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Aula monitorização hemodinâmica

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MONITORIZAÇÃO 
HEMODINÂMICA 
Profa. Dra. Carina Ap. Marosti Dessotte 
 
2017 
OBJETIVOS 
 Definir os principais conceitos a cerca do paciente 
crítico; 
 Definir monitorização hemodinâmica básica; 
 Descrever os princípios e os componentes da 
monitorização invasiva – Pressão Arterial Invasiva 
e Pressão Venosa Central; 
 Descrever os principais cuidados de enfermagem 
ao paciente com monitorização invasiva; 
 
Paciente criticamente doente: é o 
paciente com risco de descompensação 
ou aquele fisiologicamente instável, 
necessitando de constante vigilância e 
titulação contínua do tratamento, de 
acordo com a evolução da sua doença. 
DEFINIÇÕES E CONCEITOS 
REZENDE, E.; RÉA-NETO, A.; DAVID, C. M.; MENDES, C. L.; DIAS, F. S.; SHETTING, G. et al. Consenso Brasileiro de 
Monitorização e suporte hemodinâmico. Parte I: Método e Definições. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 17, n. 4, p. 
278-281, 2005. 
• Frequência cardíaca (FC); 
• Eletrocardiograma (ECG) contínuo; 
• Saturação de pulso de O2 (SpO2) e frequência respiratória; 
• Diurese; 
• Pressão arterial não invasiva; 
• Temperatura; 
• Pressão Arterial Invasiva (PAI) e Pressão Venosa Central 
(PVC) 
Monitorização Hemodinâmica 
Básica 
DIAS, F.S.; REZENDE, E.; MENDES, C.L.; NETO, A.R.; DAVID, C.M.; SCHETTINO, G. Consenso Brasileiro de 
Monitorização e Suporte Hemodinâmico. Parte II: Monitorização Hemodinâmica Básica e Cateter de Artéria Pulmonar. 
Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 18, n.1, p.63-77, 2006. 
FC e ECG Contínuo 
RA 
LL LA 
LA 
Sensor de Oximetria – SpO2 
• A luz infravermelha deve incidir de 
cima para baixo 
 
 
DIAS, F. S.; REZENDE, E.; MENDES, C. L.; RÉA-NETO, A.; DAVID, C. M.; SHETTING, G. et al. Consenso Brasileiro de 
Monitorização e suporte hemodinâmico. Parte II: Monitorização Hemodinâmica Básica e Cateter de Artéria Pulmonar. Revista 
Brasileira de Terapia Intensiva, v. 18, n. 1, p. 63-77, 2006. 
MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO 
ARTERIAL INVASIVA (PAI) 
• permite a avaliação de forma contínua e mais precisa 
dos níveis pressóricos; 
• um dos principais objetivos durante o suporte 
hemodinâmico é manter pressão arterial em nível 
suficiente para garantir adequada perfusão tecidual; 
 
 
MORTON, P.G.; TUCKER, T.; RUEDEN, K.V. Histórico do pacientes: Sistema Cardiovascular. In: MORTON, P. G.; FONTAINE, 
D. K.; HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados críticos de enfermagem – uma abordagem holística. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Editora Guanabara Koogan, 2007. cap. 17, p. 215-295. 
MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
MÉDIA INVASIVA (PAMI) 
• Pressão Arterial Média  utilizada para avaliar a 
perfusão dos órgãos vitais; 
• Normalidade = 70 mmHg a 105 mmHg; 
PAM = PAS + (PAD x 2) 
 3 
 
