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Teoria Geral do Processo - Resumo

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TOERIA GERAL DO PROCESSO
 Conceito:
 
1) é o meio de que se vale o estado para exercer a função jurisdicional, compondo-se de um conjunto de atos cuja finalidade é a composição da lide.
 
2) é o método, a técnica, o instrumento de que se uitiliza o Estado para a solução dos conflitos de interesses submetidos à apreciação jurisdicional.
 
PRO + CAEDERE - andar para frente, seguir
 
Finalidade: atuação da lei às lides ocorrentes
 
- Autos: conjunto de peças processuais (inicial, contestação, sentença), possuindo existência material; já o processo, imaterial
 
- Procedimento: modo pelo qual o processo se desenvolve; aspecto externo do processo. 
- Tipos de processo: correspondem à tutela jurisdicional a que visa, ou seja, a tutela jurisdicional de conhecimento, de execução e cautelar - art. 270 do CPC
1) Processo de Conhecimento ou de Cognição -é aquele que se destina à declaração acerca do direito disputado pelas partes, ou seja, compõe a lide com o acerto da efetiva situação jurídica das partes.
 Desenvolve-se entre dois termos: petição inicial e a sentença, sendo que entre estes termos, vários atos são praticados tanto pelas partes como pelo juiz. 
Subdivide-se em: 
a) Condenatório - imposição de sanção - Ex: ação penal;
b) Declaratório – art. 4º do CPC (Positiva ou negativa) – Ex: Usucapião; Hábeas Corpus; 
c) Constitutivo – criação, extinção e modificação - Ex: revisão criminal
2) Processo de Execução - quando há certeza prévia de direito do credor e a lide se resume na insatisfação do crédito; daí o processo limita-se a tomar conhecimento liminar da existência de um título do credor, para em seguida, utilizar a coação estatal sobre o patrimônio do devedor, e independente da vontade deste, realizar a prestação a que tem direito o credor.
Funda-se em título executivo e também se desenvolve entre dois termos: pedido de execução e os atos que esgotam as providências executórias.
3) Processo Cautelar - quando é utilizado não para uma solução definitiva de controvérsia estabelecida em torno da relação jurídica material, mas apenas para prevenir, em caráter emergencial, e provisório, a situação da lide contra as alterações dos fatos ou do direito que possa ocorrer antes que a solução de mérito seja prestada.
OBS: Ao lado da classificação tradicional, a doutrina reconhece hoje uma classificação quíntupla das ações, distuinguindo das ações condenatórias puras, quais seja:
4) Ação mandamental – aquela que visa a formação de uma ordem judicial (mandado) dirigido a um outro órgão do Estado ou a particulares
5) Ações executivas lato sensu: ação tendente a obter uma sentença que visa legitimar uma execução sem a necessidade de promover uma nova ação.
- Relação Jurídica processual:
Def: é a relação entre as pessoas, participantes do processo, cuja prática de atos visam à obtenção de uma prestação jurisdicional.
No processo existe uma relação jurídica (conflito de interesses regulado pelo direito). Quando existe resistência a pretensão, constitui-se a lide, que perturba a paz social. O Estado, através da Jurisdição, provocada pela Ação, visa a composição da lide pelo processo.
Daí, processo não é apenas uma sequência de atos realizados para a obtenção da prestação jurisdicional, mas também é uma relação entre as pessoas que participam dessa relação, cuja prática de atos visam a prestação jurisdicional. Tal é a relação jurídica processual. 
- Características:
1) Complexidade: é constituída de um conjunto de posições ativas e passivas, gerando direitos, obrigações, poderes e ônus.
 
2) Unidade: todos os atos processuais não são praticados de maneira aleatórias ou centrifugas, mas com uma única finalidade, qual seja, a obtenção de um provimento final.
3) Natureza Pública: pois envolve um sujeito de direito público, que se coloca entre as partes (neutralidade) e acima das partes (soberania).
4) Autônoma: a instalação da relação jurídica processual independe da existência do direito material alegado pelo autor, bastando existir uma previsão em abstrato.
5) Tríplice Angularidade: apresenta três ângulos distintos, envolvendo os sujeitos principais do processo, vinculando as partes entre si, e as partes e o juiz.
 
					Juiz
				_		_
			Autor ---------------------------Réu
 
- Elementos da Relação Jurídica Processual:
- Subjetivos - sujeitos do processo: partes e órgão jurisdicional
- Objetivos - objeto do processo – emissão de um provimento jurisdicional para a tutela de um bem jurídico;
- Sujeitos da Relação Jurídica: Admitida como uma relação trilateral, temos que os sujeitos do processo são três: partes e juiz.
- Sujeitos principais - partes (autor e réu) - parciais;
			 juiz - (não é parte) - imparcial
 
- Sujeitos “sui generis” - Advogado, Ministério Público
advogado representa a parte em juízo, não é parte.
- Sujeitos secundários: outras pessoas que participam da relação jurídica processual - auxiliares da justiça: of. justiça, perito, etc...
			 terceiros: testemunhas, etc...
- Nomenclatura:
Processo de conhecimento: autor e réu;
Exceções: excipiente/exceto;
Reconvenção: reconvinte/reconvindo;
Recursos: recorrente/recorrido;
Apelação: apelante/apelado;
Agravo: agravante/agravado;
Processo de execução: exequente/executado ou credor/devedor
Processo cautelar: requerente/requerido
Procedimentos especiais de jurisdição voluntária: interessados. 
- Formação da Relação Jurídica Processual:
a) por iniciativa da parte: através da petição inicial - art. 262 do CPC - princípio da iniciativa da parte/princípio do dispositivo
b) por despacho do juiz ou distribuição da inicial - art. 263 do CPC - despacho positivo ou que ordena a citação.
- deferimento - citação do réu - art. 285 do CPC
- indeferimento - extinção do processo - art. 267,I do CPC
c) citação do réu: é o ato pelo qual se dá ao réu o conhecimento da ação que já lhe foi proposta - art. 213 do CPC.
- ato que completa a relação jurídica processual
- requisito de validade de qualquer processo - arts. 285, 614, 802,etc...
- Pressupostos Processuais: são requisitos necessários à existência e validade do processo, ou melhor, da relação jurídica processual. São eles:
		-juiz: imparcialidade; investidura; competência.
a) Subjetivos
		- partes: capacidade de ser parte; de estar em juízo ou processual ou legitimatio ad processum; postulatória ou jus postulandi.
 
		- extrínsecos: que diz respeito à inexistência de fatos externos impeditivos à formação da relação jurídica. São negativos
b) Objetivos
		- intrínsecos: diz respeito à subordinação do procedimento à normas legais, ou seja, os atos do processo devem ser desenvolvidos de acordo com a forma estabelecida na lei. Ex: Petição inicial, citação, etc...
OBS: Fazer a distinção com as condições da ação. 
Auxiliares de justiça
São auxiliares de justiça todos aqueles que contribuem com o juiz para realização das funções do juízo. Explique-se: o juízo, isto é, o órgão do Estado responsável pelo exercício, no caso concreto, da função jurisdicional, não é composto apenas pelo magistrado, sendo este auxiliado, em suas atividades por uma série de pessoas, como chefe do cartório do juízo (tradicionalmente chamado escrivão), pelo oficial de justiça, perito, intérprete e outros.
Os auxiliares da justiça podem ser divididos em permanentes e eventuais. Os auxiliares permanentes são aqueles que atuam continuamente, exercendo diuturnamente suas funções, em todos os processos em tramite perante determinado juízo ou tribunal, como o escrivão e o oficial de justiça. De outro lado, os auxiliares eventuais são convocados excepcionalmente pelo juiz, com fim de ajuda-lo em um processo determinado, como se dá com o perito e intérprete. 
O Código de Processo Civil, em enumeração meramente exemplificativa, indica como auxiliares da justiça o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o intérprete (art. 139). Além desses, e ainda sem o objetivo de exaurir a enunciação, podemos citar o distribuidor, o partidor e o contadojudicial. 
As funções e encargos dos auxiliares da justiça mais importantes estão escritos no Código de Processo civil. Assim, por exemplo, cabe ao escrivão, nos termos do art. 141 do CPC, ente outras funções, redigir ofícios, mandados, cartas precatórias; promover citações e intimações; ter, sob sua guarda, os autos, não permitindo sua retirada de cartório, ressalvados os casos expressamente previstos em lei. 
Do mesmo modo, incumbe ao oficial de justiça (art. 143, CPC), entre outros encargos, fazer pessoalmente citações, penhoras, arrestos e outras diligências; executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; colaborar com o juiz na manutenção da ordem durante a realização de audiências.
Escrivão e oficial de justiça são civilmente responsáveis, nos termos do art. 144 do Codigo de Processo Civil, quando se recusarem, sem justo motivo, a cumprir dentro do prazo os atos que lhes impõe a lei, ou os determinados pelo juiz a que estejam submetidos, e ainda quando praticarem ato nulo, agindo com dolo e culpa.
O perito é o auxiliar eventual da justiça que fornece ao julgador subsídios para a formação de sua convicção quando esta depende de conhecimentos técnicos ou científicos. Tratar-se de profissional escolhidos entre os habilitados para atuar na área de especialização cujos conhecimentos são necessários para a formação da convicção judicial, devendo – em linha de principio – ter nível universitário (art. 145, §1°, CPC), exigência esta que só deixa de fazer quando, na localidade, não houver quem a atenda. Cabe o perito o dever de cumprir fielmente seu encargo, no prazo que lhe é assinado por lei, empregando toda sua diligencia, respondendo civilmente aquele que, dolosa ou culposamente, prestar informações inverídicas, ficando ainda impedido de atuar como perito por dois anos, além das sanções penais a que, porventura, esteja sujeito. Nos termos do art. 148 do CPC, dever-se-á confiar a depositário ou a administrador a guarda e conservação de bens penhorados, arrestados sequestrados ou arrecadados, salvo nas hipóteses em que a lei disponha de outro modo. O depositário e o administrador poderão ser remunerados, devendo o valor de a remuneração ser fixada pelo juiz, e respondem civilmente pelos prejuízos causados à parte dolosa ou culposamente.Questão em debate, e que merece atenção, é se o depositário judicial esta sujeito à prisão civil como depositário infiel e, em caso positivo, qual deve ser o procedimento a seguir para decretação da prisão. Quanto à primeira questão, não pode haver duvida. A prisão do depositário infiel é possível também quando se tratar de depositário judicial. Polemica há, contudo, acerca do procedimento a ser seguido para que efetue tal prisão. Há entendiemento, largamente majoritário na jurisprudência (STF), no sentido de que nessa hipótese seria desnecessária a propositura de “ação de deposito”, bastando que, no curso do processo em que atua o depositário tido por infiel, se determine a sua prisão. Esta não parece, porém, a melhor posição, por permitir a privação de liberdade sem obediência ao devido processo legal, o que viola a garantia constitucional insculpida no art. 5°, LIV, da Constituição da Republica. Melhor, portanto, entender-se que a prisão civil do depositário judicial infiel, e apenas com observância do procedimento previsto nos arts. 901 a 906 do CPC será possível a decretação da prisão civil do auxiliar da justiça. Por fim, refere-se o Código de Processo Civil ao intérprete, afirmando do que o mesmo será nomeado toda vez que o juiz repute sua atuação necessária a fim de analisar documento de entendimento duvidoso, redigido em idioma estrangeiro; traduzir para o português as declarações das partes e testemunhas que não conhecem o vernáculo; traduzir a linguagem de sinais dos surdos-mudos, quando estas não puderem se manifestar por escrito (art. 151). O intérprete está sujeito à responsabilidade civil nas mesmas hipóteses do perito, aplicando-se-lhe, ainda, a inabilitação por dois anos, alem das sanções penais cabíveis (art. 153, CPC) 
AMBOS – PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS E CONDIÇÕES DA AÇÃO – SÃO PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DO JULGAMENTO DE MÉRITO;
- Pressupostos referentes ao juiz:
a) Imparcialidade - garantias: a lei enumera causas taxativas 
 
