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APOSTILA INTRODUÇÃO AGRONEGÓCIO

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e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil 
Agronegócio
Introdução ao
Agronegócio
Caius Marcellus Reis Silveira
Ministério da
Educação
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes
Escola Técnica Aberta do Brasil
Agronegócio
Introdução ao 
Agronegócio
Caius Marcellus Reis Silveira
 
Montes Claros - MG
2010
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Secretário de Educação a Distância
Carlos Eduardo Bielschowsky
Coordenadora Geral do e-Tec Brasil 
Iracy de Almeida Gallo Ritzmann
Governador do Estado de Minas Gerais
Antônio Augusto Junho Anastasia
Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia 
e Ensino Superior
Alberto Duque Portugal
Reitor
Paulo César Gonçalves de Almeida
Vice-Reitor
João dos Reis Canela
Pró-Reitora de Ensino
Maria Ivete Soares de Almeida
Diretor de Documentação e Informações
Giuliano Vieira Mota
Coordenadora do Ensino Médio e Fundamental
Rita Tavares de Mello
Diretor do Centro de Ensino Médio e 
Fundamental
Wilson Atair Ramos
Coordenador do e-Tec Brasil/CEMF/
Unimontes
Wilson Atair Ramos
Coordenadora Adjunta do e-Tec Brasil/
CEMF/Unimontes
Rita Tavares de Mello
Coordenadores de Cursos:
Coordenador do Curso Técnico em Agronegócio
Augusto Guilherme Dias
 
Coordenador do Curso Técnico em Comércio
Carlos Alberto Meira
 
Coordenador do Curso Técnico em Meio 
Ambiente
Edna Helenice Almeida
Coordenador do Curso Técnico em Informática
Frederico Bida de Oliveira
Coordenador do Curso Técnico em 
Vigilância em Saúde
Simária de Jesus Soares
Coordenador do Curso Técnico em Gestão 
em Saúde
Zaida Ângela Marinho de Paiva Crispim
INTRODUÇÃO AO AGRONEGÓCIO
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 
Elaboração
Caius Marcellus Reis Silveira
Projeto Gráfico
e-Tec/MEC
Supervisão 
Alcino Franco de Moura Júnior
Diagramação
Jamilly Julia Lima Lessa
Marcos Aurélio de Almeda e Maia
Impressão
Gráfica RB Digital
Designer Instrucional
Angélica de Souza Coimbra Franco
Kátia Vanelli Leonardo Guedes Oliveira
Revisão
Maria Ieda Almeida Muniz
Patrícia Goulart Tondineli
Rita de Cássia Silva Dionísio
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
3
Prezado estudante,
Bem-vindo ao e-Tec Brasil/Unimontes!
Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola 
Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto nº 6.301, de 12 de dezem-
bro 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, 
na modalidade a distância. O programa é resultado de uma parceria entre 
o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação a Distancia 
(SEED) e de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e 
escola técnicas estaduais e federais.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e 
grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pes-
soas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimen-
to da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente 
ou economicamente, dos grandes centros.
O e-Tec Brasil/Unimontes leva os cursos técnicos a locais distantes 
das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incenti-
vando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas 
instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em 
escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais.
O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino téc-
nico, seus servidores técnicos e professores acreditam que uma educação 
profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, – é 
capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também 
com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, so-
cial, familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
Ministério da Educação
Janeiro de 2010
Apresentação e-Tec Brasil/Unimontes
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
5
Indicação de Ícones
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas 
de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou 
“curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada 
no texto.
Mídias integradas: possibilita que os estudantes desenvolvam atividades 
empregando diferentes mídias: vídeos, filmes, jornais, ambiente AVEA e 
outras.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis 
de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu 
domínio do tema estudado.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
Sumário
7
Palavra do professor conteudista ............................................... 11
Projeto instrucional ............................................................... 13
Aula 1 – Introdução à ideia de agricultura e agronegócio ................... 15
 1.1 Conceituando agronegócio ............................................ 16
 1.2 Sistema agroindustrial ................................................. 17
 Resumo ....................................................................... 20
 Referências .................................................................. 20
 Atividades de aprendizagem .............................................. 21
Aula 2 – Visão sistêmica do agronegócio ....................................... 23
 2.1 Vantagens decorrentes da visão sistêmica do agronegócio ....... 23
 2.2 Conceito de cadeias produtivas ...................................... 24
 2.3 Importância do Agronegócio .......................................... 25
 Resumo ....................................................................... 26
 Referências .................................................................. 26
Aula 3 – Características do setor agroindustrial “antes da porteira” ...... 29
 3.1 Segmento do setor agroindustrial “antes da porteira” ............ 29
 3.2 Insumos agropecuários ................................................. 29
 3.3 Máquinas, equipamentos e implementos agropecuários .......... 29
 3.4 Água ...................................................................... 31
 Resumo ....................................................................... 32
 Referências .................................................................. 32
 Atividades de aprendizagem .............................................. 33
Aula 4 – Características do setor agroindustrial “antes da porteira” 2 ... 35
 4.1 Energia ................................................................... 35
 4.2 Corretivos de solos ..................................................... 38
 4.3 Fertilizantes ............................................................. 40
 4.4 Agrotóxicos .............................................................. 40
 4.5 Compostos orgânicos ................................................... 41
 Resumo ....................................................................... 41
 Referências .................................................................. 41
 Atividades de aprendizagem .............................................. 42
Aula 5 – Características do setor agroindustrial “antes da porteira” 3 .... 43
 5.1 Mudas, sementes e materiais genéticos ............................. 43
 5.2 Hormônios ............................................................... 46
 5.3 Ração animal ............................................................46
 5.4. Sais minerais e sal comum ........................................... 47
 5.5 Produtos veterinários em geral ....................................... 47
 Resumo ....................................................................... 49
 Referências .................................................................. 49
 Atividades de aprendizagem .............................................. 49
Aula 6 – Características do setor agroindustrial “antes da porteira” 4 .... 51
 6.1 Relação entre os agropecuaristas e os produtores de insumos .. 51
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 8
 6.2 Serviços agropecuários ................................................ 51
 6.3 Pesquisas agropecuárias ............................................... 52
 6.4 Fomento, extensão rural e assistência técnica ..................... 53
 6.5 Elaboração de projetos ................................................ 54
 6.6 Análises laboratoriais .................................................. 54
 Resumo ....................................................................... 56
 Referências .................................................................. 56
 Atividades de aprendizagem .............................................. 56
Aula 7 – Características do setor agroindustrial “antes da porteira” 5 .... 57
 7.1 Crédito e financiamento ............................................... 57
 7.2 Defesa agropecuária ................................................... 58
 7.3 Proteção ambiental ..................................................... 58
 7.4 Incentivos governamentais ............................................ 59
 7.5 Comunicação ............................................................ 59
 7.6 Infraestrutura ........................................................... 60
 7.7 Mão-de-obra ............................................................. 62
 Resumo ....................................................................... 64
 Referências .................................................................. 64
 Atividades de Aprendizagem .............................................. 64
Aula 8 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” ..... 65
 8.1 Segmento do setor agroindustrial “dentro da porteira” .......... 65
 8.2 Produção agrícola ...................................................... 65
 Resumo ....................................................................... 69
 Referências .................................................................. 69
 Atividades de aprendizagem .............................................. 69
Aula 9 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 2 .. 71
 9.1 Viveiros e mudas ........................................................ 71
 9.2 Plantio .................................................................... 72
 9.3 Cuidados com a plantação ............................................ 72
 9.4 Colheita .................................................................. 74
 9.5 Pós-colheita ............................................................. 76
 Resumo ...................................................................... 76
 Referências .................................................................. 76
 Atividades de aprendizagem .............................................. 76
Aula 10 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 3 . 79
 10.1 Produção pecuária .................................................... 79
 Resumo ....................................................................... 83
 Referências .................................................................. 83
 Atividades de aprendizagem .............................................. 84
Aula 11 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 4 . 85
 11.1 Coeficientes técnicos aplicados à agropecuária ................... 85
 11.2 Coeficientes utilizados na agricultura .............................. 87
 Resumo ....................................................................... 88
 Referências .................................................................. 88
 Atividades de aprendizagem .............................................. 88
Aula 12 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 5 . 89
 12.1 Coeficientes técnicos pecuários ..................................... 89
 12.2 Bovinocultura de corte ............................................... 89
 12.3 Bovinocultura leiteira ................................................. 91
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 9
 12.4 Suinocultura ............................................................ 92
 Resumo ....................................................................... 94
