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AÇÃO PENAL2 Resumo

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DENÚNCIA E QUEIXA CRIME 
Denúncia – é a peça acusatória ou ato processual que formaliza a acusação.
 Requisitos formais da denúncia:
 Ao elaborar a denúncia, deve o membro de o Ministério Público ater-se ao seguinte:
a – mencionar todos os nomes e apelidos usados pelo(s) acusado(s);
b – indicar, quando possível, dia, hora e lugar da infração;
c – descrever o fato delituoso com todas as suas circunstâncias;
d – nos casos de co-autoria, descrever a participação isolada de cada um dos co-autores, quando desenvolverem condutas distintas;
e – consignar a motivação dos crimes (doloso ou culposo), se culposo descrever o fato caracterizador da culpa e sua modalidade (negligência, imprudência e imperícia);
f – capitulação penal, observando o concurso de delitos, à tentativa, às circunstâncias agravantes a às qualificadoras.
g – indicar o rito processual;
h – pedido de condenação ou pronúncia;
i – rol de testemunhas 
 O órgão do Parquet poderá, ao oferecer a inicial acusatória, formular requerimentos, pertinentes ao caso concreto. Tais como: 
a – prisão preventiva; b – folha de antecedentes;
c – laudos periciais faltantes;
d – certidões de peças de outros procedimentos;
e – pedido de arquivamento do inquérito em relação aos indiciados não denunciados; 
 REQUISITOS FORMAIS DA QUEIXA-CRIME
 
- Requisitos da denúncia previstos no artigo 41 e 44 do Código de Processo Penal.
- a queixa deverá ser proposta por procurador com poderes especiais, devendo constar na procuração o nome do querelado a menção do fato criminoso. 
- se rejeitada pela falta de requisitos legais, a ação poderá ser renovada, desde que não tenha passado do prazo decadencial de 6 meses.
- a jurisprudência tem entendido que tais requisitos são dispensáveis na procuração desde que a queixa seja assinada também pelo querelante. 
- Pagamento das custas processuais
 REJEIÇÃO DA DENÚNCIA E DA QUEIXA 
- Nos termos do artigo 395 do CPP.
  Art. 395.  A denúncia ou queixa será rejeitada quando:   
        I - for manifestamente inepta; - deve preencher os requisitos do artigo 41 do CPP – A INÉPCIA traduz-se na ausência de aptidão da petição inicial para a produção de efeitos jurídicos.  
        II - faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; - (existência e desenvolvimento válido do processo)  
        III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.  – A justa causa nada mais é do que a prova da materialidade e de indícios da autoria, se entretanto faltar essas condições se diz que falta de justa causa para ação penal.
 R E C U R S O S
- Da decisão que NÃO recebe a denúncia ou queixa – caberá, regra geral, Recurso em sentido estrito (art.581,I do CPP)
- Nos crimes de imprensa e nas infrações penais de menor potencial ofensivo, a decisão caberá APELAÇÃO, nos termos do artigo 44, § 2ª, da Lei 5.250/67 e artigo 82 da Lei 9.099/95 respectivamente.
- Da decisão que recebe a denúncia ou queixa NÃO cabe recurso, podendo a parte impetrar Habeas Corpus.
- Contra a decisão do juiz que se julgar incompetente, por sua vez caberá Recurso em sentido estrito (art.581, II do CPP). 
 TITULARIDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA
- Cabe exclusivamente ao Ministério Público (art.129,I da Constituição Federal) – por meio da denúncia, devendo atuar durante todo o processo até a sentença final.
 PRINCÍPIOS DE REGEM A AÇÃO PENAL PÚBLICA
1 – PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE – a ação penal pública somente poderá ser proposta por um órgão do Estado (Ministério Público), desde que se convença da existência de um fato criminoso, tem o dever de ajuizar de ofício a ação penal.
2 – PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE (LEGALIDADE) – O Representante do Ministério Público se dispuser de elementos suficientes da autoria, prova da materialidade do crime, estará obrigado a oferecer denúncia – previsão legal art. 24 CPP. Caso o Ministério Público entenda não haver elementos de prova para ajuizar a ação penal (falta de justa causa), deverá ele propor o arquivamento do inquérito policial ao juiz competente.
 
