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PACIENTE CIRÚRGICO - I Prof. Ms. Jailson Freitas BLOCO OPERATÓRIO: Conceito, Gestão, Planejamento Físico e Áreas ESTRUTURA FÍSICA DO CC ..... A unidade de Bloco Operatório é composta pelo centro cirúrgico (CC) propriamente dito, pela recuperação anestésica (RA) e pelo centro de material e esterilização (CME) SOBECC, 2013p.114 ESTRUTURA FÍSICA DO CC ..... É uma unidade complexa, considerada por si só uma estrutura dentro da macroestrutura hospitalar. Para chegar ao que é hoje, percorreu uma história de grandes mudanças, inovações tecnológicas e aquisição de novas competências profissionais. SOBECC, 2013p.114 ESTRUTURA FÍSICA DO CC ..... No início do século XIX além dos instrumentos precários e da matéria – prima imprópria, a planta física era inadequada, dificultando o desenvolvimento das cirurgias. SOBECC, 2013p.114 ESTRUTURA FÍSICA DO CC A partir de 1846, a história da cirurgia evolui: - Descoberta da anestesia; - No decorrer do mesmo século as cirurgias tornam- se cada vez mais audaciosas. SOBECC, 2013p.114 ESTRUTURA FÍSICA DO CC ..... O setor é composto por um conjunto de áreas, dependências interligadas e instalações, de modo a permitir que os procedimentos anestésico-cirúrgicos sejam realizados em condições assépticas ideais e seguras. SOBECC, 2013p.115 ESTRUTURA FÍSICA DO CC O CC é divido em áreas específicas por ser um setor com maior risco de transmissão de infecção em virtude dos procedimentos cirúrgicos ali realizados. SOBECC, 2013p.115 Áreas não restritas – Áreas semirrestritas – Áreas restritas ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DO CC Não restrita São aquelas cuja circulação de pessoas é livre: - elevadores, corredores externos que levam ao CC, vestiários, local de transferências de macas – (não precisar usar roupa privativa) Semirrestritas Permite circulação de pessoas e equipamentos, de modo que não interfira no controle e manutenção da assepsia cirúrgica. - secretaria, sala de guarda de equipamentos, farmácia satélite, copa, sala de conforto (necessário roupa privativa) Restritas Respeitar limites definidos para circulação de pessoal e equipamentos. Manter assepsia local. - Corredor interno, lavabos e salas cirúrgicas – (necessário roupa privativa, máscara e gorro) ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 RDC 50/ 2002 e RDC 307/ 2002 ..... Assim entendemos que a arquitetura e a estrutura física do CC tem particularidades que devem atender à legislação sanitária vigente, quantos as dimensões mínimas das áreas, à localização e à quantidade de pontos para instalações elétricas e hidráulicas, fluídos mecânicos . ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 SOBECC, 2013p.115 RDC 50/ 2002 e RDC 307/ 2002 ..... Composição da Estrutura Física com base na ANVISA –Ministério da Saúde (MS) . ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.115 Corredores: largura mínima de 2 m; Área de escovação: lavabos com uma única torneira deve ter dimensões mínimas de 0,5 cm de largura, 1 m de comprimento e 50 cm de profundidade. Quando houver mais de uma torneira acrescentar 0,5 m de comprimento por torneiras (recomenda-se no mínimo duas torneiras para cada sala de cirurgia ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.116 Salas de Operações: deve está de acordo com o tipo e porte do procedimento, bem como a tecnologia utilizada para realização do procedimento. - Pequeno porte: 20m², com dimensões mínimas de 3,45m; - Médio porte: 25 m², com dimensões mínimas de 4,65 m; - Grande porte: 36 m ², com dimensões mínimas de 5 m. - Salas especiais: 48 m². ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.118 Acabamento do CC: - Materiais devem ser resistentes, sem frestas e ranhuras; - Junção entre rodapé e piso não devem possuir ressaltos; - Piso não devem possuir índice de absorção de água superior a 4%; cores claras, bom condutor de energia estática, não deve possuir ralos; - Cores frias com tons pastel ( que induzem a traquilidade); ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.118 Acabamento do CC: - Cores quentes nos batentes (bate-macas) que quebram monocromia além de causar estímulos importantes para recuperação; - Janelas – não recomendado por motivo de distração para equipe anestésica cirúrgica; - Forros contínuo, proibido forros falsos; BIOENGENHARIA DO CC SOBECC, 2013p.119 ..... A bioengenharia engloba as características físicas do projeto do CC, que incluem iluminação, ventilação, temperatura, umidade, sistema elétrico e sistema de segurança. ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.119 Bioengenharia do CC: - Hoje há que considera crescente preocupação com questões de sustentabilidade das edificações e os impactos ambientais. Energia – Água – Emissão de Gases – Ar condicionado – Entre outros ESTRUTURA FÍSICA DO CC SOBECC, 2013p.120 Bioengenharia do CC: - Fluxo e Parâmetros Ambientais do Ar no ambiente Cirúrgico: O fluxo deve realizar trocar oportunas e promover movimentação do ar ambiente sempre no sentido da área menos contaminada para mais contaminada. O ar deve ser insuflado pela grelhas próximo ao teto e o retorno da maior parte do ar (aprox. 70%) deve ser realizado pelas grelhas de exautão que deve estar localizado próximo ao piso. As grelhas de exaustão devem ser providas de telas de retenção de fiapos e de fácil limpeza. BIOENGENHARIA DO CC SOBECC, 2013p.119 Instalações elétricas ficam a maioria nas réguas instaladas nas paredes a altura de 1.50 m do piso; Tomadas de 110 e 220 volts, apropriadas para equipamentos de radioscopias, laser e etc.; O CC deve possui sistema de emergência com gerador próprio; PARÂMETROS AMBIENTAIS PARA CC SOBECC, 2013p.120 Ambiente do CC Nível de Risco Situação a Controlar Umidade Relativa (%) Nível de Pressão Temp. (°C) Sala de indução anestésica 1 AgB, AgQ 40 a 60 21 a 24 Sala de cirurgia 2 AgB, AgQ 44 a 55 (+) 18 a 22 Sala cirurgia especializada 3 AgB, AgQ 44 a 55 (+) 18 a 22 Sala de recuperação anestésica 1 AgB 40 a 60 21 a 24 Sigla Significado AgB Agente biológico AgQ Agente químico R 1 Não é constatado evidências de risco pela qualidade do ar R 2 Existe forte evidências de riscos pela qualidade do ar R3 Existe forte evidências de alto risco pela qualidade do ar GESTÃO DE PESSOAS, PROCESSOS, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NO CC BLOCO OPERATÓRIO ..... Unidade dinâmica, que tem como forte característica o trabalho coletivo, realizado por profissionais da saúde das diversas áreas: TÉC. RADIOLOGIA MÉDICO ANESTESÍSTA MÉDICO CIRURGIÃO ENFERMEIRO AUX. E TÉCNICO ENFERMAGEM EQUIPE MULTIDISCIPLINAR TÉCNICO LABORATÓRIO GESTÃO DE PESSOAS Décadas atrás, o papel de enfermagem dentro do centro cirúrgico estava atrelado apenas as atividades de destreza manual como preparar o material e instrumentar as cirurgias, ficando distante do paciente, processos e gestão da assistência. GESTÃO DE PESSOAS Enfermeiro .... Profissional habilitado a gerenciar o ato anestésico- cirúrgico em todas as suas etapas e atender as necessidades do cliente/ paciente durante todo o perioperatório. SOBECC, 2013p.127 GESTÃO DE PESSOAS Dimensionamento de pessoal; - Cálculo de pessoal baseado na estrutura do serviço (baseado nas salas (SO) e número de leitos da RA); SOBECC, 2013p.126 GESTÃO DE PESSOAS Dimensionamento de pessoal; - Cálculo