- Impedimento: juiz está em situação em que a sua parcialidade se acha fora de dúvida ou se apresenta patente. Aqui as hipóteses são objetivas, ou seja, ou o juiz é ou não é impedido
arts. 134 e 136
Características: objetiva; não há preclusão; processo nulo.
- Suspeição: gera uma presunção relativa de parcialidade, que pode ser ilidida por prova em contrário. Aqui as hipóteses são subjetivas.
arts. 135 e parágrafo único
Características: subjetiva; preclusão; não há nulidade.
Características Comuns:
- juiz deve se declarar impedido ou suspeito - art. 137
- parte pode provocar a declaração - art. 137
- outras pessoas passíveis - art. 138
b) Investidura: investido de jurisdição
c) Competência - relativa ou absoluta.
- Pressupostos referentes às partes:
 
a) Capacidade de ser parte: toda a pessoa tem capacidade de ser parte, ou seja, aptidão de participar da relação jurídica processual, em nome próprio ou alheio.
- art. 1º do CC - todo homem é capaz de direitos e obrigações na ordem civil - capacidade de gozo ou jurídica.
- pessoas jurídicas
- pessoas formais - art. 12 do CPC - III,IV,V,IX
 
b) Capacidade de estar em juízo: capacidade de exercício ou de fato, ou seja, é a capacidade de exercer direitos e deveres processuais, ou seja, é a capacidade de praticar validamente atos no processo.
- Quanto à pessoas naturais: capacidade processual plena - plenamente capazes na vida civil - art. 7 do CPC
Falta absoluta de capacidade processual - absolutamente incapazes - art. 5 do CC - deverão ser representados - art. 3º do CPC
Capacidade processual relativa ou limitada - relativamente incapazes - art. 6 do CC - deverão ser assistidos - art. 4º do CPC
- Capacidade processual das pessoas casadas:
 
Mulher - Lei 4.121/72 - Estatuto da mulher casada.
 
Regras especiais: Quanto à capacidade ativa - art. 10 do CPC atinge os cônjuges; no caso de recusa, pode ser suprida judicialmente art. 11 do CPC. Chamada de capacidade integrativa, mas não torna o outro cônjuge parte no processo.
 
			Quanto à capacidade passiva: litisconsórcio necessário - art. 10,#1 do CPC.
 
- Curador Especial - art. 9, I do CPC - ausência de representante
- Pessoas Jurídicas: ativa ou passiva - art. 12 do CPC
I - direito público
VI - provado
VII e //§ 2 - soc. s/ personalidade jurídica
VIII - estrangeira
 
OBS: Não é representação, mas sim presentação.
 
c) Capacidade Postulatória ou Jus Postulandi
 
Art. 36 do CPC - por advogado
Art. 36, seg. parte - advogar em causa própria
Art. 37 - instrumento de mandato
Art. 38 - mandato ou procuração
- ad judicia
- s/ reconhecimento de firma
- poderes expressos
 
- art. 13 do CPC - irregularidade da representação processual.
OS ATOS PROCESSUAIS
CONCEITO:
1) são aqueles que têm por efeito, a constituição, a conservação, o desenvolvimento, a modificação ou a cessação da relação jurídica processual. 
O processo é um conjunto de atos, tendentes à prestação jurisdicional, atos estes manifestados pelos sujeitos do processo. (autor, réu, juiz,...)
 
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
Definição: é o conjunto de solenidades que devem ser observadas para que o ato jurídico seja plenamente eficaz.
Os atos quanto à forma são: solenes (previsão de forma para a sua validade) e não solenes (forma livre).
Os atos processuais não são solenes, somente quando a lei assim exigir, prescrevendo forma para sua validade, como por exemplo, a forma escrita e em tempo expressamente previsto na lei.
PRINCÍPIOS DOS ATOS PROCESSUAIS 
1) Princípio da Legalidade das formas: os atos processuais, cuja lei estabelece forma, devem ser realizados pela forma prescrita na lei, sob pena de nulidade. Art. 154 e 243 do CPC
- Forma dos atos no CPC:
arts. 169, p. único; art. 170 e 171
2) Princípioda instrumentalidade da forma: a forma do ato não é um fim para a sua validade, mas sim um meio para atingir a sua finalidade. Tanto é que o art. 154 reputa válido o ato realizado de outro modo, desde que preencha a finalidade essencial (art. 244 do CPC)
Ex: art. 214 - citação
 
3) Princípio da Documentação: os atos processuais, de ordinário, possuem forma escrita, já existindo a documentação; se o ato puder ser praticado de forma oral, a redução a termo, ou seja, a documentação por escrito também será necessária. Ex: depoimento das testemunhas.
4) Princípio da Publicidade: os atos processuais devem ser públicos, ou seja, devem desenvolver-se publicamente, na presença de quem quiser assistir a eles, salvo quando versarem sobre a intimidade das pessoas, ou o interesse social exigir privacidade. (art. 5,LX da CF; art. 93,IX da CF)
art. 155, segunda parte - atos em segredo de justiça.
 
5) Princípio do uso do vernáculo: só pode ser praticado ou juntado documentos redigidos em língua nacional, sendo permitida a juntada de documentos. em língua estrangeira quando acompanhado da respectiva tradução, firmada por tradutor juramentado. Arts. 156 e 157 do CPC.
ATOS PROCESSUAIS SIMPLES E COMPLEXOS
SIMPLES= praticamente se exaurem em uma conduta só
(contestação, sentença)
COMPLEXO= porque se apresentam como um conglomerado
de vários atos unidos pela contemporaneidade e pela finalidade comum (audiência, sessão)
FORMAS PROCESSUAIS= art. 154
Forma é a necessidade de manifestação de vontade obedecer
a certos moldes quando o próprio sistema define o modelo a ser seguido.
Sendo a forma necessária imposta por lei, a manifestação somente assim
revestida, em princípio, produziria os efeitos jurídicos desejados. A
afirmação, contudo sofre flexibilização e o direito não pode de forma
alguma viver desvinculado de um certo formalismo.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
 
a) Quanto ao seu objeto:
 
1) Atos de iniciativa - são aqueles que destinam a instaurar a relação jurídica processual. Ex: petição inicial
2) Atos de desenvolvimento - são aqueles que movimentam o processo, compreendendo os atos de instrução e os de ordenação. Ex: citação, provas, etc..
3)Atos de conclusão - atos decisórios do juiz ou dispositivos das partes. Ex: sentença, transação, renúncia, etc...
b) Quanto aos sujeitos (classificação do CPC):
1)atos das partes
- Atos das Partes: são aqueles praticados pelo autor e réu, terceiros intervenientes e ainda pelo Ministério Público.
Classificação:
1) Postulatórios ou de Obtenção: são aqueles pelos quais as partes postulam pronunciamento do juiz, seja quanto ao processo, seja quanto ao mérito. Ex: petição inicial, citação do réu, respostas do réu, etc...
2) Dispositivos: consistem em declarações de vontade destinadas a dispor da tutela jurisdicional, dando-lhe existência ou modificando-lhe as condições. Art. 158 do CPC. Podem ser:
b) Concordantes ou de desistência: quando há manifestação de vontade de uma parte e a outra parte adere, mesmo que por omissão. Ex: desistência da ação pelo autor, depois da citação do réu (art. 267,§4)
c) Contratuais ou de transação: são declarações bilaterais de vontade. Ex; transação(conciliação).
3) Atos instrutórios ou de prova: são aqueles que se destinam a convencer o juiz da verdade dos fatos alegados pelas partes. Ex: provas. 
4) Atos reais ou de afirmação: são aqueles que se manifestam através de coisas e não por palavras. Ex: apresentação de documentos, preparo de um recurso, etc... 
- Eficácia do ato das partes:
art. 158 - independem de homologação judicial
- Petições e autos suplementares:
Autos: são o conjunto de atos e termos do processo. Originais: constituem os atos e termos originais que compõe o processo. Ex: Petição inicial, etc..
art. 160 - recibos dos documentos apresentados
art. 162 do CPC
- art. 267 : extinção do processo sem resolução de mérito;
- art. 269 : resolução de mérito (não provocando a extinção, que somente ocorre com a satisfação do crédito, em razão da fase de cumprimento da sentença no próprio processo);
- art. 463 do CPC : redação alterada suprimindo a expressão “cumpre e acaba o ofício jurisdicional”;
- não leva ao encerramento do feito, embora possua cunho decisório (questão processual incidente. Ex: provas, tempestividade da defesa, etc...)
c) Despachos ordinatórios ou de mero expediente – art. 162, parágrafo 3º do CPC:
- visam dar movimentação ao processo. Ex: abrir vistas de um documento juntado a partes; designar audiência de instrução; mandar intimar perito e assistente técnico; citação, etc...
- prática de ofício dos atos ordinatórios (parágrafo 4º)
d) Acórdão – art. 163 do CPC:
- decisão proferida por Tribunal
FORMA DOS ATOS DO JUIZ – CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
art. 164 - assinatura
art. 165 - sentenças e acórdãos – são atos de caráter decisórios, contudo cabe recurso apelação e embargo de declaração art. 458 do CPC - decisões interlocutórias – fundamentação, são atos que resolve questõesincidentes.
Despachos ordinatórios ou meramente de expediente - não reclamam fundamentação, são atos que serve apenas para andamento no processo, 162§ °3 CPC
		 
