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Ecossistemas Aquáticos Marinhos

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10/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/8
5 ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS MARINHOS
5.1 Aspectos iniciais
 
A comparação, mesmo que superficial entre ecossistemas terrestres e aquáticos,
permite identificar aspectos em comum e outros discordantes. Inicialmente, pelo
fato de ambos serem sistemas, possuem componentes e funcionamento
semelhantes (Figura 25). Ambos necessitam de energia, matéria e organismos
para funcionar e como resultado parte da energia é perdida na forma de calor e
outra parte é armazenada (RICKLEFS, 2012).
 
 
Figura 25: Representação da interação entre os elementos de um ecossistema.
(figura do autor)
 
 Contudo, algumas diferenças marcantes existem e ajudam a dar identidade
aos respectivos ambientes. Por exemplo, conforme será detalhado adiante, no
ambiente marinho a luz é um fator limitante, uma vez que a luz não penetra além
dos 200 metros de profundidade (WICANDER & MONROE, 2009). O mesmo não
ocorre com os ecossistemas terrestres que possuem na água um fator limitante
mais decisivo. Também pelas características da água discutidas na Unidade I
deste livro, os ambientes aquáticos passam por variações de temperatura bem
menores do que os ambientes terrestres, uma vez que a água retém calor de
modo eficiente e libera esse calor aos poucos (GARRISON, 2010). Dessa forma
não apenas os elementos abióticos refletem tais condições, como também os
elementos bióticos.
 Graças às condições dos corpos d’água seres vivos gigantes puderam se
desenvolver e viver, a exemplo das baleias, mesmo sem ter esqueletos muito
resistentes, como as lulas gigantes. No entanto, seres minúsculos também
encontram na água um meio adequado para sua sustentação e deslocamento,
seja no interior da coluna d’água (organismos componentes do plâncton) ou em
sua superfície (organismos componentes do plêuston e nêuston) (ESTEVES,
2011).
 
5.2 Estrutura do Ecossistema marinho
<lembrete início>
Oceanografia é a parte da Ciência que estuda os oceanos. Um de seus maiores
nomes foi o francês Jacques-Yves Cousteau.
<lembrete fim>
10/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/8
 
Este é o ecossistema mais representativo do planeta cobrindo cerca de 2/3 de sua
superfície. Conforme pode ser visto nas figura 12 e 13 os oceanos correspondem
aos maiores reservatórios de água do mundo, com cerca de 97,5% do total
(TESSLER & MAHIQUES, 2009). No entanto, correspondem a água salgada, salvo
casos bem particulares onde pode haver a mistura com água doce, conforme será
visto adiante. A distinção entre mares e oceanos se dá em relação ao tamanho.
Sobre as grandes massas de água que estão entre os continentes usa-se o termo
oceano. Qualquer parte desse oceano que se queira estudar ou mencionar deve
ser considerada como mar (Figura 26), podendo, inclusive, receber nomes
próprios e diferentes daqueles dos oceanos. Exemplo disso é o que se observa em
algumas regiões do Mar Mediterrâneo conhecidas como Mar Tirreno, Mar egeu e
Mar Adriático (GARRISON, 2010).
 
 
Figura 26: Localização dos mares Mediterrâneo e Negro em relação aos oceanos.
http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_12315/05.png
Acessado em 26 de setembro de 2015
Um critério que auxilia nessa distinção é o de profundidade. Oceanos são
profundos, com valores médios pouco acima dos 3 mil metros de profundidade,
podendo chegar a mais de 10 mil metros em áreas bastante específicas. Os mares
são bem mais rasos, com circulação mais restrita e com maior proximidade com
os continentes (GARRISON, 2010).
A partir dessas definições compreende-se que os oceanos do mundo são três, a
saber: oceanos Atlântico, Pacífico e Índico (Figura 13). Em classificações recentes
os antigos oceanos polares Ártico e Antártico são considerados mares, com
profundidades ao redor de 1 mil metros (GARRISON, 2010). Quando observamos
o mapa do mundo (Figura 13) e tomamos por base a linha do Equador fica fácil
identificarmos uma importante diferença na distribuição dos oceanos. O
hemisfério norte tem cerca de 61% de sua superfície coberta por oceanos, ao
passo que no hemisfério sul esse valor aumenta para aproximadamente 81%
(GARRISON, 2010). Os reflexos dessa diferença podem ser sentidos, entre outros
fatores, no clima e na circulação oceânica.
 