 Com advento da Lei 9.099/95, que instituiu o modelo consensual no processo penal, onde as partes podem fazer acordo cível e encerrar o processo. Essa oportunidade de compor entre partes a doutrina chama de Princípio da discricionariedade regrada ou da disponibilidade temperada. 
3 – PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE – O Ministério Público não pode desistir da ação penal (art.42 CPP). Não tem o Ministério Público poder para transigir, abrindo mão de interesse que não lhe pertence – Cabe sim nos termos do artigo 89 da lei 9.099/95, a proposta de Suspensão Condicional do Processo, com a imposição de determinadas condições ao beneficiado., durante certo período de prova que pode ser de 2 a 4 anos, que pode levar à extinção da punibilidade.
4 – PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA – A ação penal será promovida sempre e somente contra as pessoas a quem se atribui a prática de um crime. 
5 – PRINCÍPIO DA DIVISIBILIDADE – O Ministério Público poderá oferecer denúncia contra já existe provas de autoria do crime. Com a continuidade das investigações, poderá, mais tarde, ADITAR a denúncia para incluir outros envolvidos no crime, mais poderá também propor, separadamente, nova ação penal contra indivíduos cuja autoria somente venha a ser esclarecida posteriormente. 
 O que não pode é o Ministério Público, de forma discricionária, deixar de oferecer denúncia em face de um ou outro suspeito contra qual existem provas significativas.
 SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO
- é a interrupção do curso processual, com a imposição de uma série de condições ao beneficiário, durante um período de prova, que depois de cumprido levará à extinção da punibilidade.
- Instituto jurídico instituído pela Lei 9099/95
- tem a natureza dúplice: Processual e Penal, a primeira porque atinge o processo, paralizando sua marcha e um Penal, pois afeta a pretensão punitiva do Estado, com a possibilidade da extinção da punibilidade. 
- A suspensão condicional do processo mantém a presunção de inocência do acusado, pois ao aceitar a proposta do Ministério Público, não estará admitindo sua culpabilidade. Durante o período de prova, sujeita-se a condições e não a uma pena.
ADMISSIBILIDADE:
- a suspensão condicional do processo pode ser aplicada a qualquer infração penal, prevista no CP ou em legislação especial, inclusive as contravenções penais.
- não se aplica no âmbito da Justiça Militar
REQUISITOS PARA CONCESSÃO:
- pena mínima cominada igual ou inferior a um ano
- O acusado não esteja sendo processado
- não tenha o acusado sido condenado por outro crime
 ATENÇÃO: A doutrina entende caso a condenação anterior ocorrida há mais de 5 anos, não prevalecerá para efeito de reincidência. 
- estejam presentes os demais requisitos que autorizam a suspensão condicional da pena (Art. 77 do CP) 
AÇÃO PENAL
I – Conceito de ação penal.
 
 É o direito subjetivo público(1) de pedir a tutela jurisdicional(2) perante os órgãos da justiça criminal(3) uma decisão sobre uma pretensão de natureza cautelar(4) ou condenatória (5). 
- Segundo Fernando Capez – É o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo a um caso concreto.
 Desmiuçando o conceito
- DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO - direito que confere ao indivíduo a possibilidade de transformar a norma geral e abstrata contida num determinado ordenamento jurídico em algo que possua como próprio. A maneira de fazê-lo é acionando as normas jurídicas (direito objetivo) e transformando-as em seu direito (direito subjetivo). 
- TUTELA JURISDICIONAL – é uma das formas pelas quais o Estado assegura proteção a quem seja titular de um direito subjetivo ou de outra posição jurídica devantagem. 
 “ Outros conceitos “ 
- Tutela jurisdicional :baseia-se na proteção que o Judiciário concede ao autor ou o réu, no final da prestação da jurisdição em favor daquele que tem razão (posição jurídica de vantagem);
- Segundo Candido Rangel Dinamarco - tutela jurisdicional é “o amparo que, por obra dos juízes, o Estado ministra a quem tem razão num litígio deduzido em um processo”.
JUSTIÇA CRIMINAL – NO PARÁ
1º GRAU / CAPITAL - temos a Vara de inquéritos policiais (1ª e 2ª vara):
 Resolução nº 17 /2008 e suas alterações - TJE/PA –
 Art. 2º. As Varas Penais de Inquéritos Policiais terão competência privativa para processar e julgar todos os atos relativos a inquéritos policiais e demais peças informativas, ressalvada a competência da Vara de Entorpecentes e Combate as Organizações Criminosas, cabendo-lhe na fase processual:
I - a abertura de vista ao Ministério Público;
II - a decisão a respeito de:
a) habeas corpus;
b) prisão em flagrante e seu relaxamento;
c) pedido de prisão temporária, preventiva e de liberdade provisória;
d) busca e apreensão e restituição de coisas apreendidas;
e) interceptação telefônica e quebras de sigilo em geral para prova em investigação criminal;
f) mandado de segurança e demais medidas cautelares de natureza criminal reputadas urgentes.
III – deliberar: 
a) - pedido de diligências;
b) - acerca das autorizações judiciais para cremação de cadáveres e remoção de tecidos, órgãos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, nas hipóteses em que são exigidas pelas Leis nºs  6.015/73 (artigo 77) e 9.434/97 (art.9º), respectivamente.
§ 3º concluído o inquérito policial os autos serão encaminhados ao distribuidor do Fórum Criminal para a devida redistribuição a uma das Varas competentes, onde será iniciada a ação penal com o oferecimento da respectiva denuncia.
 
