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Estrutura das Demonstrações RESUMO AULA 1 A 10

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Estrutura das Demonstrações Contábeis
Aula 1: Estrutura conceitual da contabilidade e apresentação das demonstrações contábeis gerais e PME
Introdução
Nesta aula, abordaremos os requisitos gerais para a apresentação das demonstrações contábeis, as diretrizes para a sua estrutura, bem como os requisitos mínimos para seu conteúdo, no intuito de assegurar a comparabilidade tanto com as demonstrações contábeis de períodos anteriores da mesma empresa quanto com as demonstrações contábeis de outras instituições.
Estudaremos ainda as especificações e particularidades para as empresas de forma geral, bem como as especificações para as micro e pequenas empresas.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), trata da Estrutura Conceitual e da apresentação das Demonstrações Contábeis nos Pronunciamentos:
• CPC 00 (R1) — Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro;
• CPC 26 (R1) — Apresentação das Demonstrações Contábeis;
• CPC PME — Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas com Glossário de Termos.
Objetivos
Compreender os conceitos básicos e fundamentais a serem utilizados na elaboração das Demonstrações Contábeis e na Interpretação dos Pronunciamentos Técnicos do CPC.
Reconhecer o conjunto completo das Demonstrações contábeis.
Identificar as especificações acerca das Demonstrações Contábeis para as micro e pequenas empresas.
Estrutura Conceitual da Contabilidade
Os objetivos desta Estrutura Conceitual do CPC são:
Características Qualitativas das Informações Contábeis
Para a Contabilidade atingir seu objetivo de fornecer informações para tomada de decisão, as informações reportadas pela Contabilidade devem possuir as seguintes características qualitativas como requisitos mínimos:
RELEVÂNCIA
Aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários (se tiver valor preditivo, valor confirmatório ou ambos).
MATERIALIDADE
Aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada no contexto do relatório contábil-financeiro de uma entidade em particular.
REPRESENTAÇÃO FIDEDIGNA
Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas também representar com fidedignidade o fenômeno a que se propõe. Para isto, a realidade retratada precisa ter três atributos: ser completa, neutra e livre de erro.
As características qualitativas de melhoria da informação contábil são:
COMPARABILIDADE
As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou em outra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro período ou para outra data. Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles.
VERIFICABILIDADE
Significa que diferentes observadores, cônscios e independentes, podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável. Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode também ser verificável.
TEMPESTIVIDADE
Ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões.
COMPREENSIBILIDADE
Classificar, caracterizar e apresentar a informação com clareza e concisão torna-a compreensível.
Estrutura Conceitual das Demonstrações Contábeis
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são definidos como segue:
O resultado é frequentemente utilizado como medida de desempenho ou como base para outras medidas, tais como o retorno do investimento ou o resultado por ação. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do resultado são as receitas e as despesas, conforme segue:
RECEITAS
São aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada ou aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de aporte dos proprietários da entidade.
DESPESAS
São decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição de resultado ou de capital aos proprietários da entidade.
AJUSTES PARA MANUTENÇÃO DE CAPITAL
A reavaliação ou a atualização de ativos e passivos dão margem a aumentos ou a diminuições do patrimônio líquido. Embora tais aumentos ou diminuições se enquadrem na definição de receitas e de despesas, sob certos conceitos de manutenção de capital eles não são incluídos na demonstração do resultado.
MANUTENÇÃO DO CAPITAL FINANCEIRO
De acordo com esse conceito, o lucro é considerado auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos, no fim do período, exceder o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante.
MANUTENÇÃO DO CAPITAL FÍSICO
De acordo com esse conceito, o lucro é considerado auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade), no fim do período, exceder a capacidade física produtiva, no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. O conceito de manutenção de capital está relacionado com a forma pela qual a entidade define o capital que ela procura manter.
Conjunto completo de demonstrações contábeis
As demonstrações contábeis são preparadas e apresentadas para usuários externos. As exigências para atender a fins específicos não devem afetar as demonstrações contábeis preparadas segundo esta Estrutura Conceitual.
O objetivo das demonstrações contábeis preparadas, segundo esta Estrutura Conceitual, é fornecer informações à tomada de decisão e avaliações por parte dos usuários em geral.
O conjunto completo das Demonstrações Contábeis inclui:
BALANÇO PATRIMONIAL
Demonstração que apresenta a relação de ativos, passivos e patrimônio líquido de uma entidade em data específica.
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Apresenta lucro ou prejuízo do período, itens de receita e despesa reconhecidos diretamente no patrimônio líquido do período, os efeitos das alterações na política contábil e correção de erros reconhecidos no período, e as quantias das transações com sócios, em sua condição de sócios, durante o período.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Apresenta todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período, excluindo os itens de outros resultados abrangentes.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
Começa com lucro ou prejuízo do período e a seguir mostra os itens de outros resultados abrangentes do período.
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
Oferece informações sobre as alterações em caixa e equivalentes de caixa da entidade por um período, mostrando alterações separadamente durante o período em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Apresenta as alterações em lucros ou prejuízos acumulados para um período.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA)
Representa um dos elementos componentes do Balanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e suadistribuição durante determinado período.
NOTAS EXPLICATIVAS (PARA DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS)
Contêm informações além daquelas apresentadas no balanço patrimonial, na demonstração do resultado abrangente, na demonstração do resultado, nas demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados e do valor adicionado (se apresentadas), na demonstração das mutações do patrimônio líquido e na demonstração dos fluxos de caixa. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou composição de valores apresentados, nessas demonstrações, e informações sobre itens que não se qualificam para o reconhecimento nessas demonstrações.
Tratamento contábil para as micro e pequenas empresas
O CPC emite, em separado, um Pronunciamento Técnico PME para aplicação às demonstrações contábeis para fins gerais de empresas de pequeno e médio porte (PMEs), conjunto esse composto por sociedades fechadas e sociedades que não sejam requeridas a fazer prestação pública de suas contas. A resolução CFC 1.255/09 aprova o NBCT 19.41.
De acordo com o CPC as pequenas e médias empresas são aquelas que:
Não têm obrigação pública de prestação de contas.
Elaboram demonstrações contábeis para fins gerais para usuários externos.
EXEMPLO
Exemplos de usuários externos incluem proprietários que não estão envolvidos na administração do negócio, credores existentes e potenciais, e agências de avaliação de crédito.
O objetivo das demonstrações contábeis de pequenas e médias empresas é oferecer informação sobre a posição financeira (balanço patrimonial), o desempenho (resultado e resultado abrangente) e os fluxos de caixa da entidade, que é útil para a tomada de decisão por vasta gama de usuários que não está em posição de exigir relatórios feitos sob medida para atender suas necessidades particulares de informação.
FORMAS DE SIMPLIFICAÇÃO APLICADAS PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
As formas de simplificação foram:
limitando as políticas contábeis;
excluindo tópicos considerados irrelevantes para as PMEs;
simplificando os princípios para reconhecimento e mensuração e
reduzindo significativamente o número de divulgações.
BENEFÍCIOS
Acesso a financiamentos, melhora da qualidade das demonstrações contábeis, bem como a comparabilidade e todos os benefícios aos usuários da informação contábil.
Contudo, é importante a pequena ou média empresa observar que ocorrendo a situação de possibilidade ou indicação de a empresa abrir seu capital ou se tornar sociedade de grande porte, na adoção inicial, devem ser considerados os CPCs na sua totalidade, e não a forma simplificada através do CPC PME.
Exercícios
Questão 1: Qual opção que, de acordo com o CPC 00/R1/2011, representa as características qualitativas fundamentais da informação contábil-financeira?
a) Compreensibilidade, tempestividade e relevância.
b) Verificabilidade, confiabilidade e tempestividade.
c) Comparabilidade, representação fidedigna e verificabilidade.
d) Relevância, materialidade e representação fidedigna.
e) Representação fidedigna, compreensibilidade e tempestividade.
Questão 2: Para quais usuários são destinadas as Demonstrações Contábeis elaboradas de acordo com CPC 00?
a) Internos
b) Externos
c) Gestores
d) Consumidores
e) Auditores
Questão 3: Quais são os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira?
a) ativo e passivo
b) bens, direitos e obrigações
c) receitas e despesas
d) ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas
e) ativo, passivo e patrimônio líquido
Questão 4: Dentre as opções abaixo, qual não faz parte do Conjunto de Demonstrações Contábeis?
a) Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
b) Demonstração de Resultados Abrangentes (DRA)
c) Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos (DOAR)