 
DIAS, F. S.; REZENDE, E.; MENDES, C. L.; RÉA-NETO, A.; DAVID, C. M.; SHETTING, G. et al. Consenso Brasileiro de 
Monitorização e suporte hemodinâmico. Parte II: Monitorização Hemodinâmica Básica e Cateter de Artéria Pulmonar. Revista 
Brasileira de Terapia Intensiva, v. 18, n. 1, p. 63-77, 2006. 
Material necessário para a aferição da PAI: 
• cateter para cateterização arterial; 
• equipo de pressão não complacente + transdutor de 
pressão; 
• bolsa pressórica; 
• régua de nível; 
• meio de registrar ou demonstrar as informações 
coletadas – monitor multiparamétrico  cabo e módulo; 
MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
INVASIVA (PAI) 
Cateter para cateterização arterial 
CATETER DE TEFLON 
INTRODUTOR 
• Equipo não complacente; 
• Transdutor de pressão; 
Bolsa pressórica 
Cabo 
Cabo + módulo + monitor 
1- Subida sistólica 
2- P. sistólica de pico 
3- Descida sistólica 
4- Comissura dicrótica 
5- Rampa diastólica 
6- P. Diastólica final 
Onda de Pulso 
MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL 
INVASIVA (PAI) 
PRINCIPAIS CUIDADOS NA MONITORIZAÇÃO DA PAMI 
• Procurar e reparar vazamentos ou bolhas; 
• Observar conexões e extensões; 
• Limitar o comprimento dos equipos (110 cm); 
• “Zerar” o sistema em relação à pressão atmosférica; 
• Analisar a morfologia da curva; 
• Manter o posicionamento neutro do membro onde está 
inserido o cateter; 
• Fixar adequadamente o cateter e o sistema; 
• Rotular com clareza a extensão “arterial”; 
• Usar uma quantidade mínima de torneiras; 
(DIAS et al., 2006) 
Cuidados no local da inserção do cateter: 
• avaliar sinais flogísticos; 
• avaliar sinais de sangramento; 
• avaliar perfusão periférica do membro; 
• avaliar presença de trombos no cateter; 
• troca diária da fixação ou sempre que necessário; 
• manter a bolsa pressórica insuflada: 300 mmHg – 3ml/h; 
(DIAS et al., 2006) 
PRINCIPAIS CUIDADOS NA MONITORIZAÇÃO DA PAMI 
Principais complicações da 
monitorização da PAMI 
• embolização arterial sistêmica; 
• insuficiência vascular; 
• isquemia; 
• infecções; 
• injeção acidental de drogas por via intra-arterial; 
• hematoma; 
• dor no local; 
(DIAS et al., 2006) 
PRESSÃO VENOSA CENTRAL 
(PVC) 
Relembrando... 
• mensuração da PVC = estimativa da pressão de 
enchimento do átrio direito; sendo dependente do volume 
de sangue, do tônus vascular e da função cardíaca; 
• utilizada de maneira criteriosa e associada a outros 
parâmetros clínicos e hemodinâmicos (ausculta pulmonar, 
frequência cardíaca e respiratória, ECG, ingurgitamento de 
veias jugulares e débito urinário)  avaliação da volemia e 
da função cardíaca de pacientes graves; 
Pressão Venosa Central (PVC) 
(DIAS et al., 2006) 
Mensuração da PVC 
 
Para a mensuração da PVC, é 
necessário o posicionamento de 
um cateter em veia central (veia 
cava superior), comumente 
utilizando-se de punção 
percutânea de veia subclávia ou 
veia jugular interna; 
Pressão Venosa Central (PVC) 
 
 
 
 
 
Pode-se verificar a PVC através de um manômetro de 
H2O graduado (coluna de H2O) ou com um transdutor 
eletrônico de pressão; 
Métodos de monitoramento da Pressão Venosa Central 
(PVC) 
COLUNA DE H2O 
Medido em cm 
H2O 
Ocorre oscilação 
da coluna de H2O 
Intervalo de 
normalidade de 5 a 
8 cmH2O 
 
TRANSDUTOR 
 
Medido em mmHg 
 
Presença de curva no 
monitor 
 
Intervalo de 
normalidade de 0 a 6 
mmHg 
Pressão Venosa Central (PVC) 
(MORTON; TUCKER; RUEDEN, 2007) 
Dividir por 1,36 
Transdutor de pressão: 0 a 6 mmHg 
Coluna de água: 5 a 8 cm de H2O 
Pressão Venosa Central (PVC) 
Converter cmH2O 
em mmHg 
(MORTON; TUCKER; RUEDEN, 2007) 
Pressão Venosa Central (PVC) 
Aferição por meio dos transdutores de pressão 
Características das ondas da PVC 
no monitor: duas pequenas 
elevações  onda “a” representa a 
pressão diastólica ventricular 
direita final; onda “v” enchimento 
atrial direito 
MORTON, P.G.; TUCKER, T.; RUEDEN, K.V. Histórico do pacientes: Sistema Cardiovascular. In: MORTON, P. G.; 
FONTAINE, D. K.; HUDAK, C. M.; GALLO, B. M. Cuidados críticos de enfermagem – uma abordagem holística. 8. ed. 
Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2007. cap. 17, p. 215-295. 
 