 Referências .................................................................. 94
 Atividades de aprendizagem .............................................. 94
Aula 13 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 6 95
 13.1 Avicultura ............................................................... 95
 Resumo ....................................................................... 99
 Referências .................................................................. 99
 Atividades de aprendizagem .............................................100
Aula 14 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 7 101
 14.1 Organização do segmento agropecuário .......................... 101
 14.2 Adoção de tecnologia ao agronegócio ............................ 102
 14.3 Economia em escala ................................................. 103
 14.4 Adequação às características locais e culturais .................. 103
 14.5 Análise da viabilidade econômica e financeira do investimento 104
 14.6 Acompanhamento permanente dos custos e resultados das 
 atividades agropecuárias .................................................104
 14.7 Treinamento de mão-de-obra ......................................104
 Resumo .....................................................................104
 Referências ................................................................. 105
 Atividades de aprendizagem ............................................. 105
Aula 15 – Características do setor agroindustrial “dentro da porteira” 8 107
 15.1 Parceria para aquisição de insumos ............................... 107
 15.2 Treinamento dos administradores ................................. 107
 15.3 Mercado consumidor ................................................. 107
 15.4 Gestão de custos na agropecuária .................................108
 Resumo ...................................................................... 110
 Referências ................................................................. 110
 Atividades de aprendizagem ............................................. 110
Aula 16 – Características do setor agroindustrial “depois da porteira” .. 113
 16.1 Segmento do setor agroindustrial “depois da porteira” ........ 113
 16.2 Canais de comercialização .......................................... 114
 Resumo ..................................................................... 118
 Referências ................................................................. 119
 Atividades de aprendizagem ............................................. 119
Aula 17 – Características do setor agroindustrial “depois da porteira” 2 121
 17.1 Os agentes comerciais e a formação dos preços ................. 121
 17.2 Produtores agropecuários ........................................... 122
 17.3 Intermediários ........................................................ 122
 17.4 Concentradores ....................................................... 123
 17.5 Mercados de produtores ............................................. 123
 17.6 Agroindústrias ......................................................... 123
 17.7 Representantes e vendedores ......................................124
 17.8 Distribuidores ......................................................... 124
 17.9 Atacadistas ............................................................ 125
 17.10 Governo ............................................................... 125
 Resumo ...................................................................... 125
 Referências ................................................................. 126
 Atividades de aprendizagem ............................................. 126
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 10
Aula 18 – Características do setor agroindustrial “depois da porteira” 3 127
 18.1 Supermercados ....................................................... 127
 18.2 Pontos de venda ...................................................... 128
 18.3 Feirantes .............................................................. 129
 18.4 Exportadores.......................................................... 129
 18.5 Importadores ......................................................... 131
 18.6 Consumidor ........................................................... 131
 Resumo ...................................................................... 132
 Referências ................................................................. 132
 Atividades de aprendizagem ............................................. 132
Aula 19 – Características do setor agroindustrial “depois da porteira” 4 135
 19.1 As agroindústrias ..................................................... 135
 19.2 Fatores relacionados à montagem de uma agroindústria ....... 137
 Resumo ...................................................................... 139
 Referências ................................................................. 139
 Atividades de aprendizagem .............................................140
Aula 20 – Características do setor agroindustrial “depois da porteira” 5 141
 20.1 Garantia da quantidade e qualidade da matéria prima ......... 141
 20.2 Abastecimento de insumos secundários .......................... 141
 20.3 Comercialização ...................................................... 141
 20.4 Registro da agroindústria ........................................... 142
 20.5 Logística no agronegócio ............................................ 142
 20.6 A atuação do governo nas práticas comerciais do agronegócio 144
 Resumo ..................................................................... 145
 Referências ................................................................. 145
 Atividades de aprendizagem ............................................. 145
Referências ........................................................................148
Currículo do professor conteudista ............................................ 149
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
11
Palavra do professor conteudista
Prezados alunos, começamos hoje o estudo da disciplina Introdução 
ao Agronegócio. É preciso que vocês saibam que a nossa disciplina é muito 
teórica. Nós aprenderemos e discutiremos alguns conceitos básicos que se 
fazem necessários ao estudo do Agronegócio. É comum que alguns desses 
conceitos sejam mais fáceis de enxergar para alguns do que para outros, mas 
isso é natural, pois o Agronegócio tem inúmeras facetas de aplicação. Justa-
mente por esse motivo é que vocês precisam compreender conceitos como: 
insumos, coeficientes técnicos na agropecuária, logística em agronegócio en-
tre outros, pois esses conceitos serão a base para as disciplinas seguintes, 
nas quais vocês terão como visualizar a aplicação dos conceitos estudados 
agora na prática.
Dito isso, podemos começar o estudo da nossa disciplina. Estudem 
com dedicação e logo colherão os frutos do seu esforço. 
Atenciosamente, 
Professor Caius Marcellus Reis Silveira
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
13
Projeto instrucional
Disciplina: Introdução ao Agronegócio (carga horária: 108h).
Ementa: Definições. Conceito de agronegócios. Cenário do agro-
negócio no Brasil. Análise de cadeia de produção. As principais mudanças e 
tendências do agribusiness: antes da porteira, dentro da porteira e depois 
da porteira.
AULA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM MATERIAIS CARGA HORÁRIA
Aula 1 – Introdução 
à ideia de Agricultu-
ra e Agronegócio
Introduzir o conhe-
cimento em agrone-
gócio.
Caderno didático.
Aula 2 – Visão sistê-
mica do Agronegócio
Oferecer uma visão 
sistêmica do agrone-
gócio.
Caderno didático.
Aula 3 – Característi-
cas do setor agroin-
dustrial “antes da 
porteira”
Introdução ao 
segmento do setor 
agroindustrial “an-
tes da porteira”.
Caderno didático.
Aula 4 – Característi-
cas do setor agroin-
dustrial “antes da 
porteira” 2
Conhecer os insu-
mos agropecuários.
Caderno didático.
Aula 5 – Característi-
cas do setor agroin-
dustrial “antes da 
porteira” 3
Conhecer os insu-
mos agropecuários.
Caderno didático.
Aula 6 – Característi-
cas do setor agroin-
dustrial “antes da 
porteira” 4
Determinar como 
é a relação entre 
os agropecuaristas 
e os produtores de 
insumos.
Caderno didático.
Aula 7 – Característi-
cas do setor agroin-
dustrial “antes da 
porteira” 5
Conhecer caracte-
rísticas próprias do 
setor agroindustrial 
“antes da porteira”.
Caderno didático.
Aula 8 – Característi-
cas do setor agroin-
dustrial “dentro da 
porteira”
Conhecer o segmen-
to do setor agroin-
dustrial “dentro da 
porteira” e algumas 
de suas caracterís-
ticas.
Caderno didático.
Aula 9 – Característi-
cas do setor agroin-
dustrial “dentro da 
porteira” 2
Conhecer carac-
terísticas do setor 
agroindustrial “den-
tro da porteira”.
Caderno didático.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 14
Aula 10 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “den-
tro da porteira” 3
Aprender sobre a 
criação pecuária 
e algumas de suas 
características.
Caderno didático.
Aula 11 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “den-
tro da porteira” 4
Conhecer os coe-
ficientes técnicos 
aplicados à agrope-
cuária e especifica-
mente à agricultura.
Caderno didático.
Aula 12 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “den-
tro da porteira” 5
Conhecer os coe-
ficientes técnicos 
aplicados à pecuá-
ria.
Caderno didático.
Aula 13 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “den-
tro da porteira” 6
Conhecer os coefi-
cientes aplicados à 
avicultura.
Caderno didático.
Aula 14 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “den-
tro da porteira” 7
Conhecer como é 
a organização do 
setor agropecuário, 
o que é economia 
de escala e projetos 
agropecuários.
Caderno didático.
Aula 15 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “den-
tro da porteira” 8
Conhecer algumas 
características da 
produção agrope-
cuária e entender 
como ocorre a 
gestão de custos na 
agropecuária.
Caderno didático.
Aula 16 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “de-
pois da porteira”
Conhecer as carac-
terísticas do setor 
agroindustrial “de-
pois da porteira”.
Caderno didático.
Aula 17 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “de-
pois da porteira” 2
Conhecer os agentes 
comerciais e como 
se dá a formação 
dos preços na agro-
pecuária.
Caderno didático.
Aula 18 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “de-
pois da porteira” 3
Conhecer os agentes 
comerciais e como 
se dá a formação 
dos preços na agro-
pecuária.
Caderno didático.
Aula 19 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “de-
pois da porteira” 4
Conhecer como fun-
cionam as agroin-
dústrias.
Caderno didático.
Aula 20 – Caracte-
rísticas do setor 
agroindustrial “de-
pois da porteira” 5
Conhecer algumas 
características 
da agroindústria, 
entender o conceito 
de logísticae a atu-
ação do governo no 
setor agroindustrial.
Caderno didático.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
15
Aula 1 – Introdução à ideia de agricultu-
ra e agronegócio
Quando o homem se organizou em sociedade, no princípio ele vivia 
em grupos, não seria errado dizermos bandos, esses grupos eram nômades. 
Dessa forma, eles não viviam em um local fixo e se mudavam constantemen-
te. Importante para nós é saber a causa da mudança, e tudo se resume a ali-
mentação. A fonte de alimento daqueles grupos era basicamente a coleta de 
alimentos silvestres, a caça e a pesca. Esse modo de vida apresentava certa 
facilidade no início, dependendo sempre do local no qual se instalavam os 
bandos, porém com o tempo surgiam dificuldades e a maior delas era o esgo-
tamento dos recursos. Como não havia cultivo ou criação de animais e muito 
menos armazenamento é obvio pensar que com o tempo as dificuldades para 
obter alimento se tornavam muito grandes. Sem o básico para se manterem 
vivos, os grupos se mudavam e o seu comportamento se repetia no novo lo-
cal, isso gerava um ciclo que impedia a fixação num local por muito tempo.