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
e) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
Atividade
Com qual finalidade o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), responsável pela publicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, emitiu um pronunciamento conceitual acerca das Demonstrações Contábeis?
_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Aula 2: Balanço Patrimonial Ativo Circulante
Introdução
Nesta aula, você irá reconhecer a principal demonstração contábil, o Balanço Patrimonial. Analisar os aspectos gerais dessa demonstração e, de forma específica, os elementos que compõem os bens e direitos de curto prazo da empresa, bem como as aplicações de recursos de curto prazo e os itens que compõem o grupo do Ativo Circulante.
Objetivos
Reconhecer a estrutura geral do Balanço Patrimonial.
Analisar a aplicação de recursos de curto prazo.
Reconhecer as contas que fazem parte da estrutura do Ativo Circulante.
Balanço patrimonial
É a mais importante demonstração contábil, por meio da qual podemos apurar a situação patrimonial e financeira da empresa.
Demonstra, de maneira organizada, quais são (aspectos qualitativos) e quanto valem (aspectos quantitativos) os bens, direitos e obrigações e a riqueza própria da empresa.
Tem, na sua constituição, duas colunas:
Ativo
Compreende os bens e os direitos da entidade expressos em moeda.
De acordo com o CPC 00, item 4.4, o ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade.
Exemplo
Caixa, bancos, imóveis, veículos, equipamentos, mercadorias, títulos a receber e clientes são exemplos de ativos.
De acordo com o Artigo 37, da Lei nº 11.941/09, o ativo está subdivido em:
Nesta aula, abordaremos o Ativo Circulante e suas subdivisões, como consta no organograma a seguir:
Ativo Circulante
Agrupa as contas que representam o dinheiro, a disposição da empresa e tudo o que será transformado em dinheiro em até 12 meses. São contas que estão constantemente em giro, movimento, circulação na empresa. A seguir, continuaremos pelas subclassificações do ativo circulante.
 Disponibilidades
São as contas que representam o dinheiro da empresa, numerário em caixa, saldos em bancos e direitos de liquidez imediata que não estão sujeitos a nenhum tipo de restrições para que sejam utilizados.
CAIXA
Representa todo o dinheiro totalmente à disposição da empresa. Essa reserva de dinheiro visa atender às necessidades básicas da empresa, situações eventuais e até mesmo o aproveitamento de oportunidades de negócios a curto prazo.
FUNDO FIXO
Uma pequena quantia fixa na conta Caixa para o pagamento de pequenas despesas do cotidiano, por exemplo, despesas com postagens de documentos e correspondências diversas.
BANCOS CONTA MOVIMENTO
Representa o saldo das contas correntes que a empresa possui junto às instituições financeiras.
APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE CURTO PRAZO
Representam os investimentos efetuados pela empresa em títulos de liquidação imediata, sem nenhuma restrição de uso.
Contas a Receber
São direitos que a empresa tem a receber em até 12 meses. Fazem parte deste grupo as contas:
DUPLICATAS A RECEBER OU CLIENTES
Valores a receber decorrentes das vendas a prazo realizadas pela empresa.
PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA (PCLD)
Conta redutora do ativo, utilizada para reconhecer a inadimplência das vendas a prazo. Representa uma "perda" de valor nos seus títulos a receber, afetando o seu Patrimônio Líquido. Exemplo: cheque sem fundos, cartões de crédito sem saldo, clientes que não pagaram etc.
TÍTULOS A RECEBER
São contas que podem ser originários de duplicatas não pagas no vencimento, cujos valores renegociados passam a ser representados por notas promissórias ou por outro título equivalente, com prazo de vencimento prorrogado. Podem ser ainda valoresde empréstimos a receber de terceiros e de vendas não ligadas às operações normais da empresa, tais como vendas de bens do ativo imobilizado, de títulos de investimentos e etc.
JUROS A RECEBER
São os encargos que a empresa tem a receber de terceiros, originários de empréstimos, bem como de outras operações nas quais os juros não sejam agregados aos próprios títulos.
ADIANTAMENTO A FORNECEDORES
Os adiantamentos efetuados a fornecedores de insumos da empresa (matéria-prima ou mercadorias para revenda) são registrados nessa conta.
Comentário
A baixa do adiantamento feito ao fornecedor será efetuada por ocasião do efetivo recebimento do item (matéria-prima ou mercadorias para revenda), registrando-se o custo total na correspondente conta de Estoques, e caso haja saldo a pagar remanescente, na conta Fornecedores, no passivo circulante.
Estoques
São bens comprados ou fabricados pela empresa com o objetivo de venda, registrando o valor dos estoques na data do fechamento do balanço. São contas que compõem o grupo “Estoque”:
ESTOQUE DE MERCADORIAS PARA REVENDA
Compreende as mercadorias adquiridas para comercialização.
ESTOQUE DE MATÉRIA-PRIMA
Compreende os produtos naturais ou semimanufaturados que devem ser submetidos a um processo produtivo até se tornarem produtos acabados. No comércio, esse estoque é chamado de Material de Revenda.
ESTOQUE DE PRODUTOS EM ELABORAÇÃO
São classificados todos os produtos que, no fechamento do balanço, ainda se encontram em fase de produção. Compreende todos os custos aplicados nesses produtos. Em empresas prestadoras de serviços, essa conta é chamada de Serviços em Andamento.
ESTOQUE DE PRODUTOS ACABADOS
Produtos cujo processo de fabricação já foi concluído e que se encontram em condições de venda.
Comentário
Se a empresa for comercial, os estoques são de mercadorias e se a empresa for industrial, teremos estoques de matérias-primas, estoques de produtos em elaboração e estoques de produtos acabados.
Despesas Antecipadas
São os recursos aplicados em despesas que trarão benefício para a empresa por mais de um período, ou seja, são ativos que representam pagamentos antecipados cujos benefícios ou prestações de serviço para a empresa se farão ao longo de vários meses. Algumas características básicas das despesas antecipadas:
Referem-se a desembolsos ou compromissos assumidos no presente cujo benefício será efetuado em período(s) seguinte(s).
Não se considera o pagamento como uma despesa até que não seja apropriado no momento que corresponda o benefício.
Serão distribuídas proporcionalmente no período de tempo que se espera produza benefícios na empresa. 
Refletem um direito da empresa.
Deverão ser consumidas no uso exclusivo do negócio.
Comentário
Por se tratar de aplicação antecipada de recursos financeiros em despesas a serem incorridas em períodos seguintes, a sua apropriação às contas de resultado (despesa efetiva) ocorrerá à medida que os benefícios destes recursos forem obtidos e os mesmos forem consumidos.
ESTOQUE DE MATERIAL DE CONSUMO
Materiais adquiridos em quantidades suficientes para serem utilizados por longos períodos. São registrados como ativo, tornando-se despesa quando consumidos.
Exemplo:
Material de Limpeza;
Material de Escritório;
Material de Manutenção;
Peças em Geral.
DIREITOS A APROPRIAR
Na contratação de um serviço, o qual a empresa irá utilizá-lo por mais de um mês, classificamos esta aquisição como uma despesa antecipada a ser apropriada como despesa efetiva à medida que a empresa utilize o serviço.
A despesa com seguro, por exemplo, é apropriada mês a mês de acordo com seu prazo de cobertura. As parcelas correspondentes aos períodos seguintes deverão ser mantidas no Ativo (Despesas Antecipadas), por serem despesas ainda não incorridas.
Exercícios
Questão 01: Qual das contas abaixo NÃO compõe o grupo disponibilidades?
a) Caixa
b) Bancos Conta Movimento
c) Contas a Receber
d) Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
e) Fundo Fixo
Questão 02: A empresa Comércio Livre Ltda. apurou os seguintes valores, em 31/12/2011:
Com base nos saldos das contas acima, podemos afirmar que:
a) O valor do Ativo Circulante é R$62.000,00.
b) O valor do Disponível é R$50.000,00.
c) O valor do grupo Despesas Antecipadas é R$35.000,00.
d) O valor do Imobilizado é R$119.000,00.
e) O valor do Patrimônio é R$147.000,00.
Questão 03: A empresa Competência Ltda. adquire Material de Escritório em fevereiro por R$5.000 a prazo, para pagamento em março e abril, contudo o material só foi pago em junho. O material foi consumido em maio. Em qual mês deve ser registrada a despesa?
a) fevereiro
b) março
c) abril
d) maio
e) junho
Questão 04: Quais dos seguintes itens patrimoniais são classificados no Ativo Circulante?
a) bens e direitos
b) bens, direitos e obrigações
c) bens, direitos e obrigações de curto prazo
d) obrigações de curto prazo
e) bens e direitos de curto prazo
Questão 05: De acordo com a ordem de liquidez, as contas no Ativo Circulante seguem qual sequência?
a) Disponibilidades, Estoques, Contas a Receber e Intangível
b) Caixa, Contas a Receber, Estoques e Disponibilidades
c) Caixa, Bancos Conta Movimento, Estoques e Contas a Recebe
d) Disponibilidades, Contas a Receber, Estoques e Despesas Antecipadas
e) Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível
Atividades
1. De acordo com a classificação das Contas no Balanço Patrimonial, por que a conta de “Estoques” vem depois de “Contas a Receber?”
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
2. Admita-se que a Cia. Desconfiada faça um seguro por um ano, em 01-10-15, pagando R$18.000 (prêmio de seguro), e, nesta data, adquira R$10.000 de material de escritório. Em 31-12-15 constata-se que havia em estoques apenas R$2.000 de material de escritório. Como fica o Balanço Patrimonial em 31-12-15?
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Aula 3: Balanço Patrimonial Ativo Não-Circulante
Introdução
Nesta aula, você irá reconhecer os itens patrimoniais (bens e direitos de longo prazo) que compõem o grupo Ativo Não Circulante: Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível.
Irá identificar os objetivos e as formas de reconhecimento e mensuração dos recursos aplicados na empresa para uso permanente ou de conversão em dinheiro no longo prazo.
Você irá ainda analisar a classificação desses elementos, as regras e os critérios de alocação desses recursos.
Objetivos
Reconhecer a estrutura em questão no Balanço Patrimonial.