ATOS DOS AUXILIARES DA JUSTIÇA:
Atos de movimentação ou de comunicação: são os que visam ao andamento do processo: termos de abertura de vistas p/ as partes; termo de conclusão, termo de remessa dos autos à instância superior; de intimação e citação, etc...
Atos de documentação: são aqueles que por meio dos quais o escrivão atesta a realização de atos das partes, do juiz, ou de seus auxiliares. Ex: certidão de intimação das partes; certidão de publicação, etc... 
Atos de execução: atos realizados em cumprimento dos mandados judiciais, fora dos cartórios. Ex: penhora; prisão...
Autuação - 1o ato de movimentação do processo
arts. 166 e 167
TERMOS PROCESSUAIS: 
é a documentação escrita e autêntica dos atos processuais, feita por serventuários da Justiça no exercício de suas atribuições. Termo é a documentação de um ato.
- Classificação dos Termos:
a) Prejudiciais: são aqueles que documentam atos consistentes em modificação do direito das Partes: Ex. Transação - art. 448
b) Termos de andamento: visam a registrar a documentação dos atos.
c) Termo de autuação: certificam que foi apresentada a petição inicial e os documentos que a acompanham - art. 166
d) Termo de juntada: documenta o ingresso de uma petição nos autos. Art. 168 do CPC
e) termo de conclusão: documenta que o processo será encaminhado ao juiz
f) termo de vistas: documenta que abriu vistas as partes
g) Termo de intimação: documenta que intimou as partes
h) Termo de recebimento: atesta que os autos voltaram a cartório.
ATO PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAÇO
 
- art. 172 - dias úteis
- art. 173 - prática de atos somente em dias úteis, ou seja, que não ocorra em dias feriados.
- art. 175 - feriados - definição
 
- Exceções - #1 - art. 172 - conclusão dos atos
		#2 - citação e penhora - art. 5,XI da CF
		#3 - protocolo - funcionamento
 
art. 175 - férias e feriados: os atos não produzem efeito salvo:
	- art. 173,I e II - prática de atos, mas o processo está suspenso
	- art. 174 - casos de não suspensão do processo.
 
art. 176 - Lugar - exceção: deferência (art. 411), interesse da Justiça (art. 440), obstáculo arguído pelo interessado e acolhido pelo juiz – (art. 336, p. único)
 
- Prazos:
Definição: é o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente praticado, delimitado por dois termos: um termo inicial (dies a quo) e um termo final (dies ad quem).
 
- art. 177 - lei fixará o prazo; na falta, o juiz determinará.
 
- Classificação dos prazos:
a) Legais: são os prazos fixados em lei. Ex: art. 297, 508, etc...
b) Judiciais: são os prazos que fixam a critério do juiz. Ex: art. 182
c) Convencionais: prazo estabelecido pela convenção das partes. Ex: art. 181.
 
a) Comum: prazo estabelecido para ambas as partes para a prática de determinado ato.
b) Particulares: prazo destinado à pratica de a ato de uma das partes. Ex: prazopara a contestação.
a) Próprios: são aqueles fixados pelas partes, sujeitando-se a preclusão;
b) Impróprios: prazo fixado ao juiz e seus auxiliares, não havendo preclusão.
- Natureza dos prazos: os prazos, em regra, são inalteráveis, ou seja, não pode ser prorrogado ou reduzido. Quanto à natureza dos prazos, podemos classificar em
a) Dilatórios: são aqueles que, embora fixado na lei, admite ampliação ou redução pelo juiz. art. 181 CPC. Requisitos:
a) deve ser requerido antes do vencimento do prazo
b) fundado em motivo legítimo
c) juiz deve autorizar a alteração, fixando novo dia de vencimento (§1 e2).
- Cursos dos prazos: todo prazo em regra, é contínuo, ou seja, uma vez iniciado não sofre interrupção - art. 178.
- férias forenses - art. 179: suspensão do curso dos prazos, sendo que o restante voltará a correr quando cessada as férias.
 
- outros casos de suspensão do curso do prazo:
art. 180 - obstáculo criado pelas partes
art. 265, I à III;
 
 
 
 
 
 
 
- Contagem dos prazos:
 
art. 184 - dies a quo ou dia do começo: exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. (início do prazo e início da contagem do prazo)
- contagem do prazo em horas - geralmente não se aplica esta regra. Ex: art. 652 do CPC.
#2 - dia do início - deve ser dia útil
- diferenciação entre citação e intimação: regra geral: data da juntada do mandado ou do AR - art. 241, I à III.
 
- Intimações feitas no D.O - arts. 236 e 237
- intimação feita na sexta-feira - Súmula 310 do STF - segunda feira.
- intimação feita no sábado - início da contagem - terça-feira.
 
art. 184,#1 - termo final - prorrogação:
- dia feriado
- fechamento do forum
- expediente encerrado antes do horário normal.
 
- Preclusão: art. 183 do CPC
Definição: é a perda de uma faculdade processual, em decorrência do não exercício em tempo útil (Temporal)
 
Lógica: em decorrência da incompatibilidade entre o ato praticado e outro ato que se queira praticar;
 
Consumativa: em decorrência de já ter sido realizado um ato, não sendo possível tornar a realizá-lo.
 
- exceção - #1 e 2 do art. 183: justa causa.Ex: morte da parte ou do advogado, etc...
 
- Prazo para as partes:
art. 185 - quando a lei é omissa e nem o juiz fixa o prazo: 05 dias.
 
art. 186 - renúncia do prazo: oposição de contestação antes de 15 dias - renúncia ao restante do prazo, desde que seja comum.
 
art. 191 - litisconsorcio - prazo em dobro
art. 192 - regra limitativa - nulidade.
 
- Prazo para o juiz:
art. 189, I - despachos de mero expediente - 2 dias
art. 189,II - decisões interlocutórias e sentença - 10 dias
art. 187 - motivo justificado - exceder prazo
 
- Prazo para os auxiliares da justiça:
art. 190 - conclusão dos autos - 24 horas
		execução dos atos - 48 horas
 
- Prazos para o Ministério Público e Fazenda Pública
- art. 188 - quádruplo para contestar e em dobro para recorrer
 
- Inobservância dos Prazos:
 
-pelos serventuários - art. 193 - fiscalização pelo juiz
				art. 194 - instauração de procedimento administrativo.
 
- pelas partes: preclusão - sanção processual (determina a devolução da petição ou manda riscar o que houver sido escrito; perda do direito de vistas dos autos fora de cartório e multa) - art. 195 e 196 do CPC
					sanção penal: pela não devolução dos autos - art. 356 do CP - Sonegação de Papel ou Objeto de valor probatório - detenção de 6/3 meses e multa.
					sanção disciplinar: comunicação à OAB e pagamento de multa.
 
- pelo juiz - art. 198 - representação.
	
 
 
 
 
 
 
 
b) Decisão interlocutória – art. 162 do CPC, parágrafo 2º:
 
 
 
 
 
a) Sentença - art. 162 do CPC, parágrafo 1º:
 
ATOS DO JUIZ: 
 
art. 161 - proibição de cotas marginais ou lineares. 
 
Suplementares -art. 159 do CPC: têm duas finalidades: restauração dos autos originais - art. 1063 do CPC.; execução provisória (art. 589 do CPC).
 
 
Exceção - art. 158, p único - desistência da ação depois da citação do réu, transação.
 
 
 
 
 
 
a) Unilateral ou de submissão: quando a manifestação de vontade é de uma das partes. Ex: desistência da ação antes da citação do réu ; reconhecimento da procedência do pedido
 
 
 
 
2) atos do órgão jurisdicional, compreendendo os atos do juiz e dos auxiliares.
 
 
 
 
 
 
 
 
No CPC - art. 155 - princípio da publicidade
DAS NULIDADES PROCESSUAIS
 
 
 
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS - PRINCÍPIOS
 
Da liberdade das formas: para os atos aos quais a lei não prescrve determinada forma, desde que preste para atingir a sua finalidade.
 
Da instrumentalidade das formas: mesmo que a lei prescreva a forma para o ato, sem a cominação de nulidade para sua observância, o uso de outra forma, se o ato tiver atingido o seu fim, não o invalidará.
 
 
 
Espécies de Vícios do ato processual
 
Atos inexistentes: é aquele que não reúne os mínimos requisitos de fato para sua existência como ato jurídico, do qual não se apresenta nem mesmo a aparência exterior.
- Não produz efeito, pois não existe; não pode ser convalidado, nem tampouco invalidado.
Ex. Sentença proferida por quem não é juiz.
Parágrafo único do art. 37 do CPC - pode ser considerado como atom inexistente, se o mesmo pode ser convalidado?
 
Atos absolutamente nulos ou nulidade absoluta: é aquele que possui defeitos num dos seus requisitos essenciais, violando norma tutelar de interesse público. Deve ser reconhecida de ofício, em qualquer grau de jurisdição.É exceção aa regra das nulidades.
 Ex. falta de requisitos da sentença - art. 458 do CPC, art. 246.art. 113 CPC
 
Atos relativamente nulos ou nulidade relativa: dá-se quando decorre de violação de norma cogente, mas de interesse da parte.Deve ser decretada de ofício pelo juiz, mas a parte pode expressamente abrir mão da norma instituída em sua proteção, impedindo a decretação e aceitando a situação e prosseguimento do processo.
Ex. Art. 247 CPC - parágrafo primeiro do art. 214 do CPC; art. 13 CPC irregularidaade de representação processual.
 