 
DIAS, F. S.; REZENDE, E.; MENDES, C. L.; RÉA-NETO, A.; DAVID, C. M.; SHETTING, G. et al. Consenso Brasileiro de 
Monitorização e suporte hemodinâmico. Parte II: Monitorização Hemodinâmica Básica e Cateter de Artéria Pulmonar. Revista 
Brasileira de Terapia Intensiva, v. 18, n. 1, p. 63-77, 2006. 
Material necessário: 
• cateterização de um acesso central; 
• equipo de pressão não complacente + transdutor de 
pressão; 
• bolsa pressórica; 
• régua denível 
• meio de registrar ou demonstrar as informações 
coletadas – monitor multiparamétrico  cabo e módulo; 
MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL 
(PVC) – TRANDUTOR DE PRESSÃO 
Material necessário: 
• 1 equipo de 
monitorização de PVC; 
• 1 frasco de SF 0,9% 
(100 ou 250 ml); 
• Fita adesiva; 
• Régua de nível; 
MORTON, P.G., FONTAINE, D.K., HUDAK, C.M., GALLO, B.M. Cuidados críticos de enfermagem – uma abordagem 
holística. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. 
MONITORIZAÇÃO DA PRESSÃO VENOSA CENTRAL 
(PVC) – COLUNA DE ÁGUA 
Encontrando o zero hidrostático... 
• Posicione o paciente em 
decúbito dorsal horizontal, 
encontre o cruzamento 
existente entre a linha axilar 
média e o 4º espaço 
intercostal; 
• Com a régua de nível, 
delimite a linha “zero” , de 
referência, marcando no 
suporte de soro a altura 
encontrada; 
 
PRINCIPAIS CUIDADOS NA MONITORIZAÇÃO DA PVC 
• Procurar e reparar vazamentos ou bolhas; 
• Posição supina; 
• Observar conexões e extensões; 
• “Zerar” o sistema em relação à pressão atmosférica  
POSICIONAMENTO DO PACIENTE!!!; 
• Analisar a morfologia da curva; 
• Fixar adequadamente o cateter e o sistema; 
• Rotular com clareza as infusões no cateter central; 
• Usar uma quantidade mínima de torneiras; 
(DIAS et al., 2006; JEVON; EWENS, 2009; MORTON; TUCKER; RUEDEN, 2007) 
PRINCIPAIS CUIDADOS NA MONITORIZAÇÃO DA PVC 
• Cateter central de vários lúmen  uma via exclusiva para 
PVC; 
• No momento da aferição, suspender infusão de outros 
líquidos no mesmo lúmen; 
• Observar rigorosamente o local de inserção do cateter 
venoso central; 
(DIAS et al., 2006; JEVON; EWENS, 2009; MORTON; TUCKER; RUEDEN, 2007) 
CUIDADOS COM O CATETER VENOSO CENTRAL 
CURATIVO DO CATETER VENOSO 
CENTRAL: SUBSÍDIOS PARA O 
ENSINO E A ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 
ENFERMEIRA MARIA VERÔNICA FERRAREZE FERREIRA 
REFERÊNCIAS 
DIAS, F. S. et al. Consenso Brasileiro de Monitorização e suporte hemodinâmico. Parte II: 
Monitorização Hemodinâmica Básica e Cateter de Artéria Pulmonar. Revista Brasileira de 
Terapia Intensiva, v. 18, n. 1, p. 63-77, 2006. 
JEVON, P.; EWENS, B. Habilidades fundamentais para enfermagem. Monitoramento do 
paciente crítico. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. cap. 5, p. 131-172. 
MORTON, P.G.; TUCKER, T.; RUEDEN, K.V. Histórico do pacientes: Sistema Cardiovascular. In: 
MORTON, P. G. et al. Cuidados críticos de enfermagem – uma abordagem holística. 8. ed. 
Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2007. cap. 17, p. 215-295. 
REZENDE, E. et al. Consenso Brasileiro de Monitorização e suporte hemodinâmico. Parte I: 
Método e Definições. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, v. 17, n. 4, p. 278-281, 2005.

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