Reconhecer as contas que fazem parte da estrutura do Ativo Circulante.
Analisar a aplicação de recursos de curto prazo.
Ativo não circulante
Assim como no ativo circulante as contas do não circulante são de natureza devedora, contudo, o não circulante representa todos os bens e diretos de longo prazo da empresa. Todos os recursos que a empresa tem a sua disposição que serão transformados em dinheiro, após o final do exercício social seguinte (ano seguinte) ou que a empresa não tenha a intenção de transformar em dinheiro, tenha a intenção de usar ou de permanecer com a propriedade do bem ou direito para usufruir dos seus benefícios.
Desta forma,podemos entender que, no ativo não circulante, estão incluídos todos os bens da empresa de natureza duradoura, destinados ao funcionamento normal de suas atividades, bem como os direitos exercidos com essa mesma finalidade.
O ativo não circulante se divide em quatro grupo de contas:
Realizável a longo prazo
Classificamos, no realizável a longo prazo, as contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se darão após o término do exercício seguinte. Neste grupo, também estão incluídas as contas de direitos sem prazo de vencimento, ou seja, quando não se determina o prazo de recebimento de um direito, contabilmente, esse direito será classificado como de longo prazo.
Exemplo
Venda de mercadorias no valor de R$4.500,00, a ser paga em 32 parcelas. Uma parte dessas parcelas será paga no longo prazo, sendo assim, será classificada na conta Clientes a LP no grupo Realizável a longo prazo.
Segundo o inciso II, do artigo 179, da Lei 6.404/76, as contas no Ativo Realizável a Longo Prazo serão classificadas do seguinte modo:
Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia.
Contas que fazem parte Realizável a Longo Prazo:
CLIENTES OU CONTAS A RECEBER DE LONGO PRAZO
São valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela empresa a longo prazo;
Exemplo: Um cliente comprou uma mercadoria no valor de R$18.000,00 e parcelou-a em 36 vezes, sendo cada parcela de R$500,00. As 12 primeiras parcelas serão classificadas na conta Clientes de curto prazo, já as outras 24 serão classificadas na conta Clientes de longo prazo, pois serão pagas após o final do exercício seguinte.
DEPÓSITOS BANCÁRIOS A LONGO PRAZO
Cheques e/ou transferências a receber que entrarão na conta da empresa a longo prazo (após o período de 12 meses ou dependendo do ciclo operacional da empresa, se este for superior a 12 meses).
EMPRÉSTIMOS, ADIANTAMENTOS OU VENDAS COM EMPRESAS COLIGADAS, SÓCIOS OU ACIONISTAS
Independentemente do prazo de realização, por determinação legal, estas devem ser classificadas no Realizável a Longo Prazo os valores a receber de empresas do mesmo grupo, dos seus sócios e acionistas da empresa, por não terem exigibilidade por de pagamento por essas partes relacionadas.
Nota: no caso dos empréstimos, eles apenas serão classificados de acordo com a operação (Ativo Circulante se for receber até o final do curto prazo ou Ativo Realizável a Longo Prazo se for receber após o término do curto prazo) se a atividade da empresa que fez o empréstimo for efetivamente essa, ou seja, de fazer empréstimos, pois este é o produto que ela oferece. Exemplos: bancos e instituições financeiras etc.
APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE LONGO PRAZO
São aquelas que a empresa faz, mas só terá o direito de retirar o dinheiro aplicado após um prazo de 12 meses. Exemplo: aplicação financeira de 15 meses.
DESPESAS ANTECIPADAS DE LONGO PRAZO
Possuem a mesma finalidade das despesas antecipadas do Ativo circulante, contudo as que classificamos no ativo não circulante irão trazer benefícios para a empresa somente após o final do exercício seguinte (no longo prazo).
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
É um tributo estabelecido por lei, no qual o contribuinte adquire uma determinada quantia de dinheiro, em forma de empréstimo, para depois resgatá-lo, de acordo com as determinações estabelecidas por lei.
Nota: no caso dos empréstimos compulsórios, somente a União, em casos excepcionais, pode instituí-los.
 Investimentos
No grupo Investimentos registramos os bens de renda da empresa, bem como as participações e aplicações financeiras de caráter permanente, com o objetivo de gerar rendimentos para a empresa de forma que esses bens e direitos não sejam destinados à manutenção das atividades normais da companhia.
Fazem parte do grupo Investimento as seguintes contas:
OBRAS DE ARTE
São bens produzidos por artistas renomados como, por exemplo: quadros, cerâmicas, louças, estatuetas, antiguidades em ouro e prata etc., sendo elas desvinculadas da atividade principal da empresa. Todos estes investimentos poderão, em um futuro ainda não previsto, gerar renda caso a empresa opte por colocá-los à venda.
BENS DE RENDA
Também conhecido como propriedades para investimento, são bens usados como forma de gerar renda (lucro) para a empresa, sendo propriedades não utilizadas na atividade operacional da própria empresa. Exemplo: itens do imobilizado (móveis, máquinas, veículos etc.) alugados a terceiros.
IMÓVEIS E TERRENOS PARA FUTURA UTILIZAÇÃO
São bens de propriedade da empresa, não utilizados na sua atividade operacional, mas também não colocados para gerar renda. No futuro, essas terras e imóveis poderão ser usadas para expansão da empresa ou para abrigar parte das suas atividades. Exemplo: terrenos para expansão.
PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS
São investimentos em outras sociedades (coligadas e controladas), com objetivo de obter o controle societário ou por interesses econômicos, na empresa investida:
Investimentos em Coligadas: correspondem entre 20% e 50% do capital da empresa investida. O que configura uma influência significativa da empresa investidora nas decisões estratégicas da empresa investida;
Investimentos em Controladas: correspondem a mais de 50% do capital da empresa investida. O que configura um controle da empresa investidora nas decisões estratégicas da empresa investida;
Participações em Outras Empresas: são ações/cotas em outras empresas que não sejam coligadas e controladas. Dessa forma, quando a empresa compra essas ações, ela passa a fazer parte do quadro de acionistas da empresa em questão. Ou seja, possuir ações de uma empresa é o mesmo que possuir um pedaço dela. Em tese, você é dono de uma fração de cada prédio, automóvel e qualquer outro bem da empresa. E, quanto mais ações possuir, maior é sua parcela.
Imobilizado
No grupo Imobilizado, registramos bens e direitos de estrutura física da empresa, de natureza permanente, utilizados na manutenção e no funcionamento da atividade operacional da empresa.
As principais contas do grupo Imobilizado são:
IMÓVEIS
Terrenos, casas, prédios, viadutos e indústrias que fazem parte da estrutura física da empresa utilizados no desenvolvimento da atividade operacional.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Representam o conjunto de ativos utilizados como base para a realização da atividade da empresa no processo de produção de bens ou serviços.
MÓVEIS E UTENSÍLIOS
Os valores relativos aos móveis e utensílios usados na companhia que tenham vida útil superior a 1 ano.
VEÍCULOS
Carros, motos, camionetes, caminhões etc. usados para o desenvolvimento da companhia, seja para entrega de produtos, deslocamento dos funcionários e para qualquer outra atividade da empresa.
FERRAMENTAS
Qualquer instrumento, com vida útil superior a 1 ano, usado para a realização de determinados trabalhos. Facilitam a realização de uma tarefa mecânica que requer o uso de força. Ex.: chave de fenda, alicate, martelo etc.
REFLORESTAMENTO E JAZIDAS
Projetos de florestamento e reflorestamento de propriedade da empresa, sendo dever dela ter cuidados permanentes como trabalhos de plantio, capinação, irrigação, adubação etc.
BENFEITORIAS EM PROPRIEDADE DE TERCEIROS
Valores relativos às construções em terrenos arrendados e às instalações e benfeitorias em imóveis alugados, sejam de uso do setor administrativo ou produtivo da empresa, que forem incorporados ao imóvel arrendado, e revertam ao proprietário do imóvel no término do contrato. As benfeitorias serão amortizadas em função da vida útil estimada ou no período de vigência do contrato de locação ou arrendamento, dos dois, o menor.
BENS DO ATIVO IMOBILIZADO DE PEQUENO VALOR
De acordo com o Art. 301, do RIR/1999 e o art. 30, da Lei nº 9.249/1995, poderá ser lançado como custo ou despesa operacional o valor deaquisição de bens do Ativo Permanente, cujo prazo de vida útil não ultrapasse 1 ano ou o valor unitário não seja superior a R$326,61.
ATIVO IMOBILIZADO EM ANDAMENTO
São classificados todos os gastos com materiais, mão de obra direta e indireta e outros gastos que a empresa incorrer na construção e instalação, até o momento em que os bens entram em operação, quando são reclassificados para as contas específicas do grupo Imobilizado em Operação.
Consumo de ativos imobilizados
Contabilizamos a perda de valor dos itens do Ativo Imobilizado por meio da Depreciação, Amortização e Exaustão, conforme segue:
Depreciação é a redução do valor dos bens pelo desgaste ou pela perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
Amortização é a redução do valor aplicado na aquisição de direitos de propriedade e quaisquer outros, inclusive ativos intangíveis, com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado.
Exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais, florestais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimento determinado, bem como do valor de ativos corpóreos utilizados no processo de exploração.
Intangível
De acordo com o art. 179, VI, da Lei no 6.404/76, serão classificados, no ativo não circulante intangível, os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive fundo de comércio adquirido.
O CPC 04 caracteriza um ativo intangível quando:
✔ For separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade.
✔ Resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações.
✔ For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao ativo serão gerados em favor da entidade.
✔ Puder ser mensurado com segurança o custo do ativo.
Exemplo
Exemplos de ativos intangíveis:
Softwares;
Licenças;
Marcas;
Patentes;
Direitos autorais;
Direitos de exibição de filmes.
Mais algumas considerações:
AVALIAÇÃO DOS ATIVOS INTANGÍVEIS
