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Atos Processuais

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Atos Processuais:
O que é o ato processual?
O ato processual são os atos jurídicos práticos pelos sujeitos envolvidos no processo, se destinam a produzir efeitos no processo em relação ao quais são praticados.
Quais são as características dos atos?
Unidade de finalidade: Significa que todos os atos processuais possuem uma finalidade semelhante, preparar e atingir o provimento judicial.
Interdependência: Os atos processuais integram uma relação jurídica dinâmica, formando assim uma cadeia de atos. Dessa forma, todo ato praticado influi no ato seguinte que, ao mesmo tempo sofre influência do ato anterior.
Classificação dos atos:
A doutrina destaca dois critérios para a classificação dos atos processuais, são estes: objetivo e subjetivo.
No critério objetivo pode-se levar em conta o objeto do ato praticado, enquanto o subjetivo é o sujeito que pratica o ato.
Na doutrina encontrada no livro de Theodoro Junior, os atos na questão do critério objetivo classificam-se: 
- Atos de iniciativa: são aqueles de se destinam a instaurar a relação processual, ou seja, na petição inicial.
- Atos de desenvolvimento: são aquele que movimentam o processo, compreendendo atos de instruções (provas e alegações) e de ordenação (impulso, direção, formação).
- Atos de conclusão: atos decisórios do juiz ou dispositivo das partes, como a renúncia, a transação e a desistência.
Aplicando-se o chamado critério subjetivo, os atos processuais se classificam em atos do órgão jurisdicional e atos das partes. Relevante destacar que o CPC adota o critério subjetivo. 
Os atos processuais arrolados no Código de Processo Civil de 2015
A partir do artigo 188 do CPC começa o Livro IV que trata dos atos processuais. Abordaremos o Capitulo I – DA FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS. 
O artigo 188: - Enuncia que o conteúdo do ato processual é mais relevante do que sua forma, o novo CPC, destarte, continua a consagrar o princípio da liberdade dos atos processuais.
Artigo 189: - cuida do ‘princípio da publicidade’ dos atos processuais, de estatura constitucional (art. 93, IX, da CF), disciplinando-o de maneira mais completa que o art. 155 do CPC de 1973. O inciso I é mais amplo que o atual, porque faz referência não só ao interesse público, mas também ao social como fator de sigilo. (…) O inciso III, novidade, impõe o segredo de justiça nos processos em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade. As regras reservadas para a ‘carta arbitral’ (inciso IV) encontram paralelo em outro Projeto de Lei, que pretende modificar a atual Lei n. 9.307/96, a Lei de Arbitragem.
Artigo 190: - O negócio jurídico processual não pode afastar os deveres inerentes à boa-fé e à cooperação. E se tratando do parágrafo único desse artigo, o controle dos requisitos objetivos e subjetivos de validade da convenção de procedimento deverá ser conjugado com a regra segundo a qual não há invalidade do ato sem prejuízo. As partes podem, no negócio processual, estabelecer outros deveres e sanções para o caso de descumprimento da convenção. São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de ampliação de prazos das partes de qualquer natureza, dispensa consensual de assistente técnico, acordo para retirar o efeito suspensivo de recurso, dentre outros. Não são admissíveis alguns negócios bilaterais, dentre outros: acordo para modificação de competência absoluta, acordo para supressão da primeira instancia, acordo para ampliação das hipóteses de cabimento de recursos e afins. O artigo 190 autoriza que as partes tanto estipulem mudanças do procedimento quanto convencionem sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais.
Artigo 191: - O juiz e as partes podem desde que tenha um comum acordo com as partes, escolhendo um calendário melhor para a pratica dos atos processuais quando existir a necessidade. 
Artigo 192: - A linguagem do processo deverá ser em português. O parágrafo único dispõe que o processo que estiver em língua estrangeira só poderá ser juntado quando este tiver acompanhado de versão para a língua portuguesa na via diplomática, pela autoridade central ou se existir um tradutor juramentado. 
