreendedor na empresa é necessário promover 
o envolvimento do pessoal. Pelo menos três caminhos são apontados por Hashimoto (2006), 
para alcançar esse envolvimento:
•	 A participação na gestão: ou seja, os empregados com espírito empreendedor têm 
maiores chances reais de subir na organização, podendo atingir rapidamente os diversos 
níveis de gestão.
•	 A participação no capital da empresa: à medida que a empresa progride, a partir das 
ideias e ações propostas pelos intraempreendedores, estes são convidados a participarem 
do capital da empresa, tornando-se sócios do empreendimento.
•	 A participação nos lucros ou resultados da empresa: a empresa destina parte de seus 
lucros como prêmio aos intraempreendedores que apresentaram ideias mais criativas, 
inovadoras e que, uma vez implementadas, geraram evidentes sinais de progresso para 
a organização.
FONTE: Disponível em: <bocc.ubi.pt/pag/dantas-edmundo-empreendedorismo.pdf>. Acesso em: 14 
fev. 2012.
Antes de encerrarmos esse tema, é importante analisar as diferenças entre o 
empreendedor, o intraempreendedor e o gerente tradicional.
CRITÉRIO EMPREENDEDOR INTRAEMPREENDEDOR
GERENTE TRADICIO-
NAL 
Motivação 
Em alto grau, compensa 
algumas deficiências. 
Independência motiva.
Dinheiro é consequência 
do trabalho.
Poder não motiva. 
Em alto grau, compensa algu-
mas deficiências.
Sentimento de realização 
motiva.
Dinheiro é consequência do 
trabalho
Poder motiva um pouco. 
É medido por suas defi-
ciências.
Dinheiro e poder motivam.
QUADRO 4 – DIFERENÇAS ENTRE EMPREENDEDORES, INTRAEMPREENDEDORES E GERENTES
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Contexto 
É independente de uma 
corporação.
Desenvolve uma cultura 
corporativa.
Maior flexibilidade para 
mudanças culturais.
Não possuiregras e 
procedimentos.
Pode conceber seu ne-
gócio sem qualquer in-
fluência externa.
P r e c i s a m o n t a r a 
infraestrutura necessária.
Opera dentro de uma corpo-
ração.
Já atua dentro de uma cultura 
corporativa.
Menor flexibilidade para mu-
danças culturais.
Opera dentro de regras e pro-
cedimentos preestabelecidos.
Os negócios gerados devem 
estar alinhados com a missão 
e objetivos da organização.
Já conta com a infraestrutura 
existente ou, ao menos, com 
parte dela.
Opera dentro de uma 
corporação.
Já atua dentro de uma 
cultura corporativa.
Menor flexibilidade para 
mudanças culturais.
Age de acordo com as 
regras do sistema.
Nem sempre conhece 
o negócio da empresa. 
Só conta com a 
infraestrutura existente. 
Sonho 
Acredita que pode reali-
zar seus sonhos.
Vende seus sonhos no 
ambiente externo.
Tem mais flexibilidade 
para vender suas ideias.
Segue uma visão pró-
pria particular. 
Acredita que pode realizar 
seus sonhos.
Vende seus sonhos no am-
biente interno e externo.
Precisa vender sua ideia ao 
primeiro chefe.
Alinha sonhos pessoais com 
a visão corporativa. 
Seus sonhos pessoais 
estão desconectados 
das atribuições corpo-
rativas. 
Risco 
Não é um jogador.
Foca a atenção nas 
oportunidades.
Assume o risco finan-
ceiro.
Fracasso significa fa-
lência.
Sabe mensurar riscos. 
Não é um jogador.
Foca a atenção nas oportu-
nidades.
Corporação assume o risco 
financeiro.
Fracasso não é fatal.
Extrapola funções e tarefas 
do cargo. 
Evita riscos.
Gerencia recursos exis-
tentes.
Não existe risco.
Fracasso é fatal.
Mantém-se dentro dos 
limites do cargo e da 
função.
Inovação 
Impulsiona a inovação.
Transforma ideias e pro-
tótipos em realidade 
lucrativa.
Realoca ou maximiza a 
aplicação de recursos 
para criar valor. 
Impulsiona a inovação.
Transforma ideias e protótipos 
em realidade lucrativa.
Realoca ou tenta maximizar 
a aplicação de recursos para 
criar valor. 
Não estimula a inova-
ção.
Gerencia atividades 
mais focadas em pla-
nejamento do que em 
inovação.
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Atenção 
e ação 
Põe “a mão na massa”.
Sabe usar a intuição.
Não necessariamente 
conhece o negócio.
É orientado para o fu-
turo. 
Põe “a mão na massa”.
Sabe usar a intuição.
Conhece o negócio.
É orientado para o futuro. 
Não “põe a mão na mas-
sa”.
É racional e metódico.
Não tolera incerteza e 
ambiguidade.
É orientado para o pas-
sado. 
Liderança 
É líder.
Atra i fornecedores, 
clientes, talentos e in-
vestidores.
Comunica sua visão de 
forma clara e realista.
Exerce gerenciamento 
compartilhado. 
É líder.
Atrai fornecedores, clientes, 
talentos e intracapital para 
seu intraempreendimento.
Comunica sua visão de forma 
clara e realista.
É autogerenciado. 
É chefe.