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS DA REGIÃO METROPÓLITANA
1ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal do Idoso (UFPA)
2ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal do Idoso(UFPA)
1ª Vara de Juizado Viol Domest/Fam - Mulher de Belém
2ª Vara de Juizado Viol Domest/Fam - Mulher de Belém
3ª Vara do Juizado de Viol Domést/ Fam - Mulher de Belém
1ª Vara do Juizado Especial Criminal do Jurunas de Belém
2ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém (TAMANDARÉ)
3ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém (TAMANDARÉ)
4ª Vara do Juizado Especial Criminal de Belém(TAMANDARÉ)
5ª Vara do 
Juizado Especial Criminal de Belém(TAMANDARÉ)
Juizado Especial Criminal de Icoaraci
Vara do Juizado Especial Cível e Criminal de Mosqueiro
2º Juizado Especial Criminal de Ananindeua (PAAR)
3º Juizado Especial Criminal de Ananindeua (CIDADE NOVA)
Juizado Especial Criminal de Marituba
Juizado Criminal Meio Ambiente de Belém (AVERTANO ROCHA)
Juizado Especial Criminal UNAMA BR de Ananindeua
VARAS DO JUÍZO SINGULAR
1ª / 2ª / 3ª / 4ª / 5ª / 6ª / 7ª / 8ª / 9ª / 10ª / 11ª / 12ª
VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI
1ª / 2ª / 3ª 
VARA DE CRIMES CONTRA O CONSUMIDOR E A ORDEM TRIBUTÁRIA.
VARA DE EXECUÇÕES PENAIS
1ª / 2ª 
VARA DE EXECUÇÃO DAS PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS
VARA DE ENTORPECENTES E DE COMBATE AS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS
VARA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
1ª / 2ª / 3ª 
VARA DE CRIMES CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTES
VARA PENAL DO DISTRITO DE ICOARACI
1ª / 2ª / 3ª
VARA DAS CARTAS PRECATÓRIAS 
 JURISDIÇÃO POR VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
1- A 1a Vara do Juizado Especial Criminal terá jurisdição sobre os seguintes bairros: Jurunas, Cidade Velha, Campina, Reduto, Umarizal, Nazaré, Batista Campos e Ilhas da Comarca de Belém, com exceção das ilhas localizadas nos Distritos de Mosqueiro e Icoaraci;
2- A 2a Vara do Juizado Especial Criminal terá jurisdição sobre os seguintes bairros: Guamá, Universitário, Fátima, Condor, Cremação e Canudos;
3- A 3a Vara do Juizado Especial Criminal terá jurisdição sobre os seguintes bairros: Pedreira, Sacramenta, Telégrafo, Barreiro, Miramar, Bengui e Val de Cães;
4- A 4a Vara Juizado Especial Criminal terá jurisdição sobre os seguintes bairros: Maracangalha, Marco, Souza, Marambaia, Castanheira, Guanabara, Águas Lindas, Aura, Curió Utinga e Montese;
5- A 5a Vara do Juizado Especial Criminal terá jurisdição sobre os seguintes bairros: Mangueirão, Pratinha, São Clemente, Parque Verde, Cabanagem, Una, Tapanã, Coqueiro e São Brás.
 2º GRAU / TRIBUNAL 
 TRIBUNAL PLENO - COMPOSIÇÃO 
- Presidente + 28 desembargadores
 CÂMARA CRIMINAL ISOLADA
 1ª / 2ª e 3ª 
- As Câmaras Isoladas Criminais – reúnem-se às TERÇAS-FEIRAS
- Composição Câmara Isolada Criminal : Presente + 2 desembargadores
 CÂMARA CRIMINAIS REUNIDAS 
- Composição: Presidente + 10 desembargadores
- Reúnem-se às SEGUNDAS-FEIRAS
 X=X=X=X=X=X= 
II – Condições da ação penal.
 Para que a prestação jurisdicional possa existir é necessário, antes de tudo, o preenchimento ou requisitos das condições da ação. 
 