Essa seção irá tratar da pratica eletrônica de atos processuais
Artigo 193: - Fica disposto por este artigo que os atos processuais podem ser totalmente digitais ou parciais, desta forma permitindo que eles sejam produzidos, comunicados, armazenados e validos pelo modo eletrônico na forma da lei. O parágrafo único atento, que os dispostos nesta seção se aplicam naquilo que é cabível à pratica de atos notarias e de registros.
Artigo 194: - O disposto prevê a publicidade e a participação das partes e seus procuradores na automação do processo. 
Artigo 195: - O padrão aberto de registros de atos processuais tem por objetivo de garantir a interoperabilidade entre os sistemas, em conformidade ao disposto no artigo antecedente a este. É qualificativo de padrão aberto exige as especificações técnicas sejam de livre acesso ao público, permitindo que outras pessoas delas se utilizem ou que desenvolvam e publiquem melhorias, bem como não serem cobrados por royalties para sua implementação ou utilização.
Artigo 196: - Este artigo atribui competência ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos tribunais, para editar atos reguladores sobre as comunicações e atos processuais realizados em meio eletrônico, avalizando a atuação do conselho em elaborar normas regulares sobre esses assuntos.
Artigo 197: - Ficando sobre a responsabilidade dos Tribunais divulgaram as informações de modo constante sobre a automação dos processos por via de internet, gozando de veracidade e confiabilidade. O artigo possuí parágrafo único onde é disposto que se houver problemas de erro técnico no sistema ou emissão deste auxilio poderá ser configurada a justa causa prevista que é citada no artigo 223, caput e §1º.
Artigo 198: - As unidades do Poder Judiciário devem manter de caráter gratuita à disposição dos que são interessados, equipamentos necessários para a pratica do ato processuais e à consulta, o acesso ao sistema e aos documentos que nele contiver. O parágrafo único é admitido a pratica dos atos mesmo que não sejam eletrônicos no local onde não possuir disponibilizados os requisitos citados no caput.
Artigo 199: - Tem a previsão da acessibilidade aos sites e ao processo eletrônico às pessoas com necessidades especiais, para que as facilidades das novas tecnologias não se tornem uma exclusão dessas pessoas ao acesso à justiça.
Seção II – Da Verificação dos Prazos e das Penalidades
Artigo 233: - Estabelece que a fiscalização dos atos de incumbência dos serventuários da justiça, a fim de que o interesse das partes fique resguardado, não podendo ser elas prejudicadas caso o serventuário, sem justificativa plausível, obstrua ou dificulte o natural prosseguimento do processo. Apesar de se tratar de prazos impróprios, sua observância é de extrema importância para o escorreito cumprimento do processo. Dessa forma, caso se constato o excesso de prazo injustificado, poderá ser instaurado procedimento administrativo contra o serventuário que lhe deu causa para a investigação do ocorrido e eventual sanção. Tal excesso somente poderá ser possível em casos de motivos legítimos, que podem ser configurados como o acumulo extraordinário de processos e a falta de serventuários capacitados diante da quantidade de processos.
Artigo 234: - É interessante citamos neste artigo a restituição dos autos e a cobrança da devolução dos autos. Aos advogados são aceitos ter vista do processo fora do cartório pelo prazo legal, ficando consignado que deverá devolver o processo junto com sua manifestação, respeitando o prazo imposto para aquele ato. Se o advogado não devolver o prazo no prazo estipulado, irá incidir em sanções no plano disciplinar e processual, podendo o juiz determinar seja riscado o que o advogado tiver escrito nos autos daquele processo, bem com desentranhar a manifestação apresentada.E se tratando da devolução dos autos qualquer interessados poderá exigir a devolução dos mesmos pelo advogado que tirou em carga e não realizou a devolução
Artigo 235: - Por se tratar de prazos impróprios, o descumprimento destes por parte dos juízes não gera a preclusão temporal que será atribuída ao natural desenvolvimento do Processo. Pode-se lembrar também que caso seja iniciada a representação por excesso de prazo, o juiz será ouvido, podendo resultar no arquivamento liminar da representação ou a instauração de procedimento administrativo para apurar os fatos, abrindo-se prazo de 15 dias, e após 48 horas da apresentação da justificativa ou do termino do prazo.