Atos anuláveis ou anulabilidade: resulta de violação de norma dispositiva, e não cogente, somente arguída por provocação do interessado no momento devido, sob pena de preclusão.
Ex: não oposição de execeção de incompetência.
 
 
 
Nulidade do processo e nulidade do ato processual
 
Deve ainda ser feita a distinção entre a nulidade dos atos processuais, que vicia o ato individualmente por falta de um dos seus elementos, atingindo os que dele são consequência, viciando todos os demais que dele dependam; da nulidade do processo que não se refere a atos individualmente, mas de requisitos de validade da própria relação jurídica, ou seja, dos pressupostos processuais.
 
 
 
Princípios relativos à nulidade dos atos processuais
 
Princípio da legalidade e tipicidade das formas - a forma é prescrita pela lei, mas quando não é, deve-se verificar se a finaalidade foi ou não atingida.
Diante desse preceito, existem alguns princípios que atenuam o sistema das nulidades.
 
a) Princípio da instrumentalidade: art. 244 e 249, parágrafo primeiro. Não se aplica às nulidades absolutas, pois o art. 244 fala em “sem cominação de nulidade...”
 
b) Princípio da causalidade ou da consequencialidade: art. 248 do CPC Os atos que dependam do ato declarado viciado, também devem ser declarados nulos.
 
c) Princípio da conservação dos atos processuais: Complementação do princípio supra, no sentido de que os atos independentes não serão contaminados pelo vício
 
d) Princípio do interesse de agir: art. 243 do CPC quem deu causa à nulidade não poderá requerê-la.
 
e) Princípio da economia processual: art. 249, parágrafos primeiro e segundo Deve-se sempre evitar a repetição inútil do ato processual, retirando-lhe o máximo de eficácia, com o mínimo emprego possível de atividade processual.
Também art. 250 do CPC - erro de forma (procedimento).
 
f) Princípio da preclusão: art. 245 do CPC. Aplicável somente às nulidades relativas quando não declaradas de ofício e as anulabilidades
LITISCONSÓRCIOConceito:
 
 
Normalmente, na relação jurídica processual, os sujeitos são singulares, ou seja, um autor e um réu.
 
 
Pode ocorrer que vários autores litigam contra um réu, ou um autor contra vários réus, ou vários autores contra vários réus.
 
É o chamado litisconsórcio, ou seja, a cumulação subjetiva de partes, quer no pólo ativo, quer no pólo passivo, ou em ambos.
 
 
 
Classificação:
 
 
 
1) ativo; b) passivo; c) misto
 
2) Quanto ao momento de sua formação: 
a) inicial – que surge no início do processo; 
b) ulterior ou incidental – surge no curso do processo, após a propositura da ação. Ex: denunciação da lide; quando se convocam os litisconsórcios necessários que não foram citados;
 
 
 
3) Quanto à possibilidade das partes em dispensar ou recusar a formação:
 
a) necessário: aquele que não pode ser dispensado pela vontade das partes, pois decorre de lei;
b) facultativo: aquele que se estabelece pela vontade das partes;
 
4) Quanto à decisão a ser proferida:
 
a) simples: quando a decisão não é uniforme para todos os litisconsortes, podendo ser diferente para cada um;
b) unitário: quando a decisão deve ser uniforme para todos os litisconsortes.
 
 
 
 
 
NO CPC:
 
 
 
A adoção do litisconsórcio não é livre, muito pelo contrário, necessita estarem certos pressupostos presentes para que possa ocorrer. Para Moacyr Amaral, o art. 46 elenca esses pressupostos para a constituição do litisconsórcio, alegando que não se aplica somente ao facultativo.
 
Outros afirmam que as hipóteses do artigo 46 dizem respeito à facultatividade do litisconsórcio, pois afirmam que “podem litigar...” 
 
 
 
Litisconsórcio Facultativo: art. 46 CPC
 
 
I – credores ou devedores solidários; condôminos que podem se unir para demandar em conjunto (art. 623,II CC);
 
OBS: Geralmente, tal hipótese acarreta o litisconsórcio necessário. Ex: marido e mulher (direitos reais imobiliário);
 
 
 
II – causa de pedir (fundamentos de fato ou de direito) é parcialmente igual;
Ex: várias vítimas de um acidente de trânsito, podem juntar-se e propor uma ação somente contra o responsável pelos danos;
 
 
 
III – conexão de causas: credor que aciona o devedor e o fiador; credor que aciona co-devedores;
 
IV – afinidade de questões de fato ou de direito (aqui não existe um vínculo como na conexão ou continência); Ex: contribuintes que se unem para pedir a inconstitucionalidade de um imposto.
 
 
 
Litisconsórcio Multitudinário – art. 46, parágrafo único CPC: dificultar a solução do litígio ou direito de defesa;
 
 
 
Litisconsórcio necessário: art. 47 CPC
 
 
 
Ex: art. 10,#1º - ação sobre direitos reais imobiliários; art. 942,II – ação de usucapião (interessados e confinantes); art. 208 CC – anulação de casamento.
 
 
 
 
 
OBS: o artigo 47 faz confusão entre litisconsórcio necessário e unitário, pois nem todo necessário é unitário e nem todo unitário também é necessário.
 
Ex1: concurso de credores – devedor insolvente (necessário e simples);
 
Ex2: vários credores contra um devedor; ação reivindicatória de um condômino; anulação de AGO por alguns acionistas (unitário e facultativo); 
 
 
 
- Não observância da formação do litisconsórcio necessário:
 
art. 47, parágrafo único CPC: citação sob pena de extinção (vale somente para o passivo, não existindo litisconsórcio ativo, pois não se pode obrigar ninguém a demandar em juízo); Fundamento: legitimatio ad processum.
 
 
 
Litisconsórcio Simples e Unitário:
 
 
 
Princípio da autonomia dos litigantes: art. 48 CPC
 
 
 
 
-         Essa regra vale para o litisconsórcio simples;
-         No litisconsórcio unitário, os atos benéficos se comunicam; os atos maléficos não prejudicam os demais.
 
Ex: art. 350 e parágrafo único (confissão); art. 509 (recursos); art. 319,I (confissão);
 
 
 
Art. 49 do CPC – intimação de todos os litisconsortes.
onceito de partes
Sujeitos principais do processo – Juiz e Partes
 
 
Juiz – Sujeito imparcial; juiz não é parte
 
 
 
Partes – Sujeito parciais
 
 
 
O conceito de parte evoluiu juntamente com o conceito do direito da ação, que, anteriormente, era vinculada ao direito material das partes. Daí chamava-se antes autor quem era credor na relação do direito material e réu quem era devedor; o que não subsistia por exemplo, se a ação fosse julgada“improcedente”.
 
 
 
Atualmente, o conceito de parte está ligado à atividade judicial do Estado;
 
 
Partes são as pessoas que pedem, ou em face das quais se pedem, em nome próprio, a tutela jurisdicional (Moacyr Amaral).
 
Ex: Devedor na relação de direito material pode ser, por exemplo, autor no caso de ação de consignação em pagamento.
 
 
Parte postula “em nome próprio” na defesa de “seu próprio direito” =“Legitimatio ad causam”.
 
 
Não pode terceiro, postular em nome próprio, na defesa de direito que não seja seu. Nesse caso, se dá carência de ação, falta legitimidade. O amigo do autor, o parente, não pode postular em seu próprio nome, na defesa do direito do autor.
 
 
 
Mas o art 6° do CPC prevê a hipótese de legitimação extraordinária ou substituição processual. 
 
 
 
 
Mas esses casos dependem de expressa autorização legal.
 
 
 
 
Temos:
 
 
Legitimidade – ordinária
extraordinária – substituição processual.
 
 
Ex:Marido na defesa dos bens totais da mulher ( C.C art 289, III)
Ministério Público quando move ação reparação de dano quando a 
vítima for pessoa pobre ( art 68, CPP)
Ação popular, quando um cidadão tutela interesses em nome de toda uma coletividade (CF, art5°, LXXIII)
Ação Civil Pública ( Lei 7.347/85)
Gestor de negócios em nome do gerido (art 1331 CC)
 Daí temos na Legitimação extraordinária:
 Autor: sujeito do processo – substituto processua
Titular o direito material – sujeito da lide – substituto
Conceito de terceiro
Terceiro é todo aquele que não se apresenta como sujeito no processo pendente. É através da intervenção que o terceiro se torna parte no processo.
 
Em todos os casos, o terceiro só deverá ser aceito se tiver interesse, interesse jurídico na relação processual.
 
Nem sempre o ingresso de outras pessoas, diferente das partes originárias constitui intervenção de terceiros. Exemplo: litisconsórcio necessário.
 
Também as modificações subjetivas, como a substituição de partes não se caracteriza como forma de intervenção.
 
Classificação:
 
a) Espontânea ou voluntária – casos em que o terceiro intervem espontaneamente 
 
– Assistência e Oposição.
 
b) Provocada ou coacta – casos de intervenção provocada por uma das partes. – 
 
- Nomeação à autoria
- Denunciação da lide 
- Chamamento ao processo
 
 
 
Humberto Theodoro Jr. afirma que a intervenção é sempre “voluntária”; o juiz não pode de ofício, obrigar terceiro a ingressar na relação jurídica. O terceiro tem o ônus de ingressar e daí sujeitar-se aos efeitos da sentença a ser proferida.
 
Portanto temos:
 
- Substituição processual ou Legitimação extraordinária: dá-se quando alguém pleiteia em seu próprio nome a defesa de direito de outrem, desde que haja expressa autorização legal.
 
- Representação: dá-se quando alguém atua, em nome alheio, na defesa de interesse alheio. Visa simplesmente suprir a falta de capacidade.
PAI – FILHO ADVOGADO – PARTE
 
- Presentação: é a forma com que a pessoa jurídica se faz presente. Tecnicamente não é “Representação”, pois ela, pessoa jurídica, não é incapaz.
 
 
 
- Da sucessão das Partes ou substituição das Partes: “é a troca física de partes” ou alteração nos elementos subjetivos da ação.
 
A regra é: Art.264 – Estabilização da Instância.
 
- Art 41 à 43
 
- Art. 41: Só é permitida a substituição quando autorizada pela Lei.
 
- Art. 42: Alienação ou cessão do bem litigioso. 
 
- Art. 43: Morte de qualquer das partes – habilitação art. 1055 (suspensão do processo)
 
Art. 44 e 45: Substituição do advogado.
 