Os direitos classificados no Ativo Intangível devem ser avaliados pelo seu custo de aquisição deduzida sua respectiva amortização.
Nota: a amortização deve feita em função do prazo legal ou contratual de uso dos direitos ou em razão da sua vida útil econômica, deles o que for menor.
RECONHECIMENTO DOS ATIVOS INTANGÍVEIS
Um item do ativo intangível deve ser reconhecido quando os benefícios econômicos futuros forem prováveis e se o custo puder ser mensurado. Para tanto, uma empresa deve ser capaz de demonstrar todos os seguintes critérios:
Viabilidade técnica;
Capacidade de usar ou vender o ativo intangível;
Disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros para completar o desenvolvimento;
Capacidade de medir confiavelmente o gasto com o desenvolvimento.
Caso não haja condições de reconhecer um ativo intangível este deve ser registrado como despesa.
Exercícios
Questão 1: Marque a opção em que todas as contas são classificadas no Ativo Não Circulante:
a) Fundo Fixo, Adiantamento a Fornecedores e Despesas Antecipadas
b) Empréstimos Compulsórios, Participações Permanentes e Depreciação Acumulada
c) Empréstimos Bancários, Investimentos em Coligadas e Marcas e Patentes
d) Bancos Conta Movimento, Impostos a Recuperar e Despesa com Depreciação
e) Aplicação Financeira de Liquidez Imediata, Marcas e Patentes e Amortização Acumulada
Questão 2: (NC-UFPR, 2010) No Balanço Patrimonial, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrarem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
De acordo com o artigo 178 da Lei nº 6.404/76, § 1º, as contas serão agrupadas no ativo entre os seguintes grupos e subgrupos:
a) Ativo circulante — ativo realizável a longo prazo e ativo não circulante, composto por permanente, imobilizado e diferido.
b) Ativo circulante — ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível.
c) Ativo circulante — ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, resultado de exercício futuro.
d) Ativo não circulante — ativo circulante, composto por ativo realizável a curto prazo, intangível e diferido.
e) Ativo circulante — ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, imobilizado e exigível não circulante.
Questão 3: (FCC, 2014) Considere as informações a seguir sobre as empresas Cia. Alfa, Cia. Beta, Cia. Gama e Cia. Delta:
1 - A Cia. Alfa adquiriu 30% das ações da Cia. Epsilon, passando a ter influência significativa na administração.
2 - A Cia. Beta é uma empresa comercial e adquiriu máquinas especiais para revender.
3 - A Cia. Gama adquiriu máquinas especiais que serão utilizadas em seu processo produtivo.
4 - A Cia. Delta adquiriu um lote de ações da Cia. Mega e pretende negociá-las a qualquer momento, quando houver necessidade de recursos financeiros.
Os ativos adquiridos pelas Cias. Alfa, Beta, Gama e Delta são classificados no Balanço Patrimonial das respectivas empresas no Ativo:
a) não circulante, circulante, não circulante e circulante.
b) circulante, circulante, não circulante e circulante.
c) não circulante, não circulante, não circulante e circulante.
d) circulante, circulante, circulante e não circulante.
e) não circulante, circulante, não circulante e não circulante.
Questão 4: Dentre as opções abaixo, NÃO faz parte do Conjunto de Demonstrações Contábeis:
a) Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
b) Demonstração de Resultados Abrangentes (DRA)
c) Demonstração de Origens e Aplicação de Recursos (DOAR)
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
e) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)
Questão 5: Observe as seguintes contas que compõem o Patrimônio da Cia. Beta:
Disponibilidades: R$80.000,00
Direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente: R$60.000,00
Aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte: R$40.000,00
Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte: R$120.000,00
Participações permanentes em outras sociedades: R$30.000,00
Financiamento realizado para aquisição de maquinários, com vencimento para o próximo exercício: R$150.000,00
Com base nos dados supracitados, apure o total do Ativo Não Circulante.
a) R$120.000,00
b) R$180.000,00
c) R$210.000,00
d) R$190.000,00
e) R$150.000,00
Atividade
Quais são as três características fundamentais do Ativo Imobilizado?
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Aula 4: Balanço Patrimonial Passivo
Introdução
Nesta aula, estudaremos a classificação das dívidas da empresa no Balanço Patrimonial.
Analisaremos também o reconhecimento e a mensuração das obrigações empresariais, suas regras e seus critérios de classificação sejam elas de curto ou longo prazo.
Estudaremos ainda o reconhecimento e a mensuração de passivos com tratamento específico, como provisões e contingências, de acordo com as normas estabelecidas pelo CPC25.
Objetivos
Reconhecer o Passivo, e a disposição de suas contas, sejam elas de curto ou longo prazo.
Analisar o reconhecimento e a mensuração das obrigações empresariais e suas regras e seus critérios de classificação.
Analisar o reconhecimento e a mensuração de passivos comtratamento específico, como provisões e contingências.
Passivo
Seguem algumas definições:
Passivos são sacrifícios futuros prováveis de benefícios econômicos resultantes de obrigações presentes.
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
O Passivo...
Faz parte das Contas Patrimoniais e compreende as obrigações (dívidas) da empresa para com terceiros.
Compreende também as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão pagamento, como por exemplo: contas a pagar, fornecedores de matéria-prima a prazo, impostos a pagar, financiamentos, empréstimos etc.
É uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) a sua liquidação. Por isso também chamamos de Passivo Exigível, para reforçar a ideia de exigibilidade das obrigações da empresa.
Fluxograma do passivo:
Características essenciais do Passivo
Obrigação presente com valor mensurável e prazo determinável
A obrigação compromete a instituição, permitindo-lhe pouca ou nenhuma liberdade para evitar o sacrifício futuro
A transação ou outro evento que obriga a instituição já ocorreu
Passivo Circulante
Classificamos no Passivo Circulante (curto prazo) as obrigações da empresa que vencem até o final do exercício seguinte. De acordo com FIPECAFI (2013), o Passivo Circulante está composto dos seguintes grupos de contas:
FORNECEDORES
Dívidas referentes às compras a prazo de insumos (matérias-primas, mercadorias para revenda, e outros materiais).
OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS
Dívidas referentes aos salários, à remuneração complementar e a todos os benefícios e encargos sociais que integram os custos com mão de obra.
OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
Obrigações da empresa para com o governo, relativas aos tributos (impostos, taxas e contribuições).
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Dívidas referentes à aquisição de crédito (empréstimos e financiamentos) junto às instituições financeiras.
PROVISÕES E ENCARGOS DAS PROVISÕES
Uma obrigação da empresa cujo prazo ou valor a pagar seja incerto.
OUTRAS OBRIGAÇÕES
Dívidas que não se encaixam nas categorias acima, como por exemplo: adiantamentos feitos por clientes, cauções e outras garantias.
Passivo Não-Circulante
Neste grupo, conforme FIPECAFI (2013), classificamos as obrigações da empresa, que vencerem após o exercício social seguinte. No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social (um ano), a concepção terá por base o prazo desse ciclo.
EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
Dívidas referentes à aquisição de crédito (empréstimos e financiamentos) junto às instituições financeiras com vencimento após o final do exercício social seguinte.
DEBÊNTURES E OUTROS TÍTULOS DE DÍVIDAS
Títulos de dívidas, de médio e longo prazo, emitidos por empresas privadas que representa um investimento no formato de empréstimo. Assim, o investidor se torna um credor da empresa em questão e recebe juros fixos ou variáveis ao final do período pactuado, geralmente médio e longo prazo.
RETENÇÕES CONTRATUAIS
São obrigações referentes a garantias fornecidas pelas empresas contra eventuais prejuízos financeiros provocados pelas contratadas, como falhas de execução e processos trabalhistas movidos por funcionários dos empreiteiros etc.
IR E CS DIFERIDOS
Obrigação de imposto de renda e contribuição social que serão pagas após o final do exercício social seguinte.
RESGATES DE PARTES BENEFICIÁRIAS
São títulos negociados na bolsa de valores não vinculados ao capital social da empresa, que asseguram ao seu titular direito de crédito eventual contra a sociedade anônima emissora, resultando em uma participação nos lucros desta empresa.
PROVISÃO PARA RISCOS FISCAIS E OUTROS PASSIVOS CONTINGENTES
Compreende os passivos de prazo ou de valor incertos, relacionados a pagamento de reclamações trabalhistas.
Reconhecimento e Mensuração
De acordo com as atuais práticas contábeis adotadas no Brasil:
Um passivo deve ser reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que uma saída de recursos detentores de benefícios econômicos seja exigida em liquidação de obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará puder ser mensurado com confiabilidade.
Exemplo: aquisição de bens e o uso de serviços dão origem a contas a pagar (a não ser que pagos adiantadamente ou na entrega) e o recebimento de empréstimo bancário resulta na obrigação de honrá-lo no vencimento.
Passivos Especiais
PROVISÃO
É um passivo de prazo ou de valor incertos. São reconhecidas como passivo por que são obrigações presentes, é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação e pode ser feita uma estimativa confiável do valor (CPC 25).
PASSIVO CONTINGENTE
É uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é reconhecida por que:
a) Não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou
b) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade.
Nota: a entidade não reconhece um passivo contingente, sendo necessária apenas a sua divulgação em notas explicativas.
Reconhecimentos e Mensuração do Passivo:
Tratamento Contábil das Provisões e Contingências:
	PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DO DESEMBOLSO
	TRATAMENTO CONTÁBIL
	OBRIGAÇÃO PROVÁVEL
	MENSURÁVEL
	Uma provisão é reconhecida e divulgada em notas explicativas
	