Título III – Das Nulidades
Artigo 276: - Analise da validade do ato processual deve ter por base os planos da existência e da validade e não somente o plano da validade, como faz crer a nomeação de “nulidades” dada ao título. O plano de existência tem como base os elementos essenciais para que um ato e, nessa medida, um processo possa ser respeitado no ato ou um processo.
Artigo 277: - Quando a lei determinar tal ato na forma da lei, será valido para o juiz o ato, se este for realizado de outro modo.
Artigo 278: - A nulidade de um ato processual deverá ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob a pena de preclusão. Não se aplicara o disposto quando às nulidades que o juiz decretar de ofício nem prevalecer a preclusão provando a parte de um legitimo impedimento.
Artigo 279: - O processo é nulo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o efeito que ele deveria intervir. Se já tiver tramitado sem o conhecimento do membro do MP, o juiz irá infirmar os partir praticados do momento em que for intimado. Esta nulidade só poderá ser decretada após a intimação do Ministério Público, que a partir deste momento irá se manifestar sobre a existência ou inexistência de um possível prejuízo.
Artigo 280: - Existindo citações e intimações sem a observâncias legais, consistir em considerá-las nulas. 
Artigo 281: - Quando anulado o ato consideram-se sem nenhum efeito todos os ulteriores que dele dependiam, contudo, a nulidade de uma parte do ato não irá acarretar as outras que delas sejam autônomas.
Artigo 282: - Ao ser pronunciada a nulidade, o juiz declarará que os atos são atingidos e ordenará as providencias necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados. 
Artigo 283: - O erro da forma do processo acarretara unicamente a anulação dos atos que não possam ser prevalecer-se, devendo ser estes praticados os que forem necessários a fim de se observarem o que a lei assim prescreve. É dado o aproveitamento dos atos praticados desde que não resulte em prejuízo da defesa de qualquer uma das partes.
Os vícios processuais
O ato processual é uma espécie de ato jurídico, uma vez que a lei estabelece determinada forma para a sua prática, cujo desrespeito pode gerar sua ineficácia, nulidade ou inexistência. O vício do ato processual ocorre, portanto, quando existir a inobservância das determinações legais a ele relacionados, cujas consequências de tal imperfeição dependerá diretamente de sua gravidade, além da própria natureza do ato processual. Não se pode confundir o vício do ato processual com o efeito consequente de sua presença, qual seja, a sua nulidade, em epítome, o ato viciado é o que se vê, enquanto o ato anulado transcorre do reconhecimento do defeito pelo magistrado, com a coerente destruição do ato. O primeiro é o ato defeituoso, enquanto o segundo é o ato defeituoso acertado pela nulidade.
Mesmo existindo uma regra do sistema processuais, nem sempre o ato que possui defeito gera sua nulidade, isso porque o cômodo sistema pode excluir verificadas as espécies de vícios do âmbito das nulidades, como advém com os defeitos mínimos chamados de meras irregularidades, que mesmo tornando o ato defeituoso, não tem forças para gerar a sua nulidade.
É através da gravidade do dano causado por esta irregularidade que motivará a forma com a qual a nulidade será procedimentalmente ajustada, indicando quem poderá alega-la, em qual momento, de que maneira. As distantes espécies de vícios podem provocar, ou não, a nulidade do ato processual.
Estes vícios possuem sua classificação:
São diversas as causas que originam a invalidade processual e o tratamento procedimental de invalidação por vezes não é o mesmo. De tal forma é necessário distinguir os diferentes tipos de defeitos, de maneira que permita os diferentes tratamentos procedimentais de aplicação da invalidez. A doutrina entende que são quatro as categorias: meras irregularidades, nulidades relativas, nulidades absolutas e inexistências.
