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1 Inicialmente o termo psicopativa foi utilizado por Kraepelin. Segundo ele, “possuem personalidade psicopática aqueles que não se adaptam à sociedade e sentem necessidade de ser diferentes”. O DSM IV (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), em 1995, conceitua da seguinte forma: Transtorno da Personalidade Antissocial Característica essencial: padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que inicia na infância ou começo da adolescência e continua na idade adulta. Sinônimos: psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial. “Para a pesquisadora Hilda Morana relaciona psicopatia a defeito de caráter pelo grau de consideração aos outros. Sujeitos com deficiência de caráter são insensíveis às necessidades dos outros, condição que obedece a um espectro de manifestação: do sujeito ambicioso até o pior dos perversos cruéis”. (Fiorelli e Mangini, 2010 p.107). Processos mentais responsáveis pelas funções da sociabilidade não se estruturam de forma adequada nesses indivíduos. Enquanto criminosos comuns desejam riqueza, poder e prestígio, os psicopatas manifestam crueldade fortuita. Observam-se falhas na formação do superego (valores morais, éticos e sociais) e ausência de sentimentos de culpa, de remorso e de empatia, entre outros. Estatísticas apontam para influências biológicas, ambientais e familiares, sugerindo, portanto, uma conjugação de fatores. Quando se trata deste tema, a tendência é de as pessoas imaginarem serial killers, homicidas cruéis e torturadores; isso, entretanto, não constitui o padrão. Comportamentos sociais • Na empresa 2 O comportamento manifesta-se em furtos, destruição do patrimônio, vadiagem, alegação falsa de doença de maneira injustificada e sistemática, envolvimento em conflitos corporais. • Na família Traição, violência contra cônjuge e filhos, ausência prolongada, dilapidação do patrimônio em aventuras relacionadas com sexo, assédio sexual e moral a servidores domésticos etc. A pessoa apresenta baixa tolerância à frustração que a conduz à violência fácil e gratuita; Utiliza como mecanismos de defesa inconscientes a racionalização e a projeção, indicando outrem ou a própria sociedade como unicamente culpada e responsável por seus atos. Não aprende com a punição. Segundo Fiorellí e Mangini (2010 p.109), “esses indivíduos encontram campo fértil no tráfico de drogas, no crime organizado em geral, na política, na religião; tornam-se líderes carismáticos e poderosos. Mentira, promiscuidade, direção perigosa, homicí- dios e sequestros compõem seus repertórios, em que não há sentimentos de culpa, pois os outros não passam de "otários" que merecem ser ludibriados na disputa por sexo, dinheiro, poder etc”. “É importante ressaltar que nem todo psicopata é criminoso. Paul Babiack (SHINE, 2000) denomina esses casos como "psicopatia subcriminal", cujas características básicas são habilidades manipulativas, boa aparência, charme, certo grau de inteligência que podem revelar-se candidatos ideais para uma vaga de trabalho. No trabalho, em geral, optam pelas relações individuais; evitam situações de grupo, criam conflitos entre os colegas e abandonam aqueles que não são úteis à seus próprios propósitos. Quando ocupa cargo de relevância, o psicopata utiliza o poder em detrimento de colegas, subordinados e superiores” (Fiorellí e Mangini, 2010 p.109).
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