	NÃO MENSURÁVEL
	Divulgação em notas explicativas.
	OBRIGAÇÃO POSSÍVEL
	-
	Um passivo contingente divulgado em notas explicativas.
	OBRIGAÇÃO REMOTA
	-
	Um passivo contingente não divulgado em notas explicativas.
Exercício
Questão 01: (TJ-SP, 2015) Passivo é:
a) Uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
b) Uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos, mas que está totalmente sob controle da entidade.
c) Um evento futuro que cria uma coobrigação legal ou não formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão liquidar ou postergar essa obrigação.
d) Uma obrigação presente ou passada da entidade, derivada de eventos ocorridos ou a incorrer, cuja liquidação poderá ocorrer por pagamento ou troca com ativos.
e) Uma obrigação provável resultante de eventos presentes e cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros certos e pela saída de recursos da entidade ou mesmo pela troca por ativos.
Questão 02: Uma empresa prestadora de serviços recolhe, desde o início de suas atividades, o Imposto sobre Serviço à alíquota de 2%. Em 30/07/2016, foi fiscalizada e autuada, visto que o auditor da receita municipal entende que o referido imposto era devido à alíquota de 5%. A empresa em questão recorreu da autuação, por estar fundamentada em pareceres e estudos técnicos de seus advogados tributaristas. Considerando que o valor em questão é significativo, qual é a providência a ser tomada a fim de refletir esse fato adequadamente nas demonstrações financeiras do exercício a ser encerrado em 31/12/2016?
a) Proceder ao pagamento da notificação da fiscalização.
b) Constituir uma provisão para contingências.
c) Constituir uma reserva para contingências.
d) Reconhecer o valor a pagar no exigível a longo prazo, em virtude da morosidade desse tipo de decisão.
e) Divulgar o fato no relatório da administração e não efetuar qualquer registro na contabilidade.
Questão 03: É um exemplo de obrigação exigível, ou seja, é uma conta do Passivo:
a) Empréstimo às Coligadas
b) Despesas Antecipadas
c) Reserva para Contingência
d) Adiantamento de Clientese) Impostos a Recuperar
Questão 04: A empresa “Amizade” comprou um veículo a prazo por R$100.000, financiado em cinco anos. Após a contabilização da operação, o patrimônio da empresa sofreu a seguinte alteração:
a) Diminuiu o Ativo em R$100.000 e aumentou o Passivo em R$100.000.
b) Aumentou o Ativo Não Circulante em R$100.000 e aumentou o Passivo Circulante em R$20.000 e o Passivo não Circulante em R$80.000.
c) Aumentou o Patrimônio Líquido em R$100.000 e o Passivo não Circulante em R$100.000.
d) Diminuiu o Patrimônio Líquido em R$100.000 e aumentou o Passivo Circulante em R$20.000 e o Passivo não Circulante em R$80.000.
e) Não alterou seu patrimônio, tendo em vista que o total de débitos é igual ao total de crédito no registro da operação.
Questão 05: (CFC 2013) De acordo com a NBC TG 25 — Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, analise os requisitos abaixo em relação ao reconhecimento de uma provisão.
I. Uma provisão deve ser reconhecida quando a entidade tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de evento passado.
II. Uma provisão deve ser reconhecida quando seja provável, que será necessária, uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar a obrigação.
III. Uma provisão deve ser reconhecida quando possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
São requisitos necessários para o reconhecimento de uma provisão o(s) item(ns):
a) I e II, apenas.
b) II e III, apenas.
c) III, apenas.
d) I, II e III.
Atividade
O que é um Passivo Contingente?
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Aula 5: Balanço Patrimonial: Patrimônio Líquido
Introdução
Nas aulas anteriores, estudamos o Patrimônio Bruto da empresa, seus bens, Direitos e suas Obrigações, os quais classificamos no Ativo e Passivo.
Nesta aula, estudaremos o líquido da relação patrimonial, os Bens e Direitos menos as Obrigações, o Ativo menos o Passivo.
Estudaremos também os elementos que compõem a riqueza própria da empresa, suas definições e regras de classificação, de acordo com o CPC 00.
Iremos ainda analisar as situações patrimoniais da riqueza própria da empresa e a estrutura das contas que compõe o Patrimônio Líquido.
Objetivos
Distinguir o Patrimônio Bruto do Patrimônio Líquido.
Reconhecer o Patrimônio Líquido e sua estrutura de contas.
Analisar as situações patrimoniais da riqueza própria da empresa.
Patrimônio Líquido
É o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos de todos os seus passivos (CPC nº00 — 4.4-C).
Podemos entender o significado de patrimônio líquido correspondendo à riqueza da empresa, o que ela possui efetivamente, descontadas as contas que ela precisa pagar:
Patrimônio Líquido = Ativo - Passivo
O Patrimônio Líquido representa a fonte de recursos próprios da empresa, fruto dos investimentos dos seus sócios e dos resultados (lucros e prejuízos) gerados pela própria empresa.
Contas do Patrimônio Líquido
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, a divisão do patrimônio líquido está dividida da seguinte maneira:
Capital Social
Representa todo o investimento realizado na empresa por seus proprietários. A conta Capital Social discrimina o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.
Capital Subscrito é aquele comprometido (assinado) pelos acionistas.
A integralização pode ser em bens (dinheiro, bens do imobilizado ou outros bens), em direitos (ações, títulos a receber etc.) ou em redução de obrigações (pagamentos de dívidas, reduções de outros itens do passivo).
Comentário
O Capital Social divide-se em quotas em todas as sociedades de pessoas e nas Sociedades por Responsabilidade Ltda.; e em ações nas sociedades por ações (S.A.) e em todas as sociedades de capital.
     