DA ASSISTÊNCIA 
Definição e Conceito: O assistente ingressano processo não como parte, mas apenas como coadjuvante da parte (é “parte secundária”) isto é, buscando auxiliar a defesa dos interesses do seu “assistido”, que tanto pode ser o demandante como o demandado. Não sendo parte, o assistente nada pede para si, não formula pretensão; nem é sujeito passivo da pretensão alheia, pois contra ele nada é pedido.
 
 
NOÇÕES GERAIS
 
 
 
Intervenção espontânea: Art. 50 CPC
 
 
 
 
Não se torna parte; mais sim sujeito do processo, somente com o intuito de ajudar uma das partes, pois ele tem interesse que a sentença seja favorável a uma delas.
 
 
Não é qualquer interesse, mas sim interesse jurídico. Ex: Decisão entre as partes pode causar prejuízos à terceiros.
 
 
Discussão – Se a assistência é ou não intervenção de terceiros, já está fora do capítulo da CPC.
 
 
PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE DE ASSISTÊNCIA 
 
 
a) que esteja pendente uma causa (art.50)
 
 
 
- parágrafo único, art.50- em qualquer tipo de procedimento e em todos os graus de jurisdição;
 
 
 
 
 
b) o assistente poderá ingressar em qualquer momento do processo mas recebe o processo no estado que se encontra.
 
 
- Art. 50, parágrafo único.
 
 
 
c) existência de um “interesse jurídico”, ou seja que a sentença a ser proferida entre as partes possa atingir o “direito” do terceiro.
 
 
PROCEDIMENTO
 
 
Deverá ser requerida por petição, do assistente, expondo os motivos; o juiz dará vistas aos litigantes para a impugnação (art. 51).
 
 
 
Se não houver impugnação – assistência será admitida ( art. 51, 1ª parte).
 
 
 
 
Se houver impugnação, sem a suspensão do processo principal ( art.. 51, 2ª parte): 
 
 
 
 
I – atuação em apenso
 
 
 
 
II – provas
 
 
 
 
III – decisão
 
 
 
 
Natureza da decisão = interlocutória 
 
TIPOS DE ASSISTÊNCIA
a) Simples ou adesiva;
b) Litisconsorcial, autônoma ou qualificada.
a) Assistência simples: é intervenção de terceiro no processo entre as partes,visando a sustentar as razões de uma delas contra a outra (art. 50 CPC);
- Não está em causa o direito do assistente, e sim da parte assistida;
- Papel do assistente é de auxiliar, ajudar o assistido;
- Não pede nada para si.
 
 
b) Assistência litisconsorcial: é intervenção de terceiros no processo entre as partes, visando assumir uma defesa direta de direito próprio contra uma das partes (Art 54 CPC)
 
 
 
- Poderia ter sido um litisconsorte facultativo, mas foi deixado de fora. Poderá intervir como assistente;
 
 
- Passa a agir como um litisconsorte.
Ex: condômino reivindica a coisa toda sem necessidade dos outros condôminos, mas estes poderiam ter formado um litisconsórcio ativo; não o fizeram, mas poderão intervir como assistente litisconsorcial, pois o direito é dele também.
 
 
PODERES DO ASSISTENTE
 
- Varia conforme se trate de assistência simples ou litisconsorcial (Art. 52 CPC).
a) Assistente simples: 
- atua em complemento à atividade do assistido.
- Não pode atuar contra a posição do assistido, está vinculado à posição daquele.
- Só pode produzir provas se o assistido quiser;
- Só pode recorrer da sentença se o assistido não renunciou ao recurso.
 
 
 
 
b) Assistente litisconsorcial (art. 48) 
- poderes de um litisconsórcio.
- Sua atividade não está vinculada ao do assistido, atua como se parte fosse. 
 
 
Art. 53 – assistência simples/não na litisconsorcial.
 
 
 
 
 
EFEITOS DA ASISTÊNCIA – Art. 55.
A “coisa julgada”, formada na sentença entre as partes, obriga o assistente, tenha ou não ingressado no processo. Daí não pode rediscutir a decisão em processos posteriores.
 
 
Exceção – art. 55, I e II
OPOSIÇÃO
 
 
 
Conceito e Definição:
 
O opoente ingressa no processo pendente, apresentando uma “pretensão própria” sobre a coisa ou o direito, objeto da lide; busca fazer com que sua pretensão, (dele opoente), prevaleça sobre pretensões tanto do autor como do réu.
A oposição é processualmente uma nova ação, em que é autor o terceiro, como opoente, e são réus, o autor e o réu da ação já existente, como opostos. 
 
Exemplo: “A” reivindica uma coisa ou cobra um crédito de “B”. Pode ocorrer que C considere o verdadeiro proprietário da coisa ou titular do direito de crédito. Poderá propor uma ação autônoma ou poderá intervir imediatamente em face das partes da ação já existente, até por motivo de economia processual.
 
CABIMENTO – ART. 56 CPC
 
Oposição poderá ser total ou parcial – “ no todo ou em parte”;
 
PROCEDIMENTO
 
- Art. 57 – Inicial é distribuída por dependência ao juízo onde já esta a ação principal – art. 109 CPC.
 
- São réus as partes da ação principal(litisconsórcio necessário) e opostos, mas não é unitário.
 
 
 
- Réus: Citado na pessoa de seus procuradores;
 
Art.57 - § único – se ocorrer a revelia do réu no processo principal/este será citado pessoalmente.
Prazo para resposta em 15 dias.
 
 
 
 
 
 
FORMAS DE OPOSIÇÃO
 
O CPC contempla 02 formas de oposição.
1) forma de intervenção no processo – art. 59
2) autônoma- art. 60
 
1) forma de intervenção – art.59
 
-Ação;
- Oposição;
- Autos em apartados;
- Junção dos autos (se oferecida antes da audiência de instrução)
- Instrução comum
- Sentença comum
 
Art. 61 – julgamento 1ª da oposição.
 
- Se Procedente Oposição - Improcedente Principal
- Se Improcedente Oposição – Procedente ou Improcedente Principal.
- Se Procedência Parcial/Oposição – Procedente Parcial Principal.
 
2) Oposição como processo autônomo – art. 60
 
- Oferecida após iniciada a audiência de instrução ( não é mais intervenção, pois o processo é autônomo)
 
- Ação
- Oposição 
- Oferecida após audiência – autos apartados com instrução própria.
 
 
 
- Art. 60, 2ª parte – juiz poderá paralisar ação principal.
O juiz deve julgar conjuntamente com a oposição. Caso contrário julgará a ação e depois a oposição.
 
NATUREZA DA SENTENÇA DE OPOSIÇÃO
 
Declaratória -- em face do autor.
Condenatória – em face do réu.
 
 
 
Casos que cabe a oposição: Somente no processo de conhecimento, até a sentença.
 
NOMEAÇÃO À AUTORIA 
 
 
 
CONCEITO E DEFINIÇÃO:
 
Na nomeação à autoria, o objetivo visado é substituir o réu pelo terceiro, com o objetivo de afastar da relação processual um réu que seja parte ilegítima “ad causam”, nela fazendo ingressar um réu legitimado para a causa.
O réu que se considera parte ilegítima “nomeia” o terceiro, para que o venha a substituir no pólo passivo da relação processual.
 
Finalidade – ato exclusivo do réu. Corrigir a legitimação passiva.
 
Normalmente, quando o réu se considera parte ilegítima, alega ILEGITMIDADE DE PARTE em contestação e o juiz, extingue o processo sem julgamento de mérito. Art. 267, VI
O autor poderá renovar a ação, após contra a parte legítima.
Com esse instituto o réu se vê obrigado, em certos casos, a provar a sua saída do processo, para que o autor possa litigar em face do réu verdadeiro.
 
Cabimento: arts. 62 e 63
 
PROCEDIMENTO
 
Art. 64 – réu – nomeação no prazo para defesa;
 Juiz – deferindo ouvirá o autor em 05 dias.
 
 Art. 65 – autor aceitando – promover a citação do nomeado
 Não aceitando – sem efeito.
 
Art. 66 – uma vez citado o nomeado, se concordar, ingressa no processo; caso contrário, o processo correrá contra o nomeante.
 
Assim; a substituição do réu como nomeante, pelo terceiro nomeado, pressupõe dupla concordância, do autor e do nomeado.
 
 
 
Se o autor recusar a nomeação – corre o risco de litigar contra parte ilegítima.
Se o terceiro nomeado recusar, ao autor cabe desistir da ação contra o nomeante e propor demanda contra o nomeado.
 
Art. 67 – devolução do prazo ao nomeante para contestar quando o autor recusar ou o nomeado recusar.
 
Art. 68 – presunção de aceitação da nomeação.
 
Art. 69 – Dever de nomeação à autoria por parte do réu ou nomear pessoa diversa.
 Perdas e danos – pleiteada em ação autônoma, promovido pelo autor,ou 
 pelo terceiro que deverá ter sido nomeado.
DO CHAMAMENTO AO PROCESSO
 
 
 
DEFINIÇÃO E CONCEITO:
 
Pelo instituto do “Chamamento ao Processo”, o réu tem a faculdade de fazer “citar” um terceiro, para que este ingresse no processo como seu litisconsorte.
Amplia-se, assim pela vontade do réu o pólo passivo da relação processual. O credor(autor da ação) pretendia acionar apenas o devedor, mas passa a acionar não apenas o réu devedor, como também o “chamado” (terceiro).
 
O chamamento pressupõe, naturalmente, que ao “chamado” seja atribuído a condição de co-devedor ao Autor. Assim, réu e terceiro chamado são devedores solidários do autor da ação; este move ação de cobrança apenas contra o réu, que chama o terceiro ao processo.
 
 
 
Finalidade: 
 
Promover a inclusão dos chamados no pólo passivo da relação jurídica processual existente, que são coobrigados pela dívida.
 
Não é obrigação; é faculdade do réu.
 
Promovendo o chamamento o réu originário já tem garantido o seu direito de reembolso em face dos demais coobrigados, no mesmo processo.
 
Pressupostos: 
 
- A relação de direito material deve pôr o chamado também como devedor (caráter principal ou subsidiário);
 
- O pagamento da dívida pelo chamante dá a este o direito de reembolso (relação ao direito material) , total ou parcialmente contra o chamado.
 