- Fica sujeito à análise desses requisitos as condicionantes da lide proposta, através da :
1 - denúncia, na ação penal pública / incondicionada e condicionada 
2 - a queixa-crime, peça de ingresso da ação penal privada.
 As condições para o exercício da ação são, em princípio, as mesmas tanto no âmbito da justiça criminal quanto na ação civil. 
 SÃO CONDIÇÕES DA AÇÃO 
A) - à possibilidade jurídica do pedido,
B) - o interesse de agir
C) - à legitimidade para agir ou “ legitimatio ad causam". 
QUE MOMENTO DEVE SER ANALISADA AS CONDIÇÕES DA AÇÃO? 
 AS CONDIÇÕES DA AÇÃO DEVEM SER ANALISADAS PELO JUIZ QUANDO DO RECEBIMENTO DA QUEIXA OU DA DENÚNCIA – DE OFÍCIO – FALTANDO QUALQUER UMA DELAS, O JUIZ DEVERÁ REJEITAR A PEÇA INICIAL, DECLARANDO O AUTOR CARECEDOR DO DIREITO DE AÇÃO POR FALTA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO ( IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO; INTERESSE DE AGIR OU ILEGITIMIDADE). Não julga o mérito 
I - POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO:
- Consiste na formulação de pretensão que, em tese, exista no ordenamento jurídico como possível;
 Exemplo: MP pedir a condenação de alguém por crime de adultério, pedir que seja aplicado pena de reclusão – Neste caso haveria impossibilidade Jurídica do Pedido 
- A possibilidade jurídica do pedido é condição na qual se exige que o direito material reclamado no pedido de prestação jurisdicional penal seja admitido e previsto no ordenamento jurídico positivo. No Processo Penal somente é viável o provimento jurisdicional condenatório expressamente permitido.
II – INTERESSE DE AGIR:
- É uma relação de NECESSIDADE do uso das vias jurisdicionais para a defesa do interesse material pretendido, e ADEQUAÇÃO à causa, do procedimento e do provimento. 
- É inútil a provocação do judiciário se ela, em tese, não for apta a produzir um resultado satisfatório para a parte interessada. Exemplo: entrar com queixa crime após ter passado 6 meses do fato (decadência) // Promover uma ação penal de crime já prescrito. 
O CONCEITO DESDOBRA-SE NO TRINÔMIO :
 1 - NECESSIDADE – é inerente ao processo penal, tendo em vista a impossibilidade de se impor pena sem o devido processo legal , ou seja, sem os transmites legais da lei. 
Exemplo: Alguém que entre com uma queixa crime pedindo a condenação de outrem já extinta a punibilidade do acusado (art. 107 CP – prescrição/decadência/perdão aceito etc..) ; já que, nesse caso, a perda do direito material de punir ( - decadência - 6 meses para representar), resultou na desnecessidade de utilização das vias processuais. (segurança jurídica) – Exemplo: Alguém que já cumpriu a pena sendo novamente demandado pelo mesmo crime.2 – UTILIDADE – traduz na eficácia da atividade jurisdicional para satisfazer o interesse do autor. O Raciocínio é idêntico ao primeiro, pois se de plano, for possível perceber que a atividade jurisdicional será INÚTIL em razão por exemplo da DECADÊNCIA , se diz que falta ao autor INTERESSE DE AGIR. 
 3 – ADEQUAÇÃO – reside no processo penal condenatório e no pedido de aplicação de sanção penal. 
 a falta de perspectiva visivelmente plausível da ação penal verificada, desde logo pela difícil percepção dos contornos de tipicidade do fato questionado ou mesmo a falta de utilidade do provimento jurisdicional almejado (quando se verifica, por exemplo, que o agente, primário, se condenado fará jus a pena mínima, então já prescrita), que desaconselha o acionamento do aparato repressivo-penal do Estado. 
NESSA HIPÓTESE SE DIZ QUE FALTA AO AUTOR UMA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO, OU SEJA, INTERESSE DE AGIR. OU QUE O AUTOR É CARECEDOR DO DIREITO DE AÇÃO POR FALTA DAS CONDIÇÕES DA AÇÃO. 
III - ·LEGITIMAÇÃO PARA AGIR ou LEGITIMIDADE ou LEGITIMATIO AD CAUSAM:
- Refere-se às partes (autor x réu) – que são os titulares dos interesses materiais em conflito, em outras palavras , são os titulares da relação jurídica material levada ao processo.
No processo penal, os interesses em conflito são:
