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www.cursocejus.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO 1ª Fase 2013.3 10ª Aula Prof. José Aras CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1. Generalidades: 1.1. Contrato de Direito Privado: 1.2. Contratos Administrativos Propriamente Ditos: - A Administração Pública pode firmar contratos de direito privado, oportunidade em que se despe da sua potestade, e se coloca em uma posição semelhante a do particular; - Ex: contratos de financiamentos; contratos de seguros; contratos de locação; - Porém a regra, é que a Administração Pública firme CONTRATOS ADMINISTRATIVOS PROPRIAMENTE DITOS, ou seja, regidos pelo direito público; - Nessas hipóteses a Administração Pública mantém suas prerrogativas de império, e o contratado é que adere às condições por ela imposta; - Os contratos Administrativos então, SÃO MARCADOS PELA PRESENÇA DAS CLÁUSULAS EXORBITANTES; - Essas Cláusulas Exorbitantes (passa além), estabelecem condições de privilégio em favor da Administração Pública, e seriam nulas se fossem previstas em contratos privados, mas se justificam em função da supremacia do interesse público x interesse privado; desigualdade entre as partes; 2. A presença das Cláusulas Exorbitantes: a) Alteração Unilateral: A Administração Pública pode modificar unilateralmente os contratos administrativos, independentemente de consentimento do particular; Essa alteração (ou modificação) pode ser qualitativa (qualidade) ou quantitativa (quantidade); www.cursocejus.com.br Qualidade é dos insumos; A alteração quantitativa deve obedecer a certos percentuais: - 25% para mais ou para menos nos contratos em gerais; - 50% para mais nos contratos que envolvem reformas; A Alteração Unilateral NÃO pode modificar o objeto e a natureza do contrato; Ex: Ponte x Prédio; A Alteração Unilateral também NÃO pode prejudicar o EQUILÍBRIO ECONOMICO FINANCEIRO DO CONTRATO; esse equilíbrio econômico financeiro é um direito subjetivo do contratado, é a grande garantia que o contratado tem para firmar o contrato; O equilíbrio econômico financeiro consiste em que, a previsão de lucro inicial do contrato deverá ser mantida em quaisquer condições; A Administração Pública tem o dever de manter os percentuais de lucro do contratado, esse equilíbrio se materializa através do reajuste e da revisão; Reajuste refere-se a situações previsíveis e, visam corrigir os efeitos da inflação e o manter poder aquisitivo da moeda; Revisão refere-se a circunstâncias imprevisíveis; situações que ocorrem no curso do contrato; e essas situações desiquilibram o contrato administrativo; nessas hipóteses se fazem necessários os aditivos contratuais; Teoria da Imprevisão dão direito à manutenção do equilíbrio econômico financeiro; temos 04 imprevisões, são elas: - Álea Administrativa: a) Fato do Príncipe: são determinações gerais e estatais; ex: alterações de alíquotas de impostos; b) Fato da Administração: corresponde a uma inexecução contratual especifica; - Álea Extraordinárias ou Econômicas: são circunstancias de ordem internacional, a exemplo de, guerras e crises financeiras; NÃO confundir com álea ordinária ou empresarial; risco do próprio negocio; - Caos Fortuito e Força Maior: caso fortuito (conduta humana) e força maior (eventos da natureza), ambas dão direito ao equilíbrio econômico financeiro; www.cursocejus.com.br - Fatos Imprevisíveis: são circunstancias já existentes, mas que não eram conhecidas, e causam prejuízos e dão direito ao equilíbrio; b) Rescisão Unilateral: a Administração pode rescindir unilateralmente os contratos administrativos; A rescisão unilateral pode decorrer de caso fortuito, força maior, inadimplemento do contratado e por motivo de interesse público; Quando decorrente de inadimplemento do contratado, NÃO da direito a indenização, e se perfaz por meio de um processo administrativo; com garantia de ampla defesa e contraditório; A rescisão, por motivo de interesse público, depende de lei autorizativa específica, e também de prévia indenização em dinheiro; c) Fiscalização: a Administração pode a qualquer tempo fiscalizar a execução do contrato administrativo; Essa fiscalização pode ser confiada a empresas ou profissionais especializados, além do próprio agente público; d) Aplicação de Sanções: a Administração Pública pode, mediante processo administrativo, de natureza disciplinar, aplicar penalidades a empresa contratada; As sanções são: 1) Multa 2) Advertência 3) Suspensão 4) Declaração de Inidoneidade; NÃO há como regra, uma tipificação das condutas infracionais; a escolha da sanção ficou por opção discricionária do agente público; Embora NÃO haja uma tipificação, a aplicação da sanção pode ser levada ao judiciário, que observará os contornos da legalidade e dos princípios do direito administrativo; razoabilidade e proporcionalidade; O juiz NÃO pode trocar a sanção; questões de mérito; www.cursocejus.com.br e) Encampação: corresponde a ocupação da empresa, suas instalações, equipamentos e funcionários para fiscalizá-la e para dar continuidade ao serviço contratado; f) Restrição ao Uso da Exceção do Contrato Não Cumprido: o contratado é obrigado a continuar executando o contrato por um prazo de noventa dias, mesmo sem receber os pagamentos da Administração; OBS gerais: - Todo contrato administrativo tem que ter prazo pré definido, uma vez que, é vedado contrato administrativo com tempo indeterminado; - A subcontratação só é possível mediante previsão no edital; - Nos contratos administrativos é possível a exigência de garantia, conforme o Art. 56 da Lei 8666/93;
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