depessoal baseado na carga horária de trabalho (baseado na carga média de trabalho da unidade/ distribuição percentual dos profissionais de enfermagem/ índice de segurança técnica/ tempo efetivo de trabalho). SOBECC, 2013p.126 GESTÃO DE PESSOAS Fatores que influenciam no quantitativo do RH do Bloco Operatório: - Horário de funcionamento do Centro Cirúrgico; - Demanda do CC e porte do hospital; - Existência de serviço de emergência e seu porte; - Planta física do CC/ RA; - Disponibilidade de equipamentos. GESTÃO DE PESSOAS Jornada de Trabalho no CC/ RA: - Funcionalidade 24 horas por dia; - Escala Mensal de Trabalho (Descanso/ Folgas/ Faltas); - Férias, Licenças e Atestados; - Escala diária de trabalho (divisão por áreas físicas); - Atribuições (auxiliares e técnicos em enfermagem); - Atribuições (enfermeiro assistencial e coordenador). GESTÃO DE PESSOAS Auxiliar e Técnico em Enfermagem do CC exerce: - Atividades operacional supervisionada; - Receber o paciente na SO e encaminhar para RA; - Circular ou instrumentar durante cirurgia; - Organizar, abastecer e registrar tudo na SO; - Subordinação direta ao enfermeiro do CC; ATRIBUIÇÕES NO BLOCO OPERATÓRIO Auxiliar e Técnico em Enfermagem na RA exerce: - Atividades operacional supervisionada; - Assistir ao cliente/ paciente no POI; - Receber, transportar e encaminhar pacientes; - Organizar, abastecer e registrar todas as informações; - Subordinação direta ao enfermeiro do RA; - Dentre outras atividades. GESTÃO DE PESSOAS Auxiliar Administrativo exerce: - Atender aos procedimentos administrativos do CC; GESTÃO DE PESSOAS O Enfermeiro assistencial no CC exerce: - Atividades operacional e supervisão da equipe; - Planejar, organizar e liderar a equipe cirúrgica; - Gerenciar a agenda cirúrgica; - Dimensionamento diário da equipe; - Assistir ao cliente/ paciente no Intra – operatório; - Registros e solicitações; - Subordinação direta ao coordenador do CC. ATRIBUIÇÕES NO BLOCO OPERATÓRIO O Enfermeiro assistencial na RA exerce: - Atividades operacional e supervisão da equipe; - Planejar, organizar e liderar a equipe de enfermagem; - Dimensionamento diário ou semanal da equipe; - Assistir ao cliente/ paciente no POI; - Registros e solicitações; - Subordinação direta a coordenação de enfermagem. GESTÃO DE PESSOAS O Enfermeiro Coordenador do Bloco: - Atividades gerencial (RH/ Custos/ Orçamentos); - Gestão de indicadores (assistencial/ Processos); - Dimensionamento mensal da equipe; - Responsabilidade Técnica; - Subordinação direta ao gerente de enfermagem. GESTÃO DE PROCESSOS TECNOLOGIA EM PROCESSOS IMPLANTAÇÃO - Implementação da SAEP; - Implementação de Protocolos Assistenciais; - ROPs e POPs; - Acreditação. GESTÃO DE MATERIAIS ...... Sabemos que no centro cirúrgico são realizados muitos procedimentos de alto custos, e que o uso desordenado de materiais pode gerar muitas onerações para o centro de custo do setor. OBS: O CC deve ser o setor mais lucrativo do hospital MATERIAIS - INSUMOS FARMÁCIA; SUPRIMENTO E ALMOXARIFADO: - Medicamentos; - Produtos descartáveis - OPME (órtese: auxiliar/ prótese: substituir); - Materiais de limpeza e escritório. O CC passou por diversas transformações até chegar aos dias atuais. Hoje é visto como unidade complexa e especializada, por suas tecnologias e inovações no campo das intervenções anestésica-cirúrgicas, ressaltando a sua importância no contexto institucional. GESTÃO DE EQUIPAMENTOS FIXOS: São aqueles adaptados a sala de cirurgia – Painel de gases; tomadas de voltagens; negatóscópio, foco central; ar condicionado. MÓVEIS: São aqueles equipamentos úteis para todas as salas e podem ser deslocados – mesas auxiliares e de