5.2.1 Bacias oceânicas
 
 Todo oceano ou mar possui um arcabouço, ou seja, uma estrutura definida
que lhe da sustentação e sobre a qual a água se acumula e circula. É o que se
chama bacia oceânica. Os continentes são as laterais dessas bacias e seu fundo
corresponde a grandes extensões de crosta oceânica (rocha ígnea do tipo basalto)
cobertas por rochas e sedimentos (TESSLER & MAHIQUES, 2009; WICANDER &
MONROE, 2009).
 Toda essa estrutura faz parte de um grande processo dinâmico do planeta
conhecido como Ciclo de Wilson. Ele trabalha com as bases da tectônica de
10/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/8
placas e define os processos necessários para abertura e fechamento dos oceanos
e, consequentemente, aproximação e afastamento dos continentes. Um ciclo
completo envolve a abertura e o fechamento de um oceano (TASSINARI & DIAS
NETO, 2009; TESSLER & MAHIQUES, 2009). Esse conhecimento envolve eventos
de longa duração e que tem ocorrido, provavelmente, desde que a superfície da
Terra se endureceu, há bilhões de anos. Conforme destacado por DIAS et al.
(2014) o Ciclo de Wilson está ligado ao processo de abertura e fechamento dos
oceanos de um ponto de vista geológico, pois trabalha com os mecanismos
formadores e modificadores da crosta terrestre. Normalmente são identificadas
duas fases distintas nesse processo, aqui mencionadas de maneira simplificada:
- fase de expansão (ou abertura) com rachadura de um continente e
consequente afastamento de suas partes, gerando um espaço entre elas que é
ocupado pela água do mar;
- fase de aproximação (ou fechamento) com reaproximação de massas
continentais separadas e consequente diminuição da extensão do oceano até seu
possível fechamento;
 
 Os locais onde esses movimentos ocorrem são conhecidos como bordas ou
limites das placas litosféricas. A figura 27 mostra onde estariam, atualmente,
localizados esses limites (TASSINARI & DIAS NETO, 2009; WICANDER & MONROE,
2009).
 
 
Figura 27: Linhas vermelhas mostram os limites das placas litosféricas.
http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_1194/mapamundi.jpg
Acessado em 27 de agosto de 2015)
 
<Saiba mais início>
 O projeto “Paleomap” permite identificar um pouco dos efeitos do Ciclo de
Wilson ao apresentar reconstituições da posição dos continentes e oceanos no
passado geológico e até como estarão no futuro. Disponível em:
http://www.scotese.com/
<Saiba mais fim>
 
 Cada limite desses corresponde a uma área onde a placa está sendo
formada ou destruída (TASSINARI & DIAS NETO, 2009; WICANDER & MONROE,
2009). Nos locais de formação da crosta encontra-se um grande conjunto de altas
montanhas bem no meio do oceano, chamado cordilheira ou dorsal
mesoceânica (Figura 28). É o que ocorre no oceano Atlântico, desde o norte até
o sul. No total as cordilheiras mesoceânicas se estendem por cerca de 80 mil
quilômetros ao redor do planeta, com montanhas que chegam a 3 mil metros de
10/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/8
altitude. Nesse local o magma gerado no interior da Terra encontra oportunidade
para chegar à superfície e se solidificar,formando nova rocha ígnea. Esse é o
mecanismo que resulta no crescimento dos oceanos, uma vez que as placas
crescem em sentidos opostos. Especificamente sobre a área mencionada, o
resultado tem sido o afastamento contínuo entre América do Sul e África a uma
taxa de cerca de 2,5 centímetros por ano (TESSLER & MAHIQUES, 2009). O
mesmo processo ocorre nos demais oceanos. Nada disso pode ser visto por estar
submerso, embora na Islândia, grande ilha no círculo polar Ártico, esse processo
possa ser acompanhado na superfície.
 
 
Figura 28: Relevo do fundo oceânico em uma localidade de margem continental
passiva. Destaque para a dorsal mesoceânica.
http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_2311/096.jpg
Acessado em 27 de setembro de 2015
 
 Em oposição a esse mecanismo, alguns limites de placas marcam locais de
destruição da crosta. São chamadas de fossas e, na maioria das vezes, ocorrem
no fundo dos oceanos (Figura 29). Uma dessas estruturas está próxima à costa
oeste da América do Sul, dentro do oceano Pacífico. Possuem formato de “V”
sento que entre suas margens pode haver distância de 100 quilômetros. Nesses
locais as placas estão se movendo em direções opostas o que faz com que uma se
mova por debaixo da outra, indo direto para o interior do planeta onde será
destruída, num processo conhecido como subducção (TASSINARI & DIAS NETO,
2009; WICANDER & MONROE, 2009). As fossas oceânicas são as evidências
desses acontecimentos e podem ser vistas no fundo dos oceanos. Correspondem
aos locais mais profundos do planeta, sendo que a fossa das Marianas, nas
Filipinas (norte do Pacífico), é o mais profundo com cerca de 11 mil metros de
profundidade (TESSLER & MAHIQUES, 2009).
 
Figura 29: Relevo do fundo oceânico em uma localidade de margem continental
ativa. Destaque para a fossa oceânica próxima ao continente.
http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_12285/033p.png
Acessado em 27 de setembro de 2015.
 
