Buscar

Anatomia do Sistema Cardiovascular de Animais Domésticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

ANATOMIA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS – SISTEMA CARDIOVASCULAR
É formado por coração, vasos sanguíneos, sangue, vasos linfáticos e órgãos linfáticos. 
Funções: 
Gerar e manter uma diferença de pressão interna → provável hemorragia e perda de sangue pode causar decaimento da pressão
Conduzir e distribuir continuamente o volume sanguíneo aos tecidos → se houver formação de trombo, o trombo pode ser conduzido para o coração e quando houver vasoconstrição há possibilidade de causar infarto. 
Promover troca de gases; nutrientes e substâncias entre os vasos e células teciduais → déficit de troca gasosa pode causar edema pulmonar, problemas respiratórios e mucosas azuladas (cianose). 
Coletar o volume sanguíneo dos tecidos e retorná-lo para o coração → déficit de coleta de sangue pode causar edema periférico e congestão esplênica ou hepática. 
1) Coração: bomba contrátil-propulsora; peso de 0,75% do peso corporal do animal. 
É formado por: 1) endocárdio (camada lisa que reveste as câmaras cardíacas) 2) miocárdio (c/ fibras oblíquas, anulares e longitudinais unidas por discos intercalares) 3) pericárdio fibroso (c/ lâmina visceral e parietal) e pericárdio seroso que se prende ao coração (epicárdio). 
O saco pericárdico possui ligamento esternopericárdico que fixa o pericárdio fibroso ao esterno (ruminantes, equinos e suínos) ou frenicopericárdico que une o pericárdio fibroso ao diafragma (carnívoros). 
O volume sanguíneo nos animais domésticos representa de 6 a 8% do seu peso corporal e nos gato 4%. 
Localização: mediastino, 2°espaço intercostal à 7ª costela, possui base cranial e ápice ventral sendo que a maior parte se localiza à esquerda do plano mediano. Divide-se em 1) face auricular/lateral esquerda em que são visíveis as duas aurículas e o sulco interventricular paraconal; 2) face atrial/lateral direita em que é visível o sulco interventricular subsinuoso. 
O sulco coronário marca a separação dos átrios e dos ventrículos e indica a localização das valvas cardíacas. 
Suas válvulas são originadas do endocárdio e próximo a elas possui um anel fibroso (feixe de fibras colágenas) que se calcifica no bovino com a idade. 
Possui 4 câmaras: AD, AE, VD E VE. 
Os átrios: possuem prolongamentos em forma de orelha chamados aurículas. 
Os átrios esquerdo e direito são divididos pelo Septo Interatrial que, durante a fase fetal, possui o Forame Oval por onde ocorre um SHUNT. 
Possuem músculos pectíneos entrelaçados que formam cristas irregulares na superfície interna dos átrios . 
O átrio esquerdo recebe sangue oxigenado das veias pulmonares e se abre no ventrículo esquerdo. 
O átrio direito recebe sangue venoso da veias cavas cranial e caudal. O encontro das veias cavas forma um tubérculo intervenoso que direciona o sangue para não causar turbilhonamento.
Os ventrículos: constituem a maioria da massa do coração.
Possuem músculos papilares onde se inserem as cordas tendíneas ligadas à valva tricúspide e à valva mitral que impedem a reversão do sangue durante a sístole. 
Possuem trabécula septomarginal e trabéculas cárneas (ondulações miocárdicas) que reduzem a turbulência do sangue. 
O ventrículo direito recebe sangue venoso do AD e é separado do AD pela valva tricúspide/atrioventricular esquerda. Bombeia sangue para o tronco pulmonar e é separado do tronco pulmonar pela valva pulmonar.
O ventrículo esquerdo recebe sangue oxigenado do AE e é separado do AE pela valva mitral/bicúspide. Bombeia sangue para o corpo através da aorta e é separado da aorta pela valva aórtica. Seu ápice forma o ápice do coração e suas paredes são mais espessas pela necessidade de vencer a pressão sistêmica.
Não há diferença de volume sanguíneo entre os ventrículos. 
Vascularização do coração: é bastante vascularizado e sua vascularização é feito pelas artérias coronárias que se originam da raiz da aorta e se dividem em 2 ramos: Artéria coronária esquerda e Artéria coronária direita. 
As artérias não emitem anastomoses e são propensas a infartar por trombos. 
Artéria coronária esquerda: é a maior das duas e emite o ramo interventricular paraconal (que irriga as paredes do ventrículo esquerdo e a face auricular) e o ramo circunflexo. 
Artéria coronária direita: emite o ramo circunflexo e o ramo interventricular subsinuoso.
Veia cardíaca magna: corre paralelamente à artéria coronária esquerda e é onde as veias coronárias desembocam. Retorna ao átrio direito. 
Veia cardíaca média: ascende do sulco subsinuoso junto à coronária direita. 
Sistema condutor do coração: geração de corrente elétrica espontânea no nodo sinoatrial (marcapasso primário) ou nodo atrioventricular (marcapasso de emergência). 
Nodo sinoatrial -> Nodo atrioventricular -> Feixe de His (ramo direito e esquerdo) -> Fibras de Purkinje 
2) Vasos sanguíneos: classificados de acordo com a composição de sua parede, diâmetro e sentido do fluxo sanguíneo em relação ao coração. 
As artérias possuem cor amarelada, pulsação característica e alta pressão. São classificadas em grande (c/ predomínio de tecido elástico), médio e pequeno calibre (predomínio de tecido muscular liso).	
Formam redes admiráveis (artéria se divide em inúmeras pequenas artérias que a seguir se encontram novamente em uma outra artéria). Essas redes se encontram na base do crânio e ajudam a reduzir a temperatura do sangue e reduzir a pulsação em regiões nobres (encéfalo, olhos, rins).
Na circulação fetal há a formação do ducto arterioso (entre o tronco pulmonar e a aorta), que possui a função de desviar o sangue para a aorta, reduzindo seu fluxo para o pulmão ainda não funcional. Depois do nascimento este ducto se fecha tornando-se o ligamento arterioso. 
-> Em alguns animais (predisposição de Pastores Alemães), ocorre uma malformação fetal quando a aorta origina-se da 4ª artéria do tronco branquial do lado direito e o ligamento arterioso cruza o esôfago, levando a uma obstrução parcial. 
Os capilares servem às trocas de substâncias e de gases entre sangue e tecido. Originam-se da divisão das arteríolas e, quando se encontram novamente, formam as vênulas. São formados por células endoteliais. Há locais em que os capilares são fenestrados (capilares sinusais), como no fígado, medula óssea e baço. 
As veias conduzem o sangue desoxigenado para o coração. Possuem válvulas que ajudam um fluxo unidirecional do sangue para o coração. 
Sistema Porta: vascularização do fígado e da hipófise que permite metabolismo do órgão e síntese de substâncias essenciais ao organismo. 
A circulação fetal: 
A veia umbilical possui sangue arterial, menor pressão e vai para o fígado. Após o nascimento ela se torna o ligamento redondo do fígado.
Possui duas artérias umbilicais com sangue venoso que vai para a mãe para a troca gasosa. Após o nascimento elas se tornam o ligamento redondo da bexiga.
Possui 2 SHUNTS: forame oval e ligamento arterioso.
Possui ducto venoso: passagem direta do sangue no fígado para não haver alto consumo de O2.
O fígado é um importante órgão fetal e possui a função de hematopoiese. 
 