Só se relaciona com 
quem precisa.
Diz às pessoas o que 
fazer.
É conduzido por seus 
superiores.
Fracasso 
Teme, mas ele não o 
paralisa.
Erros e fracassos fazem 
parte do aprendizado.
Acumula conhecimento 
e experiências diversi-
ficadas. 
Teme, mas ele não paralisa.
Erros e fracassos fazem parte 
do aprendizado.
Acumula conhecimento e 
experiências diversificadas.
Oculta projetos fracassados 
devido à sua exposição pú-
blica. 
Teme e fica paralisado.
Erros e fracassos po-
dem marcar seu dossiê.
Só se interessa pelo que 
tem relevância.
Receia que as falhas 
sejam descobertas.
Relaciona-
-mento 
Faz transações e acor-
dos com capitalistas de 
risco.
Agrada a si mesmo, aos 
clientes e a possíveis 
investidores.
Insere-se em redes em-
preendedoras.
É um negociador. 
Faz transações dentro da 
organização.
Agrada a si mesmo, aos clien-
tes e patrocinadores.
Insere-se em redes intraem-
preendedoras.
É um negociador interno. 
Faz transações para 
cumprir metas impostas.
Agrada à chefia.
Não amplia redes.
Não é negociador.
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Atrativos 
É o próprio patrão.
Foge das indecisões.
Enfrenta menos buro-
cracia.
Maior chance de liberda-
de e riqueza.
Não existem limites ao 
seu crescimento.
Pode tomar decisões 
sozinho. 
Recebe informações exclu-
sivas.
Possui planos e previsões de 
mercado, poder de marketing, 
base tecnológica e espaço 
físico disponível.
Lida com pessoas diferentes. 
Recebe informações 
exclusivas.
Poder está relacionado 
à posição hierárquica.
Possui infraestrutura 
financeira e tecnológica.
Goza de benefícios por 
se adequar ao sistema.
FONTE: Hashimoto (2006, p. 24-26)
TESTE: VOCÊ É INTRAEMPREENDEDOR? (PINCHOT III, 1989)
Esse teste realizado por Pinchot (1989) identifica o potencial intraempreendor. Responda 
sim ou não às questões a seguir: 
1 Seu desejo de fazer as coisas funcionarem melhor ocupa tanto de seu tempo quanto o 
cumprimento do dever de mantê-las como são?
2 Você se entusiasma com o que está fazendo no trabalho?
3 Você pensa a respeito de novas ideias de negócios quando está dirigindo para o trabalho 
ou tomando banho? 
4 Você pode visualizar etapas concretas de ação, quando considera maneiras para fazer 
uma nova ideia acontecer?
5 Você enfrenta problemas, de tempos em tempos, para fazer coisas que excedem sua 
autoridade?
6 Você é capaz de manter suas ideias ocultas, vencendo sua vontade de contá-las a todos, 
até que as tenha testado e desenvolvido um plano para sua implementação?
7 Você já avançou com sucesso em tempos incertos, quando algo em que trabalhava parecia 
que não ia dar certo?
8 Você tem um número acima do normal de admiradores e críticos?
9 Você tem, no trabalho, uma rede de amigos, com quem pode contar para ajudá-lo?
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10 Você se aborrece facilmente com as tentativas incompetentes dos outros para executar 
partes de suas ideias?
11 Você pode pensar em tentar vencer uma tendência natural perfeccionista de fazer tudo 
você mesmo e dividir com uma equipe a responsabilidade por suas ideias?
12 Você estaria disposto a abrir mão de uma parte do salário em troca da oportunidade de 
testar sua ideia de negócio, se as recompensas pelo sucesso fossem adequadas?
Se você respondeu «sim» mais vezes do que «não», é provável que já esteja se 
comportando como um intraempreendedor.
FONTE: Disponível em: <www.decisor.com.br/programas/Teste_empreendedor.pdf>. Acesso em: 11 
fev. 2012.
UNI
Dados da pesquisa Estilos de Trabalhadores
Empreendedores verdadeiros: 17% dos funcionários 
demonstram possuir as características de um empreendedor típico: 
tomadores de risco calculado, geradores de ideias, autoconfiantes 
e líderes.
Empreendedores potenciais: 42% possuem as mesmas 
características, mas sem o grau de autoconfiança ou liderança.
4 MITOS SOBRE O EMPREENDEDOR
Desde que o tema empreendedorismo se tornou conhecido, muito se fala sobre ele, 
porém, nem tudo é verdade. Segundo Dornelas (2008), existem muitos mitos que as pessoas 
tomam como realidade, por isso é importante aprender, para não se enganar.
• MITO 1 - Empreendedores são natos, nascem para o sucesso.
REALIDADE - Enquanto a maioria dos empreendedores nasce com um certo nível de 
inteligência, empreendedores de sucesso acumulam relevantes habilidades, experiências 
e contatos com o passar dos anos.
- A capacidade de ter visão e perseguir oportunidades aprimora-se com o tempo.
• MITO 2 - Empreendedores são “jogadores” que assumem riscos altíssimos.
REALIDADE - Tomam riscos calculados.
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- Evitam riscos desnecessários.
- Compartilham o risco com outros.
- Dividem o risco em “partes menores”.
• MITO 3 - Os empreendedores são “lobos solitários” e não conseguem trabalhar em equipe.

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