- O DIREITO DE PUNIR – O Estado é o titular que é exercido por intermédio do Ministério Público que possui o direito de acusar, 
o que faz em nome próprio, mas no interesse alheio, ou seja, do ESTADO
B) - O DIREITO DE LIBERDADE
- Em regra, somente tem legitimidade ou podem demandar - aqueles que forem sujeitos da relação jurídica de direito material trazida em juízo ou os titulares da relação jurídica deduzida.
- A legitimação, para ser regular, deve ser analisada sobre os dois pólos (ATIVO E PASSIVO ), ou seja, a pessoa tem que ter legitimação para ocupar tanto o pólo ativo da relação jurídica processual, o que é feito pelo Ministério Público, na ação penal pública, e pelo ofendido, na ação penal privada, quanto no pólo passivo, pelo provável ator do fato. 
III - ·Condições de Procedibilidade:
- Além das condições genéricas da ação penal já estudada (possibilidade jurídica; interesse e legitimidade para agir), a doutrina atribui algumas condições específicas, chamadas CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE PROCEDIBILIDADE. São elas:
 - SÃO CONDIÇÕES QUE SE EXIGEM PARA DETERMINADAS AÇÕES Exemplo: a ação penal pública condicionada à representação do ofendido ou à requisição do Ministro da Justiça. São essas exigências condições de procedibilidade da ação, inerentes à ação penal.
EXEMPLOS: 
1 – Representação do ofendido e requisição do Ministério da Justiça;
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo (calúnia; difamação; injuria) somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único.  Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código
Perigo de contágio venéreo
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
§ 2º - Somente se procede mediante representação.
Outros Exemplos: art.147, parágrafo único, 151, §4° e outros todos do Código Penal Brasileiro. (representação do ofendido).
3 – Autorização do legislativo para a instauração de processo contra o Presidente e Governadores, por crimes comuns;
4 – Trânsito em julgado da sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o casamento, no crime de induzimento a erro essencial ou ocultamento do impedimento.
III - Justa Causa:
 a falta de justa causa para a ação penal é a falta de amparo legal, é a restrição indevida da liberdade individual, é o abuso de direito, ou de poder, é a acusação injusta, arbitrária, sem fomento de direito".
 É a necessidade da peça acusatória vir acompanhada de um suporte mínimo de provas, sem a qual a acusação careceria de admissibilidade. 
 Deve a peça acusatória vir fundada em conjunto probatória a mais sólida possível suficiente para justificar o curso de uma ação penal.
 O trancamento da ação penal por falta de justa causa, na via estrita do writ, somente é possível se constatado, prima facie, a atipicidade da conduta, a incidência de causa de extinção da punibilidade, a ausência de indícios de autoria ou de prova da materialidade do delito.
 
IV – PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS:
 Os pressupostos processuais são circunstâncias necessárias para a existência e o desenvolvimento válido do processo. São essenciais a formação e desenvolvimento do processo.
 Espécies de pressupostos processuais.
 Pressupostos processuais de existência 
 a.)- As partes 
 Autor e réu
 b.)- Jurisdição 
 Juiz formal e legalmente constituído
 
 c.)- Pedido 
 Demanda. Condenação
 2 - Pressupostos processuais de validade
 a-) Competência e imparcialidade do juiz
 b-) Capacidade das partes. (processual e civil)
 c-) Capacidade postulatória das partes
 b-) Inexistência de coisa julgada, litispendência e perempção.
Perempção : Só atinge a ação penal privada. É a desídia, punição processual pela desídia da parte que não que não praticou o ato processual que deveria praticar, só incide nas ações de natureza privada.
Ação Penal(Renato Brasil)
Conceito: è o direito de pedi a tutela jurisdicional relacionada do caso concreto.

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