3) Sistema Linfático: possui as funções de remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; produção de células (linfócitos, monócitos e plasmócitos) da placa de Peyer, jejuno, íleo, tonsilas, timo, linfonodos, baço, medula óssea.
Os órgãos linfáticos dividem-se em 2 classificações: 1) Primários: produção de linfócitos (timo, fígado fetal, medula óssea); 2) Secundários: ativação de linfócitos (linfonodos, placas de Peyer, tonsilas e baço). 
Os vasos linfáticos possuem válvulas que ajudam na drenagem da linfa porém possuem paredes mais finas. Os vasos que transportam a linfa para o linfonodo são os vasos aferentes que se abrem no seio subcapsular, e o que transportam para fora do linfonodo são os vasos eferentes. 
Os capilares linfáticos não possuem válvulas. 
Os linfonodos dividem-se em 1) córtex: centros germinativos dos linfócitos; 2) medula:que contém cordões de linfócitos em anastomose. 
Têm a função de drenar a linfa de uma região determinada (zona de tributação), destruir e quebrar partículas estranhas e patogênicas e células mutagênicas. Desse modo, o linfonodo se torna uma barreira para a disseminação de infecções e tumores. 
	Seus ductos do corpo inteiro se abrem na veia jugular esquerda ou na veia cava cranial. 
O baço é um órgão linfóide secundário. 
Tem a função de armazenar e concentrar eritrócitos e liberar quando necessário; filtrar o sangue retirando eritrócitos velhos, liberar ferro, produzir linfócitos, monócitos e plasmócitos.
Possui formatos diferentes em espécies diferentes: no equino ele possui forma falciforme; no suíno ele se assemelha a uma língua; nos carnívoros, a uma bota; no bovino, a uma fita larga; e nos pequenos ruminantes, a uma folha.

Outros materiais