Com o passar do tempo e a própria evolução do ser humano, os 
bandos compreendem, mas não seria errado dizer descobrem, que os frutos 
recolhidos de certa árvore voltavam a nascer e, que as sementes dentro dos 
frutos, podiam se transformar em novas árvores e produzir ainda mais frutos. 
Descobriram também, que os animais não podiam ser apenas caçados, eles 
podiam ser domesticados e criados nos locais onde os grupos estavam fixa-
dos. Parece-nos meio absurdo pensar que nossos antepassados demoraram 
muito tempo para ver coisas tão simples, mas precisamos entender que o 
homem estava no começo de sua evolução. O importante para nosso estudo 
é saber que nesse momento surge a agropecuária e por consequência, nesse 
momento, o homem começa a se fixar em lugares determinados. 
Por muito tempo a atividade agropecuária, a qual entendemos 
como o cultivo de vegetais e a criação e animais, se desenvolveu de for-
ma muito rudimentar. Apesar de o homem ter descoberto que era possível 
manter-se no mesmo local, devido a continua produção dos vegetais, ele não 
desenvolveu tecnologias para aumentar a produção ou facilitar a produção. 
A atividade dos grupos era, na sua quase totalidade, extrativa. Eles apenas 
colhiam os frutos produzidos. 
À medida que os grupos vão se mantendo no mesmo local, vão 
surgindo as comunidades como as conhecemos hoje. E são introduzidas 
algumas tecnologias à produção agropecuária. Não é nada revolucionário 
para nós hoje, mas iniciativas como adubar a terra com esterco ou arar 
o solo, foram técnicas utilizadas depois de muito tempo. Também pode-
mos afirmar que paulatinamente. Os homens passaram a aprender com a 
prática e foram executando tarefas das mais diversas de acordo a neces-
sidade e a época.
Nômades: pessoas que 
não têm habitação fixa 
vivem sempre mudando 
de lugar.
Rudimentar: arcaico, 
primitivo. 
Atividade extrativa: 
coleta de produtos 
naturais. 
Paulatinamente: aos 
poucos, de forma 
gradual a produção 
agropecuária foi se 
diversificando, não 
podemos esquecer que 
já havia algum tempo 
que os grupos tinham 
aprendido o cultivo de 
vegetais e a criação de 
animais. 
Tente perceber 
a importância da 
agropecuária para a 
fixação do homem. 
Imagine como seria 
a vida hoje se ainda 
tivéssemos que viver 
nos mudando para 
conseguir alimento.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 16
Alguns fatores como a distribuição espacial da população, a péssima 
infraestrutura e a baixa tecnologia, principalmente no quesito conservação 
dos produtos, e, também, as falhas e dificuldades de comunicação levaram 
a formação de propriedades rurais e pequenas comunidades autossuficientes 
Para atingir o objetivo e a necessidade da autossuficiência, as propriedades 
rurais e as comunidades possuíam diversas culturas e a criação de vários 
tipos de animais. Não era raro que as comunidades, além de produzir, tam-
bém beneficiavam seus produtos, era o início das agroindústrias, de modo 
primitivo é claro.
Podemos citar como exemplo as propriedades rurais do Estado de 
Minas Gerais, onde podia-se produzir feijão, arroz, algodão, café, milho, 
mandioca, hortaliças e frutas além de criar bois, cavalos e galinhas. Nesses 
mesmos locais de produção, o leite das vacas era transformado em queijo 
e manteiga, o café era torrado e moído, o milho transformado em fubá, o 
algodão era beneficiado em tecido. Como dito acima, era o início da agroin-
dústria. 
Nessas propriedades, apesar do caráter de autossuficiência, come-
ça a se ter uma atividade comercial, objetivando a geração de recurso para 
a aquisição de bens e produtos não produzidos pela propriedade. Com a 
ampliação desse comércio, que com o tempo continuou crescendo, surge o 
agronegócio.
1.1 Conceituando agronegócio
Com a evolução tecnológica, a ideia que se tinha de agricultura e 
pecuária muda, assim como também muda o modo de produção dos bens daí 
provenientes. O surgimento de novas tecnologias é o principal fato que altera 
o cenário da agropecuária. Com o êxodo rural. Tudo isso gerou mudanças na 
estrutura das propriedades rurais tais como: perda de sua autossuficiência, 
dependência de serviços e insumos que não são produzidos pela própria fa-
zenda, especialização em determinada cultura, geração de excedentes que 
abastecem os mercados urbanos, troca de informações com o centro urbano 
e outras propriedades, necessidade continua de infrainstrutura de qualidade 
como estradas e armazéns, por exemplo, necessidade de conquistar merca-
dos e consequentemente aumentar os lucros. Ou seja, a propriedade rural 
passou por diversas transformações que fizeram com que ela deixasse de ser 
autossuficiente para se tornar um centro de produção para o mercado urba-
no em sua grande maioria. 
A cada dia a agropecuária se especializa em determinado ramo 
do processo produtivo ou num certo ramo de comercialização dos seus 
produtos. Isso gera a necessidade de uma nova ideia de agricultura. Não 
se trata mais de várias propriedades autossuficientes, trata-se de um 
complexo de produtores de bens e prestadores de serviços. Todos depen-
dentes de uma infraestrutura com diferentes agentes, os quais são todos 
interdependentes.
Autossuficiente: 
que precisa apenas dele 
mesmo para sobreviver. 
Êxodo rural: 
abandono do campo 
por seus habitantes, 
que, em busca de 
melhores condições 
de vida mudam 
para as cidades, as 
pessoas se deslocaram 
para a cidade, 
mas continuaram 
dependentes dos 
produtos produzidos no 
campo. 
Perceba como 
a estrutura de 
funcionamento das 
propriedades rurais 
muda completamente 
com o tempo. Antes, a 
atividade agropecuária 
estava ligada à 
sobrevivência de seus 
donos. Hoje, a atividade 
agropecuária, em 
sua grande maioria, 
é direcionada para o 
comercio. 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 17
Analisando essa necessidade de um novo conceito para as ativida-
des agropecuárias é que dois professores da Universidade de Harvard, nos 
Estados Unidos, criaram o termo agribussines, o qual foi traduzido para o 
português como agronegócio e que possui o seguinte conceito: 
 Agronegócio é o conjunto de todas as operações e tran-
sações envolvidas desde a fabricação dos insumos agrope-
cuários, das operações de produção nas unidades agrope-
cuárias, até o processamento e distribuição e consumo dos 
produtos agropecuários in natura ou industrializados (ARAÚ-
JO, 2009, p.16).
1.2 Sistema agroindustrial
1.2.1 As características da produção agropecuária
É preciso ter em mente que a produção agropecuária possui carac-
terísticas próprias. Logo, para compreender o agronegócio de forma ampla 
é preciso terconhecimento das especificidades da produção, tanto agrícola 
quanto pecuária. Seguem as principais características: 
1.2.1.1 Sazonalidade da produção
A produção agropecuária é diretamente ligada ao clima da região 
onde se encontra. São as condições climáticas o principal responsável pelos 
períodos de safra e entressafra, períodos de fartura de produtos e períodos 
de escassez de produtos, respectivamente, salvo raras exceções.
Mas em se tratando de consumo, não ocorrem muitas alterações 
nas quantidades adquiridas pelos centros de consumo, elas são em sua maio-
ria constantes no mercado brasileiro. 
Mas por não haver alterações significativas do consumo durante o 
ano, isso não quer dizer que a sazonalidade não implique consequências para 
a produção. Seguem algumas implicações da sazonalidade na produção agro-
pecuária: variação de preço ao longo do ano, tendência a preços mais baixos 
na safra e a preços mais altos na entressafra, necessidade de armazéns para 
estocar os produtos, período de maior utilização de insumos, principalmente 
na entressafra, análise das características do produto produzido para melhor 
escolher a época de estocá-lo ou vendê-lo para aproveitar uma possível alta 
de preços gerada na entressafra, por exemplo.
1.2.1.2 Grande influência de fatores biológicos 
Tanto na agricultura, quanto na pecuária os produtos estão expos-
tos a doenças e a pragas (esses são os fatores biológicos tratados aqui). Es-
sas pragas e doenças, dependendo de sua intensidade e quantidade, podem 
diminuir o total de bens produzidos, assim como podem diminuir também a 
Safra: período de 
grande produção. 
Entressafra: período de 
pequena produção. 
Sugiro que você aluno 
faça uma pesquisa e 
descubra quais são 
os fatores climáticos 
presentes em sua região 
destacando quais são 
os períodos favoráveis à 
produção agropecuária 
e quais os períodos 
desfavoráveis
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 18
qualidade dos produtos. Em casos extremos, pode ocorrer a perda total da 
produção. 