Exemplo Prático
Na constituição da Cia. Mordomia, tivemos a subscrição de todas as ações em que se divide o Capital Social fixado em R$4.000.000,00. Conforme disposição legal, houve a realização (integralização), com entrada, de 10%, em dinheiro, depositada no Banco do Brasil S.A.
Então temos:
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	Capital Social
	
	Capital Social Subscrito
	4.000.000,00
	(-) Capital a Integralizar
	(3.600.000,00)
	= Capital Realizado
	400.000,00
Reservas
São acréscimos ao Patrimônio Líquido que utilizadas para aumento de Capital ou para abater Prejuízos.
     
Reservas de Capital
São aquelas que não se originam do resultado do exercício, isso é, não são apuradas (portanto, não transitam) pela Demonstração do resultado do Exercício.
As reservas de Capital, portanto, não se originam do Lucro da Companhia. O caso mais comum é: Ágio na Emissão de Ações.
Quando uma companhia aumenta seu capital, emitindo novas ações, ela pode vendê-las ao público por seu valor nominal (ou pelo preço fixado na emissão), ou com um lucro, isto é, com um excelente. A esse lucro, ou excedente, denominados Ágio.
	EXEMPLO PRÁTICO
A Cia. Vale Salgado aumentará seu capital de R$50 para R$70 milhões, conforme deliberação de sua administração, com a emissão de 20 milhões de ações, cujo valor nominal será de R$1,00 por ação.
Dado o interesse do público pelas ações, foi resolvido que se cobraria um Ágio de R$0,20 por ação. Dessa maneira, cada ação foi colocada à venda por R$1,20.
Vejamos o registro contábil da constituição da Reserva de Capital:
D – Disponibilidades          R$ 24.000.000,00
C – Capital Social               R$ 20.000.000,00
C – Reserva de Capital        R$ 4.000,000,00
Capital Social: Haverá um acréscimo de 20 milhões de ações * R$1,00 cada uma = R$20 milhões. Portanto, o novo capital passará para R$70 milhões.
Reserva de Capital: Ágio na emissão de ações. R$20 milhões de ações a R$0,20 cada uma = R$4 milhões.
     
Reservas de Lucros
RESERVA LEGAL
Segundo a Lei das S/A, Lei 6.404/76:
Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.
§1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.
§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.
Exemplo Prático: Se a Cia. Acumulada tiver um lucro de R$260.000,00, sua reserva legal será de R$13.000,00 (5% * R$260.000,00), desde que não ultrapasse os limites descritos.
Vejamos o registro contábil da constituição da Reserva Legal:
D – Apuração do Resultado do Exercício               R$ 13.000,00
C – Reserva Legal                                                       R$ 13.000,00
RESERVA ESTATUTÁRIA
As reservas estatutárias são constituídas por determinação do estatuto da companhia, como destinação de uma parcela dos lucros do exercício, e não podem restringir o pagamento do dividendo obrigatório.
Resumidamente, esquematizaremos os critérios da Reserva Estatutária:
Indicar, de modo preciso e completo, sua finalidade;
Fixar os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e
Estabelecer o limite máximo da reserva.
Exemplo Prático: a Cia. Acumulada tem, em seu estatuto, a fixação de uma reserva para renovação de equipamentos à base de 10% sobre o lucro líquido. Portanto, a reserva estatutária será de R$26.000,00 (10% * R$260.000,00).
Vejamos o registro contábil da constituição da Reserva Estatutária:
D – Apuração do Resultado do Exercício               R$ 13.000,00C – Reserva Legal                                                       R$ 13.000,00
RESERVA CONTINGENCIAL
Iremos constituir a Reserva Contingencial pela destinação dos lucros da companhia para formação de uma reserva que irá absorver perdas prováveis e estimáveis, como calamidades naturais ou greves.
Essa reserva tem o efeito de distribuir as perdas, evitando que apareça um prejuízo muito grande, na demonstração do resultado do exercício e no balanço patrimonial, o que afetaria negativamente a imagem da companhia.
Exemplo Prático: a Cia. Acumulada, para precaver-se que possíveis causas judiciais trabalhistas possam vir comprometer seus resultados futuros, determina a constituição de uma reserva para contingências no percentual de 10% do lucro líquido. Portanto, a reserva para contingências será de R$26.000,00 (10% * R$ 260.000,00).
Vejamos o registro contábil da constituição da Reserva Estatutária:
D – Apuração do Resultado do Contingencial               R$ 26.000,00
C – Reserva Contingencial                                                R$ 26.000,00
RESERVA DE LUCROS PARA EXPANSÃO
Constituímos a Reserva de Lucros para Expansão com o objetivo de atender a projetos de investimento e expansão.
Essa retenção deverá estar justificada com o respectivo aprovado pela assembleia geral da companhia.
Exemplo Prático: para execução de seu projeto “Ceará”, a Cia. Acumulada fará uma reserva de 8% anuais conforme deliberação da assembleia geral. Assim, a Reserva de Lucro para Expansão será de R$20.800,00 (8% de R$260.000,00).
Vejamos o registro contábil da constituição da Reserva para Expansão de Lucros:
D – Apuração do Resultado do Contingencial               R$ 20.800,00
C – Reserva Legal                                                               R$ 20.200,00
RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS
Até o advento da Lei nº 11.638/07, as doações e subvenções para investimentos eram tratadas como Reservas de Capital no Patrimônio Líquido.
Pela nova sistemática as doações e subvenções para investimento deverão passar pela Demonstração do Resultado do Exercício.
Este acréscimo do lucro (doações e subvenções para investimentos) poderá ser destinado para uma reserva específica de lucros, denominada de Reservas de Incentivos Fiscais.
Exemplo Prático: admitindo que a Cia. Oportunista recebe uma doação de um terreno de R$850.000,00 para a instalação de uma nova fábrica. O registro contábil pelo recebimento da doação:
D – Terreno                                                    R$ 850.000,00
C – Receita de Doação                                R$ 850.000,00
Na apuração dos Resultados iremos incorporar a Receita de Doação à Apuração:
D – Receita de Doação                                                    R$ 850.000,00
C – Apuração do Resultado do Exercício                     R$ 850.000,00
Com o lucro encontrado no ARE iremos constituir a Reserva de Incentivos Fiscais pelo valor da doação do Terreno recebido pela empresa:
D – Apuração do Resultado do Exercício                      R$ 850.000,00
C – Reserva de Incentivos Fiscais                                  R$ 850.000,00
     
Ajuste de Avaliação Patrimonial
Classificados em ajustes de avaliação patrimonial os aumentos ou as diminuições de valor atribuído a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado, enquanto não for efetivado o ganho ou perda em decorrência desse ajuste.
EXEMPLO PRÁTICO
Imagine uma empresa que adquiriu um Título disponível para venda por R$150.000. Na data do encerramento do Balanço houve um rendimento de R$20.000. Porém, o valor de mercado deste Título é de R$185.000,00.
Assim, no momento da compra há um Ativo Financeiro contabilizado por R$150.000,00.
D – Aplicação Financeira          R$ 150.000,00
D – Disponibilidade                   R$ 150.000,00
No encerramento do Balanço, o Ativo Financeiro estará contabilizado por R$170.000,00. Sendo que os R$ 20.000,00 são contabilizados como Receita Financeira na DRE.
D – Aplicação Financeira          R$ 20.000,00
C – Receita Financeira               R$ 20.000,00
Porém, outro lançamento deverá ser feito: o preço de mercado do Título. Nesse caso, o Ativo Financeiro contabilizado por R$185.000,00 sendo que a variação de R$15.000,00 será considerada como Ajustes de Avaliação Patrimonial:
D – Aplicação Financeira                              R$ 15.000,00
D – Ajuste de Avaliação Patrimonial          R$ 15.000,00
     
Ações em Tesouraria
Apenas em condições excepcionais as companhias podem adquirir suas próprias ações. Quando isso ocorrer, devemos destacá-las no Balanço Patrimonial como dedução da conta Patrimônio Líquido que registra a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
Ações em Tesouraria é uma conta retificadora, ou seja, tem natureza contrária à natureza do seu grupo. É uma conta devedora, em um grupo credor. Desta forma, reduz o saldo do Patrimônio Líquido.
EXEMPLO PRÁTICO
Se a Cia. Desanimada resolve diminuir seu Capital Social de R$2.800.000,00 para R$2.000.000,00, adquirindo 800.000 ações de volta a seu valor nominal de R$1,00 cada uma, temos o seguinte registro contábil:.
D – Ações em Tesouraria            R$ 15.000,00
C – Disponibilidades                    R$ 15.000,00
     
