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OXIGENOTERAPIA Germana Maria Viana Cruz Faculdade Maurício de Nassau Fortaleza Disciplina: Semiotécnica Objetivos da aula • Identificar os fatores que afetam a oxigenação. • Diferenciar os tipos de oxigenoterapia, • Compreender os cuidados de Enfermagem na instalação e manutenção dos tipos de oxigenoterapia. • Compreender os cuidados de Enfermagem na aspiração de vias aéreas. Oxigenoterapia • Objetiva evitar ou aliviar a hipóxia tecidual pelo fornecimento de oxigênio em concentrações maiores que a do ar ambiente (FiO2 = 21%). Atenção • Oxigênio é um medicamento. • Deve ser prescrito pelo médico. • Enfermagem PODE agir com autonomia nas urgências e emergências: métodos não invasivos. • Prevenir a toxidade é função da equipe. • Minimizar o tempo de exposição e oferta. • Iniciar o desmame o quanto antes possível. Cilindros de oxigênio Fonte de oxigênio canalizada Oxigênio Ar comprimido Vácuo Régua de gases Concentradores de oxigênio Equipamentos MANÔMETRO FLUXÔMETRO Equipamentos UMIDIFICADOR Cânula ou cateter nasal tipo óculos • Indicações: administração de pequenas concentrações de oxigênio (24 a 44%). • Fluxo: 1 a 6L/min. Cânula ou cateter nasal tipo óculos Vantagens Desvantagens • Conforto e comodidade (facilita a alimentação e a fala). • Não necessita ser removida. • Facilidade de manter em posição. • Contraindicada para pacientes com lesões nos condutos nasais. • FiO2 desconhecida. • Pouca aceita por crianças pequenas. • Dificulta a nebulização. Cânula ou cateter nasal tipo óculos Cânula ou cateter nasal tipo óculos Cânula ou cateter nasal • Indicações: administração de pequenas concentrações de oxigênio (24 a 44%). Cânula ou cateter nasal • Fluxo: 1 a 6L/min. • Provoca ressecamento da mucosa nasal. • Medida: extremidade do nariz até o lóbulo da orelha. Cânula ou cateter nasal Vantagens Desvantagens • Redução da perda de O2. • Pouco utilizado, devido grande desconforto. • Induz reflexo de vômito. • Deglutição de gás. • As narinas devem ser alternadas de 8/8 horas. Máscara facial simples • Dispositivo de plástico que se encaixa perfeitamente sobre a boca e o nariz do paciente. Máscara facial simples Máscara facial simples • Aumenta o reservatório artificial de oxigênio (100 a 200ml). • Permite maior inalação de gás na inspiração. • Libera concentrações de oxigênio entre 40 a 60%. • Fluxo: 5 a 8L/min. • Riscos e contraindicações: reinalação de CO2. Máscara facial simples Vantagens Desvantagens • Respiração nasal e oral. • Administração de medicações (nebulização ou aerossolterapia). • Dificulta comunicação oral. • Dificuldade para beber e comer. • Evitar uso prolongado, devido lesões por pressão. Máscara facial com bolsa reservatória Máscara facial com bolsa reservatória • Máscaras acopladas a uma bolsa inflável que armazenam oxigênio a 100% na inspiração. • Na inspiração o oxigênio é inalado do reservatório. Máscara facial com bolsa reservatória Máscara facial com bolsa reservatória • Parcialmente reinalável • Entre 1/3 a 1/2 do reservatório ficam cheios na inspiração. • Liberação de 40 a 70% de O2. • Fluxo de 7 a 10 L/min – evitar o colabamento da bolsa. Máscara facial com bolsa reservatória • Não reinalável • Possui válvulas de sentido único que impedem a volta do ar exalado para o saco reservatório. • Liberação de 90 a 95% de O2 . • Fluxo de 10 a 15L/min. • Pacientes que necessitam de altas concentrações de O2. Tenda facial • Colocada com folga ao redor do rosto. • Indicações: pacientes com traumas ou queimaduras no rosto. • Concentração de 21 a 40% de O2. • Fluxo de 6 a 15 L/min. Tenda facial Oxigenoterapia neonatal Capacete HOOD Oxigenoterapia neonatal Capacete HOOD Oxigenoterapia neonatal Capacete HOOD Máscara de Venturi • Proporciona a administração de concentrações variadas de oxigênio (24 a 50%). • Fluxo: 4 a 15L/min (dependendo da Válvula) Máscara de Venturi • Constitui o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio, sem considerar a profundidade ou frequência da respiração. Concentrações Máscara de Venturi Conector Concentração de O2 Fluxo de O2 Azul 24% 4L Amarelo 28% 4L Branco 31% 6L Verde 35% 8L Vermelho 40% 8L Laranja 50% 12L Fonte: Kit Venturi Newmed Adulto; fabricante GaleMed, 2008. Máscara de Venturi Dispositivo bolsa-válvula-máscara (Ambú) • Fornece alta concentração de oxigênio (90 a 95%) • Fluxo de 8 a 15L/min. • Frequência deverá se aproximar da frequência respiratória fisiológica (12 a 20mrpm). Dispositivo bolsa-válvula-máscara (Ambú) Dispositivo bolsa-válvula-máscara (Ambú) Vias aéreas artificiais Cânula orofaríngea (Guedel) • Dispositivo plástico curvo inserido pela boca e posicionado na faringe posterior para afastar a língua do palato e abrir a via aérea. • Indicações: pacientes inconscientes (curto prazo); oxigenoterapia com ambú. • Contraindicações: trauma oral recente, cirurgia ou dentes instáveis. Cânula