Ex: credor x fiador – chamamento ao processo - afiançado
 Credor x afiançado (devedor principal) – não pode promover o chamamento do fiador, pois quem deve é ele, não há direito de reembolso.
 
 
 
 
 
Casos de chamamento: art. 77 CPC
 
 
 
PROCEDIMENTO
 
-         ART 78 – Requerimento do réu (contestação); 
-         Art 79 – manda observar os arts. 72/74 CPC;
-         Pode o juiz indeferir liminarmente o chamamento, se não couber;
-         Chamamento – independe da vontade dos chamados;
-         Na mesma sentença, juiz define a responsabilidade de cada um dos litisconsortes.
 
Efeitos da sentença : Art.80 CPC
 
DENUNCIAÇÃO DA LIDE.
 
CONCEITO E DEFINIÇÃO:
 
Mediante o instituto da “denunciação da lide”, uma das partes (+ freqüentemente o réu), como denunciante, promove no mesmo processo uma ação regressiva contra o terceiro, chamado denunciado.
A denunciação pressupõe necessariamente que o denunciante tenha uma pretensão própria ( um crédito de reembolso) contra o denunciado, pretensão que fará valer caso venha, ele denunciante, a sucumbir na ação principal.
 
Obs: O denunciado, além de ser réu na ação regressiva, torna-se litisconsorte do denunciante na ação principal. Isso porque ao denunciado assiste interesse em que o denunciante saia vitorioso na causa principal, pois destarte resultará improcedente a ação regressiva.
 
 
FINALIDADE
Autor ou réu da ação principal garantir seu direito, no caso de ser vencido na demanda. 
 
Relação de prejudicialidade – somente se o denunciante for sucumbente, poderá exercer direito de regresso.
 
MEDIDA OBRIGATÓRIA – art. 70 CPC
 
 
- Se não ocorrer a denunciação, há a perda do direito de regresso (A tese majoritártia é de que esta situação somente se refere ao inciso I (garantia própria, ou seja, evicção e transmissão de direito), ou seja, somente quando a obrigatoriedade decorre da lei material.
 
 
 
CASOS DE DENUNCIAÇÃO – ART. 70 CPC.
 
INCISO I - Evicção – é a perda que o possuidor da coisa adquirida sofre, em virtude de uma sentença obtida por terceiro que, à mesma coisa tenha direto anterior à transferência, ou seja, é a perda da coisa, sofrida pelo adquirente, em conseqüência de um anterior direito de outrem, declarado por sentença.
 
 
Art. 456 C.C – para garantir o direito de regresso.
Art. 450 – indenização.
 
Ex: A vende a B uma coisa. B é demandado por C, que se diz dono. Se B for vencido, perde a coisa, aquele de que ele a houve ( A ) responderá pela evicção.
 Denunciação no pólo ativo – A comprou de C um imóvel, e ao tentar tomar posse, B já estava lá. A propôs litígio x B e denuncia da lide C.
 
 
 
INCISO II – Confunde-se com o instituto da nomeação à autoria, mas aqui trata-se de mero Possuidor, e naquele, de detentor .
Ex: Ação reivindicatória x locador
Detenção – Situação de fato entre pessoa ou coisa, sem qualquer efeito jurídico.
Posse – é o exercício de fato, de alguns poderes peculiares a propriedade.
 
INCISO III – Acidente de veículo, denunciando a seguradora.
Ação de indenização x União/Estado/município – Objetivo
Denúncia o funcionário – subjetivo
(art.37,§6° C.F).
 
 
PROCEDIMENTO da denunciação da lide:
 
A) Pelo autor: 
 
- Art.71 citação do denunciado/réu já na inicial;
 
- Art. 72 processo suspenso – com a citação do denunciado em face do réu;
 
- Art.74 poderá aditar a inicial em prol do denunciante e daí cita-se o réu.
 
b) Pelo réu: 
 
- Art.71, 2ª parte : réu denunciante – prazo para contestar;
 
- Art.72: suspensa até citação do denunciado.
 
- § 2° - Somente se não tiver culpa o denunciante.
 
- POSIÇÃO DO DENUNCIADO:
 
A) Pelo autor: art. 74
 
B) Pelo Réu: Art. 75 
 
 
 
- DENUNCIAÇÃO SUCESSIVA: Art. 73
 
- EFEITOS DA SENTENÇA: Art. 76.
FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO
 
O processo nasce, desenvolve e se extingue normalmente, quando atinge à sua meta: a composição da lide.
 
Mas pode ocorrer a chamada (crise do processo) obstáculos que ocorrem no andamento provocado na paralisação temporária (suspensão) ou definitiva (extinção) impedindo que a relação jurídica atinja sua meta.
 
DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
 
ART.262 CPC
 
Para instauração do processo – se aplica o princípio da iniciativa da parte e do dispositivo, já para o desenvolvimento, princípio do impulso oficial.
 
Iniciativa – propositura da inicial – pretensão do autor.
 
 
Propositura da Ação: 
 
– Somente seja despachado ou distribuída onde houver mais de um juiz.
 
- Iniciada o relação jurídico processual, (juiz/autor), este ao despachar, defere a citação do réu (art. 263, 2ª parte CPC);
 
- Réu comparece e se forma a relação jurídica processual;
 
- Caso seja indeferida a inicial, extingue-se o processo (art. 267 CPC) 
 
EFEITOS DA CITAÇÃO 
 
Citação: completa a relação jurídica processual, da qual restam vários efeitos.
 
-Fixação dos elementos subjetivos e objetivos (Art. 264);
 
a) Subjetivos: partes somente a alteração permitida por lei – Art. 41 à 43/ 1055à 1062;
 
b) Objetivos: 
- inalterabilidade do pedido e da causa de pedir feita na inicial, salvo concordância do réu
 
- Após o saneamento, mesmo com consentimento do réu, a modificação é terminantemente proibida.
 
Alteração do pedido.
 
- Antes da citação – ato unilateral e livre do autor;
- Depois da citação – somente com concordância do réu;
- Depois do saneamento – proibida qualquer alteração;
 
Estabilização do processo ou da relação ou da instância
 
- Alteração de pedido
- Alteração das partes
- Vinculação ao órgão (perpetuatio jurisdicionis)
 
   
DA SUSPENSÃO DO PROCESSO
 
DEFINIÇÃO: Existência de incidente, voluntário ou não, que provoca, temporariamente, a paralisação do processo. Relacionamento processual não se encerra, fica inerte.
 
 
 
CAUSAS DE SUSPENSÃO : art. 265
 
I – Morte de qualquer das partes: Ao desaparecer qualquer das partes, deverá ocorrer a substituição ( art. 43 CPC ). O processo é suspenso até a habilitação dos herdeiros ( art. 1055 à 1062 ).
 
 No caso de direitos intransmissíveis – a morte gera a extinção do feito. art. 267, IV.
 
 No caso de inércia das partes – processo pode ser extinto ( art. 267, II ). 
 
Perda da capacidade das partes: ao ser decretada a interdição, deverá ser nomeado um representante legal. Na ausência, juiz nomeará curador especial. Art. 9° CPC.
 
Perda da capacidade do representante legal da parte: deverá ser substituído.
 
Morte do representante legal da parte: deverá ser substituído. Morte do procurador (advogado) art. 265,§2°. – nomeação de um novo procurador Autor (extinto).Réu (revelia).
 
II – Convenção das partes (suspensão facultativa)
 
As partes podem convencionar a suspensão, por prazo não superior a 06 meses. Depende da autorização judicial para suspensão. Alguns acham que o juiz não pode vetar a suspensão quando requerida. Cessado o prazo, a retomada do curso do processo não depende de provocação das partes- (impulso oficial) art. 265,§3°.
 
 III – Exceção – art. 112 e 304/314
 
 
 
IV – Sentença de mérito depende:
 
a) de outro julgamento: 
b ) verificação de fato ou produção prova (fins probatórios).
Ex: atua de testemunha em outra comarca.
 
c) questão de Estado – deve ser requerida como declaração incidente (arts. 5° e 325 CPC) – a questão prejudicial é relativa à outra demanda que influi no curso da demanda a ser suspensa, e não demanda a ser suspensa. Ação declaratória incidental.
 
V – Força maior – razão de ordem física que torna impossível o andamento do processo, impedindo o funcionamento dos tribunais.
Ex: guerra, incêndio, destruição de prédios, etc...
 
VI – Outros casos: Art. 13 irregularidade da representação processual
 Art. 64. nomeação à autoria 
 Art. 72. denunciação da lide
 Art. 79. chamamento ao processo
 Art. 60. oposição
 Art. 79 Embargos à execução, etc...
 
Duração da Suspensão (tempo) 
Varia conforme a causa de suspensão;
 
Morte ou perda da capacidade processual do advogado – 20 dias (art.265,§2°)
 
Morte das partes – enquanto se processa a habilitação. (art.1.062).
 
Perda da capacidade processual das partes – nomeação novo representante devendo ser observado. Art.267,II e III.
 
Converção das partes – 06 meses – pode ser requerida por prazo menor até 06 meses.
 
Exceção – até que seja julgada. Art. 306
 
Hipótese - “a”, “b”, “c” – 01 ano
Letra “b” – art. 203 – prazo para cumprimento
 
Força maior – critério do juiz.
 
Demais casos – depende cada fato determinante
 
Efeitos da Suspensão do Processo.
Com relação aos atos – art. 266 – vedada a prática de atos; sendo inexistente ou ineficazes.
Exceção – realização atos urgentes / dano irreparável.
 
Com relação aos prazos – suspensão, voltando a completo tempo que restava após a suspensão.
 
Com relação ao prosseguimento do processo – prossegue (impulso oficial)
 extingue.
MOMENTOS DA SUSPENSÃO 
 
Sempre depende de decisão judicial (não é automática) quando:
 
A suspensão se dá desde o momento do acontecimento de fato suspensivo e não do seu reconhecimento (efeito “ex tunc).
 
Quando for de conhecimento do juiz.
a)     no caso de morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes ou de seu representante legal. (art.265, §1°)
provado o falecimento ou incapacidade – certidão de óbito ou da incapacidade.
Hipóteses – se a prova da incapacidade ou falecimento for produzida antes de iniciada a audiência de instrução e julgamento – juiz suspenderá. Se iniciada após audiência de instrução e julgamento, não suspenderá e continuará até publicar a sentença. art. 265, §1°, letras “a” e “b”.
Advogado continuará até o encerramento da audiência.
Processo – suspensão após publicação acórdão/ sentença.
 
b)    art. 265,§ 2ª - morte ou perda da capacidade processual do advogado – prazo 20 dias para constituir novo advogado.
 