Prejuízos Acumulados
Na apuração do resultado do exercício, se o total de débitos (custos e despesas) do ARE for maior do que o total de créditos (receitas), teremos um prejuízo.
O saldo devedor do ARE é transferido para o Patrimônio Líquido na conta de Prejuízo Acumulado. Vejamos o lançamento contábil:
D – Prejuízo Acumulados                                   R$ 15.000,00
C – Apuração do Resultado do Exercício          R$ 15.000,00
Situações Líquidas Patrimoniais
Podem ocorrer 3 situações:
SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA
Quando o Ativo supera o Passivo Exigível.
	ATIVO
	PASSIVO + PL
	Bens
	10.000,00
	Obrigações
	7.000,00
	Direitos
	5.000,00
	Patrimônio Líquido
	8.000,00
	Total
	15.000,00
	Total
	15.000,00
SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA
Quando o Passivo Exigível supera o Ativo. Também chamamos essa situação de Deficitária ou ainda usamos o termo técnico de Passivo a Descoberto, quando o os bens e Direitos (Ativo) não cobrem as Obrigações (Passivo). Assim, temos um Passivo a Descoberto.
	ATIVO
	PASSIVO + PL
	Bens
	10.000,00
	Obrigações
	18.000,00
	Direitos
	5.000,00
	Patrimônio Líquido
	(3.000,00)
	Total
	15.000,00
	Total
	15.000,00
SITUAÇÃO LÍQUIDA NEUTRA
Quando o Ativo é igual ao Passivo Exigível.
	ATIVO
	PASSIVO + PL
	Bens
	10.000,00
	Obrigações
	15.000,00
	Direitos
	5.000,00
	Patrimônio Líquido
	-
	Total
	15.000,00
	Total
	15.000,00
Atividade
No Balanço Patrimonial da Cia. Bem-Te-Vi, relativo ao exercício encerrado em 31/12/2015, o Ativo Não Circulante representava 70% do total dos ativos da companhia. O Passivo Circulante, no valor de R$180.000,00, representava 60% do valor do Ativo Circulante e 50% do Passivo Não Circulante. O Patrimônio Líquido da companhia, no dia 31/12/2015, equivalia, em R$, a? 
___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
Exercícios
Questão 1: De acordo com o Pronunciamento Conceitual Básico (R1) — CPC 00, item 4.4 pode-se afirmar que o Patrimônio Líquido:
a) É um grupo do Passivo
b) É um grupo do Ativo
c) É o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos
d) É o interesse residual nos passivos da entidade depois de deduzidos todos os seus ativos
e) É uma obrigação da empresa paracom os sócios e com ela mesma
Questão 2: A representação gráfica dos estados patrimoniais que indica a existência de "Passivo a Descoberto" é:
a) Passivo + Patrimônio Líquido = Ativo
b) Passivo = Ativo + Patrimônio Líquido
c) Passivo = zero e Ativo = Patrimônio Líquido
d) Ativo > ou = Patrimônio Líquido e Passivo < ou = Ativo
e) Passivo = Ativo
Questão 3: Considere o Balanço Patrimonial da empresa Gama S/A referente ao exercício financeiro de 2012:
	Balanço Patrimonial — Empresa Gama S/A
	Ativo
	Passivo
	Ativo Circulante
	$ 7.200,00
	Passivo Circulante
	$ 6.000,00
	Ativo Não Circulante
	$ 7.800,00
	Passivo Não Circulante
	$ 4.000,00
	Realizável a longo prazo
	$ 1.550,00
	
	
	Investimentos
	$ 1.000,00
	Patrimônio Líquido
	$ 5.000,00
	Imobilizado
	$ 3.750,00
	