mayo, suporte de soro, suporte de braço, bancos, mesa cirúrgica, aparelho e carro de anestesia, bisturi elétrico etc. CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTO DA SALA OPERATÓRIA SALA DE OPERAÇÃO - SO SALA DE OPERAÇÃO - SO SECRETARIA SALA ANATOMIA PATOLÓGICA BANCO DE SANGUE - Refrigerador; - Mesa e cadeiras; - Relógio de parede; - Baldes de lixo. SUPRIMENTO E FARMÁCIA TECNOLOGIA EM CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA VIDEO CIRURGIA LAPAROSCÓPICA “....Equipamento utilizado para realização das intervenções cirúrgicas minimamente invasiva, com auxilio da tecnologia videolaparoscópica. As técnicas operatória são realizadas por toda equipe cirúrgica em campo.” VIDEO CIRURGIA ROBÓTICA “.... Equipamento utilizado para realização das intervenções cirúrgicas, minimamente invasiva e com precisão. A tecnologia robótica requer em suas técnicas operatórias, o auxilio da equipe cirúrgica auxiliar em campo, e cirurgião principal fora do campo em um rack especial para manipulação do robô.” TECNOLOGIA FLUXO LAMINAR FLUXO LAMINAR: “...O Fluxo Laminar permite que o ar seja introduzido de uma maneira uniforme e com pressão vertical positiva, evitando que qualquer partícula levante ou fique pairando no ar.” ÁREA LIMPA DO FLUXO LAMINAR FLUXO LAMINAR: “...O uso do capacete estéril é fundamental , pois evita que o ar filtrado bata em nossa cabeça (não estéril ) e jogue partículas no campo operatório, contaminando-o.” SALA DE EQUIPAMENTOS RECOMENDAÇÕES NO PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO, ELABORAÇÃO E AVALIAÇÃO DE PROJETOS FÍSICOS DA RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA ESTRUTURA FÍSICA DA RA SOBECC, 2013p.260 ..... No Brasil, somente em 1994, com a portaria MS/ GM nº 1.884, de 11 de novembro de 1994, que revogou a Portaria do MS nº 400/77, publicada no DOU de 15.12.1977, ficou determinada a obrigatoriedade da existência da SRA para atender, no mínimo, dois pacientes simultaneamente e em condições satisfatórias. ESTRUTURA FÍSICA DA RA SOBECC, 2013p.260 Planejamento físico e estrutural da SRA: ..... RDC nº 50 - 02/ 2002 do (MS), afirma que a área física da SRA pertence a unidade de centro cirúrgico (UCC), seguindo as mesmas normas para construção. Dimensões mínimas para SRA: 06 metros quadrados. ESTRUTURA FÍSICA DA RA SOBECC, 2013p.260 Ventilação, Temperatura e Umidade SRA: ..... SOBECC (2013), afirma que a entrada de ar deve estar localizadas e afastadas do chão e as saídas, nas partes inferiores das paredes, devem permitir fluxo unidirecional. - Temperatura deve variar entre 20º e 24º C; - Umidade relativa entre 50 e 60% ESTRUTURA FÍSICA DA RA SOBECC, 2013p.261 Sistema Elétrico: ..... SOBECC (2013), afirma que as instalações devem prover uma descarga de energia estática com finalidade diminuir a possibilidade de choques elétricos e faíscas e ou grandes acidentes. - Tomadas elétricas devem estar situadas a 1,5 m do chão; - Sistema de voltagem deve ser de 110 e 220 volts. ESTRUTURA FÍSICA DA RA SOBECC, 2013p.261 Número de Leitos: ..... SOBECC (2013), afirma que deverá ser igual ao número de salas cirúrgicas mais um. - Distância entre leitos deve ser 0,8 m; - Distância entre leito e paredes deve ser 0,6 m (exceto a cabeceira). ALVARÁ DE FUNCIONALIDADE E AUTORIDADES SANITÁRIAS SOBECC, 2013p. 123 ..... Todo estabelecimento de interesse a saúde, antes de iniciar suas atividades, deverá encaminhar a autor idade sanitária competente declaração de que suas atividades, instalações, equipamentos e recursos humanos obedecem à legislação sanitária vigente, afim de obter a licença de funcionamento. OBRIGADO!!!
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