Também é preciso prevenir que uma lavoura infectada, por exem-
plo, leve outras lavouras sadias a ficarem doentes. Também precisamos lem-
brar, que várias doenças originariamente de animais, podem contaminar 
seres humanos, como a gripe aviária, a doença da vaca louca e, mais recen-
temente, a gripe suína, hoje renomeada para gripe H1N1. 
Além do perigo de contágio em seres humanos, também ocorrem as 
consequências comerciais da infestação de pragas e doenças, sendo a mais 
comum os embargos comerciais, em que determinado país impede a aqui-
sição dos produtos de outro alegando que tais produtos não têm segurança 
sanitária, ou seja, não são saudáveis.
Além da possibilidade do embargo comercial, é lógico pensarmos 
que o produtor que tem sua lavoura ou criação atacada por pragas terá seu 
produto a um preço mais alto no mercado, pois a partir do momento que do-
enças e pragas atacam sua lavoura ou criação será preciso gastar com meios 
e técnicas para acabar com a infestação. Será preciso usar fungicidas, inseti-
cidas ou demais meios para curar a produção. A aplicação desses meios acar-
reta consequentemente a elevação do valor final do produto. Pois os gastos 
para exterminar as pragas precisam ser incluídos no custo de produção, risco 
para os funcionários e para o meio ambiente e existe também a possibilidade 
de contaminação da produção pelos resíduos tóxicos ou químicos utilizados 
para combater as doenças e pragas.
Uma outra consequência da ocorrência de pragas é o esforço neces-
sário para o seu controle, nenhum produtor ou Estado querem suas lavouras 
e criações sujeitas a doenças e, por conseqüência, prejuízos financeiros. 
Figura 1: Pulverização de inseticida em plantação de cana-de-açúcar.
Fonte: Disponível em: http://www.bombeiros.mt.gov.br/imagens/img/1858.jpg acessado em 14 de 
junho de 2010
 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 19
Figura 2: Pulverização de inseticida sobre plantação.
Fonte: Disponível em: http://www.albertopcastro.med.br/materias2/imagens/aviao1.jpg acessado 
em 14 de junho de 2010
Figura 3: Cidade do México durante surto da gripe suína.
Fonte: Disponível em: http://2.bp.blogspot.com/_Dd8DqM0kBUo/SgBP3q4VPoI/AAAAAAAAAM8/
nMAv1y8tIcw/s400/3473407.us_gripe_suina_mundo_284_399.jpg acessado em 14 de junho de 2010
Figura 4: Idosa recebendo vacina contra a gripe H1N1.
Fonte: Disponível em: http://www.conexaociencia.jex.com.br/includes/imagem.php?id_
jornal=10923&id_noticia=1016 acessado em 14 de junho de 2010
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 20
1.2.1.3 Perecibilidade rápida
A vida útil dos produtos agropecuários tende a ser curta. São pre-
cisos cuidados específicos para que esses produtos tenham sua “validade” 
estendida. Não seria exagero dizer que sem o devido cuidado os produtos 
agropecuários podem durar de alguns dias até apenas algumas horas. 
Por esse motivo, o agronegócio está totalmente ligado a outros se-
tores da economia. Sobre os relacionados com a perecibilidade podemos 
citar principalmente o setor de “conservação” e o de transporte. No setor 
de “conservação”, podemos citar toda e qualquer tecnologia que visa a au-
mentar o prazo de validade dos produtos, não precisamos citar exemplos 
muito fora de nossa realidade cotidiana, o próprio ato de colocar o leite 
na geladeira é uma tecnologia de conservação, assim como o processo de 
pasteurização do “leite longa vida” e sua embalagem. O setor de transporte 
também está ligado ao prazo de validade dos produtos agropecuários. Se um 
determinado produto possui um prazo de validade de 5 dias, ele não pode 
ficar 4 dias sendo transportado e ter apenas um dia para ser consumido. É 
preciso um transporte rápido e eficiente para levar determinado produto em 
prazo hábil e sem danificá-lo.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- Como ocorreu o desenvolvimento da agropecuária.
2- A importância da agropecuária para a fixação do homem.
3- Como ocorreu uma mudança no modo de organização das pro-
priedades rurais.
4- O que é agronegócio.
5- Que o agronegócio tem características próprias como: a sazo-
nalidade da produção, a influência de fatores biológicos e a 
perecibilidade rápida dos produtos.
Referências
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2 ed. São Paulo: Atlas, 
2009.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 21
Atividades de aprendizagem
1) A respeito do agronegócio é correto afirmar:
a) É o conjunto de todas as operações e transações envolvendo os produtos 
agropecuários.
b) É a atividade que diz respeito apenas as questões comerciais dos produtos 
agrícolas.
c) É a atividade que diz respeito apenas as questões comercias dos produtos 
pecuários.
d) É o conjunto de atividades ligadas apenas a produção agropecuária.
2) É uma conseqüência da sazonalidade da produção:
a) Preços mais baixos na entressafra.
b) Estabilidade dos preços durante todo o ano. 
c) Não há necessidade de armazéns para estocar os produtos.
d) Preços mais baixos na safra.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
23
Aula 2 – Visão sistêmica do agronegócio
É preciso entender e ver o agronegócio como um sistema integrado, 
onde todos os seus componentes são importantes. Essa visão sistêmica é 
uma necessidade para todos aqueles que desejam trabalhar com o agrone-
gócio, seja para o agente público que interfere na atividade agropecuária, 
seja para o grande agroindustrial ou para o administrador da sua fazenda. 
Somente vendo o agronegócio como um sistema integrado e interdependente 
é possível alcançar a máxima eficiência. 
Para conseguir enxergar o agronegócio como um todo, também é 
preciso dividi-lo de forma que sua compreensão torne-se mais fácil para 
você aluno, mas desde já afirmamos que se trata de uma divisão puramente 
didática. Podemosdividir o agronegócio em três setores chamados: “antes 
da porteira”, “dentro da porteira” e “após a porteira”.
O setor “antes da porteira” é aquele que envolve todas as ativida-
des que dão suporte a produção agropecuária antes que a produção ocorra 
de fato. Por exemplo: os fornecedores de insumos, sementes, tecnologia de 
modo geral, financiamentos entre outros.
O setor “dentro da porteira” é atividade produtiva agropecuária 
propriamente dita. Ela envolve, por exemplo, o preparo e o manejo do solo, 
a irrigação, colheita e no caso da pecuária todo o processo de criação do 
rebanho. 
O setor “após a porteira” trata das atividades desenvolvidas após 
a produção. Como o beneficiamento ou industrialização dos produtos, sua 
embalagem, armazenamento, distribuição, entre outros.
2.1 Vantagens decorrentes da visão sistêmica 
do agronegócio
A visão sistêmica do negócio agrícola – e seu conseqüente 
tratamento como conjunto – potencializa grandes benefícios 
para um desenvolvimento mais intenso e harmônico da so-
ciedade brasileira. Para tanto, existem problemas e desafios 
a vencer. Dentre estes, destaca-se o conhecimento das inter-
-relações das cadeias produtivas para que sejam indicados os 
requisitos para melhorar sua competitividade, sustentabili-
dade e equidade (ARAÚJO, 2009, p. 22).
Como dito acima, as vantagens da visão sistêmica do agronegócio 
são, basicamente, a competitividade e a sustentabilidade. A competitivida-
de diz respeito à própria qualidade do produto e ao seu preço no mercado 
consumidor, o mercado é cada vez mais exigente quanto à qualidade dos 
Competitividade: 
capacidade de um 
produto competir com 
os outros no mercado 
consumidor e a 
sustentabilidade 
Sustentabilidade: 
capacidade que o 
produtor tem de se 
manter no mercado e 
obter lucros.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 24
produtos e os consumidores ainda baseiam suas compras principalmente no 
quesito preço. A sustentabilidade está relacionada com a competência da 
propriedade para continuar no mercado. Competitividade e sustentabilidade 
estão ligadas de forma inseparável, uma empresa sem competitividade não 
consegue se manter no mercado, assim como uma empresa mal administra-
da, sem sustentabilidade, não será capaz de produzir produtos competitivos 
e consequentemente não terá lucro. 
2.2 Conceito de cadeias produtivas
Falaremos agora sobre o conceito de cadeia produtiva. Esse é um 
conceito bastante técnico, por isso tomaremos como base a palavras de Mas-
silon Araújo.
O conceito de cadeia produtiva aplicado ao agronegócio foi criado na 
França, na década de 1960. Segundo Montigaud: cadeias produtivas “são suces-
sões de atividades ligadas verticalmente, necessárias à produção de um ou mais 
produtos correlacionados” (MONTIGAUD, 1991, apud ARAÚJO, 2009, p 22).
Analisando a cadeia produtiva dos produtos agropecuários é pos-
sível enxergar as interrelações entre que compõe e participam daquela ca-
deia produtiva. Esse fato permite: descrever toda a cadeia de produção, 
determinar a função da tecnologia na estruturação de determinada cadeia 
produtiva, realizar estudos de melhoramento e integração, analisar a política 
voltada para o agronegócio; compreender a relação entre os insumos e os 
produtos produzidos com eles e analisar as estratégias das associações.