	
	Intangível
	$ 1.500,00
	
	
	TOTAL
	$15.000,00
	TOTAL
	$ 15.000,00
Com base nestas informações, é correto afirmar que:
a) a dívida da empresa representa 200% do seu capital próprio
b) o capital de terceiros representa mais de 70% das fontes de recursos da empresa
c) o capital próprio é suficiente para cobrir os investimentos em ativos permanentes
d) a maior parte da dívida da empresa tem vencimento no longo prazo
e) o índice de imobilização dos recursos não correntes é de 0,80
Questão 4: A Sociedade Flores & Cia. apurou, no exercício de 2010, um lucro líquido de R$150.000,00. O saldo do Patrimônio Líquido, antes do registro do resultado e da respectiva destinação, era de R$200.000,00, distribuído da seguinte forma:
Capital Social R$155.000,00;
Reserva de Lucros a Realizar R$17.000,00 e
Reserva Legal R$ 28.000,00.
De acordo com a Lei 6.404/76, o valor a ser registrado em Reserva Legal, como destinação do lucro líquido apurado, em 2010, é de:
a) R$ 3.000,00, uma vez que o saldo da Reserva Legal está limitado a 20% do Capital Social
b) R$ 7.500,00, uma vez que a reserva legal deve corresponder a 5% do Lucro Líquido do Exercício antes de qualquer outra destinação
c) R$ 4.500,00, uma vez que o saldo da Reserva Legal está limitado a 20% do Capital Social
d) R$ 30.000,00, uma vez que a reserva legal deve corresponder a 20% do Lucro Líquido do Exercício antes de qualquer outra destinação
e) R$ 10.000,00, uma vez que a reserva legal deve corresponder a 5% do saldo do Patrimônio Líquido
Aula 6: Demonstração do Resultado do Exercício DRE e Demonstração do Resultado Abrangente DRA
Introdução
Nesta aula, abordaremos as demonstrações contábeis que evidenciam os resultados da empresa (lucros e prejuízos).
Analisaremos o reconhecimento das contas de resultado utilizadas na DRE e DRA, as variações patrimoniais a partir de fatos modificativos e a importâncias dessas duas demonstrações para os tomadores de decisão.
Objetivos
Reconhecer a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, sua forma de apresentação e composição de contas.
Reconhecer a estrutura da Demonstração de Resultados Abrangentes, sua forma de apresentação e composição de contas.
Demonstração do Resultado do Exercício
A DRE é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período, normalmente 12 meses. A DRE é apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, apura-se o resultado (lucro ou prejuízo).
Vamos esquematizar:
RECEITA BRUTA
É o total geral de tudo que foi vendido pela empresa em determinado período. Nela estão incluídos, inclusive, as vendas que foram canceladas e devolvidas, os descontos e abatimentos concedidos na venda e os impostos sobre as vendas (os quais pertencem ao governo).
( - )
DEDUÇÕES DA RECEITA
São ajustes (e não despesas) realizados sobre as Vendas Brutas para se apurar as Vendas Líquidas.
Vendas Canceladas ou Devoluções — são mercadorias devolvidas por não estarem de acordo com o pedido (preço, qualidade, quantidade, avaria);
Descontos incondicionais — são também chamados de descontos comerciais, concedidos no ato da venda, como é o caso do desconto promocional.
Nota: o desconto comercial deve constar da nota fiscal de venda.
Impostos e Sobre Vendas — são aqueles gerados no momento da venda. Variam proporcionalmente ao valor vendido, ou seja, quanto maior for o total de vendas, maior será o imposto. São os mais comuns:
IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados (governo federal) em uma alíquota que pode variar entre de 0 a quase 400% (no caso de cigarros);
ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (governo estadual);
ISS: Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza (governo municipal).
=
RECEITA LÍQUIDA
É a receita efetiva da empresa. A parcela das vendas da empresa efetivamente ficará com ela depois de descontados todos os ajustes da receita (deduções).
( - )
CUSTOS DAS VENDAS
São os gastos incorporados às mercadorias, aos produtos ou serviços vendidos pela empresa. São gastos não da empresa de forma geral, mas sim dos itens que ela vende.
=
LUCRO OU PREJUÍZO BRUTO
É o primeiro indicador de desempenho das atividades operacionais da empresa. Indica a diferença entre o faturamento da empresa e o custo de fazer o produto (no caso da indústria), ou custo das mercadorias compradas para revenda (no caso do comércio) ou ainda custo de prover o serviço (no caso de uma empresa de serviço)
( - )
DESPESAS OPERACIONAIS
São os gastos necessários para administrar a empresa, e financiar as operações e comercializar seus produtos. São os sacrifícios financeiros necessários à manutenção da atividade operacional da empresa.
a) Despesas de Vendas (ou Comercias): são as despesas com o pessoal da área de vendas, propagandas e publicidade, marketing, estimativa de perdas com duplicatas derivadas de vendas a prazo etc. Abrangem desde a promoção do produto até sua colocação junto ao consumidor (comercialização e distribuição);
b) Despesas Administrativas: são aquelas necessárias para administrar a empresa. Exemplos: salários e encargos sociais do pessoal administrativo, aluguéis de escritório, materiais de escritório, seguros, depreciação de móveis e utensílios, assinaturas de jornais, despesa com manutenção etc.
c) Despesas Financeiras: são as remunerações aos capitais de terceiros que financiam as atividades da empresa, tais como: juros pagos ou incorridos, comissões bancárias, descontos concedidos, juros de mora pagos etc.
Nota: as despesas financeiras devem ser compensadas com as Receitas Financeiras, ou seja, estas receitas financeiras (juros ganhos nas aplicações financeiras, juros de mora recebidos, descontos obtidos etc.) reduzem o valor das despesas financeiras.
=
LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL
É o resultado as operações da empresa, descontando do lucro bruto as despesas operacionais da empesa. É o valor que a operação da empresa gera de resultado.
( + ) ou ( - )
OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS
Além das receitas e despesas da operação da empresa, outros fatos que impactam no lucro ou prejuízo da empresa podem ocorrer. São outras receitas:
=
RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA)
O LAIR é o lucro alcançado pela empresa após o somatório de todas as receitas (operacionais e não operacionais) e descontadas todas as despesas (operacionais e não operacionais).
Sobre o valor desse lucro calculamos o imposto de renda que a empresa irá pagar. Além do IR, sobre a mesma base de cálculo, a empresa precisará pagar também a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
( - )
IMPOSTO DE RENDA
=
RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA)
O LAIR é o lucro alcançado pela empresa após o somatório de todas as receitas (operacionais e não operacionais) e descontadas todas as despesas (operacionais e não operacionais).
Sobre o valor desse lucro calculamos o imposto de renda que a empresa irá pagar. Além do IR, sobre a mesma base de cálculo, a empresa precisará pagar também a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
( - )
RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO DEPOIS DO IMPOSTO DE RENDA)
O LADIR é o lucro à disposição daempresa após descontados todos os custos e as despesas e pagos todos os impostos. Esse lucro deve ser destinado, isto é, distribuído ou reinvestido na própria empresa.
=
PARTICIPAÇÕES
As participações nos lucros são remunerações atribuídas a beneficiários em função da existência de resultados positivos. Tais participações poderão estar previstas em atos constitutivos (contrato ou estatuto social) ou serem definidas em deliberações de sócios ou acionistas em assembleias.
De acordo com a Lei das S.A., as participações nos lucros serão calculadas sucessivamente, na seguinte ordem:
a) de debêntures;
b) de empregados;
c) de administradores;
d) de partes beneficiárias;
e) para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados.
( - )
RESULTADO (LUCRO OU PREJUÍZO) LÍQUIDO
É o resultado econômico da empresa, e no caso de lucro final, sua destinação é uma das mais importantes discussões na gestão das empresas por envolver dois aspectos: continuidade das operações e satisfação dos acionistas.
Nota: Caso a empresa obtenha um Prejuízo Antes do Imposto de Renda, não serão cobrados o IR e CSLL, pois esses tributos são incidentes apenas se a empresa alcançar lucro, assim como também não haverá distribuição de participações. O Prejuízo Líquido demonstrado na DRE será transferido para a conta de Prejuízos Acumulados no Patrimônio Líquido, conforme estudamos na Aula 05.
Atividade
Apresenta-se a seguir os dados da DRE da Cia. Brasileira, referente ao exercício de 2015. Ordene os dados e apresente a Demonstração do Resultado do Exercício:
	   Vendas Canceladas
	21.000
	   Lucro Operacional
	395.000
	   Despesas de Vendas
	335.000
	   Lucro Bruto
	1.020.000
	   Receita Bruta
	2.500.000
	   Provisão para Imposto de Renda
	25.000
	   Perdas Extraordinárias
	52.065
	   Participação dos Administradores
	300
	   Despesas não Operacionais
	10.735
	   Receita Líquida
	2.029.000
	   Participações dos Empregados
	2.000
	   Lucro Antes do Imposto de Renda
	332.200
	   Despesas Financeiras e Variações Cambiais
	150.000
	   Custos dos Produtos Vendidos
	1.009.000
	   PIS e Cofins sobre Vendas
	150.000
	   Lucro Líquido
	304.200
	   Participações de Debêntures
	700
	   Lucro Depois do Imposto de Renda
	307.200
	   Despesas Administrativas
	140.000
	   ICMS sobre Vendas
	300.000
Chave de Resposta:
	   Receita Bruta
	2.500.000
	   (-) Vendas Canceladas
	-21.000
	   (-) ICMS sobre Vendas
	-300.000
	   (-) PIS e Cofins sobre Vendas
	-150.000
	   = Receita Líquida
	2.029.000
	   (-) Custos dos Produtos Vendidos
	-1.009.000
	   = Lucro Bruto
	1.020.000
	   (-) Despesas Administrativas
	-140.000
	   (-) Despesas de Vendas
	-335.000
	   (-) Despesas Financeiras e Variações Cambiais
	-150.000
	   = Lucro Operacional
	395.000
	   (-) Despesas não Operacionais
	-10.735
	   (-) Perdas Extraordinárias
	-52.065
	   = Lucro Antes do Imposto de Renda
	332.200
	   (-) Provisão para Imposto de Renda
	-25.000
	   = Lucro Depois do Imposto de Renda
	307.200
	   (-) Participações de Debêntures
	-700
	   (-) Participação dos Administradores
	-300
	   (-) Participações dos Empregados
	-2.000
	   = Lucro Líquido
	304.200
Demonstração dos Resultados Abrangentes
O CPC 26 introduziu a exigência de uma apresentação de uma Demonstração do Resultado Abrangente. Assim, a entidade deve apresentar todos os itens de receita e despesa reconhecidos no período em uma das duas seguintes formas:
Uma única Demonstração do Resultado Abrangente:
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RESULTADOS ABRANGENTES
Os componentes dos outros resultados abrangentes incluem:
a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente (ver a NBC TG 27 — Ativo Imobilizado e a NBC TG 04 — Ativo Intangível);
b) ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido reconhecidos conforme item 93A da NBC TG 33 — Benefícios a Empregados;
c)ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior (ver a NBC TG 02 — Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis);
d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda (ver a NBC TG 38 — Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração);
e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge.
Em duas demonstrações: uma demonstrando os componentes do lucro ou prejuízo (demonstração do resultado) e uma segunda começando pelo lucro ou prejuízo seguido dos componentes do resultado abrangente:
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ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
Resultado Líquido do Período
(+/-) Outros Resultados Abrangentes
Variação de Reserva de Reavaliação (Quando Existente)
Ganhos/Perdas em Planos de Previdência Complementar
Ou Conversão das Demonstrações Contábeis p/Exterior
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(+/-) Resultados Abrangentes de Empresas Investidas (quando reconhecidas pela Equivalência Patrimonial)
(=) Resultado Abrangente do Período
Atividade
Uma empresa apresentou no final do seu exercício social:
	   Contas
	Saldos R$
	   Ajuste Credor de Avaliação Patrimonial
	400,00
	   Ajuste Credor de Conversão do Período
	400,00
	   Aumento de Capital Social
	1.600,00
	   Custos das Mercadorias Vendidas
	2.400,00
	   Despesas com IRPJ e CSLL
	80,00
	   ICMS Incidentes sobre as Vendas
	400,00
	   Receita Bruta de Vendas
	4.000,00
	   Receitas Financeiras
	800,00
Pede-se: com base nessas informações, elabore a Demonstração de Resultados Abrangentes
Chave de Resposta:
	   DRE
	   Receita Bruta de Vendas
	
	   (-) ICMS Incidentes sobre as Vendas
	
	   = Receita Líquida
	
	   (-) Custos das Mercadorias Vendidas
	
	   = Lucro Bruto
	
	   (+) Receitas Financeiras
	
	   = Lucro Antes do Imposto de Renda
	
	   (-) IRPJ e CSLL
	
	   = Lucro Líquido
	
	   DRE
	   Lucro Líquido
	
	   (+) Ajuste Credor de Avaliação Patrimonial
	
	   (+) Ajuste Credor de Conversão do Período
	
	   = Resultado Abrangente do Período
	
Exercícios
Questão 1: Uma Sociedade Empresária apresentou os seguintes dados:
Cofins sobre a Receita Bruta R$600
Custo das Mercadorias Vendidas R$63.300
Descontos Incondicionais Concedidos R$12.000
Comissões sobre Vendas R$2.880
Despesas Financeiras R$1.440
Despesas com Seguros R$1.080
Despesas Administrativas R$24.480
ICMS sobre Vendas R$19.200
PIS sobre a Receita Bruta R$900
Despesas com IR e CSLL R$7.500
Receita Bruta da Venda R$132.000
Receitas Financeiras R$8.400
Com base nos dados apresentados, pode-se afirmar que o valor do Lucro Líquido do Exercício é de:
a) R$7.020,00
b) R$8.520,00
c) R$11.400,00
d) R$19.020,00
e) R$132.000,00
Questão 2 (FCC, 2017): Considere as afirmativas abaixo.
I. A Demonstração do Resultado Abrangente deve apresentar o total do resultado do período, o total de outros resultados abrangentes e o resultado abrangente do período, sendo este o total do resultado e de outros resultados abrangentes.
II. A Demonstração do Resultado Abrangente deve apresentar resultados abrangentes classificados por natureza e agrupados nos que não serão reclassificados subsequentemente para o resultado do período e nos que serão reclassificados subsequentemente para o resultado do período, quando condições específicas forem atendidas.
III. Os componentes dos outros resultados abrangentes podem ser apresentados líquidos dos seus respectivos efeitos tributários, ou antes, dos seus respectivos efeitos tributários, sendo apresentado em montante único o efeito tributário total relativo a esses componentes.
a) I, II e III.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, apenas.
Questão 3 (FCC, 2016): NÃO compõe o Resultado Abrangente:
a) Variações na reserva de reavaliação, quando

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