Meras irregularidades: são aqueles que possuem um menor nível de gravidade, estando conexos com a inobservância de regra não relevante, superficialmente formal, que não guarda qualquer afinidade com a produção do resultado pretendido, não gerando prejuízo às partes ou ao processo. Tal vicio não gera a nulidade do ato processual, permanecendo de modo pleno válido e eficaz, não significa que não se aplicam outros tipos de sanções aplicáveis na ocorrência de tal defeito processual.
Situações específicas esta imperfeição pode gerar as sanções na esfera da responsabilidade civil ou certa punições disciplinares aos juízes, auxiliares da justiça, partes, ou mesmo ao advogado.
Nulidade relativa: A lei prevê a forma com que determinados atos processuais deverão ser cometidos, em execução a garantia constitucional do devido processo legal, acarreta a segurança jurídica aos litigantes, permitindo a previsibilidade (efeitos) de cada ato admissível de ser praticado em um apurado momento. A nulidade relativa do ato processual é achada assim como o litigante não ressalta a forma legal exigida para o ato, resultando na sua possibilidade de sua anulação. 
O seu conceito depende da alegação cabível e apropriada da parte interessada em ver tal nulidade declarada, sob o risco de ter seu direito precluso em acontecimento de omissão, convalidando, consequente, o vício. A nulidade relativa não deve ser reconhecida de oficio, devendo o juiz aguardar a manifestação da parte interessada, que, se não ocorrer nas formas e prazos estipulados pela lei, fará com que o ato relativamente nulo e sem efeitos como se fosse regular.
Nulidade Absoluta: O vicio que vem a gerar a nulidade absoluta consiste no ato pratico em desrespeito a exigências formais que tem por objetivo a cautela do que é correto e regular no funcionamento da “maquina jurisdicional”, que busca preservar algo que é elevado ao interesse das partes, como a Justiça e a boa administração jurisdicional. Diferentemente da nulidade relativa somete é reconhecida quando a parte interessada a requerer na primeira oportunidade que tiver para se manifestar nos autos do processo, desde que não tenha se dado causa para o vício. Na absoluta, exatamente porque ligadas as matérias de ordem pública, deve ser decretada de oficio em algum momento adentro de um processo pelo juiz, involuntariamente da manifestação da parte nesse sentido. 
Admite-se, a qualquer momento do processo, a manifestação da parte neste sentido, inclusive daquele que foi determinante da nulidade. Ao trâmite do processo, o vício hábil a gerar a nulidade absoluta não consisti em ser atingida pela preclusão, podendo a qualquer andamento ser declarado. 
Inexistência jurídica: Trata-se do mais grave dos vícios, contornando o ato inexistente por lhe faltar elemento constitutivo mínimo, sendo impossível até mesmo reconhece-lo como ato processual. Ele existe faticamente, ele não existe juridicamente, por mais que eventualmente possa gerar efeitos antes de sua declaração. Ao contrário das nulidades relativas e absoluta e a inexistência jurídica, porque no primeiro caso, ainda que no processo existe a nulidade absoluta, existirá o transito em julgado e, não sendo intercalada a ação rescisória no prazo de dois anos, se convalida o vício definitivamente, enquanto a decisão preferida em processo queseja juridicamente inexistente, ou conte com o ato juridicamente inexistente que a transmita, não se legitima, podendo o vício ser afirmado a qualquer momento.
Efeito expansivo e confinamento das nulidades: 
Tal efeito expansivo vem previsto no art. 281 do CPC, prevê que, anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito todos os atos subsequentes, que dele dependam; contudo a nulidade de uma parte do ato não irá prejudicará as outras que dela sejam inocentes. Duas observações, a primeira observação é a indicação de quem somente os atos subsequentes serão reputados sem efeitos, preservando-se dessa forma os atos antecedentes. A segunda regra que pode ser deduzida do artigo legal é a existência de que entre os atos em que haja alguma relação de subordinação, sendo plausível conceber uma situação em que os atos, apesar de subsequente, não sejam atingidos pela anulação de um ato processual anterior.
Em razão de depender do caso concreto os limites do efeito expansivo da decretação de nulidade, o art. 282, caput, do CPC obriga o juiz a declarar, quando pronunciar a nulidade de um ato, quais atos serão atingidos por ela.

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