Segue abaixo as principais características das cadeias produtivas: 
Refere-se a conjunto de etapas consecutivas pelas quais pas-
sam e vão sendo transformados e transferidos os diversos 
insumos, em ciclos de produção, distribuição e comerciali-
zação de bens e serviços; implica em divisão de trabalho, 
na qual cada agente ou conjunto de agentes realiza etapas 
distintas do processo produtivo; não se restringe, neces-
sariamente, a uma mesma região ou localidade; não con-
templa necessariamente outros atores, além das empresas, 
tais como instituições de ensino, pesquisa e desenvolvimen-
to, apoio técnico, financiamento, promoção, entre outros 
(ARAÚJO, 2009, p. 23).
A análise de um produto específico na maneira como foi concebida 
a ideia de cadeia produtiva, faz com que não sejam considerados todos os 
agentes econômicos que estão posicionados após a produção, afinal trata-se 
da análise da produção, cadeia produtiva, como deixa claro a nomenclatura. 
Com a evolução do agronegócio é preciso que os agentes posicio-
nados após a produção propriamente dita sejam considerados no processo 
de produção como um todo. “Daí surgir, muito recentemente, a ideia de 
cadeia de valor, como sendo um conceito mais abrangente, que inclua esses 
segmentos” (ARAÚJO, 2009, p. 23).
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 25
2.3 Importância do Agronegócio
O agronegócio é um segmento econômico de grande importância e 
valor em termos mundiais, sua representatividade econômica varia de país 
para país. No Brasil, o agronegócio é um setor muito importante, principal-
mente quanto à carta de exportação dos produtos brasileiros. Queremos di-
zer com isso que o Brasil vende para outros países muitos produtos oriundos 
da agropecuária como carne e frutas, por exemplo.
Figura 5: Carregamento para exportação
Fonte: Disponível em: http://jornale.com.br/mirian/wp-content/uploads/2010/01/exportacao-de-
soja.jpg acessado em 16 de junho de 2010.
Precisamos ressaltar que a cada ano cresce a produção de produ-
tos agropecuários no Brasil e que essa produção vem sendo absorvida pelo 
mercado interno e também pelo mercado externo. Os produtos brasileiros 
são visto no exterior como de boa qualidade, nossas exportações crescem a 
cada ano e a produção agropecuária voltada para o mercado externo é uma 
realidade que precisa ser aproveitada pelos produtores.
Carta de Exportações: 
Produtos que o Brasil 
vende para outros 
países 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 26
Figura 6: Navio sendo carregado de grãos para exportação.
Fonte: Disponível em: http://mundosebrae.files.wordpress.com/2009/10/exportacao2.jpeg 
acessado em 16 de junho de 2010.
Resumo
 Nesta aula você aprendeu:
1- Que o agronegócio precisa ser visto como um sistema
2- As vantagens da visão sistêmica do agronegócio.
3- Para fins de estudo, a produção agropecuária é dividida em “antes 
da porteira”, “dentro da porteira” e “depois da porteira”.
4- O que são cadeias produtivas.
5- A importância do agronegócio para o Brasil.
Referências
NEVES, Marcos Fava; ZYLBERSZTAJN, Decio e NEVES, Evaristo Marzabal. 
Agronegócio do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2 ed. São Paulo: Atlas, 
2009. 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 27
Atividades de aprendizagem
1) A respeito da importância do agronegócio para o Brasil podemos afirmar. 
Exceto
a) O setor agropecuário é responsável por uma boa parte dos empregos ge-
rados no país.
b) A produção agropecuária cai a cada ano em quantidade e valor dos pro-
dutos.
c) Os produtos agropecuários são responsáveis por boa parte das exporta-
ções brasileiras.
d) O setor agropecuário é fundamental para a economia brasileira.
2) O agronegócio dentro de uma visão sistêmica é dividido em 3 partes. São 
elas, exceto:
a) Setor “antes da porteira”.
b) Setor “dentro da porteira”.
c) Setor “depois da porteira”.
d) Setor “de vendas”.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
29
Aula 3 – Características do setor agroin-
dustrial “antes da porteira”
3.1 Segmento do setor agroindustrial “antes da 
porteira”
Nesse momento, passamos para o estudo dos segmentos do sistema 
agroindustrial de forma separada. Mas, lembramos que o estudo está dividido ape-
nas por questões didáticas. Na prática, o sistema agroindustrial é inseparável. 
Começamos de forma lógica pelo segmento “antes da porteira”. 
Trataremos principalmente dos insumos agropecuáriose da relação dos pro-
dutores de insumos com os agropecuaristas.
3.2 Insumos agropecuários
Os insumos podem ser conceituados como os fatores de produção 
que propiciam a elaboração de certos serviços ou bens. Aplicando esse con-
ceito básico à atividade agropecuária, podemos tratar insumos como sendo 
todos os bens e serviços que propiciam a melhor atividade do setor agrope-
cuário, insumo é tudo aquilo que facilita, melhora ou aumenta a produção. 
Podemos citar aqui alguns insumos de grande importância para o 
setor agropecuário e que serão estudados adiante, apenas a título de exem-
plo temos: energia, água, rações, equipamentos, máquinas, implementos, 
fertilizantes, sais minerais, produtos veterinários e diversos outros. Estuda-
remos cada um desses insumos em sua individualidade.
3.3 Máquinas, equipamentos e implementos 
agropecuários
Na atividade agropecuária, existem diversas máquinas que auxi-
liam no exercício da atividade tornando-as infinitamente mais fáceis para o 
produtor ou criador, pois existem máquinas utilizadas tanto na agricultura, 
quanto na pecuária. 
Cada máquina tem seus próprios implementos necessários para seu 
funcionamento e, também, é preciso destacar, que, para cada tipo de ser-
viço, existe uma máquina correspondente. Algumas pessoas têm uma falsa 
impressão sobre as máquinas e equipamentos, afirmam que eles são usados 
apenas em grandes propriedades e que não são necessárias nas propriedades 
de pequeno porte. Isso é um erro grosseiro. Não se pode negar que, normal-
Fique atento para o 
conceito de insumo. 
Lembre-se de que 
insumo é tudo que 
facilita, melhora ou 
aumenta a produção.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 30
mente, os donos dos latifúndios têm mais recursos para adquirir mais má-
quinas e equipamentos, porém afirmar que estas são inúteis nas pequenas e 
médias propriedades é um erro. O que é diferente é o tipo de insumo usado.
Figura 7: Bomba d’água utilizada em pequenas propriedades.
Fonte: Disponível em: http://images.jacotei.com.br/grd/242830.jpg acessado em 16 de junho de 2010.
As máquinas mais usadas na agropecuária são os tratores, as colhei-
tadeiras e os motores fixos, cada qual com sua função e utilidade variável 
de acordo com a necessidade do produtor. Podemos citar alguns exemplos 
para ilustrar melhor: para preparar solos arenosos podemos utilizar tratores 
menores de pneus, com arados, esse mesmo trator poderá ser utilizado para 
tracionar grades niveladoras, roçadeiras, carretas e realizar demais serviços 
na propriedade. Se o objetivo é realizar uma aração mais pesada será ne-
cessário um trator maior com tração 4x4. No caso de o proprietário precisar 
fazer um desmatamento numa área de vegetação arbórea de pequeno ou 
médio porte, é preciso utilizar dois tratores de esteira com correntão, em 
que cada ponta estará presa a um trator esteira.
Existem muitas outras máquinas e equipamentos que podem ser 
usados na produção agropecuária, como as diversas colheitadeiras sejam de 
grãos, frutas como a laranja ou cana-de-açúcar. Também existem máquinas 
menores como os pivôs e as bombas de água, enfim há uma infinidade de 
máquinas e equipamentos de todos os preços e qualidades. Porém, como dito 
anteriormente, é preciso conciliar sempre necessidade e valor.
Figura 8: Colheitadeira sendo utilizada em lavoura de grãos.
Fonte: Disponível em: http://br.viarural.com/agricultura/tratores/case-ih/colhedoras-
colheitadeiras-colheitadeira-de-graos-axial-flow-8010-01.jpg acessado em 16 de junho de 2010. 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 31
Figura 9: Trator com arado.
Fonte: Disponível em: http://www.corumba.ms.gov.br/modules/xcgal/albums/userpics/10004/
normal_Foto%20patrulha.JPG acessado em 16 de junho de 2010
3.4 Água
Pode-se afirmar, sem nenhuma dúvida, que a água é o principal 
insumo para a atividade agroindustrial. Em pequena ou em grande quantida-
de, ela é fundamental para a vida e todos nos sabemos que trabalhar com o 
agronegócio é trabalhar com a vida. Mesmo que os vegetais e os animais se-
jam tratados como coisas que nos forneceram lucros, eles também são seres 
vivos e todos necessitam de água.
Figura 10: Plantação sendo irrigada.
Fonte: Disponível em: http://www.dancor.com.br/jornal/imagem.jpg acessado em 16 de junho de 2010.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 32
Figura 11: Rebanho bebendo água.
