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02 Administrativo - Aras - OAB - 1ªfase

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www.cursocejus.com.br 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
1ª Fase 2013.2 
2ª Aula 
Prof. José Aras 
 
INTERVENÇÃO DO ESTADO SOBRE A PROPRIEDADE PRIVADA 
 
1. Generalidades: 
- O Estado pode intervir na propriedade privada e também no domínio econômico. Os 
fundamentos são: 
a) O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado; 
b) O princípio da função social da propriedade privada; 
 
2. Espécies: 
- As cinco primeiras são denominadas intervenções RESTRITIVAS, e a desapropriação é 
uma espécie de intervenção SUPRESSIVA; 
- Restritiva = restringe o direito de propriedade; 
- Supressiva = retira todos os direitos inerentes ao domínio; 
 
2.1. Limitação Administrativa: 
2.2. Requisição: 
2.3. Ocupação Temporária: Restritivas 
2.4. Tombamento: 
2.5. Servidão: 
 
2.6. Desapropriação: Supressiva 
 
 
 
 
 
 
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2.1. Limitação Administrativa: 
- As limitações administrativas são marcadas por um caráter geral, ou seja, NÃO incidem 
sobre um imóvel determinado; 
- Ex: altura máxima de edifícios, recuo obrigatório, rodizio de veículos, distancia entre 
construções, uso de capacete (moto) e cinto de segurança; 
- Considerando o caráter genérico (geral), a limitação NÃO DÁ direito a indenização; 
 
2.2. Requisição: 
- As requisições são marcadas por situações excepcionais e de urgência; 
- Ex: incêndios, calamidades públicas; 
- Essas requisições incidem sobre bens móveis ou imóveis, e também sobre serviços; 
- Ex: requisição de ginásios para desabrigados, requisição de veículos para socorro de 
acidentados, serviços de socorro médico; 
- As requisições DÃO direito a indenizações, POSTERIOR em caso de dano; 
- Art. 5, XXV da CF/88 c/c Art. 1228, §3º do CC/02; 
- A indenização é paga em dinheiro; 
- Ação judicial para cobrar o pagamento (caso o Estado não pague)  esse pagamento 
será através de precatório; 
 
Art. 5º, XXV da CF - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; 
 
Art. 1.228 do CC. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do 
poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
§ 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade 
pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente. 
 
2.3. Ocupação Temporária: 
- Ocupação Temporária incide sobre imóveis vizinhos de obras públicas, com a finalidade 
de visibilizar a sua execução; 
- Os conceitos de obra e também de vizinho são amplos; 
- Ex: perfurações de poços de gás e de petróleo, escavações arqueológica; 
- A ocupação DÁ direito a indenização, POSTERIOR em caso de dano; 
 
 
 
 
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2.4. Tombamento: 
- É uma espécie de intervenção ligada a proteção do patrimônio histórico cultural e 
artístico nacional; 
- É efetivado por entidades ou órgãos públicos. No plano federal a competência é do 
IPHAN; 
- O tombamento incide sobre bens móveis ou imóveis; corpóreos ou extracorpóreos; 
- Ex: Cristo Redentor, Acarajé, Capoeira, Toalha de Renda; 
 
Espécies de Tombamento: 
a) Tombamento Individual – quando atinge um bem determinado. Ex: Igreja do Senhor do 
Bonfim, Cristo Redentor, Casa de Santos Drummond; 
 
b) Tombamento Geral – quando atinge mais de um bem. Ex: Pelourinho, Ouro Preto; 
 
c) Tombamento de Ofício – atinge bens públicos, e se dá mediante um simples ofício; 
OBS: NÃO é necessária para o tombamento de bens públicos a observância da 
hierarquia politica, como acontece com a desapropriação; 
 
d) Tombamento por Processo Voluntário – atinge bens particulares; quando o particular 
pede ou aceita o tombamento; não é o mais comum; 
 
e) Tombamento por Processo Compulsório – atinge bens particulares; quando o particular 
não aceita, não quer o tombamento do bem; é o mais comum; 
 
f) Tombamento Provisório – quando existem dúvidas sobre o real valor do bem, mas se 
deseja proteger o bem; 
 
g) Tombamento Definitivo – quando já se tem certeza do real valor do bem que será 
protegido; 
 
 
 
 
 
 
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Efeitos do Tombamento: 
a) Efeitos aos proprietários  dever de conservação da coisa; o proprietário NÃO pode 
alterar a coisa tombada; proibição de modificação da coisa; em caso de alienação 
onerosa, o proprietário DEVE oferecer a preferência da venda para o poder público 
(respeitando a hierarquia); o bem tombado pode ser gravado (pode ser penhorado, pode 
ser gravado com hipoteca, com anticrese, pode ser vendido******); se for retirar o bem do 
país, deve solicitar autorização do tombador; 
******O bem público tombado é absolutamente inalienável; 
 
b) Efeitos sobre o Tombador (Entidade ou Órgão que está tombando)  dever de 
fiscalização; dever subsidiário de conservação; 
 
c) Efeitos aos vizinhos  os proprietários vizinhos ao bem tombado, se submetem a uma 
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA, de modo que, tem o dever de suportar, NÃO podendo 
realizar obras, pinturas, ou colocar placas que retirem ou diminuam a visibilidade do bem 
tombado; 
OBS: A servidão administrativa incide sobre a denominada ÁREA DE ENTORNO; em 
torno dessa área não pode ser feita nada que retire a visibilidade do bem; 
 
- O tombamento NÃO DÁ direito a indenização; 
- O tombamento PODE ser desfeito, ainda que seja o tombamento definitivo; 
Destombamento; 
- Quando o tombamento implica numa desvalorização excessiva do bem, dará direito a 
indenização, o que caracteriza uma DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA; 
- A desapropriação indireta configura um FATO administrativo em que o Estado toma a 
propriedade do particular SEM obedecer a um processo, e SEM o pagamento de 
indenização; trata-se de um fato ilegal, que gera prejuízo ao proprietário, dando o direito a 
indenização; configura também um apossamento administrativo; 
- Art. 225 da CF/88 e Decreto Lei 25/37; 
Art. 225 da CF - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do 
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de 
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
 
 
 
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I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e 
ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas 
à pesquisa e manipulação de material genético; (L-011.105-2005 - Regulamento) (MP-002.186-016-2001 - 
Regulamentação) 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem 
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer 
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa 
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade; (L-011.105-
2005 - Regulamento) 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem 
risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (L-011.105-2005 - Regulamento) 
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a 
preservação do meio ambiente; 
VII- proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função 
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamentado pela L-
011.794-2008) 
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de 
acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei. 
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas 
ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos 
causados. 
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a 
Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que 
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. (MP-002.186-
016-2001 - Regulamentação) 
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, 
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o 
que não poderão ser instaladas. 
 
2.5. Servidão: 
- É uma espécie de intervenção efetiva para a prestação de serviços públicos; 
- Na servidão a coisa dominante é um serviço público, e a coisa serviente é a propriedade 
do particular; 
- Constitui direito real sobre a coisa alheia; é a única modalidade de intervenção de 
direito real; tem caráter perpetuo; 
- Ex: transmissão de energia elétrica, altura máxima de prédios, 
- A servidão NÃO é autoexecutória; o Estado NÃO executa ele mesmo; 
- A servidão pode ser instituída por LEI, por CONTRATO e por SENTENÇA JUDICIAL; 
OBS: Quando é por LEI (genérico), NÃO dá direito a indenização; 
- Acordo ou sentença judicial, DÁ direito a indenização;

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