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1 Mestranda: Priscila de Souza Maciel Orientador: Dr. Augusto César da Silva Bezerra 2 Conceitos Iniciais As estruturas de pavimentos são sistemas de camadas assentes sobre uma fundação chamada subleito. Comportamento Estrutural Espessura Rigidez Estado do que não cede nem à flexão nem à pressão; não possui maleabilidade Interação das camadas 3 Camadas do pavimento flexível São constituídas por: • Materiais granulares • Solos • Misturas de solos 4 Camadas do pavimento flexível Mas em todo pavimento flexível teremos todas essas camadas??? 1. TRÁFEGO 2. CAPACIDADE DE SUPORTE DO SUBLEITO 3. RIGIDEZ 4. ESPESSURA DAS CAMADAS 5. CONDIÇÕES AMBIENTAIS 5 Camadas do pavimento flexível Compressão e Tração devido à flexão Submetidas principalmente a compressão • Podem ser compostas por solo que apresentam coesão mas não são resistentes à tração. Em algumas situações, portanto, podem ser adicionados estabilizantes químico. PAVIMENTO SEMI-RÍGIDO 6 Camadas do pavimento flexível Nos pavimentos asfálticos, a razão da rigidez do revestimento em relação às demais camadas granulares não é tão elevada como no caso do revestimento de concreto de cimento Portland, fazendo com que as tensões sejam compartilhadas entre as diversas camadas, proporcionalmente à rigidez (material e geometria). Neste caso as cargas de superfície são distribuídas numa área mais restrita. Pavimento Rígido Elevada rigidez em relação às camadas granulares, distribuindo as cargas em uma área mais ampla Pavimento Flexível Menor rigidez em relação às camadas granulares, quando comparado ao pav. Rígido, distribuindo as cargas em uma área mais restrita 7 Camadas do pavimento flexível PAVIMENTO DIMENSIONAMENTO • Tráfego previsto no período de projeto • Condições Climáticas Definição das camadas granulares Espessura da camada Rigidez do material Fadiga Resistência a ruptura Permeabilidade Deformabilidade Resistir a numerosas solicitações, sem que ocorram danos estruturais fora do previsto e aceitável 8 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Seleção dos materiais Averiguar os materiais disponíveis quanto às características de natureza para serem empregados na estrutura do pavimento Quais são as características que o material deve apresentar? Ø Resistência Ø Baixa deformação Ø Permeabilidade compatível 9 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Os materiais de são basicamente constituídos por: • Agregados • Solos • Eventualmente aditivos : Cimento, cal, emulsão asfáltica, entre outros 10 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Seleção de materiais e ensaios relacionados: 1. Distribuição granulométrica: Análise granulométrica 2. Resistência: Abrasão 3. Forma: Índice de Forma 4. Durabilidade dos grãos: Abrasão 11 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Limite de materiais finos: Para material finos que serão utilizados, é limitada a plasticidade deste material, em função das seguintes patologias que poderão ocorrer: • Reduzem a permeabilidade dos materiais; • Reduzem a rigidez; • Aumentam sua deformabilidade; • Aumentam a expansão volumétrica em presença de água(causando queda da resistência) Qual o ensaio para a análise da plasticidade? Limites de Atterberg 12 Propriedades mecânicas dos materiais para base, sub-base e reforço de subleito Índice de Suporte Califórnia (ISC ou CBR) – DNER (Não é mais adotado nos EUA) 1. O ensaio foi elaborado afim de diminuir os problemas relacionados a sub-leito, o mais frequente na Califórnia na década de 20; 2. Baseia-se em comparar o material existente à um material padrão com características ideias quanto a resistência; 3. Basicamente, o ensaio baseia-se em na relação de pressão necessária para produzir uma penetração em um material comparado ao material padrão; 13 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Valores aceitáveis para solos subleito: Expansão <2% : Sugere-se substituição de material ou estabilização com cimento ou cal ou ainda uso de rachão; 14 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Valores aceitáveis para reforço de sub-leito: Expansão <1% Valores aceitáveis para base/sub-base: Expansão <0,5% Por que o material é imerso em água durante o ensaio? É desejável a utilização em pavimentos de um material que não perca consideravelmente sua resistência quando entra em contato com a água. Em outras palavras, é desejável que a diferença entre a capacidade de suporte antes da imersão em água e aquela obtida após imersão em água seja pequena ou muito reduzida. 