Fonte: Disponível em: http://4.bp.blogspot.com/_zEveExHPYpk/Rn82nW654pI/AAAAAAAAACE/-
4otneKhAWk/s400/Rodeio+-+gado+bebendo+%C3%A1gua.jpg acessado em 16 de junho de 2010.
No Brasil, existe certa dificuldade em tratar a água como insumo 
agropecuário. Isso se deve ao fato de sua relativa fácil aquisição. O Brasil 
é abençoado com a maior rede hidrográfica do mundo e também temos na 
maioria de território nacional um bom índice de pluviosidade. Não podemos 
nos esquecer de que existem regiões onde a água é de difícil acesso, como 
na maior parte da região nordeste e na porção norte do estado de Minas 
Gerais. 
Mas, mesmo no Brasil, vem crescendo a ideia de que a água precisa 
ser usada com responsabilidade e racionalidade. Vem sendo disseminada nos 
Estados brasileiros a necessidade de legislação que trate sobre projetos de 
irrigação. Nos locais onde existe essa legislação, há um custo para se aprovar 
um projeto de irrigação e este custo é acrescentado ao valor final do produto.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- O que são insumos agropecuários.
2- Para que servem os insumos agropecuários.
3- Que existem máquinas próprias para cada atividade e para 
cada propriedade.
4- Aprendeu que a água é insumo agropecuário.
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
NEVES, Marcos Fava; ZYLBERSZTAJN, Decio e NEVES, Evaristo Marzabal. 
Agronegócio do Brasil. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
Índice de pluviosidade: 
quantidade de chuva
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 33
Atividades de aprendizagem
1- Sobre a água na atividade agropecuária podemos afirmar:
s) No Brasil existe grande dificuldade para obter água.
b) Existe certa dificuldade para tratar a água como insumo no Brasil devido 
ao fato de sua fácil aquisição.
c) A água não é um insumo.
d) A água é dispensável para a produção agropecuária.
2) A respeito das máquinas e equipamentos agrícolas podemos afirmar, ex-
ceto:
a) Sua utilização é possível apenas em grandes propriedades.
b) Existe uma máquina ou equipamento certo para cada tarefa ou proprie-
dade.
c) O tamanho da propriedade não é o único fator necessário para determinar 
se uma máquina ou equipamento pode ser usado ou não.
d) As máquinas e equipamentos utilizados nas pequenas propriedades são 
diferentes dos usados nas grandes propriedades.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
35
Aula 4 – Características do setor agroin-
dustrial “antes da porteira” 2 
Continuamos com o estudo dos insumos agropecuários.
4.1 Energia
A energia, principalmente a elétrica, é também um insumo funda-
mental para o sucesso de um empreendimento agropecuário. Toda e qual-
quer evolução tecnológica que chega até o campo necessita primeiramente 
de energia. Energia entendida em todas as suas formas: de elétrica, como 
citado acima, até o combustível utilizado pelas máquinas. 
No tocante a energia elétrica, ela é a energia básica da sociedade. 
Quase todos os meios de comunicação são dependentes dela, o telefone, 
computador, celular, internet, televisão. Tudo isso necessita de eletricidade 
para funcionar e como já dissemos o produtor agrícola e pecuarista precisa 
desses meios de comunicação. O campo não é mais isolado e autossuficiente, 
ele produz de acordo com a demanda do centro urbano. 
Mas também é preciso inovar. No Brasil, as fontes de energia mais 
comuns é a hidráulica. Nossa principal fonte ea termelétrica. Essas duas 
fontes, apesar de sua facilidade, nem sempre são as mais indicadas para os 
empreendimentos agropecuários. Existem fontes alternativas que precisam de 
um maior investimento de implantação, mas que para determinados empreen-
dimentos é a mais adequada. A implantação de fontes alternativas de energia 
também vem se tornando uma exigência do mercado. É inegável que hoje 
tenhamos uma grande preocupação com o meio ambiente e que a própria 
sociedade cobra dos produtores a sua parcela de ajuda na conservação do 
planeta.
Dessa forma, a utilização de fontes limpas de energia vem se tor-
nando uma necessidade, mesclada de exigência. Isso não significa que essas 
fontes alternativas sejam inviáveis financeiramente. Seguem alguns exem-
plos de fontes alternativas de energia: energia solar, proveniente da coloca-
ção de placas que captam a luz do sol e a transforma em energia elétrica, 
é possível utilizar a energia solar para realizar tarefas como a secagem e a 
desidratação dos produtos agrícolas, aquecimento de água e iluminação da 
sede da fazenda e também é possível sua utilização para utilizar equipamen-
tos menores, como bombas d’água.
Empreendimento: 
negócio, atividade 
negocial.
Demanda: procura, 
necessidade. 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 36
Figura 12: Painéis solares em área rural.
Fonte: Disponível em: http://turma1422.files.wordpress.com/2008/09/061120_gea_seguidores-2.
jpg acessado em 17 de junho de 2010.
A energia eólica é aquela proveniente do vento. Na atualidade, 
utiliza-se a energia eólica para mover aero geradores, os quais são grandes 
turbinas colocadas em lugares de muito vento. Essas turbinas têm a forma 
de um cata-vento ou de um moinho. Esse movimento, através de um gerador, 
produz energia elétrica. Essa energia pode ser usada para iluminação e para 
diversas outras tarefas da propriedade.
Figura 13: Aero gerador em funcionamento.
Fonte: Disponível em: http://canilho.files.wordpress.com/2009/10/181-energia-eolica.jpg acessado 
em 17 de junho de 2010.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 37
A energia hidráulica é uma das fontes mais comuns de energia al-
ternativa e, devido a sua antiga e comum utilização, as pessoas constante-
mente se esquecem de que se trata de uma fonte alternativa de energia. 
Ela é muito utilizada em pequenas propriedades principalmente na forma de 
rodas d’água e carneiros hidráulicos, é muito utilizada para irrigar pequenas 
plantações ou levar água para determinados lugares.
Figura 14: Exemplo de roda d’água.
Fonte: Disponível em: http://www.ahmar.com.br/imagens/produtos/bomba_rochfer.gif acessado 
em 17 de junho de 2010.
Por fim, temos a energia de biomassa, a qual é obtida através de re-
síduos orgânicos. Como exemplo de biomassa, podemos citar o biogás que é 
a geração de energia através da fermentação de matéria orgânica como o es-
terco do gado. Esse esterco é colocado em câmaras especiais, chamadas de 
biodigestores, dentro desses biodigestores ocorre a produção de gás natural, 
o qual é transformado em energia elétrica. Também é possível a obtenção 
de energia elétrica através da queima de resíduos provenientes da própria 
produção agropecuária, como, por exemplo, o bagaço da cana-de-açúcar. 
Esse, quando colocado para queimar em fornalhas ou caldeiras, torna-se uma 
fonte alternativa de energia.
 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 38
Figura 15: Esquema de funcionamento de um biodigestor.
Fonte: Disponível em: http://verdedentro.files.wordpress.com/2009/03/biodigestor.jpg acessado 
em 17 de junho de 2010.
4.2 Corretivos de solos
Normalmente os solos não são perfeitos para a atividade agrícola, é 
preciso que eles sejam corrigidos para que se desenvolva a atividade agríco-
la. Os corretivos são produtos, normalmente químicos, que são adicionados 
ao solo para corrigir as suas deficiências e falhas, visando sempre tornar os 
solos mais férteis e, na medida do possível, ideais para a produção agrícola. 
Existe um processo correto para se incrementar os solos, é preciso uma aná-
lise laboratorial para que a “correção” seja eficaz. 
Muitas vezes em propriedades menores o pequeno agricultor, na 
maioria das vezes, utiliza os chamados corretivos baseado na experiência e 
na cultura popular. Muitas vezes essa utilização faz com que o solo se de-
grade.
Porém, quando a correção é precedida por um estudo realizado por 
profissionais competentes, o solo ganha muito em termos de produtividade 
e durabilidade. Entre os corretivos podemos citar alguns como principais ou 
mais utilizados. Como por exemplo: os adubos, o gesso, o calcário agrícola e 
a matéria orgânica.
Degrade: estrague, 
destrua mais 
rapidamente
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 39
O calcário agrícola é usado para diminuir a acidez do solo, ele 
elimina o efeito tóxico do alumínio nos vegetais e corrige as deficiências de 
cálcio e magnésio no solo. O óxido de magnésio e o óxido de cálcio são alguns 
dos principais componentes do calcário agrícola. O gesso agrícola é um pou-
co parecido com o calcário agrícola e é utilizado para corrigir deficiências 
em cálcio que o solo pode conter.
Figura 16: Pacote de calcário agrícola.
Fonte: Disponível em: http://www.grupodb.com.br/imagens/Calcario/prd_calcario_dolomitico_g.
jpg acessado em 17 de junho de 2010
Figura 17: Produtor aplicando o gesso agrícola em seu solo. 
Fonte: Disponível em: http://www.calmina.com.br/agri1.jpg acessado em 17 de junho de 2010.