<Observação início>
Uma sequência de fossas oceânicas ao redor do oceano Pacífico é mundialmente
conhecida como Círculo ou Anel de fogo do Pacífico, sendo a responsável por
muitos eventos de terremotos e erupções vulcânicas em toda a região adjacente.
<Observação fim>
 
10/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/8
<Saiba mais início>
 Conheça um pouco mais sobre o funcionamento e os efeitos do Círculo de fogo
do Pacífico assistindo ao documentário disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=IU_sHNIC0r8
<Saiba mais fim>
 
 Contudo, o fundo dos oceanos está longe de ter um relevo homogênio.
Existe uma distinção entre o relevo oceânico associado a uma dorsal mesoceânica
e aquele associado a uma fossa oceânica. No primeiro caso as laterais da bacia
são chamadas de margens continentais passivas e no segundo caso de margens
continentais ativas (TESSLER & MAHIQUES, 2009).
 A partir de uma margem continental passiva (Figura 28 e 30) podem ser
identificadas as seguintes regiões no fundo oceânico (TESSLER & MAHIQUES,
2009):
Costa: parte da terra firme em contato com o mar e modificada pela ação
deste;
Plataforma continental: área contígua à costa, possuindo uma inclinação
pouco acentuada, e chegando até uma profundidade máxima de 200 metros;
Talude continental: inicia-se onde a plataforma continental sofre um
aumento na inclinação, chegando rapidamente até 1 mil metros de
profundidade;
Elevação continental ou Sopé continental: segue-se ao talude, onde
diminui novamente a inclinação, mas atinge profundidades próximas a 4 mil
metros;
Fundo Abissal ou Planície abissal: a inclinação é mínima e podem ser
encontradas as Cordilheiras mesoceânicas;
 
 
Figura 30: Perfil do relevo do fundo oceânico.
http://www.objetivo.br/conteudoonline/imagens/conteudo_9655/88.gif
Acessado em 26 de agosto de 2015
 
Note que o importante para esta divisão é a profundidade do oceano e não a
distância em relação ao continente. É importante destacar, ainda, que ao
longo desse caminho podem ser encontradas diferentes formações como
montes submarinos, ilhas vulcânicas, vales e cânions. No caso das margens
continentais ativas, devido à proximidade entre fossas oceânicas e
continentes, não há como formar as mesmas estruturas de relevo
observadas anteriormente. Todas essas características do fundo oceânico
associadas às variáveis da água e a influência vinda do continente tornam o
ambiente marinho bastante diversificado (TESSLER & MAHIQUES, 2009).
 
10/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/8
5.2.2 Critérios de classificação
 
 Diferentes critérios podem resultar em diferentes divisões do ambiente
marinho. De acordo com a necessidade ou interesse é possível dividir o ambiente
marinho de acordo com a profundidade, com a distância em relação ao litoral ou
de acordo com as características do fundo oceânico, entre outras características
(GARRISON, 2010). A figura 31 resume um pouco dessas possibilidades.
 
Figura 31: Diferentes compartimentos ou divisões possibilidades de divisão do
ambiente marinho.
Fonte; Wicander & Monroe (2009)
 Uma divisão bastante comum e útil do ambiente oceânico é baseada na
presença de luz solar. Recebe o nome de zona Eufótica (ou Fótica) a porção de
água oceânica mais próxima da superfície, ou seja, aquela que recebe a luz solar
e permite sua penetração. A luz solar pode ser vista, mesmo que em pequenas
quantidades, até uma profundidade máxima de 200 metros. A partir daí
considera-se o início da zona Afótica (sem luminosidade). A importância dos raios
solares está ligada aos seres fotossintetizantes (algas e cianobactérias), todos
habitantes da região eufótica, fazendo com que essa região concentre a produção
primária (fotossíntese), sustente inúmeras formas de vida e participe da
estruturação de todos os ecossistemas viabilizando fluxos de energia e matéria
entre o mundo abiótico e biótico (WICANDER & MONROE, 2009; GARRISON,
2010).
 A marca de 200 metros de profundidade que delimita a zona Eufótica
também é utilizada em uma classificação baseada na profundidade (Figura 31).
Nessa classificação corresponde à região Epipelágica. Abaixo dela, entre 200 e
1000 metros de profundidade, estende-se a região Mesopelágica. De 1000 a
4000 metros está a região Batipelágica e em profundidades maiores a região
Abissopelágica. É interessante observar que, apesar dos diferentes critérios que
podem ser empregados, sempre existe uma correspondência entre os diferentes
nomes (GARRISON, 2010).
Exercício 1:
A explicação científica mais aceita para a formação e destruição dos oceanos é
chamada de:
 
A)
Ciclo de Wilson
 
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B)
Evapotranspiração
 
C)
Intemperismo
 
D)
Ciclo hidrológico
 
E)
Erosão
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Exercício 2:
Informações sobre o fundo dos oceanos passaram a ser mais conhecidas a partir
do desenvolvimento dos satélites e do sonar. Com esses equipamentos foi
possível observar uma característica chamada dorsal meso oceânica. Ela
corresponde a:
 
A)
local de maior profundidade dos oceanos
 
B)
cadeia de montanhas submarina que indica o local onde o fundo oceânico é
formado.
 
10/03/2018 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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C)
estrutura que marca o limite entre os diferentes oceanos
 
D)
locais com grandes planíciessubmarinas
 
E)
recifes de coral em água profundas
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