15 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Ensaio de ISC em campo • Veículo pesado para aplicação de carga sobre o pistão de modo que provoque a sua penetração no material da camada a ser controlada Desvantagens: Oneroso Lento 16 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Ensaio com amostra indeformada Desvantagens: • Dificuldade de obtenção da amostra • Lento • Perda das características originais em função de erros no processo de retirada da amostra 17 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Módulo de resiliência ISC = Aplicação lenta por longo período Como é a aplicação devido ao tráfego? Frações de segundo, correspondentes a cargas em movimento, com intensidades variadas e com diferentes freqüências 18 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Módulo de resiliência A aplicação de carga é semi-senoidal por se aproximar da forma de carregamento correspondente à passagem de roda. O tempo de duração de aplicação total de carga é de 0,1 segundo e o repouso de 0,9 segundo. São utilizadas diferentes tensões de confinamento σ3, dada por pressão de ar dentro da célula, e tensões solicitantes σ1, aplicadas por célula de carga. 19 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Módulo de resiliência 20 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Materiais empregados na pavimentação • Granulares ou solos •Reciclados •Cimentados •Asfálticos 21 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Brita graduada simples(BGS) •Consiste em um material com distribuição granulométrica bem-graduada, com diâmetro máximo dos agregados não excedendo a 38mm e finos entre 3 e 9% (passante na peneira N º 200) •ISC normalmente elevado, da ordem de 60% a maiores que 100% •MR destas bases é em média 100 a 400MPa (1.000 a 4.000kgf/cm2) 22 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Brita graduada simples(BGS) •Sanidade dos agregados graúdos ≤ 15% e miúdos ≤18%, •Abrasão Los Angeles LA ≤ 50% •Lamelaridade ≤ 20% 23 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) Brita graduada simples(BGS) • Transporte é feito em caminhões basculantes e a distribuição do material em pista é feita normalmente por vibroacabadora ou motoniveladora. •A compactação é feita por rolos de pneus e/ou lisos, com vibração ou não; esta operação deve ser realizada logo após espalhamento para não perder umidade •A brita ou bica corrida é um material similar, com requisitos menos rigorosos, principalmente granulométricos, •podendo ser umedecida em pista 24 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) Brita graduada simples(BGS) 25 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) Macadame hidráulico •Trata-se de camada granular, composta por agregados graúdos, naturais ou britados, cujos vazios são preenchidos em pista por agregados miúdos e aglutinadospela água, no caso específico do macadame hidráulico. •A estabilidade é obtida pela ação mecânica enérgica de compactação. Os agregados graúdos devem ser duros, limpos e duráveis, livres de excesso de partículas lamelares ou alongadas, macias ou de fácil desintegração, sem outras contaminações prejudiciais. 26 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) Macadame hidráulico •O diâmetro máximo deve ter 1/3 a ½ da espessura final da camada; •Espalha-se os agregados graúdos e a camada é compactada com rolo liso e rolo vibratório. O material para o enchimento é espalhado pela motoniveladora em quantidade suficiente para encher os vazios com posterior irrigação. •Usualmente utilizado em obras urbanas, onde não se dispõe de usinas para a brita graduada simples 27 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) Macadame hidráulico •Maior permeabilidade quando comparado à BGS. • Apresenta alta resistência e baixa deformabilidade. 28 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Macadame a seco •O macadame seco é um material granular com muita semelhança ao macadame hidráulico, porém sem uso de água para auxílio do preenchimento dos agregados graúdos pelos miúdos. •Em geral, os agregados graúdos são de dimensões bastante significativas, chamadas de “pedra pulmão”, com tamanho variando entre 2” e 5”, de graduação uniforme, e preenchidos por agregados miúdos compreendidos em 5 diferentes faixas. 29 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Macadame a seco •As espessuras das camadas acabadas variam entre 12 e 20cm •Em subleitos de baixa capacidade de suporte, emprega-se “rachão”, material grandes dimensões, denominado “pedras-de-mão”, que, por cravamento e posterior intertravamento, reduz significativamente as deformações permanentes e auxilia na construção das demais camadas subseqüentes por oferecer um aumento substancial de suporte 30 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Solo agregado Britas Pedregulhos + Material passante na peneira 200 ou Areia SILTE E ARGILA Scetível 31 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Solo agregado a) Contato grão a grão, baixa densidade, permeável, difícil compactação e pouco susceptíveis a mudanças com a presença de umidade b) Finos preenchendo os vazios, alta densidade, permeabilidade mais baixa, menor deformabilidade, moderadamente difícil de compactar c) Matriz de finos, permeabilidade inferior, pode ser impermeável, facilidade de compactação Mais utilizados segundo a ABNT/DNER – Manter contato entre os grãos Utilizado quando há presença do solo laterítico 32 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Solo agregado O SOLO AGREGADO É RECOMENDÁVEL COMO MATERIAL DE BASE DE VIAS DE BAIXO VOLUME DE TRÁFEGO E COMO MATERIAL DE SUB-LEITO EM VIAS DE TRÁFEGO LEVE E PESADO PROBLEMAS COM CONTRAÇÃO POR PERDA DE UMIDADE %SOLO Fino <50% Agregado <25cm de diâmetro 33 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Solo-cimento-brita 70% brita 30% solo 3 a 6% em peso de cimento Utilizado em vias de tráfego pesado e médio 34 Materiais mais empregados na pavimentação (GRANULARES E SOLOS) •Solo arenoso fino laterítico Argila + Areia Amplamente utilizado em São Paulo (Mais de 8000km de rodovias de BAIXO VOLUME utilizaram este material como base) 35 Materiais provenientes de materiais cimentados BGTC (Brita graduada tratada com cimento) •Muito utilizada em vias de alto volume de tráfego •Utilizada normalmente como base do pavimento • Adição de cimento na proporção de 3 % em peso A cura do cimento gera retração? Cautela na utilização para que as trincas não cheguem à superfície do revestimento. 36 Materiais provenientes de materiais cimentados Solo-cimento •No caso de objetivar-se um enrijecimento: 5% e denomina- se esta mistura de solo-cimento •No caso de melhoria parcial das propriedades, principalmente trabalhabilidade conjugada com certo aumento de capacidade de suporte, empregam-se percentuais baixos, da ordem de 3% •Para a utilização do solo-cimento, é necessário que o solo apresente uma fração de material arenoso. Por que? • S o l o c a l Menor quantidade de cimento e menor risco de retração 37 Materiais provenientes de materiais cimentados Solo-cimento •O tráfego deve ser liberado em geral após 14 dias de cura. • A compactação deve ser imediata e a mistura deve ser, preferencialmente, feita em usinas. •A resistência à tração varia entre 0,6 a 2,0MPa •Resistência à compressão simples deve atender as especificações mínimas de norma (2,1MPa), mas podem chegar até cerca de 7 a 8MPa Observações importantes: O solo-cimento é utilizado para atender as especificações granulométricas, diminuindo significantemente a deformabilidade e a expansão. 38 Materiais provenientes de materiais cimentados Solo-cal •Amplamente utilizado como reforço de sub-leito e sub-base com baixo volume • Menor tempo de cura que o cimento •Utilizam-se de 4 a 10% em massa , reação imediata de redução da plasticidade e expansibilidade 39 Materiais provenientes de misturas asfálticas Solo-emulsão •Estabilização com a adição de material betuminoso ao solo; • Pouco utilizado no Brasil. Há relatos da utilização da mistura solo- alcatrão no estado do Rio de Janeiro; • Os materiais betuminosos estão voltados para a utilização no próprio revestimento, sendo assim, o método não é difundido em função do custo; •Utilizam-se de 4 a 7% em massa , com consumo maior para solos argilosos; • O espargidor é utilizado para a distribuição do material betuminoso, sendo aplicado de forma fracionada; •O caminhão pipa auxilia na umectação do solo, porém com volumes muito inferiores comparados ao solo-cimento; 40 Materiais provenientes de misturas asfálticas Solo-emulsão •O material componente do solo deve ser passante em 80% na peneira nº4; •O ensaio de umidade deve ser executado afim de garantir que o solo esteja na umidade ótima antes do início da mistura; • Verificar a compactação de 100 em 100 metros, sendo necessário grau de compactação mínimo de 100% Proctor intermediário; •Não são aceitos afastamentos das cotas previstas de projeto superiores a 2cm; 41 Materiais provenientes de misturas asfálticas Macadame-betuminoso • Podem ser utilizados ligantes tais como CAP e RR; •O agregado deve possuir desgaste Los Angeles inferior a 40%; •Índice de forma >0,5 •Durabilidade superior a 12% (Adição de soluções de sulfato de sódio ou de magnésio) •Granulometria adequada •A execução se dá pela aplicação do macadame com posterior banho do material betuminoso. 42 Materiais provenientes de misturas asfálticas 43 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Estruturas típicas de pavimento 44 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Estruturas típicas de pavimento 45 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Estruturas típicas de pavimento 46 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito Estruturas típicas de pavimento 47 Propriedades dos materiais de base, sub-base e subleito 1º Trabalho - Materiais provenientes de reciclagem •Escória de alto forno •Agregado reciclado de resíduo sólido de construção civil •Mistura asfáltica fresada ( Falar quanto a mistura do material em campo com a utilização de recicladoras e do material fresado na composição de novo revestimento asfáltico) 48 49 Questões de concurso 50 Questões de concurso Resposta: Letra C 51Questões de concurso 52 Questões de concurso 53 54 55
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