Quanto aos adubos em geral, Massilon Araújo (2009) em sua obra 
faz a seguinte classificação: são classificados em macro e micronutrientes. 
Os macronutrientes são: fósforo (P), nitrogênio (N), potássio (K), enxofre (S), 
cálcio (Ca) e magnésio (Mg), enquanto os micronutrientes são: ferro (Fe), 
molibdênio (Mo), cobalto (Co), manganês (Mn) e zinco (Zn). Quanto às neces-
sidades de cada solo, isso é trabalho para profissionais devidamente treina-
dos, como dito acima, e quanto às fontes de cada macro ou micronutriente, 
isso é um estudo muito técnico e específico e o qual não é o objeto da nossa 
disciplina, precisamos apenas saber que existem esses corretivos agrícolas e 
que eles devem ser utilizados na medida em que são necessários.
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 40
4.3 Fertilizantes
O fertilizante ou adubo é utilizado na atividade agropecuária como 
um corretivo, do mesmo modo como os descritos no tópico anterior e tam-
bém é usado como adubo para a manutenção da cultura cultivada. Como um 
tipo de corretivo, o fertilizante é aplicado durante o preparo do solo. Já na 
adubação de manutenção de cultura, o adubo é utilizado no preparo das co-
vas para as lavouras perenes ou no momento do plantio das lavouras anuais 
ou quando as pastagens estão sendo formadas. A fertilização do solo pode 
ser feita de diversas formas como, por exemplo, no processo de irrigação, 
quando o adubo é misturado com a água que será lançada sobre a lavoura.
Figura 18: Aplicação de fertilizante no momento de preparo do solo.
Fonte: Disponível em: http://www.webartigos.com/content_images/fert000.jpg acessado em 20 
de junho de 2010.
4.4 Agrotóxicos
Os agrotóxicos, agroquímicos e defensivos agrícolas são deno-
minações diversas de um mesmo produto, o qual é utilizado para evitar o 
crescimento de ervas daninhas, pragas e doenças na lavoura.
Podemos citar como os principais deles os herbicidas, os quais 
são utilizados para combater o crescimento de ervas daninhas ou plantas 
concorrentes no meio da lavoura da cultura produzida. A aplicação dos herbi-
cidas faz com que o produtor não precise usar meios mecânicos para retirar 
as culturas indesejadas do meio de sua plantação. Também temos os inseti-
cidas, os quais, como deixa claro a nomenclatura,servem para exterminar 
insetos, em sua maioria moscas, lagartas e formigas.
 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 41
Figura 19: Produtor aplicando agrotóxicos em sua lavoura.
Fonte: Disponível em: http://www.fiocruz.br/ccs/media/incqs_agrotoxico2.jpg acessado em: 20 
de junho de 2010.
4.5 Compostos orgânicos
Os compostos orgânicos são o resultado da decomposição ou apo-
drecimento de resíduos orgânicos como restos de animais mortos, lixo, ester-
co, restos de vegetais, o próprio húmus. Esses compostos também são usados 
na adubação e correção dos solos.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- Que a energia também é um insumo agropecuário.
2- Que existem diversas formas de energia como a solar, eólica e 
biomassa.
3- Que a utilização de fontes alternativas de energia é uma neces-
sidade e uma cobrança do mercado consumidor na atualidade.
4- Os solos podem ter sua fertilidade melhorada pelos corretivos 
e fertilizantes.
5- Os chamados agrotóxicos em sua maioria servem para livrar os 
produtos agropecuários de pragas e doenças.
Referências
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 42
Atividades de aprendizagem
1) Quanto aos tipos de energia podemos citar como fontes de energia alter-
nativa, exceto:
a) Eólica.
b) Termelétrica.
c) Solar.
d) Biomassa.
2) Sobre os corretivos de solos podemos afirmar que:
a) Não são utilizados no Brasil, pois todos os solos brasileiros são prontos 
para a agricultura. 
b) A sua aplicação dispensa a análise laboratorial devido a facilidade em 
sua aplicação.
c) São necessários para ter uma maior produção agrícola.
d) São uniformes, não possuem qualquer variação.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
43
Aula 5 – Características do setor agroin-
dustrial “antes da porteira” 3
Continuamos com o estudo dos insumos agropecuários.
5.1 Mudas, sementes e materiais genéticos
 Quanto às mudas, seguimos os conceitos fornecidos por Massilon Araú-
jo (2009) em sua obra. Para o autor, as mudas podem ser obtidas diretamente 
das sementes, também denominadas de “pé fraco” e resultam da germinação 
das sementes. De modo geral, têm a probabilidade elevada de não reproduzir 
as boas características da planta mãe. Por enquanto, são mais recomendadas 
para algumas culturas com difícil utilização de outra técnica, como as palmeiras 
(coco-da-baía, pupunha, açaí macaúba, gairoba, babaçu, tâmara etc.).
As mudas obtidas por enxertia resultam da fixação de parte de uma 
planta em outra. A parte fixada é também denominada de enxerto ou “cavalei-
ro” e pode ser uma gema ou a ponta mais nova de um galho. A planta fixadora, 
também, denominada de porta-enxerto ou “cavalo”, tem bom sistema radicular 
para suportar uma copa produtiva semelhante à planta-mãe. Das culturas que 
mais são cultivadas pelo sistema de enxertia citam-se: citros, uva e abacate.
As mudas obtidas por reprodução assexuada são mais comumente 
as de difícil reprodução por sementes, como: banana, figo, alho, abacaxi, 
ornamentais (hibisco, bromélias, bugainville, quaresmeira, cróton, rosa).
Figura 20: Exemplos de mudas
Fonte: Disponível em: http://www.jardimdasideias.com.br/public/userfiles/image/mudas_600.jpg 
acessado em 21 de junho de 2010. 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 44
Figura 21: Exemplo de muda que sofreu enxerto.
Fonte: Disponível em: http://www.ceplac.gov.br/images/enxertia.jpg acessado em 21 de junho de 
2010.
Aproveitando o conhecimento de Massilon Araújo, expomos tam-
bém o conceito dele no tocante às sementes. As sementes tradicionais no 
mercado são as varietais e as híbridas; mas recentemente, têm surgido as 
sementes transgênicas.
As sementes varietais puras são de uma única variedade e pro-
duzem “filhas” iguais às “mães” por gerações sucessivas, desde que não 
ocorram fecundações cruzadas com outras variedades. Das culturas mais co-
mumente cultivadas com sementes varietais citam-se: soja, arroz, feijão, 
ervilha e café.
As sementes híbridas resultam do cruzamento de duas variedades, 
cujas sementes-filhas portam 50% da carga genética de cada uma das varie-
dades que lhes deram origem. No Brasil, as sementes híbridas mais comu-
mente usadas são as de milho e as de coco (híbrido entre “anão” e “gigante”).
As sementes-filhas das plantas originárias de sementes híbridas não 
devem ser cultivadas, porque a maior parte delas já não traz as boas quali-
dades do híbrido.
As sementes transgênicas são obtidas originalmente em labora-
tórios, mediante a técnica de deslocamento de um ou mais genes menos 
desejáveis e introdução de genes em substituição, visando introduzir carac-
terísticas mais desejáveis, como: maior resistência pós-colheita (tomate), 
maior resistência de determinados herbicidas (soja), resistência a doenças, 
elevação do valor nutricional, produção de medicamentos etc.
O uso de produtos transgênicos é muito discutido, porque ainda não 
se tem segurança sobre possíveis efeitos nos consumidores e sobre o meio 
ambiente, e, também, porque poucas empresas no mundo são produtoras 
dessas sementes. Esse fato coloca milhões de produtores totalmente depen-
dentes de pouquíssimos fornecedores.
 
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 45
Figura 22: Alguns tipos de sementes.
Fonte: Disponível em: https://www.naturaljoias.com.br/images/kits_para_biojias/kit%20pequeno.
jpg acessado em 21 de junho de 2010.
Na pecuária, também ocorre o melhoramento dos rebanhos através 
da procriação. Claro que de forma diferente da agricultura. Na pecuária, 
é mais comum que ocorra a escolha de determinado animal para que suas 
características sejam passadas para as próximas gerações, esses animais nor-
malmente são chamados de matrizes, pois suas características são as dese-
jadas e pretende-se copiá-las. É comum que se recolha o sêmen dos machos 
e os óvulos das fêmeas para que eles sejam fecundados por inseminação 
artificial, posteriormente os embriões são transferidos para o útero da fê-
mea. Também ocorre a reprodução natural dos animais, nesse caso o macho 
e a fêmea matriz são colocados juntos para que haja a reprodução natural 
da espécie.
Figura 23: Exemplo de um modo de inseminação artificial em bovinos.
Fonte: Disponível em: http://www.cptcursospresenciais.com.br/imagens/up/agenda108.jpg 
acessado em 22 de junho de 2010.
Inseminação artificial: é 
a deposição mecânica 
do sêmen no aparelho 
genital da fêmea
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 46
5.2 Hormônios
Hormônios são, de modo mais amplo, produtos químicos que são 
usados para acelerar a atividade biológica dos vegetais e dos animais.