 
 
c)     art. 265, §3° - suspensão – 06 meses – findo o prazo, inicia-se automaticamente o andamento do processo.
 
d)    Art. 265,§4° - exceção de incompetência arts. 304/306.
 
e)     Art. 265, §5° - letras “a”,”b” e “c” – art. 265, II.
Suspensão não poderá ultrapassar de 01 ano.
 
DA EXTINÇÃO DO PROCESSO.
 
 
 
O processo tinha o seu fim normalmente através da sentença. Entretanto, com as recentes modificações ocorridas, especialmente com a Lei 11.232/2005, que alterou a redação dos arts. 162, 267 e 269, a sentença não mais, em todas as hipóteses, põe fim ao processo, sendo que, muitas vezes, termina somente com uma fase (cognitiva) dando início à fase de cumprimento da sentença.
 
 
 
a) Sentença - art. 162 do CPC, parágrafo 1º:
 
- art. 267 : extinção do processo sem resolução de mérito;
 
- art. 269 : resolução de mérito (não provocando a extinção, que somente ocorre com a satisfação do crédito, em razão da fase de cumprimento da sentença no próprio processo);
 
- art. 463 do CPC : redação alterada suprimindo a expressão “cumpre e acaba o ofício jurisdicional”;
 
 
 
 
EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO. ART. 267.
 
Definição – dá-se quando o juiz põe fim ao relacionamento processual sem dar uma resposta (negativa ou positiva) ao pedido do autor.
 
Hipótese.
 
I – indeferimento da inicial – art. 295
 
II – processo se desenvolve por impulso oficial com a colaboração do impulso das partes. Art. 262.
Quando depender o impulso das partes e ficar parado mais de 01 ano ( ano e dia ), resulta a extinção.
Só que antes, o juiz é obrigado a intimar a parte, pessoalmente para suprir a falta em 48 horas. Art. 267,§1°.
Custas pagas proporcionalmente – art. 267,§2°.
 O juiz pode extinguir o processo de ofício, requerimento de qualquer das partes ou do Ministério Público, mesmo que fiscal.
III- abandono da causa pelo autor – quando não praticar atos necessários por mais de 30 dias. 
Inércia do autor.
Declaração – de ofício, requerimento réu ou M.P.
Intimado pessoalmente – art. 267,§1°.
Autor – (pagamento, despesas e honorários). Art. 267,§2°.
 
IV – pressupostos processuais.
Matéria de ordem pública. Art. 267,§3°.
Art. 22 – perda de honorários.
Art. 265. §2°. – ausência de advogado.
 
V – perempção – de causa 3 vezes à extinção por fundamento no art. 267,III.
Art. 268, parágrafo único – fica ressalvado o direito de se defender, caso seja proposta ação contra ele.
 
Litispendência e coisa julgada :art. 301,§3°.
Art. 267§3°.
Art. 268,§ único.
 
VI – Condições da ação.
Art. 267, § 3°.
Carência da ação.
 
VII – arbitragem – lei 9.307 de 23.09.96.
 
VIII – Desistência da ação – autor abre mão do direito de ação e não do direito material. Ela pode renovar a demanda.
É ato unilateral desde que protocolado antes do prazo de resposta do réu. Art. 267,§4°
Limite temporal para desistência – é a sentença.
Não pode haver desistência da ação em grau de qualquer recurso. Por que não pode o autor, mesmo com a concordância do réu, inutilizar a sentença, não relação de direito processual, mas sim material.
O que ocorre depois da sentença é a renuncia do direito sobre que se funda ação ( art. 269, V ) que não depende da ausência do réu, eis que provoca a improcedência da ação para o autor.
Desistência – deve ser homologada – sentença.
IX – Morte do titular de direito intransmissível: o próprio direito se extingue com a pessoa de seu titular, pois trata-se de direito personalíssimo.
Não há sucessão, nem de direito, nem de fato.
Ex: separação judicial; alimentos.
 
X – Confusão – art. 381 novo C.C. (quando se confundirem as qualidades do credor e devedor).
Se dá quando ocorre a inexistência de uma das partes da relação jurídica processual – autor ou réu, pois o mesmo pressupõe lide e se não existe mais duas partes, não há conflito de interesses.
 
XI – Demais casos: 
 
Ato do juiz que determina a extinção – sentença – apelação.
 
 
- Efeitos da extinção.
 
Com a extinção do processo sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, a sentença terminativa se faz coisa julgada formal, e permite a renovação da ação pelo autor.
 
Mas deverá a parte comprovar o pagamento das despesas e honorários. Art. 268.
 
Exceção à renovação – art. 268 – hipótese art. 267,V.
 
 
RESOLUÇÃO DE MÉRITO.
 
Hipóteses – art. 269 CPC.
I - O juiz soluciona a lide improcedente/procedente ou procedente em parte. 
Assim não é a ação mas o pedido que é procedenteou improcedente.
 
II – Reconhecimento: é a adesão do réu àquilo que contra ele foi pedido.
 
É diferente da hipótese de confissão, pis esta não provoca a procedência do pedido, diz respeito apenas aos fatos em discussão; é meio de prova. Reconhecimento – refere-se diretamente ao próprio direito material, ao pedido.
-         acarreta o desaparecimento da lide.
-         pressupostos – parte capazes – direitos disponíveis. 
- pode ser feito pela parte ou advogado com poderes para tal. Art. 38 CPC.
-         não dispensa a sentença – homologatória. 
 
III - Transigência é transação – art. 1025 C. Civil.
È o negocio jurídico bilateral realizado entre as partes para prevenir ou terminar o litígio, mediante concessões mútuas.
 
Depene da homologação do juiz. Forma de autocomposição. 
 
Deverá ser feita por documento elaborado pelas partes ou em termos nos autos 
 
Pressupostos – partes capazes, direitos disponíveis. (patrimoniais privados).
 
IV – Decadência/Prescrição. – Ligada à idéia de tempo. 
 
Decadência – perda do próprio direito material.
 
Prescrição – perda do direito de ação em virtude do decurso d o tempo.
 
V – Renúncia: dá-se quando o autor, de forma expressa, abre mão do direito material que envolve quando da dedução de sua pretensão em juízo. 
 
