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Anatomia Macro II Aula 5 – 02/10/2018 Fígado, Vesícula Biliar e Pâncreas FÍGADO: É um órgão abdominal localizado abaixo da cúpula do diafragma (infradiafragmático) no lado direito. Está distribuído na região do hipocôndrio direito e parte dele na região epigástrica. É um órgão peritoneal, apresentando uma pequena face extraperitoneal denominada área nua do fígado. Órgão avermelhado, superfície lisa e brilhante. Não é um órgão cavitário, mas é ricamente vascularizado. Possui hilo e pedículo hepático. É o maior órgão e a maior glândula do corpo humano. Peso médio: 1350 a 1500 g. Presença de uma cápsula fibrosa. O fígado pode apresentar um apêndice fibroso localizado na margem do lobo esquerdo, contribui para a fixação do órgão. É dividido em 4 lobos, ou seja, tem lobulação. Lobo direito, esquerdo, quadrado e caudado. Sendo o lobo direito o maior deles. O lobo esquerdo está em sintopia com o estômago. O lobo direito está em sintopia com o rim e com o intestino grosso (na flexura cólica direita/hepática). A área do fígado entre o ligamento redondo e a vesícula biliar constitui o lobo quadrado. Entre o ligamento venoso e a veia cava inferior identificamos o lobo caudado. Apresenta duas faces. Uma delas é a face diafragmática. A outra face do órgão, oposta a face diafragmática, recebe o nome de face visceral ou face complicada. Na face diafragmática observamos apenas os lobos direito e esquerdo, a superfície lisa e os ligamentos. Na face complicada observamos as estruturas que constituem o pedículo hepático e que estão relacionadas a drenagem venosa e a coleção da bile. A vesícula biliar está localizada na face complicada na fossa da vesícula biliar. A bolsa omental está em sintopia com a face complicada do fígado e está relacionada com o ligamento hepatogástrico e com o ligamento hepatoduodenal. É sustentado através de ligamentos: ligamento coronário/coronal, ligamentos triangulares, ligamento falciforme (representa uma estrutura limítrofe), ligamento redondo e através do peritônio. Há também o ligamento venoso que veio a partir do ducto venoso, ele segue em direção ao falciforme e ao redondo formando um pilar de tecido conjuntivo. Há presença de ductos: o ducto colédoco, ducto hepático comum e ducto cístico (relacionado a vesícula biliar). O ducto hepático comum é um ducto formado pela convergência do ducto hepático direito e do ducto hepático esquerdo (que drenam a bile a partir dos respectivos lobos direito e esquerdo do fígado). O ducto hepático comum se une ao ducto cístico que surge a partir da vesícula biliar, formando então o ducto colédoco. Circulação hepática: Sua circulação venosa é extremamente densa, já a sua reserva de oxigênio é limítrofe. -Artéria hepática própria: se divide em artéria hepática própria esquerda para o lobo esquerdo e artéria hepática própria direita para lobo direito. Da artéria hepática própria direita parte a artéria cística que irriga a vesícula biliar. -Veia porta hepática: transita junto com a via biliar no espaço do pedículo hepático. Sintopia da via biliar, artéria hepática porta e veia porta hepática. As tributárias da veia porta são: veia esplênica, veia mesentérica superior (talvez a inferior também), veias gástricas direita e esquerda e veias paraumbilicais. Exceções: não tem válvula e tem ramos. -Veias hepáticas: tributam na veia cava inferior. VESÍCULA BILIAR: Partes da vesícula: tem o fundo da vesícula, porção em fundo cego. Estrutura sacular, porção central, corpo da vesícula biliar. Se estreitando formando o colo da vesícula biliar. A porção do colo segue como estrutura condutora formando o ducto cístico. Nesse ducto temos uma prega espiral (válvula de Heister). Esse ducto tem um trajeto curto e a partir de um determinado segmento ele é contínuo com as vias biliares que tem origem no