Os hormônios vegetais, também chamados de fito-hormônios, mais 
utilizados são os indutores de florescimento, indutores de brotação e acele-
radores de ciclo vegetativo. Quando se utiliza os fito-hormônios, que acele-
ram o ciclo vegetativo numa lavoura de abacaxi, é possível reduzir o prazo 
da colheita, por exemplo.
Os hormônios animais, também chamados de zoo-hormônios, mais 
utilizados são os aceleradores de crescimento e os indutores de aumento de 
massa corporal. A utilização desses hormônios faz com que o rebanho ganhe 
peso mais rápido. 
5.3 Ração animal
Os animais na pecuária, normalmente, são alimentados com ração 
além dos pastos naturais. Basicamente existem dois tipos de rações os con-
centrados e os volumosos. A composição dos concentrados é basicamente de 
sais minerais e vitaminas e em alguns casos possuem até antibióticos. Quan-
to aos volumosos, eles contêm em sua maioria proteínas, fibras e energia. 
O fornecimento de raçãopara os animais deve buscar atingir determinado 
objetivo como, por exemplo, engorda dos bois ou lactação das vacas no caso 
dos bovinos. 
As rações do tipo concentrado são na maioria das vezes produzidas 
e distribuídas por empresas especializadas. E as rações do tipo volumoso 
normalmente são produzidas nas próprias propriedades ou também podem 
ser compradas, pois também existem agroindústrias que as produzem.
Figura 24: Rebanho bovino se alimentando de ração.
Fonte: Disponível em: http://veiculonet.com.br/avicultura/wpcontent/uploads/2010/01/gado_
comendo.jpeg acessado em 22 de junho de 2010.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 47
5.4. Sais minerais e sal comum
Assim como o corpo dos homens, os animais também precisam do 
sal para manter seu organismo saudável. É comum que nas rações do tipo 
concentrado o sal já venha incluído em doses balanceadas e suficientes para 
os animais. Porém nos bovinos é preciso deixar a disposição dos animais o 
sal comum e o sal mineral e esses devem ser oferecidos separados da ração. 
Normalmente, coloca-se o sal em cochos para que os animais se alimentem 
de acordo com a necessidade de seu organismo.
Figura 25: Exemplo de sal mineral para bovinos.
Fonte: Disponível em: http://www.alisul.com.br/upload/referenceAttribute/192x192_1204653340_
suprasal_bovinos_thumb.jpg acessado em 22 de junho de 2010.
5.5 Produtos veterinários em geral
Os produtos veterinários são dos mais variados tipos, citaremos 
aqui alguns deles a título de exemplo, mas podemos afirmar que qualquer 
produto direcionado para animais é um produto veterinário. Como exemplo 
podemos citar: vacinas, antibióticos, probióticos, parasiticidas, estimulantes 
de apetite entre outros.
Quanto às vacinas, elas são formas atenuadas de causadores de 
doenças que são aplicadas aos animais para que eles produzam anticorpos e 
criem resistência contra aquela doença. A aplicação de vacinas aos animais 
tem a mesma finalidade de aplicação nos seres humanos. Como exemplo de 
vacina animal podemos citar: a vacina contra aftosa para os bovinos, contra 
a peste africana para os suínos, parvovirose para os cães e diversas outras.
Atenuada: fraca
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 48
Figura 26: Bovino sendo vacinado contra a febre aftosa.
Fonte: Disponível em: http://boiapasto.tempsite.ws/wp-content/uploads/vacinação.jpg acessado 
em 22 de junho de 2010.
Os probióticos são produtos que possui por finalidade tornar o reba-
nho mais resistente a possíveis doenças, são uma forma de aumentar a imu-
nidade dos animais e evitar gastos com outros medicamentos. Os probióticos 
mais comuns são aqueles à base de lactobacilos. Os antibióticos e demais 
medicamentos tem por objetivo combater doenças já instaladas nos animais.
 Figura 27: Exemplo de antibiótico para bovinos.
Fonte: Disponível em: http://loja.mfrural.com.br/config/imagens_conteudo/produtos/
imagensGRD/GRD_2066_GRD_2066_pangram.jpg acessado em 22 de junho de 2010.
Parasiticidas, como o próprio nome já nos deixa claro, são medica-
mentos usados para combater parasitas como os carrapatos, piolhos, pulgas, 
moscas e também os chamados endoparasitas que são os vermes em geral.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio 49
Figura 28: Exemplo de parasiticida para cães.
Fonte: Disponível em: http://www.avipec.com.br/v2/images/stories/nossa_linha/sabonete.jpg 
acessado em 22 de junho de 2010.
Os estimulantes de apetite também são autoexplicativos. Tem por 
objetivo fazer os animais se alimentarem mais.
Resumo
Nesta aula você aprendeu:
1- Que mudas e sementes são insumos agropecuários.
2- Sobre alguns tipos de hormônios agropecuários.
3- Que existem tipos diferentes de ração animal.
4- A necessidade dos produtos veterinários em geral.
Referências
ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de agronegócios. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.
CALLADO, Antônio André Cunha. Agronegócio. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2008.
Atividades de aprendizagem
1) A respeito das sementes podemos afirmar.
a) As sementes varietais puras são de uma única variedade e não produzem 
“filhas” iguais às “mães”.
b) As sementes híbridas resultam do cruzamento de duas variedades, cujas 
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 50
sementes-filhas portam 50% da carga genética de cada uma das variedades 
que lhes deram origem.
c) As sementes-filhas das plantas originárias de sementes híbridas devem ser 
cultivadas, porque a maior parte delas traz as boas qualidades do híbrido.
d) As sementes transgênicas não obtidas originalmente em laboratórios.
2- São produtos veterinários em geral. Exceto:
a) Vacinas.
b) Antibióticos.
c) Estimulantes de apetite.
d) Fitohormônios.
e-Tec Brasil/CEMF/UnimontesIntrodução ao Agronegócio
AULA 1
Alfabetização Digital
51
Aula 6 – Características do setor agroin-
dustrial “antes da porteira” 4
6.1 Relação entre os agropecuaristas e os produtores 
de insumos
Os agentes econômicos que atuam no segmento “antes da por-
teira” do agronegócio são, de um lado, os produtores de insumos de for-
ma ampla, todos os insumos que estudamos anteriormente, juntamente 
com seus revendedores e representantes e, de outro lado, os produtores 
rurais. 
Em geral, os produtores de insumos são grandes empresas ou 
grandes agroindústrias que dominam determinados setores da produção 
de insumos. Podemos citar como exemplo a Monsanto que é uma grande 
produtora de sementes sem muitos concorrentes na sua área de atuação. 
Não é exagero dizer que isso se repete na maior parte dos segmentos de 
insumos agropecuários. O que existe é uma relação típica de oligopólio e, 
às vezes, de monopólio. Apenas esclarecendo, um oligopólio é uma situa-
ção da economia que se configura quando existem poucos vendedores de 
um produto e muitos compradores, já o monopólio acontecesse quando 
existe apenas um vendedor e muitos compradores. 
Partindo do princípio de que os agropecuaristas estão na posição 
de sujeitos passivos na relação comercial com os produtores de insumos, 
devido principalmente ao fato de os produtores de insumos serem um 
grupo organizado e os agropecuaristas um grupo desorganizado. É pos-
sível afirmar que os produtores agropecuários pagam um alto preço 
pelos insumos e, podemos afirmar também, que esse alto preço é re-
passado ao consumidor final, pois o produtor precisa obter lucro em 
seu negócio.
6.2 Serviços agropecuários
Os serviços agropecuários que estão a serviço do produtor no Bra-
sil, no segmento antes da porteira, são basicamente: 
as pesquisas agropecuárias; fomento, extensão rural e as-
sistência técnica; elaboração de projetos; análises labora-
toriais; crédito e financiamentos; vigilância e defesa agro-
pecuária; proteção e defesa ambiental; incentivos fiscais; 
comunicações; infra-estrutura; treinamento e mão-de-obra 
(ARAÚJO, 2009, p.42).
Oligopólio: é a situação 
de um mercado com 
um número reduzido de 
empresas que oferecem 
determinado produto
Monopólio: é quando há 
somente um vendedor 
no mercado para um 
determinado produto
e-Tec Brasil/CEMF/Unimontes 52
6.3 Pesquisas agropecuárias
O Brasil possui pesquisa na área agropecuária principalmente 
a realizada pelo Estado tanto na esfera federal quando na estadual. No 
âmbito federal, tem-se como carro chefe da pesquisa agropecuária a Em-
presa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), já nos Estados da 
Federação são as Secretarias de Agricultura e a Universidades que desen-
volvem a pesquisa. A iniciativa privada brasileira ainda tem uma atuação 
tímida no quesito pesquisa, não estamos afirmando que as agroindústrias 
não realizam pesquisa. O fato é que tais empresas direcionam suas pesquisas 
apenas para sua área de atuação.
Falando um pouco mais sobre a Embrapa, ela é uma empresa 
pública federal, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento (MAPA).

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