-         depende da sentença homologatória.
-         Sempre deve ser feita expressamente;
-         Mesmos pressupostos da transação e do reconhecimento do pedido.
-         Advogado – poderes especiais.
-         Renúncia – difere da desistência, pois a demanda não pode ser renovada. 
f)      força maior – assim que o juiz reconhecer a sua existência.
1) ATOS PROCESSUAIS 
 	Atos, Fatos e Negócios Processuais: sob a ótica estrutural, o processo, como o próprio nome diz, é uma estrutura dinâmica, sendo um conjunto seqüencial de atos que visa à solução da lide por meio da tutela jurisdicional.
 Os atos, portanto, são ordenados, havendo uma seqüência lógica e cronológica. Isso faz com que o processo seja complexo, resultando o mesmo da combinação do procedimento com a relação processual. A própria relação processual, por ser progressiva, goza de complexidade, já que os eventos geram modificação, constituição e extinção de situações jurídico-processuais, fazendo surgir fatos processuais. 
 	Fatos processuais são, portanto, quaisquer acontecimentos que repercutam no acontecimento jurídico do processo. Há fatos processuais, porque existem eventos que independem da vontade humana lícita e que são capazes de influir no processo. 
Alguns fatos jurídicos processuais têm por origem a vontade, tornando-se atos processuais. Toda manifestação de vontade de quaisquer sujeitos do processo, que repercuta na relação jurídico-processual, é um ato processual. Todos os demais são meros fatos processuais. 
Dentre os atos processuais cite-se a manifestação de quaisquer sujeitos processuais e não apenas das partes. Ex: sentença proferida pelo Juiz que, por ser um ato de vontade, é um ato processual.
 	Tema que gera divergência doutrinária é o da existência de negócios processuais, ou seja, de negócios jurídicos realizados no campo do processo. Vários são os autores que defendem a sua existência e citam como exemplo a transação, a eleição convencional de foro e outros atos assemelhados. Outros, entretanto, negam a existência dessa categoria, sob o fundamento de que os atos de vontade realizados pelas partes produzem no processo apenas os efeitos ditados por lei, o que os inclui na categoria dos atos, e não, na dos negócios.
 	Princípio da Instrumentalidade das Formas: forma é o conjunto de solenidades necessárias e indispensáveis para a validade e eficácia dos atos processuais. É tudo aquilo que deve estar contido no ato para que este surta os efeitos desejados. Portanto, o ato não tem uma finalidade em si mesmo, pois se estabelece um lugar, um tempo e um modo para gerar a eficácia desejada. Não há que se falar em culto à forma do ato. A forma tem no seu binômio previsibilidade e segurança as garantias necessárias para a concessão da tutela jurisdicional. 
 	Assim, o princípio da instrumentalidade das formas estabelece uma situação intermediária entre formalismo e o rigor, para que a efetiva tutela jurisdicional seja outorgada. O sistema busca muito mais o conteúdo do que a forma nela mesma. Caso o objetivo do ato seja alcançado, sem prejuízo para as partes ou ao processo, a forma, nela mesma, passa a ter um caráter secundário. 
 	O sistema jurídico não transige com alguns formalismos, dentre os quais o uso do vernáculo (art. 156, CPC). 
 	Publicidade: a publicidade dos atos processuais garante a sua transparência e lisura, até porque o sistema constitucional não admite julgamento sigiloso (art. 93, IX, da CF). 
 	O princípio da publicidade goza de equilíbrio, de forma que os atos processuais também não devem ser divulgados sem qualquer cuidado. Isso faz com que alguns atos gozem da máxima publicidade, como as hastas públicas, em que se expedem editais, e outros gozam de pouquíssima publicidade, como os atos que correm em “segredo de justiça”. São hipóteses em que a intimidade das partes deve ser resguardada, por se tratar de questões personalíssimas que pouco importam a terceiros. O rol do art. 155 do CPC é taxativo. 
 	Classificação dos Atos Processuais: os atos processuais podem ser divididos quanto aos sujeitos que o praticam:
a) Atos das partes (inclui terceiros intervenientes) - art. 158 a 161, CPC.
b) Atos dos agentes da jurisdição - inclui os atos do juiz (art. 162 a 165) e os atos do escrivão (auxiliares da justiça - art. 166 a 171).
 	Atos Processuais do Juiz: tais atos têm especial relevância, pois o Juiz é o condutor do processo, sendo aquele que outorga a tutela jurisdicional. O Juiz preside a coleta de provas, determina a marcha e ordenação procedimental. 
 	De acordo com o art. 162 do CPC, os atos de provimento são os seguintes:
a) Sentença (Acórdão): é o ato pelo qual o Juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. Aqui ocorre a efetivação da tutela jurisdicional. As sentenças são: processuais ou terminativas, isto é, aquelas que não enfrentam o mérito (art. 267, CPC), ou de mérito (definitivas), isto é, as que julgam o mérito (art. 269, do CPC). 
b) Decisão interlocutória: ato pelo qual o Juiz resolve questões incidentes. São dúvidas que surgem no desenvolvimento do processo e que são dirimidas pelo Juiz, mas que tem conteúdo decisório não previsto nas hipóteses dos arts. 267 e 269 do CPC. Por ter conteúdo decisório é que cabe recurso de agravo de instrumento ou agravo retido de tais decisões. Podem ocorrer em qualquer fase do procedimento, quer na fase instrutória ou mesmo na fase recursal. 
c) Despacho: todos os demais atos praticados pelo Juiz. Tais atos não envolvem o direito que se discute, nem o interesse das partes. Visam o regular andamento do processo. A diferença entre despacho e decisão interlocutória está na carga lesiva ao interesse da parte. Caso esta exista, é uma decisão interlocutória. 
d) Atos ordinatórios: são todos os atos praticados pelos servidores, passíveis de revisão judicial que se dão por delegação, visto que a responsabilidade é sempre do Juiz. Ex.: entrega de autos às partes ou a peritos. Esses atos praticados pelos serventuários da justiça são chamados também de atos de documentação. São as hipóteses de abertura de conclusão ou vista às partes, ou certidão de incidentes. 
 	Tal relação não é exaustiva, pois o Juiz ainda realiza audiências, inspeções judiciais, presta informações em agravos de instrumentos ou mandados de segurança, etc. 
 	Ademais, o Juiz ainda pratica atos materiais, que são aqueles que não têm qualquer caráter de resolução ou determinação: podem ser instrutórios, como a realização de inspeções, ou atos de documentação, como rubricar folhas dos autos. Tais atos de documentação não integram o artigo 162 do CPC. 
 	Atos do Escrivão: o CPC, com a expressão “escrivão”, quis designartodos os serventuários que estão sob sua fiscalização. São atos burocráticos dispostos no art. 166 do CPC, e que o escrivão deve seguir para o bom desenvolvimento procedimental. 
 	Além desses atos, tem-se:
a) Atos de documentação: os serventuários e o escrivão praticam uma série de atos materiais necessários ao bom desenvolvimento do processo. Ex.: digitação de declarações verbais das partes em alegações finais. 
b) Atos de comunicação: são todas as ordens do Juiz que precisam ser comunicadas às partes, seus representantes ou outros serventuários da justiça. 
Comunicação Processual
	Entende-se por comunicação processual a transmissão de informações sobre os atos do processo às pessoas sobre cuja esfera de direitos atuarão os efeitos do mesmo, por vezes contendo um comando para prática de um ato ou abstenção.
	No dizer de Dinamarco é essencial ao binômio ciência-reação que norteia a efetividade do contraditório. Assim nosso tema aborda as citações, intimações e ainda os atos de comunicação entre juízos, as cartas.
Citação - no dizer do autor paulista “é ato mediante o qual se transmite ao demandado a ciência da propositura da demanda, tornando-o parte no processo”, assim tem-se que o processo forma-se gradualmente, ou seja inicialmente numa relação autor-juiz e posteriormente com a citação surge a relação angular ou triangular. Em suma, deixa de ser parte na demanda passando a ser parte no processo, esta a finalidade da citação.
	Para a doutrina a definição do código (Art. 213) de ser o ato pelo qual se chama o réu ou interessado (na clássica dicotomia jurisdição voluntária-contenciosa) a se defender é imprecisa e incompleta, posto que no processo executivo o réu (executado) não é chamado a se defender, mas a cumprir a obrigação. Ademais não só réu ou interessado, mas o chamado ao processo, o litisdenunciado e o nomeado a autoria também são citados.
	
	Como dissemos adota o CPC o sistema da mediação, que coloca entre a demanda e a comunicação o Estado-Juiz que ordena este último ato, diferindo do sistema italiano, imediação, onde o autor entrega a demanda para que o oficial de justiça diretamente cite o demandado, participando o juiz tão só após este último ato.
	A lei aduz (Art. 214) que a citação válida é indispensável ao processo, há contudo que se interpretar com ressalva isto. Diante da instrumentalidade das formas pode sua falta ser suprida de outro modo, a saber pelo comparecimento voluntário, a oferta de resposta suprem sua ausência, bem assim se afirma que a sentença sem citação não é inexistente, pelo contrário produzirá todos os efeitos até que venha outro ato judicial a desconstituí-la. Mas de forma alguma é pressuposto de validade do processo, segundo Dinamarco ela ocorre em momento posterior à formação do processo, ademais se ao indeferir a inicial o juiz proclama a decadência houver processo válido sem que houvesse citação. Tecnicamente o vício da citação contamina os do procedimento que lhe segue, posto que cada ato posterior tem como antecedente lógico o anterior, podendo ser alegado em querella nulitatis, embargos a execução ou em ação rescisória. 
	Dinamarco afirma ainda que no caso da citação no processo de execução, em que o sujeito é conclamado a pagar, essa exortação não é efeito da citação, mas de uma intimação que lhe acompanha. Assim diz o autor que a falta de intimação de que se não apresentar defesa será revel impede a produção de tais efeitos, mas não invalida a citação. Diversamente do que ocorre na intimação que visa certo ato, a citação vale para todo o processo, daí redundante falar em citação inicial, pois ela é via de regra no início do processo, salvo quanto a outras pessoas que venham a integrar posteriormente a relação processual. Por fim junto à citação advém um ônus ao citado, seja de apresentar resposta, de comparecer, de nomear bens a penhora. 
Quem é citado - a teor da lei deve ser citado o réu pessoalmente, seu representante legal ou seu procurador com poderes especiais. No caso de estar o réu ausente, pode ser citado o mandatário, mesmo sem poderes especiais desde que a demanda se origine de ato por este praticado.
		No caso do locador que se ausenta do país pode ser citado aquele que recebe o aluguel, mas fora este caso não se pode citar a administradora de imóveis. 
Lugar da citação - em regra pode ser feita em qualquer lugar, salvo restrições legais que só são superadas para que não se perca o direito (Art. 217).
Efeito da citação - a citação válida induz quanto ao réu certos efeitos tornando prevento o juízo, fazendo litigiosa a coisa e induzindo litispendência (quanto ao autor esses efeitos ocorrem na propositura). Além disso interrompe a prescrição (e a decadência por força do Art. 220) e constitui em mora o devedor.
Espécies de citação - diz-se que a citação pode ser real ou ficta. Diz-se real pelo fato de o réu tomar ciência ele próprio da demanda proposta. 
Será real quando postal ou por oficial de justiça (OJ). Na hipótese de citação postal deve a mesma seguir acompanhada de aviso de recebimento que deverá estar assinado pelo próprio e no caso de pessoa jurídica por pessoa com poderes especiais de gerência, sendo assinado por outra pessoa ou por funcionário sem poderes não se considera citado o réu. De ressaltar que há casos em que vedada a citação postal (incapaz, ações de estado, processo de execução, réu residente em local sem correio ou quando o autor requerer).
Ao lado da citação real temos a ficta que é feita por duas modalidades: a citação por hora certa e a citação por edital. Na primeira o réu citado, suspeitando da ocultação intima pessoa da família que regressará no dia seguinte para fazer a citação e não encontrando o réu dar-se-á por citado, remetendo o escrivão comunicação do ocorrido. No que toca a citação por edital esta se dá quando o réu se encontre em local incerto e não sabido, ou ainda inacessível (país que não cumpre rogatória, locais dominados pelo tráfico de drogas). Ocorre nesta a publicação por três vezes do edital contando-se um prazo fixado pelo juiz a partir da primeira publicação ao fim do qual corre o prazo da resposta.
Intimação - “é ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, bem assim para que faça ou deixe de fazer alguma coisa”. Como via de regra é feita a intimação via diário oficial. É necessário para sua validade que conste o nome da parte e do advogado. No caso do MP a intimação é sempre pessoal. No que toca à contagem do prazo ela é feita excluindo o dia de início, ou seja, conta-se do dia seguinte ao que realizada, salvo se feita em dia não útil, caso em que se considera feita no primeiro dia útil seguinte. 
	Segundo Dinamarco a intimação pode apenas conter mera ciência de ato praticado ou então ter ali agregado um ônus ou dever.
Cartas - como exercício da jurisdição sofre determinados limites, seja pela soberania dos vários Estados, seja pela aderência ao território no qual podem os juízes exercê-la validamente e ainda por conta da hierarquia existente entre vários órgãos, surge a necessidade de uma cooperação jurisdicional para a prática de certos atos. Assim temos cartas precatória, rogatória e de ordem. No que toca às atividades confiadas à cooperação essas podem ser atos de comunicação processual (citações e intimações) , atos de instrução processual (perícias e inquirição de testemunhas) e por fim atos de constrição judicial (penhora, arrestos,...).
Carta Rogatória - solicitação da cooperação jurisdicional de um órgão judiciário de outro país. Hoje inúmeros tratados propugnam uma maior colaboração entre os quais destacamos o Protocolo de Cooperação Jurisdicional do Mercosul e a Convenção Internacional sobre Cartas Rogatórias. Em regra diz Dinamarco que os Estados se recusam a cumprir atos de constrição sobre bens situados em seus países, ou seja, reduz-se o âmbito aos atos de comunicação e de instrução. As cartas dessa natureza circulam na via diplomática e além disso quando estrangeiras necessitam do

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