fígado. Temos ductos: ductos hepáticos direito e esquerdo que tem origem no parênquima hepático. No aspecto microscópico temos canalículos biliares que convergem em direção a esses ductos levando-os a bile. Os ductos hepáticos direito e esquerdo convergem formando o ducto hepático comum. O ducto hepático comum é contínuo com o ducto cístico em um ponto e nesse ponto os 2 ductos convergem formando do ducto colédoco. A estrutura comum para a desembocadura do ducto colédoco e do ducto pancreático principal recebe o nome de ampola hepatopancreática. Essa ampola se abre na papila maior do duodeno. Presença do músculo esfíncter da ampola hepatopancreática (esfíncter de Oddi). Esse esfíncter se contrai permitindo que a bile vá para a vesícula biliar. Para que a bile possa se acumular no interior da vesícula biliar, o transporte ocorre em um primeiro momento da via descendente, em um segundo momento na via ascendente em direção a vesícula. Para que isso ocorra, um componente que bloqueie temporariamente a papila é necessário. Por isso encontramos na ampola pancreática elementos importantes. O principal músculo que garante essa constrição, esse fechamento da papila maior do duodeno é o músculo esfíncter da ampola hepatopancreática, que se contrai e impede a liberação contínua da bile. Alguns autores descrevem o músculo esfíncter com fibras específicas para o colédoco, na verdade seriam fibras contínuas a partir do músculo que se projetam em direção a parede e se ancoram no ducto colédoco que contribuiria também para a contrição do colédoco concomitantemente. A partir do momento que tem a constrição da ampola é impedido a eliminação da bile, que passa a se acumular na vesícula biliar. O espaço delimitado entre a margem do fígado, o ducto hepático comum e o ducto cístico recebe o nome de trígono cisto-hepático ou triângulo de Calot. A estrutura cística do trígono cisto-hepático é a artéria cística transita no centro dessa estrutura. Quando se tem a obstrução da via biliar, pode-se ter um cálculo biliar na vesícula biliar. Esse cálculo pode ser branco (colesterol) ou escuro (bilirrubina). Esses cálculos podem obstruir a válvula ou o ducto colédoco. Conforme isso ocorre, a secreção não temo ser drenada para o duodeno, então a bile extravasa para a circulação sanguínea e aí temos um quadro de icterícia; temos também o retorno da bile para o fígado, esse evento é denominado colestase, essa bile destrói o parênquima hepático podendo ter uma colangite séptica. PÂNCREAS: É uma glândula mista que é extraperitoneal e retroperitoneal. Está banhado em gordura. É um órgão pálido. Está em sintopia com o duodeno. Dividido em: -Cabeça do pâncreas é a área que o pâncreas está em sintopia com o duodeno, pois está na sua curvatura. É a área em que se tem lesões neoplásicas mais frequentemente. -Onde a cabeça se estrangula é o colo do pâncreas. -A segmentação em forma de fita é o corpo do pâncreas. -Sua extremidade é a cauda que está em sintopia com o rim. Na margem inferior do colo do pâncreas encontramos a incisura pancreática onde transitam a artéria e a veia mesentérica superior. Muito importante cirurgicamente. Esses vasos encobrem o processo uncinado do pâncreas. Na margem superior e posterior do órgão encontramos os sulcos para artéria e veia esplênica. O ducto pancreático principal (canal de Wirsung) recolhe todo o produto de secreção exócrino no pâncreas e o lança na ampola hepatopancreática que se abre na papila maior do duodeno. O ducto pancreático acessório é pequeno, drena a cabeça do pâncreas e se abre na papila menor do duodeno. As papilas menor e maior do duodeno desembocam no terço médio do duodeno. O ducto colédoco mergulha no pâncreas para se abrir no duodeno, ou seja, tem sintopia com a cabeça do pâncreas. 1.Processo uncinado do pâncreas 1
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