orofaríngea (Guedel) Determinação da medida da Cânula orofaríngea (Guedel) Inserção da Cânula orofaríngea (Guedel) Inserção da Cânula orofaríngea (Guedel) Inserção da Cânula orofaríngea (Guedel) Inserção da Cânula orofaríngea (Guedel) Vias aéreas artificiais Cânula nasofaríngea • Tubo de borracha ou plástico macio inserido pelo nariz na faringe posterior. • Facilita a aspiração nasofaríngea. • Requer cuidado redobrado quando paciente faz uso de anticoagulante ou com distúrbios hemorrágicos. Cânula nasofaríngea Cânula nasofaríngea Cânula nasofaríngea Intubação orotraqueal • Tubo flexível introduzido pela boca ou pelo nariz até a traqueia, além das cordas vocais, que atua como via aérea artificial. Tubo orotraqueal Intubação orotraqueal Intubação orotraqueal • Permite a aspiração traqueal profunda e a remoção de secreções. • Permite a ventilação mecânica. • O balão insuflado (cuff) veda a traqueia de modo a evitar a aspiração do trato gastrintestinal. Material Intubação orotraqueal Laminas laringoscópio Material Intubação orotraqueal • Tubo de tamanho adequado • Fio guia • Lamina e cabo de laringoscópio • Seringa de 10ml • Material de fixação • Luvas estéreis • Máscara facial • Óculos • Gorro • Material de aspiração Procedimento Fixação do tubo Fixação do tubo Fixação do tubo Fixação do tubo Intubação orotraqueal Traqueostomia • Refere-se à operação que realiza uma abertura e exteriorização da luz traqueal. • Cânula de traqueostomia: cânula artificial curva e firme, introduzida diretamente na traqueia ao nível do 2º e 3º anéis traqueais. Traqueostomia Traqueostomia Traqueostomia Indicações Traqueostomia• Intubação superior à 15 dias • Obstrução das vias aéreas • Disfunção laríngea • Trauma • Queimaduras e corrosivos • Corpos estranhos • Anomalias congênitas Indicações Traqueostomia • Infecções • Neoplasias • Manejo pós-operatório • Apneia do sono • Limpeza das vias aéreas • Doenças neuromusculares • Suporte ventilatório Tipos de traqueóstomo Tipos de traqueóstomo Tipos de traqueóstomo Cuidados com Traqueostomia • Fixação do traqueóstomo • Limpeza da cânula móvel • Curativo da região periostomal • Aspiração de secreções Colar de Traqueostomia • Posicionado sobre a cânula de traqueostomia. • FiO2 de 35 a 60%. • Fluxo de 6 a 15 L/min. Colar de Traqueostomia Máscara laríngea Máscara laríngea Máscara laríngea • Tubo semicurvo que forma uma vedação na entrada da laringe. • Colocação simples e atraumática. • Alternativa a intubação orotraqueal difícil, anestesia e reanimação. • Não necessita de laringoscópio para sua inserção. • Pode ser colocada pelo enfermeiro treinado. Aspiração de vias aéreas Aspiração de vias aéreas • Remoção de secreções que não podem ser mobilizadas pela tosse espontânea ou por procedimentos menos invasivos pela introdução de um cateter através das narinas e da orofaringe, além da glote, entrando na traqueia. Material • EPI (Luvas estéreis e de procedimento) • Sonda de aspiração traqueal do tamanho adequado • Cateter de silicone • Sistema de aspiração manual/vácuo • Frasco de aspiração • Seringa de 20 ou 10ml • SF 0,9% ou AD • Ambú Cuidados na Aspiração • Não se deve forçar o cateter se encontrar resistência: pode causar traumatismo. • A duração da aspiração não deve exceder 15 segundos. • A sonda deve ser introduzida com o látex fechado, de modo a evitar o traumatismo da via aérea, e retirada em movimento circular para mobilizar melhor as secreções. Cuidados na Aspiração • Caso a sonda fique presa à mucosa do paciente, deve-se pinçar o látex para interromper o fluxo do vácuo antes da retirada da sonda. • Deve-se permitir a normalização do padrão respiratório e oferecer oxigênio entre uma aspiração e outra. Cuidados na Aspiração • Pode-se fluidificar as vias aéreas do paciente com nebulização prévia antes da aspiração. • Nos intervalos entre as aspirações a sonda poderá ser umidificada e lavada com SF 0,9%. • Deve-se introduzir uma via aérea nasal em caso de aspiração repetida, para evitar traumatismos. Cuidados na Aspiração • Deve-se interromper o procedimento: se a aspiração se tornar difícil; se paciente desenvolver novo ruído ou obstrução das vias aéreas; se houver sangramento significativo. • Ficar alerta para sinais de edema de laringe devido à irritação e traumatismo. Cuidados na Aspiração • Sequencia de aspiração Adulto: 1. Traqueóstomo ou tubo endotraqueal 2. Nariz 3. Boca • Sequencia de aspiração Criança: 1. Traqueóstomo ou tubo endotraqueal 2. Boca 3. Nariz Referências • NETTINA, Sandra M. Prática de Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. vol. 1. cap. 10. • POTTER, Patrícia. Fundamentos da Enfermagem – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. cap. 40. • Portal Educação Disponível em <http://www.portaleducacao.com.br/educaca o/artigos/26287/oxigenoterapia#ixzz2k5ATh1 vg>. Acessado em 05/11/2013 às 14:46.
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